"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

domingo, 29 de junho de 2014

Ateísta, anarquista, niilista, comunista, judeu e hoje CONVERTIDO à fé Católica

De família judia da esquerda radical, ele era ateu e niilista… até que leu a Bíblia.
Era comunista e de origem judaica. Só queria atacar a Igreja. Agora Fabrice Hadjadj é um dos maiores intelectuais católicos.

Fabrice Hadjadj é um dos intelectuais católicos mais importantes neste momento. As obras deste pensador e professor francês estão se convertendo em referência no pensamento cristão e até Juan Manuel de Prada disse de seu livro ‘A fé dos demônios’ que é “o melhor livro de teologia de divulgação que se tem escrito em décadas”.
É um convertido mas fala muito pouco deste processo, talvez porque pensa que a conversão só é o ponto de partida, não o de chegada. No entanto, este caminho até Deus diz muito de como é e mostra uma vez mais o poder salvífico que há na Escritura, um retorno à vida em um pestanejar de olhos.

“A Palavra me dava urticária”

Minha família era judia e de extrema esquerda e eu cresci com o espírito de revolta”, conta Hadjadj. Desenvolveu nele um ateísmo marcado pelo anarquismo.Além disso, a leitura de Nietzsche o levou ao niilismo aumentando nele uma “violência anti-cristã” pois a palavra de Deus “me dava urticária”.

Em que pese as seguranças que este jovem francês acreditava ter, Deus sempre surpreende e lhe tinha preparada uma grande surpresa. “Um dia um amigo meu publicou um livro de aforismos, em que cada um deles vinha precedido por uma citação bíblica”, recorda Fabrice, que graças a isto viu a oportunidade de ridicularizar Deus.
 
Queria ler a Bíblia para me fazer rir”, afirma. “Tinha encontrado um procedimento mordaz para ridicularizar as Escrituras. O problema é que para caçoar bem da Bíblia, tinha que lê-la”.



A leitura de Isaías e Jó

Com sua intenção de caçoar da Igreja e de Deus, continua, “comecei com a leitura de Isaías e de Jó. O choque! Que sopro mais incrível! Mais tarde reli os Evangelhos. Quanta simplicidade unida com tanta profundidade! A palavra de Jesus não era uma palavra como qualquer outra: era a palavra em carne, e osso e espírito”. “Tinha querido desviar da Escritura, e era ela que me devolveu ao caminho”, acrescentou.

A enfermidade de seu pai e o julgamento de um pró-nazista

Esse foi o primeiro encontro que teve com Deus e que o fascinou. Algo que já tinha em seu coração mesmo que se esquecesse do ocorrido. No entanto, “uns meses mais tarde meu pai ficou doente. Não sabia o que fazer para lhe ajudar. Corri à igreja de São Severino, perto de minha casa em Paris. Esta era a igreja em que eu tinha caçoado dos fiéis uns dias antes. Então orei e foi uma revelação. Não era uma grande luz, era uma voz descendo do Céu. Estava em paz e a paz me mostrou que a oração é a essência da palavra, o próprio lugar do homem”.

Conta Hadjadj que “outro sinal de Deus em minha vida foi o julgamento de Paul Touvier”, um colaborador nazista condenado por crimes contra a humanidade por ordenar fuzilar a sete judeus em 1944. “Assisti porque um amigo meu era advogado no julgamento. Vi esse tipo no banquinho dos acusados, um tipo como tu e eu e não podia ver o diabo”.
 
Essa tarde em sua casa este jovem se perguntava se “teria sido melhor que este homem”. “De repente descobri minha miséria interior” e pensou em Cristo, “como um Inocente, um absoluto Inocente veio para me redimir com toda a humanidade manchada pelo mal, para salvar-me com todos, vítimas e verdugos”.Cinco anos mais tarde “fui batizado na Abadia de Solesmes”. Soube anos mais tarde que foi precisamente o lugar em que o condenado no julgamento que assistiu e que lhe abriu os olhos tinha se escondido durante meses.
 
 
Professor, pai de família e defensor da vida

Sua vida mudou por completo após descobrir a fé. Não queria ter filhos e agora tem seis. De sua coluna no ‘Le Figaro’ e de outros meios tem sido um dos intelectuais que com mais veemência tem argumentado contra o matrimônio e adoção por parte de homossexuais aprovada na França recentemente. Atualmente é além de um importante escritor, professor de Filosofia em institutos, universidades e no Seminário de Toulon.

Apesar da história de conversão que fez Deus com ele, Fabrice não gosta de falar demasiado dela. “Não gosto de ser anedótico e retrospectivo. A conversão é um ponto de partida, não de chegada. É como um nascimento. Mas não se pode perguntar aos convertidos unicamente por aquilo que sucedeu no momento do parto. Eu me pergunto sempre sobre meu batismo, que foi algo extraordinário. Mas me perguntam menos por meu matrimônio que, no entanto, é o cumprimento de meu batismo. Poderia escrever milhares de páginas sobre minha conversão. Mas se dissesse aquilo que fiz que me fizera cristão seria prisioneiro de algo que pertence ao passado. Devo sempre poder dizer que se sou cristão é também graças a ela, que está ao meu lado. O que fundamenta a fé é sobre todo o assombro diante daquilo que me rodeia”.

O demônio, muito presente no mundo de hoje

Um de seus livros mais importantes trata precisamente sobre o demônio, o príncipe deste mundo. Assim, adverte de que “há que entender que o ateísmo e o liberalismo não são as piores dores de cabeça, já que o diabo não é ateu. Então, para evitar as trapaças de um demônio, que sabendo exatamente a verdade, sabe levar-nos a erros dando-lhes um aspecto atrativo: utiliza nossa energia para lutar contra um erro fazendo-nos cair no erro oposto”.

Do mesmo modo, disse que os cristãos devem ter cuidado com a “fé desencarnada, em que alguém se dedica a ‘organizações benéficas imaginárias’ e nos esquecemos de amar a nosso próximo em nossa casa ou em nossa própria cama”.

Sua vida e sua experiência lhe tem acreditado como um dos pensadores da Igreja mais acreditados para o diálogo fé-razão e com o mundo não crente. “Hoje em dia está na moda dizer ‘sou ateu’, ‘sou homossexual’, etc…Ninguém diz ‘sou um homem’. O importante para o crente é compreender que diante dele tem sempre um homem. Alguém que está como eu exposto ao pecado e à morte e que talvez um pouco menos consciente do Mistério”.

Fonte:ReligionLiberdad.com
 
Fonte da notícia traduzida: modestiasaojose.blogspot.com.br

quinta-feira, 26 de junho de 2014

24º PAPA: São Xisto II - ano 257 a 258

Papa São Xisto II (24º Papa)
Pontificado: do ano 257 ao ano 258


 
O Papa Xisto II foi o vigésimo quarto sumo pontífice de Roma. Era grego, nasceu em Atenas e assumiu a direção da Igreja em 30 de agosto de 257. O seu governo durou apenas onze meses, tempo em que não poderia ter feito muitas obras. Mas fez uma das mais importantes para a Igreja.
 
Com seu caráter reto e bondoso, conseguiu solucionar as discórdias que haviam atormentado a Santa Sé desde o governo de Vítor I. A questão polêmica era a seguinte: se um herege quisesse retornar à Igreja, após ter renegado a fé, deveria ser batizado de novo ou seria suficiente o batismo que havia recebido a primeira vez? Isso dividia a Igreja. Durante seu pontificado, trouxe de volta à Igreja os cristãos da Antioquia e da Alexandria que se haviam distanciado, e a harmonia estabeleceu-se. Em meados de 258, o imperador Valeriano, por meio de um segundo decreto, obrigou que os cristãos renegassem a própria religião publicamente, sob pena de terem os bens confiscados e sofrerem morte por decapitação. Para os sacerdotes e integrantes da Igreja, seriam confiscados até mesmo os cemitérios.
 
Xisto II fez o traslado das relíquias de são Pedro e são Paulo para um local seguro após esse decreto. Depois, surpreendido pelos soldados enquanto celebrava a santa missa, no cemitério, foi preso com outros sete religiosos. Durante as perseguições, os cristãos encontravam-se nas catacumbas (cemitérios subterrâneos) para receberem a eucaristia, era lá que escondiam os livros sagrados e os objetos litúrgicos. Foram condenados, pelo imperador, à decapitação e houve o confisco dos bens. O papa Xisto II morreu junto com seis diáconos - Agapito, Estêvão, Feliz, Januário, Magno e Vicente -, no dia 6 de agosto de 258. O sétimo, Lourenço, foi morto quatro dias depois.
No livro dos papas, sua morte foi definida como "soglio pontificio", pois estava em exercício da santa missa. As suas relíquias estão na cripta dos papas de São Calisto, em Roma.


San Sisto II patrono di Caldonazzo (TN) ( Fine ^700)
 
São Xisto II, Papa, rogai por nós! Rogai pela Igreja da qual fostes o Pastor!

terça-feira, 24 de junho de 2014

"...aquele que não crer fiel e firmemente, não poderá se salvar" - Credo de Santo Atanásio

 
 
 
" Todo aquele queira se salvar, antes de tudo é preciso que mantenha a fé católica; e aquele que não a guardar íntegra e inviolada, sem dúvida perecerá para sempre (...) está é a fé católica e aquele que não crer fiel e firmemente, não poderá se salvar".

Excerto do CREDO DE SANTO ATANÁSIO (por volta do ano 300)

domingo, 22 de junho de 2014

Livro: DOMINUS EST! É o Senhor!


Caríssimo leitor, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
 
Há alguns dias publicamos um artigo que explica o porquê de se evitar a comunhão na mão, assim como a importância de se receber o Santíssimo Sacramento da Eucaristia da maneira tradicional, isto é, na boca, de joelhos e das mãos do sacerdote.
 
Pois bem, indicamos agora um pequeno - porém precioso - livro: DOMINUS EST - É O SENHOR!


O livro, escrito pelo grande bispo Dom Athanasius Schneider, traz uma série de argumentos doutrinários e históricos assim como exemplos edificantes que demonstram o dom inestimável da Sagrada Comunhão e - consequentemente - o extremo respeito que devemos ter para com este preciosíssimo dom. É de leitura simples e agradável, fazendo-nos entender o porquê de a Igreja ter estabelecido a comunhão em sua forma tradicional assim como sua relação com o dogma da Presença Real de Cristo na Eucaristia.
 
No Brasil o livro saiu pela editora Raboni e custa entre R$ 10,00 e (no máximo) R$ 20,00, sendo portanto extremamente acessível (é possível compra-lo inclusive pela internet).
 
SINOPSE: A Sagrada Comunhão não é apenas um momento convival do alimento espiritual, mas também o encontro pessoal mais próximo possível nesta vida do fiel com o seu Senhor e Deus. O comportamento interior mais verdadeiro neste encontro é o da receptividade, da humildade, da infância espiritual. Um tal comportamento exige da nossa parte gestos típicos de adoração e de reverência. Temos testemunhos eloquentes disso mesmo na bimilenária tradição da Igreja, caracterizada pelas máximas "com amor e temor" (primeiro milênio) e "quanto possas tanto O louva" (segundo milênio)... O autor relata mesmo o exemplo de três "mulheres eucarísticas" de seu conhecimento, do tempo da clandestinidade soviética. Tais testemunhos podem encorajar e instruir os católicos do terceiro milénio sobre como tratar o Senhor, no augusto momento da Sagrada Comunhão.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

300 seminaristas assistem à missa tradicional...em plena luz do dia!

Recentemente colocamos aqui que a Arquidiocese de Guadalajara, México, tem a maior classe de seminaristas do mundo e apresentamos alguns motivos. Manter quase 1200 seminaristas da própria diocese não é um feito muito comum - eu diria que é inexistente - dentro da Igreja moderna.

Um verdadeiro amor pela vida sacerdotal, aliado ao cuidado paternal dos bispos diocesanos fez florescer este verdadeiro milagre vocacional. Mas o cuidado com a formação não se limita a um ensino contundente dos mistérios da fé aos jovens vocacionados; neste seminário se faz a experiência da Tradição, ou seja, a fé imutável e bimilenar da Igreja é ensinada em sua totalidade, sem divisões ou contraposições. Neste seminário "aquilo que para as gerações anteriores era sagrado, permanece sagrado e grande também para nós".

Um seminário cheio de vocações é um sinal da vitalidade do corpo eclesial presente numa porção particular - a diocese. Não é segredo para ninguém que dioceses comandadas por prelados progressistas, ou seja, aqueles bispos ou arcebispos que veem na doutrina católica a única coisa a ser combatida de verdade, estão minguando. Notícias de seminários com dez ou menos candidatos ao sacerdócio são comuns, infelizmente.

Há no Brasil um fenômeno interessante. Seminários diocesanos razoavelmente bem habitados, com 30 ou 40 seminaristas, mas que ordenam dois ou três sacerdotes por ano, quando muito. A evasão dos vocacionados brasileiros é imensa, a maioria depois do curso de filosofia. A minha diocese - progressista - é vítima deste fenômeno, e raramente ordena mais do que um diácono ao sacerdócio por ano; em alguns anos não ordenou ninguém, mesmo com o seminário relativamente cheio para os padrões modernos.

Em contrapartida vemos seminários como o de Guadalajara, com 1200 seminaristas divididos entre os seminários maior e menor, o seminário de Frejus-Toulon, com o maior número de seminaristas de toda a França, o Seminário São José em Ciudad del Este, Paraguai, com seminaristas na casa das centenas. A receita do sucesso é a abertura generosa à tradição da Igreja, sobretudo a sua tradição litúrgica. Nesses seminários não se nega o missal de Paulo VI, nem se desenvolve uma mentalidade anti-conciliar (por isso o cardeal Braz de Aviz pode ficar tranquilo...), mas também não se nega o missal de Pio V, nem se condena a tradição pré-conciliar. É um começo.

Normalmente um seminarista com "inclinação" mais tradicional deve esconder de todas as formas as suas intenções. Se um dos muitos responsáveis pela sua formação o flagrar com algum livro suspeito ou balbuciando alguma coisa em latim, suas chances de ordenação serão reduzidas à pó. Muitas boas vocações são perdidas nesse caminho de catarse progressista. Quantos jovens, que seriam bons padres, não foram descartados pelos reitores por serem muito tradicionais ou porque se recusam, por exemplo, a aceitar como prática pastoral a tolerância ao pecado? Alguns seminaristas já foram repreendidos por rezarem demais...

Abaixo algumas fotos dos mais de 300 seminaristas mexicanos participando de uma missa tridentina. Não foi uma missa "secreta", celebrada clandestinamente para alguns seminaristas na capela da faculdade. A missa foi acolhida dentro do seminário, celebrada no altar central da capela da casa de formação porque os responsáveis pela formação daqueles jovens compreenderam o que um velho bispo lhes disse antes - "aquilo que para as gerações anteriores era sagrado, permanece sagrado e grande também para nós".


















Fonte: BLOGONICVS

domingo, 15 de junho de 2014

"Usar véu na Igreja é coisa do passado"... SERÁ?

Uso do véu nunca foi abolido!



Por quase 2000 anos, mulheres Católicas se cobriram com o véu antes de adentrarem na Igreja ou em qualquer momento que estivessem na presença do Santíssimo. 

Está escrito no Código de Direito Canônico de 1917: Cânon 1262, que a mulher tem que cobrir suas cabeças--"especialmente quando se aproximam da mesa sagrada" (altar). "Mulieres autem, capite cooperto et modest vestitae, maxime cum ad mesnam Domincam accedunt".Mas Durante o Concílio Vaticano II, Bugnini (o mesmo Maçon que designou a Missa do Novo Ordo), quando indagado por jornalistas se as mulheres deveriam continuar a cobrir suas cabeças, sua resposta talvez bastante inocente, foi de que este tópico não estava em discussão. 
 

 
Os jornalistas (como eles costumam fazer o que querem com o ensino da Igreja) tomaram esta resposta como "não", e imprimiram esta incorreta informação pelo mundo a fora. A partir daí, mulheres do "mundo do Novo Ordo" perderam a Tradição. Após tantos anos de repúdio e/ou indiferença ao véu por parte das mulheres e num contexto geral, o Vaticano (como é de costume após o CVII), não querendo confrontar e/ou decepcionar as feministas, simplesmente fingem que o problema não existe.

Quando o Código de Direito Canônico de 1983 foi produzido, a questão do véu simplesmente não foi mencionada (não foi abolida, simplesmente não mencionada). De qualquer forma, Cânones 20-21 do Código de Direito Canônico de 1983 deixa claro que a nova Lei Canônica só abole a Velha Lei Canônica quando eles escreverem explicitamente isto, e que em caso de dúvidas, a Lei Antiga não deve ser revogada, pelo contrario; Cânon 20 (Código Direito Canônico).

Consequentemente, de acordo com a Lei Canônica e o costume, a mulher continua tendo o dever de cobrir suas cabeças. O véu cristão é um assunto muito sério, e não somente um que diz respeito à Lei Canônica, mas também o de 2 milênios de Tradição da Igreja --na qual se encontra na Tradição do Velho Testamento e no Novo Testamento, aonde São Paulo escreveu: 1. Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo. 2. Eu vos felicito, porque em tudo vos lembrais de mim, e guardais as minhas instruções, tais como eu vo-las transmiti. 3. Mas quero que saibais que senhor de todo homem é Cristo, senhor da mulher é o homem, senhor de Cristo é Deus. 4. Todo homem que ora ou profetiza com a cabeça coberta falta ao respeito ao seu senhor. 5. E toda mulher que ora ou profetiza, não tendo coberta a cabeça, falta ao respeito ao seu senhor, porque é como se estivesse rapada. 6. Se uma mulher não se cobre com um véu, então corte o cabelo. Ora, se é vergonhoso para a mulher ter os cabelos cortados ou a cabeça rapada, então que se cubra com um véu. 7. 

 Quanto ao homem, não deve cobrir sua cabeça, porque é imagem e esplendor de Deus; a mulher é o reflexo do homem. (1 Corinthians 11:1-7) De acordo com São Paulo, as mulheres usam o véu como sinal que Sua Gloria, (não da nossa) deve ser o foco de Adoração, como sinal de submissão á autoridade. É o reconhecimento e um sinal de se ter Deus e o marido (ou pai, de acordo com cada caso) como cabeças, é um sinal de respeito á presença dos Santos Anjos e da Liturgia Divina. Usando o véu, se reflete a ordem invisível divina; e fazem as mesmas visíveis. Isso São Paulo apresenta claramente como uma lei, uma que é a prática de toda Igreja. Algumas mulheres, influenciadas pelos pensamentos das feministas "cristãs", acreditam que São Paulo estava a falar dos homens de sua época.
 

 
Agora, peço aos leitores para relerem atentamente a passagem bíblica sobre o véu e repare bem que São Paulo NUNCA se intimidou em quebrar desnecessários tabus. Foi o próprio São Paulo quem enfatizou várias vezes que a circuncisão e toda a Lei Mosaica não eram necessárias --e isto era enquanto ele falava a Cristãos hebreus! Não, a Tradição e lei do uso do véu não é uma questão de São Paulo ser influenciado por sua cultura, o véu é um símbolo que é tão relevante como à batina de um Padre ou um habito de uma Irmã de Caridade. Repare também que Paulo não está de maneira alguma praticando à misógina aqui. Ele nos assegura que, a mulher foi feita para a glória do homem, assim como o homem foi feito para a glória de Deus. O homem precisa da mulher, e a mulher do homem. Mas existem diferenças no papel de cada um, ambos são dignos, mas diferentes --e tudo para a glória de Deus (e obviamente que devemos tratar um ao outro com caridade!). 
 

 
O véu é também um sinal do reconhecimento das diferentes funções de cada um. O véu é ainda sinal de modéstia e castidade. É sinal de recolhimento e de obediência para com Deus, com a Tradição e com a Igreja.

Fonte: Blog Tradição.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

23º PAPA: Santo Estevão - ano 254 a 257

Papa Santo Estevão (23º Papa)
Pontificado: do ano 254 ao ano 257



Santo Estevão foi o sucessor de São Lúcio, cuja história não muito difere da sua em relação às fortes perseguições sofridas, também em curto espaço de tempo (2 anos) , infligidas também pelo imperador Valeriano. Sua dedicação e empenho em manter a mesma linha de seu predecessor, ou seja, inflexibilidade nas questões relativas à sua fé e ao seu fiel apostolado, fizeram que da mesma forma, recebesse a coroa do martírio pelas mãos do imperador tirano.
 
Filho de Julio, nasceu no final do segundo século e, apesar de haver poucos relatos acêrca da sua infância, todas as evidências confirmam que pertencia nesta época já a uma família cristã. Sua dedicação aos estudos das letras humanas e divinas, particularmente à vida dos Santos, fez com que em curto espaço de tempo, atingisse grau de especial distinção entre os fiéis de Roma. Era jovem quando foi admitido ao clero. Os Papas São Cornélio e São Lúcio, que viriam a se tornar seus predecessores, julgaram que não se podia deixar escondida aquela brilhante tocha de sabedoria. Foi ordenado diácono para em seguida ser administrador dos bens eclesiásticos, ao mesmo tempo que recebeu jurisdição vicarial.
 
Logo que assumiu a cadeira de São Pedro, empenhou-se valorosamente no sentido de extirpar a chama da heresia, defendendo em primeiro lugar os sagrados cânones e as orações para culto divino. Persistia o erro da heresia novaciana, cuja evolução Santo Estevão acompanhou de perto desde os tempos de São Cornélio que, após decisão conciliar, excomungou e declarou Novato anti-papa. As raízes da heresia, apesar disso, alastraram-se danosamente. Foi certamente por sua influência que São Cornélio foi decapitado. São Lúcio, em apenas oito meses, lutou implacavelmente contra ela durante seu pontificado, de apenas oito meses.
São Cipriano, bispo de Cartago, que desde os tempos de São Cornélio, lutou incansavelmente contra a maligna heresia, foi uma grande coluna de apoio aos seus sucessores Lúcio e agora Estevão. Os erros doutrinários eram já partilhados por muitos membros do clero, não só do ocidente, mas também do oriente. Apesar da condenação dos erros novacianos em diversos outros concílios, com especial empenho de São Cipriano e também de São Dionísio, bispo de Alexandria, a chama do erro, com enganoso pretexto de "reforma", fazia que muitos fiéis, em debandada, apoiassem as idéias errôneas. Foi, sem dúvida, uma triste, porém, necessária fase purgativa no seio da Igreja. Seus sectários afirmavam que não poderia, em hipótese alguma, serem admitidos à Comunhão, qualquer pessoa que tivesse caído em crime de idolatria, independente de arrependimento. E que todo o fiel que estivesse em pecado mortal, só o poderia ser admitido, caso fosse batizado novamente. Estenderam esta proibição à todo o gênero de culpas e tentavam, com seus atos de insubordinação regional, comprometer o poder de "atar e desatar", enfim o poder e autoridade divina do Papa.
 
Sucede que, os gentis, percebendo as funestas divisões e balbúrdias promovidas pelos hereges, encontraram oportunidade exata para intensificar as perseguições, incitando os imperadores e magistrados à moverem guerra contra a Igreja, mediante diversas artimanhas e articulações.
 
Alastraram-se documentos libeláticos (falsos certificados de sacrifícios aos deuses), com os quais muitos cristãos covardes o portavam para garantir seu meio de vida, diante das perseguições imperiais. Tais documentos alastraram-se no meio do episcopado, inclusive, foram denunciados de libeláticos Basílides - bispo de Astorga, na Espanha, e Marcial, bispo de Márida, além da denúncia de diversos outros crimes. Estes, apressando-se pelas denúncias, que culminariam na perda da mitra, dirigiram-se ao Papa e fizeram o que puderam para convencê-lo que tratavam-se de calúnias. O Papa Estevão recebeu-os com tanto amor e benignidade, que deram-se por restituídos à cadeira episcopal. Só que, São Cipriano e os bispos da Espanha, atentos à ardilosa astúcia de Basílides e Marcial, cientificaram o Papa dos crimes por eles cometidos, motivo pelo qual o Papa baniu-os e manteve-se inflexível em sua decisão.
 
Porém, o que dá maior idéia do mérito do nosso Santo é a célebre disputa que sucedeu entre os mais santos bispos da Igreja, sobre o valor da nulidade do batismo ministrado por hereges. Parece que esta disputa teve início na Igreja de Cartago, onde São Cipriano, baseando-se na prática de seu predecessor Agripino, ensinava que era nulo o batismo fora da Igreja Católica e, por conseguinte, que se deviam rebatizar todos os hereges que se reconciliavam com ela. Seguiram esta mesma opinião os bispos do oriente, que se juntaram em Icônio, especialmente no oriente como na África. Entretanto, Santo Estevão a condenou, e declarou que a respeito dos que voltavam ao grêmio da Igreja, de qualquer seita que fossem, nada se devia inovar, senão seguir precisamente a Tradição, que era impôr-lhes as mãos pela penitência, sem rebatiá-los, uma vez que tivessem sido batizados em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e que por outra parte não se tivesse omitido coisa alguma das essenciais ao Batismo.

Santo Estevão e São Cipriano
A muito custo São Cipriano mudou de parecer. Convocou muitos Concílios que confirmara sua opinião, e em virtude disso, escreveu ao Papa. O mesmo fizeram os bispos do oriente, porém, Santo Estevão, guiado pelo Espírito Santo, que governa sempre a Igreja, escreveu a São Cipriano e aos bispos da Cilícia, da Capadócia e da Galácia, que se separaria de sua comunhão, se persistissem suas opiniões sobre o batismo dos hereges. Com o tempo, se reduziram todos os bispos do oriente à decisão do Pontífice, contribuindo não pouco a este feliz sucesso São Dionísio, Bispo de Alexandria. Maior foi a resistência dos bispos africanos; porém, no final toda a Igreja abraçou o que ficou definido por Santo Estevão. Também teve o consolo de saber por carta de São Dioníisio Alexandrino que, em geral, todo o oriente havia abandonado o partido dos novacianos, unindo-se com Roma; ao mesmo tempo que participava desta boa notícia, se congratula com o Santo Papa dos socorros espirituais e temporais com que ajudava os fiéis da Síria e Arábia; prova evidente do muito que se estendia sua caridade e vigilância pastoral.
 Publicou o Imperador um edito pelo qual confiscava os bens dos cristãos, e os concedia que os denunciasse. Por esta ocasião, convocou o Papa ao clero e ao povo; e falou com tanta energia e com tanta eficácia sobre a vaidade dos bens desta vida, que um presbítero chamado Bono, arrebatado de santo fervor, exclamou em nome de todos, que não só estavam prontos a perder todos os seus bens, mas a padecer os mais cruéis tormentos, e a dar a vida por Jesus Cristo, declaração que foi recebida por aplauso universal.
 
Acendido o fogo da perseguição, é indizível o ardor com que todos de dispunham ao martírio. O Santo Papa andava de casa em casa, e passava os dias em lugares subterrâneos, oferecendo o Santo Sacrifício e dando aos fiéis a Sagrada Comunhão. Em um só dia batizou 180 catecúmenos, administrando-lhes o sacramento da confirmação, dizem as atas, ofereceu por eles o sacrifício Incruento, sustentando-os com o Pão dos fortes, e poucos dias depois quase todos mereceram receber a coroa do martírio.
 
Santo Estevão convencionou o que mais urgia na atual constituição dos negócios para o governo da Igreja, empossando 3 presbíteros, 7 diáconos e 16 clérigos, a quem encomendou a custódia dos vasos sagrados e a distribuição das esmolas. Nemésio, tribuno militar, andava em busca do Santo Papa, por ter ouvido que era um homem extraordinário e que fazia grandes milagres. Tinha o tribuno uma filha única, cega de nascença, e suplicou a Estevão que desse vista à sua filha.
 
"O farei", respondeu o Santo, "porém, com a condição de que há de crer em Jesus Cristo, em cujo nome e virtude hei de fazer o milagre".
 
Sem deter-se um ponto, o prometeu Nemésio, e assegurando com juramento que se faria cristão, acreditou em Jesus e pediu o Batismo. Instruindo-lhe o Papa e batizando-o juntamente com sua filha, o qual recobrou a vista logo que recebeu o Batismo, se lhe deu o nome de Lucila.
 
À vista deste milagre, se batizaram maravilhados 63 pagãos. Nemésio e Lucila foram presos, como também Sempronio, seu primeiro secretário, a quem o Tribuno Olimpo ordenou que declarasse o estado de todos os bens de seu amo. Respondeu o fiel criado ao Tribuno que não haviam bens, já que tudo havia sido repartido entre os pobres. "Então tu também és cristão como teu amo?", replicou Olimpo, que se chamava o juiz. "Esta sorte tenho, e me orgulho muito dela", respondeu Sempronio. Irritado, Olimpo fez trazer uma estátua do deus Marte, e mandou a Sempronio em nome daquela falsa divindade, que declarasse os tesouros de seu amo. Olhando Sempronio com indignação ao ídolo, exclamou: "Confunda-te Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, e faça-te em pedaços neste mesmo instante". Imediatamente caiu o ídolo a seus pés reduzido a pó. Assombrou a Olimpo o milagre, e abrindo os olhos da alma, creu que todos seus deuses eram quimeras, e que não havia outro verdadeiro Deus, senão Jesus Cristo. Descobriu-se a Exupéria, sua mulher, que interiormente era cristã; esta o confirmou sobre suas reflexões, e lhe aconselhou que se convertesse. O fez com toda sua família, atendidos por Santo Estevão que, informado sobre o que se passava, instruiu-os, batizou-os e exortou-os à perseverança.


Santo Estevão Papa batizando os pagãos convertidos à Fé

 
Deu-se grande alvoroço em Roma pela conversão de famílias tão conhecidas; noticiado o Imperador, cheio de ira, mandou que a todos lhes tirassem a vida no mesmo dia, tendo o Santo Papa o consolo de dar a todos sepultura. Da mesma sorte lograram doze clérigos aos quais, à frente, estava o presbítero Bono. Ordenou o Imperador que fosse preso Santo Estevão, e quis ver-lhe. Perguntou-le sem delongas se era aquele sedicioso que perturbava ao Estado, desviando o povo do culto devido aos deuses do Império.
 
"Senhor", respondeu Estevão, "eu não perturbo o Estado; só exorto ao povo que não renda culto aos demônios, e que adore ao verdadeiro Deus, a quem unicamente se lhe deve adorar".
 
"Ímpio, exclamou o imperador, dessa blasfêmia que acabas de proferir virá tua morte!" E voltando-se aos soldados de sua guarda, acrescentou: "Quero que seja conduzido ao templo do deus Marte, e que ali seja degolado e oferecido em sacrifício".
 
Executou-se a ordem, mas tão logo foi conduzido, o céu rompeu em trovões, relâmpagos e raios; caiu por terra o templo do deus Marte, e fugiram todos os pagãos. Ficou só Estevão com as pessoas que o haviam seguido. Retirou-se com eles a um lugar onde costumavam juntar-se e ofereceu o Divino Sacrifício do Corpo e Sangue de Jesus. Tão logo acabou de celebrá-lo, os soldados que o procuravam por todas as partes entraram e o degolaram sobre sua cadeira pontifical, quando exortava os cristãos ao martírio. Sucedeu isto em 2 de agosto de 257, e seu santo corpo, junto com a cadeira em que foi sacrificado, toda banhada de sangue, foi enterrado pelos cristãos no Cemitério de Calixto. Trasladou-se sua cabeça a Colônia, onde é singularmente venerada. .


 
 
Santo Estevão Papa, rogai por nós! Rogai pela Igreja da qual fostes o Pastor!

domingo, 8 de junho de 2014

Razões pelas quais nos opomos à comunhão na mão

Caríssimos leitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
 
Já postamos aqui em nosso blog um pequeno artigo acompanhado de um vídeo onde demonstrávamos a inconveniência de se distribuir/receber a Sagrada Eucaristia na mão.
 
O pequeno artigo que pode ser visto AQUI, após uma pequena introdução, traz um vídeo intitulado "Jesus está no chão". Como o próprio título diz, o vídeo trata de demonstrar como a recepção da Comunhão na mão favorece a perda/queda de micropartículas da Hóstia consagrada no chão, seja por terem ficado presas à mão do fiel que a recebeu e caírem ao chão instantes depois, seja por cairem ao chão na própria ação: cibório - mão do sacerdote/"mece" - mão do fiel - boca do fiel - uma vez que na Missa Tradicional, no trajeto da saída da Hóstia pelas mãos do sacerdote à recepção na boca por parte do fiel há uma "patena de comunhão", instrumento que serve justamente para aparar as micropartículas que possam se desprender da Hóstia, evitando que elas caiam ao chão. E qual a importância desse "detalhe"?
 
O fato de isso não ser apenas um "detalhe", mas antes, estar totalmente relacionado ao Dogma da Presença Real! E o que isso quer dizer? Ora, todo católico DEVE CRER com fé divina e católica, isto é - submetendo o seu intelecto, a sua vontade e o seu coração - à verdade de Fé que a Eucaristia, isto é, a Hóstia consagrada, É O CORPO DE CRISTO! Assim disse Nosso Senhor, assim afirmou a Igreja, assim definiram os Concílios, os Papas, em suma, a Escritura, a Tradição e o Magistério da Igreja.
 
Esse dogma nos manda crer que na Sagrada Hóstia encontra-se Nosso Senhor Jesus Cristo em corpo, sangue, alma e divindade e que isso se dá na Hóstia consagrada por inteiro e em cada partícula que a compõe. Sendo assim, Nosso Senhor está Todo presente em todas as Hóstias verdadeiramente consagradas em todo o mundo assim como na mínima partícula que desgraçadamente caiu ao chão.
 
Como nos mostra o vídeo, "Jesus está no chão" em cada partícula de seu Santíssimo Corpo que é derrubada, pisoteada e esquecida nos solos de nossas Igrejas. Só esse já deveria ser motivo suficiente para que fosse abandonada a prática da Comunhão na mão e as basílicas, santuários, catedrais, paróquias, comunidades e capelas em todo o mundo voltassem à pratica tradicional de se receber a comunhão diretamente na boca.
 
Mesmo assim, reproduzimos abaixo um artigo que traz diversos argumentos teológicos, históricos e lógicos que esclarecem o porquê de nós do Apostolado Morro por Cristo nos apormos à comunhão na mão. Assim como os motivos apresentados no vídeo, essas explicações certamente esclarecerão ao leitor sobre o porquê da necessidade da Igreja e de cada católico retornar à essa prática tão importante para a conservação da Fé na Presença Real de Cristo na Eucaristia e de sua consequente adoração.
 
Veremos a importância de se receber a Comunhão da maneira tradicional: na boca, de joelhos e das mãos do sacerdote!
 
 ¡Que Viva Cristo Rey!
 
José Santiago Lima

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COMUNHÃO NA BOCA, DE JOELHOS, E DA MÃO DO SACERDOTE


Cân. 898 — Os fiéis tenham em suma honra a santíssima Eucaristia, participando activamente na celebração do augustíssimo Sacrifício, recebendo com grande devoção e com frequência este sacramento, e prestando-lhe a máxima adoração; os pastores de almas, ao explanarem a doutrina sobre este sacramento, instruam diligentemente os fiéis acerca desta obrigação.

 
São Pio de Pietrelcina distribui a Divina Eucaristia

 
CATECISMO ROMANO

"Devemos, pois, ensinar que só aos sacerdotes foi dado poder de consagrar a Sagrada Eucaristia, e de distribuí-la aos fiéis cristãos. Sempre foi praxe da Igreja que o povo fiel recebesse o Sacramento pelas mãos dos sacerdotes, e os sacerdotes comungassem por si próprios, ao celebrarem os Sagrados Mistérios. Assim o definiu o Santo Concílio de Trento; e determinou que esse costume devia ser religiosamente conservado, por causa de sua origem apostólica, e porque também Cristo Nosso Senhor nos deu o exemplo, quando consagrou Seu Corpo Santíssimo, e por Suas próprias mãos O distribuiu aos Apóstolos.

De mais a mais, com o intuito de salvaguardar, sob todos os aspectos, a dignidade de tão augusto Sacramento, não se deu unicamente aos sacerdotes o poder de administrá-lo: como também se proibiu, por uma lei da Igreja, que, salvo grave necessidade ninguém sem Ordens Sacras ousasse tomar nas mãos ou tocar vasos sagrados, panos de linho, e outros objetos necessários à confecção da Eucaristia.

Destas determinações podem todos, os próprios sacerdotes e os demais fiéis, inferirquão virtuosos e tementes a Deus devem ser aqueles que se dispõem a consagrar, a ministrar, ou a receber a Sagrada Eucaristia".

 
Aqui é São Pio de Pietrelcina que recebe o Santíssimo Sacramento da Eucaristia
 

CATECISMO MAIOR DE SÃO PIO X


"No ato de receber a sagrada Comunhão, devemos estar de joelhos, com a cabeça medianamente levantada, com os olhos modestos e voltados para a sagrada Hóstia, com a boca suficientemente aberta e com a língua um pouco estendida sobre o lábio inferior. Senhoras e meninas devem estar com a cabeça coberta".

MISSAL ROMANO (Forma Extraordinária)

O Missal Romano determina que a partir do momento da consagração, o sacerdote deve manter juntos os dedos indicador e polegar, de tal forma que, ao elevar o cálice, ao virar as páginas do missal ou ao abrir o sacrário, aqueles dedos toquem somente a Hóstia consagrada. No final da missa, o sacerdote passa com a patena sobre o corporal e limpa-o para dentro do cálice, para que possa ser recolhida e consumida com reverência a menor Partícula que possa ter aí ficado. Após a comunhão, as mãos do sacerdote são lavadas sobre o cálice com água e vinho – consumidos reverentemente, impedindo que alguma Partícula seja profanada.
 
 
O então Cardeal Joseph Ratzinger dá a Comunhão ao Santo Padre o Papa João Paulo II
Não importa a dignidade que quem recebe, mas sim a dAquele que é entregue

 
SANTO TOMÁS DE AQUINO

"Pertence ao sacerdote distribuir o Corpo de Cristo por três motivos.

Primeiro, porque é ele que consagra na pessoa de Cristo. Assim como Cristo consagrou o seu corpo na Ceia, assim também distribuiu-o aos discípulos. Por isso, assim como pertence ao sacerdote consagrar o Corpo de Cristo, assim também o de distribuí-lo.

Segundo, porque o sacerdote se constitui intermediário entre Deus e o povo. Portanto, como lhe pertence apresentar a Deus as oferendas do povo, assim também lhe pertence distribuir ao povo os dons divinamente santificados.

Terceiro, porque por respeito à Eucaristia, nada a deve tocar que não esteja consagrado. Por isso, consagram-se os corporais, os cálices, igualmente as mãos do sacerdote para tocarem este sacramento. Não é lícito, pois, a ninguém mais tocá-lo, a não ser em caso de necessidade, por exemplo se cair no chão ou em outro caso semelhante"

(Suma Teológica, III, q.82, a.III).

"Depois da consagração, o celebrante une os dedos, isto é o polegar com o indicador, que tocaram o Corpo consagrado de Cristo, para que, se alguma partícula aderira a eles, não desprenda. Manifesta o respeito devido ao sacramento" (Suma Teológica, III, q.83, a.VI, ad5).
 
A Sagrada Comunhão sendo distribuída em Missa Tradicional na África, por mãos do Bispo

 
SÃO FRANCISCO DE SALES

"Começa já na véspera do dia da comunhão a te preparar com repetidas aspirações do amor divino e deita-te mais cedo que de costume, para te levantares também mais cedo. Se acordas durante a noite, santifica esses momentos por algumas palavras devotas ou por um sentimento que impregne tua alma de felicidade de receber o divino esposo; enquanto dormes, ele está velando sobre o teu coração e preparando as graças que te quer dar em abundância, se te achar devidamente preparada. Levanta-te de manhã com este fervor e alegria que uma tal esperança te deve inspirar, e depois da confissão aproxima-te com uma grande confiança e profunda humildade da mesa sagrada, para receber este alimento celeste, que te comunicará a imortalidade. Depois de pronunciares as palavras: "Senhor, eu não sou digno ...", já não deves mover a cabeça ou os lábios para rezar ou suspirar; mas, abrindo um pouco a boca e elevando a cabeça de modo que o padre possa ver o que faz, estende um pouco a língua e recebe com fé, esperança e caridade aquele que é de tudo isso ao mesmo tempo o princípio, o objeto, o motivo e o fim".
 
O Santo Padre o Papa Bento XVI a distribuir o Santíssimo Sacramento... na boca e de joelhos!
 
Introdução e imagens: Morro por Cristo
Organização das citações do Artigo "Comunhão na boca, de joelhos e das mãos do sacerdote": Rainha dos Mártires 

sexta-feira, 6 de junho de 2014

"...é possível encontrar tudo, mas não a salvação" - Santo Agostinho



“Fora da Igreja é possível tudo, exceto a salvação. É possível ter honras, é possível ter sacramentos, é possível cantar aleluias, é possível responder amém, é possível possuir o Evangelho, é possível ter fé no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, é possível pregar; mas em nenhum lugar senão na Igreja Católica, é possível encontrar a salvação”.

Santo Agostinho, bispo de Hipona (África) - ano 354 a 430)

terça-feira, 3 de junho de 2014

Paulo VI e a crise na Igreja

Um dos papas mais controversos da história da Igreja foi Giovanni Battista Montini, o Papa Paulo VI, cujo pontificado foi de 1963 a 1978. Para alguns, tido como um santo. Para outros, o principal responsável pela terrível crise que se instalou na Igreja (e que encontra seu ápice no tempo presente).
 
 
 
Foi durante o pontificado do Papa Paulo VI que se desenrolou o 21º Concílio da Igreja, o "Vaticano II", idealizado e aberto por se predecessor, o Papa João XXIII. Embora a intenção deste Concílio e de seus realizadores (incluindo-se os Papas João XXIII e Paulo VI) fosse a de "impulsionar a evangelização" e trazer uma "primavera para a Igreja", o que se viu após a realização do mesmo foi um resultado totalmente oposto ao esperado:
 
  • Flagrante diminuição da frequência dos fiéis à Missa e demais cerimônias religiosas.
  • Abandono do estudo da Doutrina Católica e consequente relativização dessa doutrina.
  • Abandono da Religião Católica e migração para outras religiões.
  • Queda vertiginosa das vocações sacerdotais e religiosas.
  • Surgimento de ideias e movimentos - dentro da Igreja - totalmente contrários à Doutrina da Igreja.
  • Abusos litúrgicos, heresias e desobediência generalizada.
  • Escândalos em diversos meios.
  • Etc. etc. etc...
 
O objetivo do presente artigo não é analisar - com a pretensão de "dar um veredito" sobre - a culpabilidade (ou não) do Concílio Vaticano II e de seus documentos na presente situação. Mas é inegável que após o Concílio se abateu sobre a Igreja uma de suas piores crises em dois mil anos. Certamente há aqueles, ignorantes ou otimistas, que imaginam "não haver crise" ou "estar tudo bem",  assim como há os entusiastas do Concílio e de tudo o que a ele se seguiu, que julgam ser "benefícios" ou "progressos" aquilo que nós apontamos como sintomas da crise (a exemplo de certos "Boff´s" e "Betto´s" et caterva) mas, para qualquer católico honesto, não há como não reconhecer que os problemas acima elencados se abateram violentamente na Igreja após o CVII.
 
Quanto ao Santo Padre o Papa Paulo VI, embora muitos o apontem como o principal responsável por essa terrível crise pela qual a Igreja vem passando nos últimos 50 anos, também ele deu sinais inequívocos de que reconhecia estar a Igreja em situação totalmente diversa da esperada. Seus diagnósticos sobre a situação da Igreja começaram a surgir quando da publicação de sua Encíclica Humane Vitae, de 1968, que tratava da Vida Humana e de sua concepção. A Encíclica - dentre outras coisas - condenava o aborto e a contracepção por métodos artificiais como proibidos pelo Magistério da Igreja.
 
O "espírito de renovação" que reinava após o Concílio fez com que muitos - fiéis, religiosos, sacerdotes e até mesmo bispos - rejeitassem a Encíclica por conter um ensinamento "retrógrado e pré-conciliar", nada "moderno" ou "adaptado aos novos tempos". Em 1968 disse Paulo VI: 
 
"A Igreja se encontra em uma hora inquieta de autocrítica, ou melhor dito, de autodemolição. A Igreja está praticamente golpeando a si mesma" (7 de dezembro de 1968).
 
Com o passar dos anos, e a medida em que surgiam novos sintomas da crise que ia se instalando na Igreja, também novos lamentos do Papa Paulo VI foram externados: 
 
"Por algum buraco foi introduzida a fumaça de Satanás no Templo de Deus" (29 de junho de 1972).
 
"É lamentável a divisão e a desregação que, por desgraça, se encontra não em pouco setores da Igreja" (30 de agosto de 1973).
 
"A abetura ao mundo foi uma verdadeira invasão do pensamento mundano na Igreja" (23 de novembro de 1973).
 
Conforme escreve o historiador Ricardo De La Civerva, "a consciência da crise não abandonou Paulo VI até sua morte. Atribuía uma séria responsabilidade pessoal e pastoral a ela, que minava sua saúde e lhe fazia envelhecer prematuramente. Diante de seu confidente Jean Guitton disse, pouco antes de morrer, esta confissão dramática:
 
"Há uma grande perturbação neste momento da Igreja e o que se questiona é a fé. O que me perturba quando considero o mundo católico é que dentro do catolicismo parece às veses que pode predominar um pensamento não católico, e pode suceder que este pensamento não católico dentro do catolicismo se converta, amanhã, como o pensamento mais forte. Porém nunca representará o pensamento da Igreja. É necessário que subsista uma pequena grei, por muito pequena que seja".
 
Anos depois, Guitton comentava
 
"Paulo VI tinha razão. E hoje nos damos conta. Estamos vivendo uma crise sem precedentes. A Igreja, e mais, a história do mundo, nunca conheceu crise semelhante. Podemos dizer, que, pela primeira vez em sua história, a humanidade em seu conjunto é contra a teologia". (La hoz y la cruz, Ed. Fénix 1996, pg.84).