"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Outro problema advindo da entrevista do Papa Francisco:

A situação dos casais em 2ª união

Era de se esperar que a entrevista do Papa Francisco aos jornalistas produziria outros problemas que não só os relacionados aos gays. E quando digo problemas, não me refiro apenas aqueles causados pela mídia anticristã que busca a todo custo distorcer ou interpretar as respostas do Papa de modo a coincidirem com sua agenda. Também me refiro aos católicos de boa vontade, que por pouca instrução (como o caso de minha mãe) ou por se encontrarem em situações delicadas, acabariam tomando essas respostas como uma espécie de "mudança da Igreja".
 
Papa concede entrevista à jornalistas
 

E é o que vem acontecendo desde então. Infelizmente.

Em minhas andanças pela "blogosfera" católica, acabei me deparando com uma postagem que muito me chamou a atenção. Não divulgarei o nome do blog nem o nome de sua autora pois não tenho autorização para tal, tampouco gostaria de expô-la por qualquer motivo que seja. Apenas citarei seu caso como exemplo de problema decorrente da entrevista do Papa aos jornalistas.

A blogueira católica postou um artigo onde comenta as declarações do Santo Padre ao jornalista Gian Guido Vecchi, do Corriere dela Sera, sobre os casais em segunda união. O jornalista fez a seguinte pergunta ao Papa:

"Santo Padre, também nesta viagem falou várias vezes de misericórdia. A propósito do acesso aos sacramentos para os divorciados que voltaram a casar, há possibilidades que algo mude na disciplina da Igreja? Que esses sacramentos sejam uma ocasião para aproximar essas pessoas, em vez de uma barreira que os separa dos outros fiéis?"

O Papa, por sua vez, deu a seguinte reposta:

"Este é um tema que sempre pedem. A misericórdia é maior do que aquele caso que o senhor põe. Eu creio que este seja o tempo da misericórdia. Esta mudança de época e também os muitos problemas da Igreja – como um testemunho não bom de alguns padres, problemas mesmo de corrupção na Igreja, também o problema do clericalismo, só para exemplificar – deixaram muitos feridos, muitos feridos. E a Igreja é Mãe: deve ir curar os feridos, com misericórdia. Mas, se o Senhor não se cansa de perdoar, nós não temos outra escolha além desta: em primeiro lugar, curar os feridos. É mãe, a Igreja, e deve seguir por esse caminho de misericórdia. E encontrar uma misericórdia para todos. Mas eu acho que, quando o filho pródigo voltou para casa, o pai não lhe disse: «Mas ouça, ponha-se cômodo: o que você fez com o dinheiro?» Não! Ele fez festa! Talvez depois, quando o filho quis falar, ele falou. A Igreja deve fazer assim. Quando há pessoas... não se limitar a esperar por elas, mas sair ao seu encontro! Esta é a misericórdia. E eu penso que este seja um kairós: este tempo é um kairós de misericórdia. Mas o primeiro que teve esta intuição foi João Paulo II: quando ele começou com Faustina Kowalska, com a Divina Misericórdia... tinha algo em mente, ele intuíra que era uma necessidade deste tempo. Relativamente ao problema da Comunhão para as pessoas em segunda união – já que os divorciados podem ir à Comunhão, não há problema – mas, quando eles vivem em segunda união, não podem. Eu acho que é necessário estudar isso na totalidade da pastoral do matrimônio. E por isso é um problema. Mas os próprios ortodoxos – e aqui abro um parêntese – têm uma prática diferente. Eles seguem a teologia da economia, como eles dizem, e dão uma segunda possibilidade, permitem-no. Mas eu acho que este problema – e fecho o parêntese – deve ser estudado no quadro da pastoral do matrimônio. E, para isso, temos duas coisas: primeira, um dos temas a consultar a estes oito cardeais do Conselho dos Cardeais, com quem nos reuniremos nos dias 1, 2 e 3 de outubro, é como avançar na pastoral do matrimônio, e este problema será lançado lá. E uma segunda coisa: esteve comigo, quinze dias atrás, o secretário do Sínodo dos Bispos, para ver o tema do próximo Sínodo. O tema seria antropológico, mas olhando-o de um lado e de outro, indo e vindo, encontramos este tema antropológico: a fé como ajuda no planejamento da pessoa, mas na família para se debruçar depois sobre a pastoral do matrimônio. Estamos a caminho de uma pastoral do matrimônio um pouco mais profunda. E este é um problema de todos, porque há muitos, não? Por exemplo – digo apenas um – o cardeal Quarracino, meu predecessor, dizia que para ele metade dos matrimônios são nulos. Mas dizia isso, porquê? Porque casam-se sem maturidade, casam-se sem notarem que é para toda a vida, ou casam-se porque socialmente se devem casar. E com isso tem a ver a própria pastoral do matrimônio. E também o problema judicial da nulidade dos matrimônios: isso deve ser revisto, porque os Tribunais eclesiásticos não são suficientes para isso. É complexo o problema da pastoral do matrimônio. Obrigado!"

Os destaques na resposta do Papa foram feitos pela autora do blog. Na postagem em questão, a blogueira conta aos leitores sobre sua delicada situação, isto é, a situação de um casal em 2ª união. Conta também sobre a tristeza e dor por não poder receber o Santíssimo Sacramento da Eucaristia por conta de sua situação. Mas então, qual o motivo de postar a entrevista do Papa?
 
literatura sobre o assunto
Acontece que a blogueira - assim como "quase todo mundo" - viu na resposta do Papa uma luz de esperança com relação à situação destes casais. Em outras palavras, passaram a vislumbrar a possibilidade da Igreja na pessoa do Papa Francisco revogar a proibição de receber a Santa Comunhão aos casais em 2ª união. A autora, inclusive, pede aos leitores do blog que façam uma corrente de oração para que o Papa Francisco resolva essa situação para eles, acabando com tanta angústia e sofrimento.
 
Mas qual seria o problema de se rezar por essa causa?
 
Antes de dar prosseguimento a este artigo, gostaria de dizer à blogueira que passa por tão difícil situação, assim como a tantos outros católicos que vivem o mesmo problema, que não quero passar a imagem de fariseu hipócrita a condenar os irmãos. Longe de mim! Na verdade imagino o quão difícil para mim seria viver esse tipo de situação e, conhecendo minha covardia, o quão mais difícil seria corrigi-la. Sei do grande número de pessoas que sofrem por não ter tido "sorte" no casamento, sofrimento ainda maior quando o católico "separado" não tem culpa alguma da separação, isto é, quando quer manter o casamento mas é praticamente abandonado pelo cônjuge. Para ser sincero, tenho uma amiga que está passando por isso nesse exato momento.
 
Após dar as devidas explicações quanto à intenção deste artigo, posso prosseguir.
 
O problema da "segunda união" não está na simples opinião ou vontade de um Papa, tampouco em uma simples norma disciplinar ou em costume da Igreja, mas em sua doutrina!
 
Para fundamentar minha explicação, usarei o excelente livro do Cônego José Luiz Marinho Villac, intitulado "Esclarecendo dúvidas correntes dos católicos de hoje*", que traz um problema idêntico ao enfrentado por estes irmãos. No livro há a carta de uma católica que, após explicar as dificuldades enfrentadas em seu casamento e sua postura (honrosa) em muitos momentos, conta que acabou por se separar de seu marido, contraindo uma "segunda união" na esfera civil. Mesmo sofrendo, seu casamento lhe deu quatro filhos e alguns netos por ela muito amados. No entanto, chegou ao ponto de ter de se separar e agora, vive com outra pessoa em "segunda união". Essa senhora também expressara sua angústia por não poder receber os sacramentos e perguntava ao padre como resolver essa situação.
 
O Cônego Villac explica que quando um matrimônio se torna insustentável no campo da convivência entre os cônjuges, é lícito e permitido que se separem, até mesmo chegando ao ponto de realizar o chamado "divórcio" no âmbito civil, caso seja necessário por conta da manutenção/auxílio de uma das partes (pensão, bens, etc.). No entanto isso jamais concederá ao católico o "direito" de se casar novamente, posto que segundo a doutrina católica o matrimônio é indissolúvel e uma nova união será considerada uma união pecaminosa, uma vida em estado de pecado mortal, de ofensa permanente a Deus, que coloca em risco a salvação eterna da própria alma. (trecho em destaque retirado do livro).
 
A doutrina católica quanto à indissolubilidade do matrimônio fundamenta-se na Sagrada Escritura, onde o Próprio Cristo afirma que "o que Deus uniu, o homem não há de separar". Quando questionado sobre a permissão contida na Lei Mosaica do marido repudiar sua esposa em alguns casos para casar novamente, Nosso Senhor explica que isso lhes era permitido por conta de "sua dureza de coração". Portanto, não é que Deus tenha mudado de opinião, mas como nos mostra Nosso Senhor, antes Deus "tolerava" (embora isso já lhe ofendesse) por conta de o homem ainda não ter conhecido a Cristo e seu evangelho, mas que de ali em diante já não toleraria tal ofensa.
 
E como resolver tão dolorosa situação?
 
Cônego Villac adverte sobre a existência de uma pastoral progressista dentro da Igreja que pretende fazer concessões, porém esclarece que sua resposta será baseada na Doutrina Católica Integral, que não pode ser alterada. Em seguida, de maneira extremamente paternal e caridosa, orienta a senhora autora da carta a tomar certas atitudes que para as "mentes modernas" seriam consideradas medidas totalmente impensáveis, beirando a loucura ou o absurdo, mas que para aquele que queira viver a Fé integral da Igreja saberá ser o único agir correto e conforme à Fé Católica.
 
Explica que, antes de mais nada, o católico deve fazer de tudo para manter seu casamento, muitas vezes suportando as dificuldades por amor à Deus e oferecendo à Ele esses sofrimentos. Quando a convivência torna-se impossível e a única alternativa possível é a separação, igualmente o católico deve oferecer mais este sofrimento à Deus. A vida sozinho novamente constituíra causa de grande sofrimento ao católico separado e é bem provável que ele conheça pessoas interessantes ou volte a se apaixonar (todos estamos sujeitos à isso, inclusive os casados). Mas diante de tamanho problema a posição a ser tomada pelo católico é, uma vez casado sacramentalmente, permanecer só, direcionando sua vida para ser preenchida por outros meios, como a oração e demais atividades voltadas à união com Deus, o amor e carinho dos filhos e netos (no caso da sra. da carta) e principalmente, oferecendo tão difícil e doloroso sacrifício à Deus, sabendo que ele em sua infinita misericórdia e justiça não deixará de recompensá-la no Paraíso, afinal, o cristão católico deve saber que não devemos buscar a felicidade nesse mundo, mas no que há de vir.
 
E no caso da senhora da carta e daqueles que já estão vivendo em segunda união?
 
Cônego Villac orienta para o que os "modernos" considerariam "absurdo impossível": Como já foi dado um passo além, primeiramente, deve-se começar desde já a implorar a Deus, com a intercessão da Santíssima Virgem Maria, para que obtenha forças para as atitudes a se tomar em seguida. Então, conversar com a pessoa a quem agora está unida e lhe propor que desde então vivam como irmãos, dormindo em quartos separados, enquanto rezam e estudam como proceder a uma separação de fato, que no seu termo final deve incluir também a separação legal perante as leis civis. (trecho em destaque retirado do livro).
 
A pergunta é: qual católico hoje em dia estaria disposto a fazer tamanho sacrifício por Cristo e pela salvação de sua alma? E não faço essa pergunta com ironia ou com o espírito daquele ditado "pimenta nos olhos dos outros..." Não! Sinceramente imagino o quão dificílimo e dolorosíssimo seria ter que tomar essa atitude. Porém, de acordo com a doutrina católica, é a única segura a ser tomada.
 
É obvio que Cônego Villac não aborda esse tema de maneira fria ou simplista como pode parecer, eu é que tive de resumir as respostas para não alongar muito esse artigo. Na verdade ele trata desse tema e de responder à essa senhora de maneira muito amável e caridosa, porém, como um pai a orientar seu filho para o melhor, não diz aquilo que o filho quer ouvir, mas aquilo que ele deve dizer.
 
Alguns dirão: - "tá, mas o Papa pode mudar isso".
 
Como vimos, essa doutrina está fundamentada nos Evangelhos e nas palavras do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. Também está fundamentada na Sagrada Tradição da Igreja que ao longo de seus 2 mil anos assim acreditou e assim ensinou, inclusive por meio do Sagrado Magistério dos Papas ao longo destes dois milênios.
 
Santos já derramaram seu sangue por isso, cismas já ocorreram por isso, basta vermos o caso do Rei Henrique VIII que pediu ao Papa a anulação de seu casamento para contrair segunda união: após a recusa do Papa por tal pedido se tratar de algo impossível a ser autorizado (já que constitui um pecado), o rei Henrique VIII se separou da Igreja Católica levando consigo toda a Igreja da Inglaterra, dando origem ao que hoje conhecemos como "Igreja" Anglicana. Alguns santos se negaram a tomar parte em tal pecado e se mantiveram ao lado da Igreja Católica, tendo o martírio como prêmio por sua escolha. Foi o caso de São João Fisher e São Tomás More, decapitados por sua fidelidade à Cristo, à Igreja e sua doutrina.
 
E após tudo o que vimos, poderá o Papa mudar a doutrina da Igreja nesse ponto?
 
Vejamos o que disse o Cardeal Joseph Ratzinger, elevado à Cátedra de Pedro como Papa Bento XVI, sobre a ação do Papa na Igreja:
 
"...o papa não é um monarca absoluto cuja vontade é lei, mas sim o guardião da autêntica Tradição e, por isso, o primeiro fiador da obediência. Ele não pode fazer o que quiser, e justamente por isso pode se opor àqueles que pretendem fazer o que querem”. (prefácio do livro "O desenvolvimento orgânico da liturgia. Os princípios da reforma litúrgica e a sua relação com o Movimento Litúrgico do século XX antes do Concílio Vaticano II")
 
Mas e se, ainda assim, o Papa resolver mudar a doutrina católica nesse ponto?
 
Primeiramente, acredito que isso não acontecerá, uma vez que o Papa têm a assistência do Divino Espírito Santo e que portanto não poderia autorizar algo que colocaria em risco a salvação das almas de milhões de católicos.
 
Mas, caso ainda assim o fizesse, não o seria de maneira infalível (Ex Cathedra), como nos manda crer o Dogma da Infalibilidade Papal. Seria apenas em caráter "pessoal", "pastoral". E com relação à isso, qual a postura a ser tomada?
 
A postura seria aquela ensinada pelo Apóstolo dos Gentios, São Paulo, em sua Epistola aos Gálatas:
 
"Mas, ainda que alguém - nós ou um anjo baixado do céu - vos anunciasse um evangelho diferente do que vos temos anunciado, que ele seja anátema" (Epístola de São Paulo aos Gálatas, cap. 1, vers. 8)

Rezemos por nossos irmãos que vivem em situação tão difícil e angustiante, para que a Virgem Santíssima interceda por eles e que Deus Nosso Senhor lhes possa dar coragem e força necessárias para corrigir a situação em que vivem.
 
Rezemos pelo Papa!
 
*          *          *          *          *          *          *          *          *          *          *
 
* O livro "Esclarecendo dúvidas correntes dos católicos de hoje" do Cônego José Luiz Marinho Villac é uma excelente ferramenta para o católico que queira aprofundar sua Fé de maneira simples e direta, por meio de perguntas e respostas, sempre abordando - como o próprio nome do livro indica - dúvidas comuns aos católicos de hoje.

3 comentários:

  1. Tudo que o Papa faz é inspirado pelo Espírito Santo, não seja um herege. Não coloque-se no lugar de Deus julgando. Estudando os concílios vemos quantas mudanças foram realizadas desde o início da Igreja. Seriam ilícitas?
    O Papa como você disse não é um monarca e nem tão pouco um ditador e, por este motivo disse está consultando a estes oito cardeais do Conselho dos Cardeais.
    Que seja feita a vontade de Deus em nossas vidas.
    Paz e bem.
    Cláudia

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  2. Querida Cláudia, sua resposta apenas demonstra uma grande confusão com relação ao Papa e sua função de nos confirmar na Fé, assim como sobre a palavra "herege". Você diz:

    "Tudo o que o Papa faz é inspirado pelo Espírito Santo"

    Ok, seguindo vosso raciocínio, quando São Pedro (1º Papa, escolhido pelo próprio Cristo) negou a Nosso Senhor por 3 vezes, teria sido inspirado pelo Espírito Santo? E quando tentou a Nosso Senhor que o repreendeu dizendo: "Afasta-te de mim satanás, porque pensais igual aos homens e não como Deus!". Por acaso estaria São Pedro inspirado pelo Espírito Santo? E quanto à alguns Papas de atitudes imorais, como Alexandre VI? Seria o Espírito Santo a inspirar suas ações?
    Portanto fica claro que não é TUDO o que o Papa faz que é inspirado pelo Espírito Santo. Sugiro que leia algo sobre o Dogma da Infalibilidade Papal para compreender melhor que nem toda ação ou palavra do papa é infalível (como em uma entrevista à jornalistas dentro do avião, por exemplo).
    Quanto ao Papa consultar oito cardeais para possivelmente "mudar" algo que faz parte do depósito da Fé, como explicado acima, é impossível. E não, não me coloco no lugar de Deus a julgar (aliás, ao contrario do que você faz parecer, julgar não é pecado quando se julga ações e fatos públicos, o pecado está em se fazer juízo temerário julgando-se intenções), apenas repeti o Ensino da Igreja até o presente momento. E quanto às mudanças realizadas por Concílios desde o início da Igreja que você cita, vale ressaltar que só foram mudanças de fato se disciplinares, pois quanto à Doutrina, os Concílios sempre a aprofundaram, a explicitaram, assim como condenaram proposições heréticas. No entanto, os Concílios jamais mudaram uma doutrina ou criaram novas doutrinas contrárias às definidas, cridas e ensinadas anteriormente pela Igreja.
    Cara Cláudia, refutar o artigo obviamente que você não o fez, agora, me atirar a pecha de "herege", isso sim. Mas, como todo católico deve saber, herege é todo aquele que nega uma doutrina definida pela Igreja ou cria e defende novas doutrinas condenadas ou não aprovadas por Ela.
    Como não fiz nada disso, tal termo não pode ser empregado à minha pessoa.
    Agora lhe pergunto cara Cláudia, e se o Papa - como é de se esperar - reafirmar a impossibilidade de um casal em segunda união receber a Santíssima Eucaristia, estarás disposta a aceitar o ensinamento da Igreja?
    Finalizo novamente pedindo à Santíssima Virgem Maria que interceda por vós e que Deus Nosso Senhor vos dê forças para buscar sempre a Ele. O peço de coração. Não lhe tenho como inimiga, ao contrário, como disse no artigo, peço por uma irmã que vive em situação difícil.
    Fique com Deus.

    José Santiago Lima

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  3. Irmão José, obrigada pelos esclarecimentos, desculpe pelo comentário anterior não o deveria ter feito.
    Respondendo a sua pergunta: "e se o Papa - como é de se esperar - reafirmar a impossibilidade de um casal em segunda união receber a Santíssima Eucaristia, estarás disposta a aceitar o ensinamento da Igreja? Sim, como sempre aceitei, continuarei fazendo a minha comunhão espiritual e pedindo que Jesus aumente cada vez mais a minha fé, continuarei confiando na misericórdia d'Ele como Pedro também confiou depois de ter errado. Paz de Cristo!

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