"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

quarta-feira, 30 de abril de 2014

2º ANIVERSÁRIO DO BLOG! (30 de abril de 2012 - 30 de abril de 2014)




Caros leitores, na presente data - 30 de abril de 2014 - comemoramos o 2º aniversário de nosso pequeno apostolado virtual "Morro por Cristo".
 
Agradeço aos leitores que nos têm acompanhado nesses dois anos, deixando mensagens de incentivo, agradecimento, indicando o blog e, sobretudo, colocando essa pequena iniciativa em vossas orações.
 
Em 2 anos de apostolado, recebemos pouco mais de 30 mil visitas, sendo que em seu segundo ano, o blog recebeu o dobro de visitas do primeiro. Como foi lembrado em nosso primeiro aniversário, alguns blogs recebem em um único dia a quantidade de visitas que recebemos em um ano. No entanto, reafirmo aquilo que bem retrata nossa razão de existência:

Se entre todas as visitas ao blog, ao menos uma tiver como resultado o de ter contribuído para o aumento da fé, ter esclarecido alguma dúvida ou simplesmente auxiliado o leitor em algo, esse pequeno empreendimento já terá sido útil.
 
Seguem abaixo alguns dados dos 2 anos do apostolado Morro por Cristo:

30.812 visitas ao blog.
10.140 (1º ano)
20.672 (2º ano) - mais que o dobre de acessos do primeiro ano.
 
1.307 acessos teve a postagem mais vista no blog (sobre o Frei Claudio Van Balen)
 
18.586 acessos de leitores do Brasil.
 
Os demais acessos foram dos Estados Unidos (5.496), Alemanha (1.422), Rússia (784), Portugal (606), México (378), Malásia (273), Índia (187), China (184), Espanha (162), Reino Unido (66), Itália (37), Polônia (26) e Japão (25).
 
Agradecemos aos leitores que nos acompanharam ao longo destes 2 anos, aproveitamos para pedir que não apenas acessem como também que deixem comentários e - sobretudo - que tenham esta pequena iniciativa católica em vossas orações!

¡Viva Cristo Rey!

domingo, 27 de abril de 2014

O fundador da igleja pentecostal mais influente da Suécia, anuncia sua conversão ao Catolicismo


Fonte: ACI/EWTN Notícias
Tradução: MorroPorCristo


ESTOCOLMO, 12 Mar. 14 / 07:05 pm (ACI/EWTN Noticias).- Ulf Ekman, o fundador da igreja pentecostal mais influente da Suécia moderna e de toda a Escandinávia, anunciou - perante o espanto de aproximadamente três mil seguidores - em plena assembleia dominical, que ele e sua esposa Birgitta se converteram ao Catolicismo porque “nos demos conta que nossos preconceitos protestantes em muitos casos não possuem base alguma”.
 
Ekman dedicou quase trinta anos ao serviço da congregação “Palavra de Vida”, por ele fundada juntamente com uma escola bíblica com cerca de mil alunos, uma ONG de apoio a crianças na Índia, missionários na Rússia, Cazaquistão e outras zonas ex-soviéticas. É autor de livros traduzidos em 60 idiomas, além de apresentador de um programa televisivo internacional.
 
O ex pastor esclareceu que no decorrer de dez anos dedicados a conhecer mais profundamente a Igreja Católica, se viu atraído pelo Catecismo, a Doutrina Social e o exemplo de vida dos católicos carismáticos, com quem pôde compartilhar momentos em diversas oportunidades e em diferentes partes do mundo.
 
Na Suécia, apenas 1,5% da população é composta por católicos, e destes a grande maioria são imigrantes. Ekman explicou que a confirmação de sua decisão se deu ao conhecer o insólito vídeo que o Papa Francisco gravou para o congresso de pastores pentecostais que aconteceu nos Estados Unidos. Ele, que sempre foi a figura de referência da congregação (apesar de ter deixado de ser o pastor principal em março de 2013), destacou que crer na unidade dos cristãos “deve ter consequências práticas”.



O agora ex pastor ingressará na Igreja Católica na Páscoa deste ano (ndt: domingo passado) e confirmou que ambos “descobrimos um grande amor por Jesus e uma sã teologia, fundada na Bíblia e no dogma clássico. Temos experimentado a riqueza da vida sacramental. Temos visto a lógica em possuir uma estrutura sólida no sacerdócio, que mantem a fé da Igreja e que a transmite à geração seguinte”.
 
Ekman também expressou que na Fé Católica puderam encontrar “uma força ética e moral e uma coerência que pode enfrentar a opinião geral e uma tendência bondosa direcionada aos pobres e aos mais débeis, e por último mas não menos importante, temos estado em contato com representantes de milhões de católicos carismáticos e temos visto sua viva Fé”.
 
O Secretário Geral da Aliança Evangélica Sueca, Stefan Gustavsson, expressou que "Ulf Ekman é sem sombra de dúvida o líder cristão mais dinâmico e influente que tivemos na Suécia no último meio século. Seu significado e expressão internacional vai muito além do que a maioria dos suecos imagina; incontáveis pessoas em todo o mundo dão graças a Deus pelo serviço prestado por Ulf Ekman".
 
Em uma entrevista concedida à revista sueca, Varlden Idag, Ekman - que havia escrito diversos artigos anticatólicos em 1989 durante a visita à Suécia do Papa João Paulo II - afirmou que a figura de um Pontífice - neste caso, o Papa Francisco - "é a máxima expressão de um Magistério". Disse agora reconhecer e inclusive recomenda que para conhecer o catolicismo deve-se ir às fontes, como o Catecismo, o Magistério e a Doutrina Social.
 
Ao referir-se à unidade dos cristãos, disse que “faz muito bem manter uma boa relação com pessoas de diferentes comunidades, superar diferencias, deixar de provocar ou de aborrecermo-nos . Inclusive se não estamos de acordo, podemos buscar uma atitude conciliadora e objetiva. Isso é bom e mesmo necessário. Mas não é suficiente”.
 
Diante dessa resposta o entrevistador lhe perguntou se “Não seria suficiente que nos amássemos uns aos outros?", ao que Ekman respondeu: “Isso é o mesmo que dizem as pessoas que coabitam sem ter se casado! No entanto, Jesus não possui 20 mil esposas nem tem uma parceira de fato, mas sim uma relação interna e externa específica com uma Esposa”, referindo-se à Igreja.
 
 
Citando o Evangelho de São João, cap. 11, vers. 52, disse: "Sim, Jesus não iria morrer apenas pelo povo, mas também para Reunir os filhos dispersos de Deus (…). Jesus morreu por isso (…) Creio firmemente que é muito forte no coração de Deus o desejo de que nos unamos”.
 
A Igreja é o Corpo de Cristo, uma entidade estruturada. É concreta, não é uma "nuvem de gás". O Corpo é visível. O modelo é Jesus, que teve um corpo visível durante 33 anos. Além do mais, como era no princípio? Nós gostamos de dizer que "voltemos ao cristianismo dos Atos dos Apóstolos…" e então só havia uma Igreja!”, enfatizou.

Ekman em seu contato com católicos descobriu “o quão viva é sua crença, os dons que possuem, o bem informados que estão, a força de sua fé. Os cristãos ‘de avivamento’ creem que possuem o monopólio desse ardor, então para mim foi uma experiência confortadora perceber de que não tínhamos este monopólio”.
 
Revelou que também o influenciou sua relação com o único Bispo Católico da Suécia, Mons. Anders Arborius e o Sacerdote e escritor, Rev. Padre Wilfrid Stinissen.
 
Por sua parte, Birgitta recordou que “quando descobri todos esses aspectos positivos (da Fé Católica) pensei: Por quê ninguém me os havia apresentado antes? Pensei: ‘Alguém me os havia ocultado, a mim e a todos os demais não-conformistas (referindo-se aos protestantes fora da igreja luterana estatal).  Foi uma experiência repentina, depois de muita leitura. A expiação, a redenção, a crença nos milagres… tudo isso está de uma maneira forte e bem articulada, e muita gente sequer sabe disso. Me enrubesci de vergonha ao constatar nossa ignorância”.
 
Agora os esposos Ekman - que continuarão com o trabalho de solidariedade para com as crianças da Índia, serão fiéis da Paróquia Católica de Sankt Lars, em Uppsala. “Nos sentimos, um pouco, como Abraão e Sara: dois anciãos entrando em um país desconhecido”, acrescentam. "Porém, guiados por Deus (…).  Mas, isso sim, com vontade de fazer coisas pela evangelização, pela unidade dos cristãos e seu melhor entendimento”, concluíram.



Ulf Ekman e a esposa Birgitta, diante do Papa Francisco


Precisamos daquilo que Jesus constituiu na Igreja Católica. Preciso dos sacramentos, preciso do Magistério, preciso do Papa, preciso da Tradição que administram. Tenho necessidade da Igreja para minha própria salvação, declama Ekman.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

18º PAPA: São Ponciano - ano 230 a 235

Papa São Ponciano (18º Papa)
Pontificado: do ano 230 ao ano 235


São Ponciano, era natural de Roma. Seu predecessor, Santo Urbano I, havia sofrido constantes perseguições, movidas pelo prefeito de Roma, sob o império de Alexandre Severo. Apesar do imperador apresentar certa compassividade com os cristãos, a guerra era fomentada pelos principais inimigos da Igreja, ou seja, pagãos idólatras e muitos magistrados que eram inimigos terríveis do cristianismo. Foi por esta influência que uma grande quantidade de fiéis tombou morta, inclusive, o próprio Santo Urbano.

São Pio voltado aos fiéis para o
"Dominus Vobiscum", introduzido
pelo Papa São Ponciano
 Eleito papa, ordenou o canto dos Salmos, a recitação do confiteor Deo e o uso do Dominus Vobiscum.

Assumindo São Ponciano o trono pontifício, o imperador Alexandre Severo garantiu certa paz aos cristãos. Esta paz perdurou durante os cinco anos de seu pontificado. Sucede que Alexandre veio a ser assassinado no mês de maio de 235, tendo sido sucedido por Maximiano. Logo que assumiu o trono imperial, o novo governador, movido de fúria, atacou impetuosamente os cristãos, movendo-lhe cruel perseguição. Um dos seus primeiros atos foi a deportação do Papa para as pedreiras da  Sardenha para cumprir trabalhos forçados, onde sofreu duras humilhações e açoites.

Demitiu-se do pontificado pouco depois de ter chegado à ilha, sendo esta a primeira vez que isso aconteceu na história dos papas. Sua renúncia tinha o magnânimo objetivo de não criar dificuldades à Igreja de Roma para a reconciliação com os seguidores de Hipólito, que chegou mesmo à ruptura total, auto ordenando-se bispo e arrastando no cisma parte do clero e do povo de Roma. Hipólito, que também tinha sido condenado ao exílio e ao trabalho forçado nas minas, assim como o seu grupo foi reconduzido à Igreja de Roma.

A Igreja conferiu a São Ponciano o título de mártir. É certo que seu corpo foi encontrado no cemitério de Calixto decapitado, mas não há registros precisos sobre as circunstâncias da sua morte.



São Ponciano Papa, rogai por nós! Rogai pela Igreja da qual fostes o Pastor!
 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Filmes católicos: 3 situações e 1 problema "inexplicável"... ou nem tanto assim

É realmente surpreendente ver a quantidade de filmes estrangeiros lançados anualmente no Brasil, todos com suas respectivas versões dubladas e legendadas. Basta uma visita a uma loja do tipo "blockbuster", a uma vídeo-locadora ou mesmo a um dos milhares de vendedores ambulantes presentes nas esquinas desse nosso Brasil para se ter acesso a uma infinidade de filmes, dos mais artísticos aos mais ridículos... basta ligar o aparelho televisor e sintonizar em qualquer canal da tv aberta, de "tela quente" à "sessão da tarde", de "sessão especial" ao extinto "cinema em casa" para se deparar com títulos os mais diversos, desde superproduções multimilionárias até filmecos amadores de baixíssimo orçamento. E como disse, TODOS com suas respectivas versões dubladas e legendadas... TODOS!

Me surpreende, porém, notar que alguns filmes excelentes - muitos deles podendo ser facilmente classificados como superproduções - não nos chegam para que possamos aprecia-los tal como merecem. O que esses filmes têm em comum? São filmes católico, isto é, filmes que se propõem a transmitir a fé e a doutrina católica, defender a Igreja, contar alguma história edificante, enfim, filmes que - geralmente - trazem temas "politicamente incorretos" ou que destoam das ideias propagadas pela chamada "Nova Ordem Mundial".

É realmente curioso observar que alguns estúdios, emissoras e distribuidores brasileiros se disponham a importar, dublar e legendar verdadeiras porcarias cinematográficas, produções horríveis, malfeitas, ridículas e muitas vezes insignificantes enquanto outras tantas de reconhecida qualidade são verdadeiramente barradas e escondidas do público brasileiro.

Trago 4 exemplos desse problema para conhecimento de nossos leitores:

O 13º Dia (título original: The 13th Day)


O filme retrata a aparição de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal. As aparições, o Milagre do Sol e as mensagens de Nossa Senhora são retratados de forma magnífica, em uma excelente produção otimamente interpretada e cheia de efeitos especiais. O filme se passa em preto e branco, tendo suas cenas coloridas apenas nos momentos das aparições e milagres. A produção é britânica, com algumas parcerias de produtores de outros países e foi lançada em maio de 2009. No Brasil chegou uns dois anos depois, apenas em DVD e, estranhamente, o filme foi apenas legendado. Embora já seja grande coisa o encontrarmos a venda no Brasil, o fato de não estar dublado dificulta a assistência das crianças e adultos que tenham dificuldade de leitura. Por que será que não o dublaram??? 
 

O Grande Milagre (título original: El Gran Milagro)


O filme - uma animação produzida nos Estados Unidos - conta a história de 3 pessoas: uma mãe que busca reorganizar sua vida junto a seu filho único após a morte do marido (o pai da criança), uma viúva idosa que procura dar sentido à sua vida e um motorista que descobre estar seu filho gravemente enfermo. Os 3 acabam conduzidos à Santa Missa, onde passam a enxergar a realidade sobrenatural do rito, aquilo que acontece de fato mas que não enxergamos, o que acaba por mudar definitivamente a vida das personagens. O filme é uma ótima catequese para quem deseja conhecer e fortalecer a fé no Santo Sacrifício da Missa. Foi lançado em outubro de 2011, embora nunca tenha chegado ao Brasil... É possível assisti-lo online, inclusive com legenda em português. É uma pena não ter chegado à nossa Terra de Santa Cruz, sobretudo para as crianças.
 

Cristiada (Título original: For Greather Glory / Cristiada)


 
O filme conta a história da Guerra Cristera, a perseguição que a Religião Católica conheceu no México entre 1926 e 1929, quando o governo maçom/comunista proibiu a celebração de quaisquer cerimônias religiosas no México assim como sua assistência. A população mexicana, extremamente católica, juntou-se e - empunhando armas e rosários - formou o exército auto denominado exército cristero, enfrentando o exército anti-cristão. Centenas de cristeros foram martirizados, assim como outros tantos sacerdotes e religiosos, pelo simples fato de não abandonar a Fé.
 
Esse é o caso que mais me surpreende: o filme - uma superprodução - foi lançado em 2012 e é estrelado por diversos astros hollywoodianos, tendo inclusive o ator Andy Garcia como protagonista. No entanto, dois anos depois não o vimos nem nas telas do cinema nem mesmo em DVD. A única alternativa é assisti-lo online, onde por sorte já lhe acrescentaram uma legenda em português.
 
 
Um Deus Proibido (Título original: Un Dios Prohibido)



O filme conta a história da perseguição comunista aos religiosos católicos durante a guerra civil espanhola (1936 a 1939). Trata, especificamente, do martírio de um grupo de sacerdotes e seminaristas da cidade espanhola de Barbastro. Dentre os 4 exemplos citados, é o filme mais recente: foi lançado na Espanha, país onde foi produzido, em julho de 2013. Até o momento não temos qualquer informação se será apresentado nos cinemas brasileiros ou se ao menos chegará em DVD (e dublado, assim esperamos). Enquanto isso, nos consolamos com sua disponibilidade também online, embora apenas em seu idioma original.
 
Bem, assim concluo o pequeno artigo esperando ter atingido 2 objetivos: o 1º é o de ter feito uma crítica ao fato de nos dificultarem o acesso a belíssimos e edificantes filmes católicos. O 2º é o de indicar aos leitores estes 4 excelentes filmes, tanto para os que os desconheciam como para os que ainda tinham dúvidas quanto a assisti-los.
 
Viva Cristo Rey!
 
José Santiago Lima

quarta-feira, 16 de abril de 2014

SÃO BENTO JOSÉ LABRE, o mendigo de Deus

Hoje - 16/04 Quarta-feira Santa) - celebramos um dos patronos de nosso apostolado virtual: São Bento José Labre.

 

São Bento José Labre, "O vagabundo de Cristo"

Em pleno século XVIII, quando a sociedade ocidental alcançava um auge de refinamento nas maneiras, na culinária, na cultura e nos costumes, um mendigo vinha lembrar aos homens as verdades eternas.

Victor Hugo Toniolo
 
As inúmeras igrejas de Roma exercem uma irresistível atração sobre quem passa diante de suas portas. Ainda quando está tomado pelos afazeres do dia-a-dia, o transeunte acaba por interromper brevemente seu percurso e entrar em uma ou outra delas, para um instante de oração, reflexão ou contemplação.

A esse movimento de devoção se acresce às vezes a curiosidade, mesmo para quem já vive há bastante tempo na Cidade Eterna. Com efeito, caminhando pelas ruas ou becos do intrincado centro romano, ele pode deparar-se com uma igreja que nunca tinha visto, ou jamais havia visitado, e cuja aparência exterior é até difícil de distinguir de um edifício profano.

Foi o que se deu recentemente comigo, ao afastar-me do Foro Romano e percorrer uma pequena rua na qual divisei uma grande fachada com a inscrição Santa Maria dei Monti. Sem dúvida, tratava-se de uma igreja. Cedendo ao desejo de conhecê-la, transpus seus umbrais.

Um belíssimo afresco preside o altar-mor. Trata-se da Madonna dei Monti, à qual são atribuídos inúmeros milagres. Muitos grandes santos tinham especial devoção a essa imagem, e diante dela rezaram por sua fundação, como São Paulo da Cruz, São José de Calazans e Santo Afonso Maria de Ligório.

Um altar lateral, porém, o último da esquerda, chamou-me especialmente a atenção.

Ali, pude ler num pequeno cartaz: "Aqui repousa São Bento José Labre, peregrino francês que viveu durante muitos anos diante desta igreja pedindo esmolas, como ‘vagabundo de Cristo'".


Em um pequeno altar da Igreja de Santa Maria dei Monti repousam os restos de São Bento José Labre, o "vagabundo de Cristo". Fotos: Victor Toniolo  

"Vagabundo de Cristo"? Como seria isso?
 
Deus o chamava, mas não o queria em nenhum mosteiro
 
Bento José Labre nasceu em Amettes,região de Artois (França), no dia 23 de março de 1748. Desde sua infância deu sinais de terna devoção e esquecimento de si mesmo. Atraído pela graça já nos estudos preparatórios para a Primeira Comunhão, passou a levar uma vida de piedade e austeridade muito superior à sua idade.

Aos dezesseis anos decidiu ser trapista, mas a família empenhou-se em dissuadi-lo. Diante dessa atitude, uma crise dolorosa lhe tirou a paz de alma, que reencontrou começando a seguir a regra da Trapa dentro de sua própria casa. Após um certo tempo, por conselho de seu tio materno, que era sacerdote, os pais lhe deram permissão para entrar na Ordem dos Cartuxos, considerada menos austera.

Para Bento iniciou-se então uma fase de grandes humilhações. A Cartuxa de Val-Sainte recusou-se a acolhê- lo. Admitido na de Neuville, uma violenta crise de angústia e de vômitos o impediu de ali continuar. À procura de outro mosteiro, viajou a pé até a Normandia e bateu às portas da Grande Trapa de Mortagne, onde o abade lhe negou a admissão, por ele ter apenas vinte anos.

Por fim, conseguiu ser admitido novamente na Cartuxa de Neuville, mas foi tomado pelas mesmas crises anteriores. Com muito discernimento, ao despedir-se dele, o prior deulhe uma orientação: "A Providência não o chama ao nosso regime de vida. Siga a inspiração divina!"

Bento fez então uma viagem de quatro semanas, a pé e pedindo esmolas, até a Trapa de Sept-Fonts, onde foi admitido como noviço. Após alguns meses, porém, viu-se presa de uma grande crise de escrúpulos, com acessos de vômitos, o que levou o abade a lhe dizer:

- Não nasceste para nosso mosteiro, Deus te quer em outro lugar.

- Seja feita a vontade do Senhor! - respondeu Bento, cheio de tristeza.

Como mendigo, peregrinava de santuário a santuário

Fazer a vontade de Deus, sim, Bento não queria outra coisa. Mas, como fazê-la? Por um lado, sentiase chamado à vida recolhida e austera do claustro, mas, por outro, parecia que o próprio Deus lhe interditava essa vida. Sem saber ainda qual a vontade do Senhor a seu respeito, começou a peregrinar de um santuário a outro da França. Após algum tempo foi para a Espanha, depois para a Alemanha, sempre de santuário em santuário. Vivia como mendigo, tendo apenas uma cruz ao peito, um rosário no pescoço, e o Breviário e alguns livros religiosos num saco.

Em 1770 decidiu tomar o caminho de Roma, pois tinha ouvido dizer que na Itália havia vários mosteiros de vida muito regular e austera. Esperava ser admitido em algum deles.

Depois de uma longa viagem, chegou por fim à Cidade Eterna. Escolheu como lugar para viver o Coliseu. Muitos transeuntes, ao verem aquela estranha figura, lhe perguntavam o que fazia ali, ao que ele respondia: - Faço a vontade de Deus!
"Se esse homem tivesse sido sacerdote!..."
O pobre do Coliseu, como passaram a chamá-lo, ia rezar em várias igrejas. Com freqüência, em vista do seu aspecto repulsivo, negavam-lhe a Comunhão. E quando o celebrante, movido pela compaixão, concedialhe o Sacramento, via cair na patena duas lágrimas de seus olhos.

Era um grande devoto da Eucaristia e participava de todas as devoções das Quarenta Horas que se organizavam na cidade. Desde a aurora lá estava ele diante do Santíssimo Sacramento, com as mãos cruzadas sobre o peito e os lábios em movimento. Nessas ocasiões, muitos viam irradiar dele uma luz dourada.

Um pároco, o Pe. Gaetano Rogger, que observou ter ele passado seis horas diante do Santíssimo Sacramento, quis deixar seu testemunho para o processo de canonização: "Se esse homem tivesse sido sacerdote, sozinho faria todos os turnos de adoração! Que vergonha para nós, sacerdotes, que sofremos tanto ao passar uma hora diante do Santíssimo! E para rezar precisamos de cômodas almofadas. Eis um pobre que nos ensina a rezar!"

Com freqüência pedia ao sacristão o privilégio de passar a noite na igreja. Muitas vezes isso lhe foi negado, porém, na manhã seguinte era encontrado dentro do templo, sem ninguém saber explicar como lhe tinha sido possível entrar.

Seguindo a inspiração divina, descobriu sua via de santidade
Sua igreja preferida era Santa Maria dei Monti. Costumava chegar cedo, quando ela ainda estava fechada. Ajoelhava-se então nos degraus, com o chapéu nas mãos, e ficava olhando para o Céu.

Certa vez, um passante lhe perguntou por que vivia desse modo, e se não seria melhor se tivesse entrado numa Ordem mendicante. Bento respondeu suspirando: "Se fosse do desejo de Deus, Ele teria disposto as coisas de um outro modo".

Mendigava as refeições em algum dos numerosos conventos da cidade pontifícia. Muitas vezes, dava para outros mais pobres do que ele as esmolas que recebia.

De Roma, fez muitas peregrinações a Loreto, a São Nicolau de Bari, a Camaldoli, até mesmo a Einsiedeln,na Suíça, sempre a pé. Tantas vezes passava pelos mesmos caminhos, que alguns conventos nos quais se abrigava pediam-lhe para levar o correio de um lugar para outro. Nunca procurava vaga nas hospedarias, para não ouvir blasfêmias nem freqüentar um ambiente não-religioso.

Numa ocasião, um sacerdote de Loreto ofereceu-se para conseguir-lhe um lugar na Camáldula de Monte Conaro. Após meditar longamente, Bento respondeu: "Deus não quer para mim a via que o senhor me propõe". Esta resposta demonstra claramente como, seguindo a inspiração divina, ele tinha acabado por descobrir qual era o seu caminho de santificação.

Outro sacerdote fez-lhe idêntica proposta, e sugeriu que pelo menos ele procurasse algum trabalho, pois muitos julgavam ser ele um mendigo por mera vagabundagem. Bento respondeu: "Senhor padre, é desejo de Deus que eu viva mendigando. Levante a cortina do confessionário e olhe". O padre assim fez e viu que uma luz sobrenatural saía do rosto do mendigo e iluminava toda a capela.

"Ilustre pelo desprezo de si mesmo e pela pobreza voluntária"
 
Desse modo, Bento viveu dedicado à oração e vida interior, completamente despreocupado dos bens materiais; não porque não os poderia ter, se quisesse, mas porque tinha renunciado a possuí-los. Esse desprendimento o fez progredir de tal modo nas vias da santidade, que Deus quis chamá-lo cedo para junto de Si.

Na quarta-feira da Semana Santa de 1783, sentiu-se mal ao sair da Igreja de Madonna dei Monti. Levado a uma casa próxima, ali entregou sua alma a Deus. Seus funerais fizeram recordar os de São Felipe Néri: uma incontável multidão encheu as ruas da Cidade Eterna, e considerava- se feliz quem conseguia tocar em seu féretro.

O próprio Deus parecia empenhado em patentear aos olhos de todos quanto Lhe tinha sido agradável a santa vida desse seu servo: no curto período de 70 dias após sua morte, realizaram-se 36 curas milagrosas em seu túmulo. Desta forma, em menos de quatro meses teve início o processo canônico que levou o "vagabundo de Cristo" a ser beatificado por Pio IX em 1859 e canonizado em 1881 por Leão XIII, que o proclamou "ilustre pelo desprezo de si mesmo e pelo valor de uma extrema pobreza voluntária".



Uma via especial de santidade
 
"A santidade é a vocação de cada um", ensina-nos o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica (nº 165). Mas as vias para atingi-la são muito variadas, e alguns santos são chamados por Deus a trilharem caminhos muito especiais. É o caso, por exemplo, de São Simeão Estilita, que viveu durante anos numa pequena plataforma sustentada por uma coluna de mais de 15 metros de altura, jejuando continuamente e passando a maior parte do tempo em pé.

Com freqüência, um santo recebe a vocação especial de combater algum desvio de sua época. No século XVIII, o alto refinamento da civilização ocidental, de si excelente, estava sendo desviado por influências mundanas e relativistas que levavam inúmeras pessoas a perderem a fé. Nessas circunstâncias, São Bento José Labre, dando o exemplo do extremo desapego aos bens terrenos, servia para mostrar àquela sociedade brilhante, mas frívola, o vazio de uma vida que não tem por objetivo a glória de Deus, o bem do próximo e o serviço da Igreja.

(Revista Arautos do Evangelho, Abril/2006, n. 52, p. 17 à 19)
 
 
São Bento José Labre, Rogai por nós!

segunda-feira, 14 de abril de 2014

17º PAPA: Santo Urbano I - ano 222 a 230

Papa Santo Urbano I (17º Papa)
Pontificado: do ano 222 ao ano 230
 


Santo Urbano I, natural da Itália, é também um dos grandes Pontífices caluniado e perseguido por tomar a defesa dos direitos da esposa de Cristo. Durante seus oito anos de fiel guardião da sã doutrina, distinguiu-se pelo zelo apostólico, que culminou na sua morte em decorrência das perseguições perpetradas pelo prefeito de Roma, sob o império de Alexandre Severo.
 
Foi um santo varão, em justiça e piedade. Com seu exemplo de vida, caráter firme, mas com espírito manso e amável, foi responsável por inúmeras conversões, inclusive, de pessoas de alta classe social, dentre os quais a de Valeriano, esposo de Santa Cecília e de Tibúrcio, seu irmão. Todos foram batizados e zelosamente animados para que, por amor a Jesus Cristo, dessem a vida, caso fosse necessário.
 
No local do martírio de Santa Cecília, em Trastevere, fez construir a Igreja onde repousam os restos da padroeira dos músicos, que primeiramente tinha sido sepultada no cemitério de Calisto.
 
"Ao Senhor, ofereçamos o que tivermos
de mais caro e precisoso"
Naquele tempo, os fiéis doavam muitas possessões e heranças , que auxiliavam no aprimoramento do culto divino, sustento dos ministros da Igreja e dos pobres. Santo Urbano, ordenou que tal patrimônio não pudesse ser usado, em hipótese alguma, para outros fins, estabelecendo, por decreto, graves penas a quem viesse eventualmente a usurpar as coisas eclesiásticas.
 
Decretou também que o sacramento da Confirmação fosse ministrado, após o Batismo, pelas mãos de um bispo. Foi o primeiro a implantar o uso de ouro, prata e pedras preciosas para de patenas, cálices e vasos sagrados, destinados ao uso do sacrossanto Sacrifício da Missa. Fez reconhecer que os homens devem oferecer ao Senhor, tudo aquilo que lhes é mais caro e precioso.
 
Santo Urbano trabalhou, mas também padeceu muito pela Igreja do Senhor. Foi vítima de inúmeras perseguições e acabou sendo preso por ordem do prefeito Almáquio. Depois de sofrer duros ultrajes e acoites, foi degolado no dia 25 de maio de 230, tendo seu corpo sido lançado para ser consumido por aves e quadrúpedes. Porém, uma santa mulher chamada Maimenia, com sua filha Lucina, recolheram seus restos e o sepultaram no cemitério de Pretextato, na vila Ápia. 
 




Santo Urbano I Papa, rogai por nós! Rogai pela Igreja da qual fostes o Pastor!

sexta-feira, 11 de abril de 2014

A BATINA e suas EXCELÊNCIAS

Nota introdutória (retirada da Wikipedia):
 
A batina ou sotaina é uma roupa eclesiástica, própria dos seminaristas e clérigos (diáconos, presbíteros - padres e bispos).Tradicionalmente, possui 33 botões de alto a baixo, representando a idade de Cristo, cinco botões em cada punho, representando as cinco chagas de Cristo e sete botões no braço representando os sete Sacramentos.
 
À cintura pode ser usada uma faixa, que tem duplo significado: 1º a castidade (antigamente se acreditava que a libido sexual estava diretamente relacionada aos rins, então rins singidos significava castidade); 2º a igreja peregrina na terra (quando Israel fazia grandes peregrinações usava-se um cíngulo para cingir os rins de modo que ao caminhar não ficasse dolorido, assim rins cingidos significa peregrinação). A cor da faixa varia segundo o grau na hierarquia católica: preta para seminaristas, diáconos e padres comuns; violácea para padres com título de Monsenhor, bispos e arcebispos; vermelha para cardeal e branca para o Papa.
 
A batina é toda preta, com colarinho branco: o preto representa a morte para o mundo, e o branco, a pureza.

 

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Eis aqui um texto do Padre Jaime Tovar Patrón:

Esta breve coleção de textos nos recorda a importância do uniforme sacerdotal, a batina ou hábito talar.
 
Valha outro tanto para o hábito religioso próprio das ordens e congregações. Em um mundo secularizado, da parte dos consagrados não há melhor testemunho cristão que a vestimenta sagrada nos sacerdotes e religiosos.



“SETE EXCELÊNCIAS DA BATINA”
 
 
 
“Atente-se como o impacto da batina é grande ante a sociedade, que muitos regimes anticristãos a têm proibido expressamente. Isto nos deve dizer algo. Como é possível que agora, homens que se dizem de Igreja desprezem seu significado e se neguem a usá-la?”
 
Hoje em dia são poucas as ocasiões em que podemos admirar um sacerdote vestindo sua batina. O uso da batina, uma tradição que remonta a tempos antiqüíssimos, tem sido esquecido e às vezes até desprezado na Igreja pós-conciliar. Porém isto não quer dizer que a batina perdeu sua utilidade, se não que a indisciplina e o relaxamento dos costumes entre o clero em geral é uma triste realidade.
 
A batina foi instituída pela Igreja pelo fim do século V com o propósito de dar aos seus sacerdotes um modo de vestir sério, simples e austero. Recolhendo, guardando esta tradição, o Código de Direito Canônico impõe o hábito eclesiástico a todos os sacerdotes. 
 
Contra o ensinamento perene da Igreja está a opinião de círculos inimigos da Tradição que tratam de nos fazer acreditar que o hábito não faz o monge, que o sacerdócio se leva dentro, que o vestir é o de menos e que o sacerdote é o mesmo de batina ou à paisana.
 
Sem dúvida a experiência mostra o contrário, porque quando há mais de 1500 anos a Igreja decidiu legislar sobre este assunto foi porque era e continua sendo importante, já que ela não se preocupa com ninharias.
 
Em seguida expomos sete excelências da batina condensadas de um escrito do ilustre Padre Jaime Tovar Patrón

1ª RECORDAÇÃO CONSTANTE DO SACERDOTE

 
Certamente que, uma vez recebida a ordem sacerdotal, não se esquece facilmente. Porém um lembrete nunca faz mal: algo visível, um símbolo constante, um despertador sem ruído, um sinal ou bandeira. O que vai à paisana é um entre muitos, o que vai de batina, não. É um sacerdote e ele é o primeiro persuadido. Não pode permanecer neutro, o traje o denuncia. Ou se faz um mártir ou um traidor, se chega a tal ocasião. O que não pode é ficar no anonimato, como um qualquer. E logo quando tanto se fala de compromisso! Não há compromisso quando exteriormente nada diz do que se é. Quando se despreza o uniforme, se despreza a categoria ou classe que este representa.

2ª PRESENÇA DO SOBRENATURAL NO MUNDO

 
 
Não resta dúvida de que os símbolos nos rodeiam por todas as partes: sinais, bandeiras, insígnias, uniformes… Um dos que mais influencia é o uniforme. Um policial, um guardião, é necessário que atue, detenha, dê multas, etc. Sua simples presença influi nos demais: conforta, dá segurança, irrita ou deixa nervoso, segundo sejam as intenções e conduta dos cidadãos.
 
Uma batina sempre suscita algo nos que nos rodeiam. Desperta o sentido do sobrenatural. Não faz falta pregar, nem sequer abrir os lábios. Ao que está de bem com Deus dá ânimo, ao que tem a consciência pesada avisa, ao que vive longe de Deus produz arrependimento.
 
As relações da alma com Deus não são exclusivas do templo. Muita, muitíssima gente não pisa na Igreja. Para estas pessoas, que melhor maneira de lhes levar a mensagem de Cristo do que deixar-lhes ver um sacerdote consagrado vestindo sua batina? Os fiéis têm lamentado a dessacralização e seus devastadores efeitos. Os modernistas clamam contra o suposto triunfalismo, tiram os hábitos, rechaçam a coroa pontifícia, as tradições de sempre e depois se queixam de seminários vazios; de falta de vocações. Apagam o fogo e se queixam de frio. Não há dúvidas: o “desbatinamento” ou “desembatinação” leva à dessacralização.

3ª É DE GRANDE UTILIDADE PARA OS FIÉIS

Sacerdote atende fiel atingido durante a guerra
 
O sacerdote o é não só quando está no templo administrando os sacramentos, mas nas vinte e quatro horas do dia. O sacerdócio não é uma profissão, com um horário marcado; é uma vida, uma entrega total e sem reservas a Deus. O povo de Deus tem direito a que o auxilie o sacerdote. Isto se facilita se podem reconhecer o sacerdote entre as demais pessoas, se este leva um sinal externo. Aquele que deseja trabalhar como sacerdote de Cristo deve poder ser identificado como tal para o benefício dos fiéis e melhor desempenho de sua missão.



4ª SERVE PARA PRESERVAR DE MUITOS PERIGOS
 


 A quanta coisas se atreveriam os clérigos e religiosos se não fosse pelo hábito! Esta advertência, que era somente teórica quando a escrevia o exemplar religioso Pe. Eduardo F. Regatillo, S.I., é hoje uma terrível realidade.
Primeiro, foram coisas de pouca monta: entrar em bares, lugares de recreio, diversão, conviver com os seculares, porém pouco a pouco se tem ido cada vez a mais.

Os modernistas querem nos fazer crer que a batina é um obstáculo para que a mensagem de Cristo entre no mundo. Porém, suprimindo-a, desapareceram as credenciais e a mesma mensagem. De tal modo, que já muitos pensam que o primeiro que se deve salvar é o mesmo sacerdote que se despojou da batina supostamente para salvar os outros.Deve-se reconhecer que a batina fortalece a vocação e diminui as ocasiões de pecar para aquele que a veste e para os que o rodeiam. Dos milhares que abandonaram o sacerdócio depois do Concílio Vaticano II, praticamente nenhum abandonou a batina no dia anterior ao de ir embora: tinham-no feito muito antes.



5ª AJUDA DESINTERESSADA AOS DEMAIS


Em algumas regiões (como Africa e Ásia) é permitida a batina branca com faixa preta
 
 
O povo cristão vê no sacerdote o homem de Deus, que não busca seu bem particular se não o de seus paroquianos. O povo escancara as portas do coração para escutar o padre que é o mesmo para o pobre e para o poderoso. As portas das repartições, dos departamentos, dos escritórios, por mais altas que sejam, se abrem diante das batinas e dos hábitos religiosos. Quem nega a uma monja o pão que pede para seus pobres ou idosos? Tudo isto está tradicionalmente ligado a alguns hábitos. Este prestígio da batina se tem acumulado à base de tempo, de sacrifícios, de abnegação. E agora, se desprendem dela como se se tratasse de um estorvo?
 
6ª IMPÕE A MODERAÇÃO NO VESTIR
 
 
 
A Igreja preservou sempre seus sacerdotes do vício de aparentar mais do que se é e da ostentação dando-lhes um hábito singelo em que não cabem os luxos. A batina é de uma peça (desde o pescoço até os pés), de uma cor (preta) e de uma forma (saco). Os arminhos e ornamentos ricos se deixam para o templo, pois essas distinções não adornam a pessoa se não o ministro de Deus para que dê realce às cerimônias sagradas da Igreja.
 
Porém, vestindo-se à paisana, a vaidade persegue o sacerdote como a qualquer mortal: as marcas, qualidades do pano, dos tecidos, cores, etc. Já não está todo coberto e justificado pelo humilde hábito religioso. Ao se colocar no nível do mundo, este o sacudirá, à mercê de seus gostos e caprichos. Haverá de ir com a moda e sua voz já não se deixará ouvir como a do que clamava no deserto coberto pela veste do profeta vestido com pêlos de camelo.

7ª EXEMPLO DE OBEDIÊNCIA AO ESPÍRITO E LEGISLAÇÃO

jovens sacerdotes asiáticos
 
 
Como alguém que tem parte no Santo Sacerdócio de Cristo, o sacerdote deve ser exemplo da humildade, da obediência e da abnegação do Salvador. A batina o ajuda a praticar a pobreza, a humildade no vestiário, a obediência à disciplina da Igreja e o desprezo das coisas do mundo. Vestindo a batina, dificilmente se esquecerá o sacerdote de seu importante papel e sua missão sagrada ou confundirá seu traje e sua vida com a do mundo.
 
Estas sete excelências da batina poderão ser aumentadas com outras que venham à tua mente, leitor. Porém, sejam quais forem, a batina sempre será o símbolo inconfundível do sacerdócio, porque assim a Igreja, em sua imensa sabedoria, o dispôs e têm dado maravilhosos frutos através dos séculos.
 


Beato Rolando Rivi, sequestrado e morto por comunistas por recusar andar sem batina

"Estou estudando para ser padre e a batina é o sinal que eu sou de Jesus",  
 

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Padre jesuíta é espancado e morto na SÍRIA

Síria: assassinado jesuíta holandês Pe. Frans Van der Lugt.


Homs (RV) - O jesuíta holandês Pe. Frans Van der Lugt, 75 anos, foi assassinado em Homs, na Síria, nesta segunda-feira, por dois homens armados que o espancaram e o mataram.
 
Pe. Frans Van der Lugt
Pe. Frans Van der Lugt
O religioso se recusou a deixar o bairro onde morava para ficar junto com a população local. “Morre um homem de paz que com grande coragem permaneceu fiel numa situação extremamente perigosa e difícil para o povo sírio ao qual dedicou um longo tempo de sua vida e serviço espiritual. Onde morre o povo, morre também com ele os seus fiéis pastores”, frisou o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi.
 
“Neste momento de dor, manifestamos a nossa proximidade na oração, e também gratidão e orgulho por termos tido um confrade tão próximo aos que sofrem, que testemunhou o amor de Jesus até a morte”, disse ainda o porta-voz vaticano.
 
A morte de Pe. Frans foi uma verdadeira execução. Eis o que disse na entrevista à nossa emissora o seu confrade Pe. Ziad Hillal.


 
Pe. Hillal: “Pe. Frans foi assassinado no jardim de nosso convento, com dois tiros na cabeça. Foi um ato premeditado. Ele era o meu superior na comunidade jesuíta. É terrível! Estou profundamente entristecido. Foi assassinado um homem de paz que nunca agrediu ninguém nem verbalmente e nem de outra maneira, que sempre falou de paz e reconciliação, desejando sempre um futuro melhor para a Síria e seus habitantes. Encontrá-lo morto dessa maneira! Pe. Frans sempre esteve próximo às pessoas. Foi o bom pastor que nunca quis deixar o seu povo. Dedicou a sua vida não somente para os cristãos que estão aqui, mas também para os muçulmanos, por todos os sírios. É um grande exemplo para todos. Em mais ou menos dois anos que vivia em Homs, assediado, nunca falou de coisas negativas. Estava sempre sorrindo e era ele quem nos perguntava como estávamos. Foi um grande exemplo para mim, para os jesuítas aqui na Síria e para todos aqueles sírios que querem que a paz reine neste país”. (MJ)


Fonte: Fratres in Unum

 

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Ainda os "claudianos", adeptos da religião fundada por Claudio Van Balen (o frei herege)

Sorridente, Frei Claudio (herege) Van Balen ladeado por claudianas felizes
 
Na última semana nosso humilde apostolado virtual perecebeu um aumento brusco em seu número de acessos. Após verificar tal aumento de maneira mais detalhada, pude perceber que esse "up" se deu principalmente por conta do artigo Frei Claudio - herege - Van Balen, o termômetro da crise na Igreja, publicado em 03 de fevereiro de 2014.
 
Além do grande número de acessos que esse artigo teve nos últimos dias, também foram publicados uma dúzia de comentários (anônimos com excessão de um) defendendo o frei herege e atacando o artigo assim como seu autor e o blog de forma geral.
 
Os ataques possuem, basicamente, as mesmas idéias. Há elogios a frei Claudio:
 
"frei Cláudio é maravilhoso", "o que você faz pela igreja? frei Claudio faz muito mais", "ninguém precisa de igreja e sim de deus no coração, é isso que frei Claudio ensina", "frei Claudio possui o dom de cativar", "frei Claudio tem a mente aberta ao contrário de você", "religião é desnecessária, frei Claudio nos leva a deus", etc...
 
Há também as críticas ao blog:
 
"quem é você para julgar", "você está a julgar e condenar", "você se sente no direito de ditar normas e regras", "jesus falou de amor ao próximo e não para julgar", "se o frei tá certo ou tá errado eu não sei, mas seria segundo a ótica de quem, a sua josé santiago?", "você atira muitas pedras", "você é o dono da razão e se acha acima do bem e do mal", "você não possui 1/3 da experiência de vida do frei", "você não possui nem 1/10 da sabedoria das palavras que são apliacadas nas missas cediadas pelo frei", "sua opinião não vale de merda nenhuma pra mim", etc...
 
Há também as ofensas:
 
"e o pior, figuras que abrem a boca e se dizem seguidoras de cristo", "cara de pau", "cego pela religião", etc...
 
E mesmo desejos bem "condizentes" com a liberdade e a prática cristã:
 
"deveria ser extinto da internet esse tipo de blog que não acrescenta porra nenhuma" e "espero profundamente que todos vocês morram"...
 
Enfim, pude concluir com toda essa movimentação repentina em nosso blog (tanto os acessos ao artigo em questão como os muitos comentários em defesa de Frei Cláudio) que algum claudiano se deparou com nosso artigo criticando o deus da religião claudiana e, indignado, convocou alguns colegas adeptos dessa mesma religião para que pudessem vir aqui tentar impor suas crenças no grito, tal qual fazem na vida real (quando invadem a igreja, interrompem a Santa Missa, esmurram o altar, gritam palavrões e proferem ameaças àqueles que deles discordarem).
 
Quanto aos argumentos dos claudianos... bem, felizmente já os havia respondido "por antecipação" (pois são os mesmos argumentos utilizados por outra caludiana quando da publicação do primeiro artigo) sendo necessário apenas deixar o LINK a quem possa interessar:
 
 
Aos claudianos e simpatizantes de frei Claudio: caso ainda haja alguma simpatia pela religião católica, tente ler os dois artigos - aqui mencionados através dos links - não apenas com emoção e sentimentalismo, mas sobretudo com a razão: é impossível não se dar conta da evidente, flagrante e inegável contradição que há entre os ensinamentos claudianos e a Fé Católica que ele deveria transmitir.
 
Se for para continuar "batendo o pé" em defesa de frei Claúdio, que ao menos assumam estar seguindo a um guru líder de uma nova religião. Agora, caso ainda insistam em se definirem como católicos, creio não mais ser necessário perder tempo tentado demonstrar o óbvio, pois, como diz o ditado:

"O pior cego é aquele que não quer ver"