"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

sábado, 31 de agosto de 2013

1º PAPA: São Pedro - ano 33 à 67

Iniciamos com esta a série de postagens que visa trazer uma breve biografia dos Papas da Santa Igreja Católica, desde o Príncipe dos Apóstolos, São Pedro, até o Sumo Pontífice atual, Sua Santidade o Papa Francisco I.

São Pedro (1º Papa)
Pontificado: do ano 33 ao ano 67

 
 
Inicialmente um pobre pescador da Galiléia nascido em Betsaida, às margens do rio Jordão, junto ao lago de Genesaré, se tornou discípulo de Nosso Senhor Jesus Cristo. É conhecido como o Príncipe dos Apóstolos e, junto com Paulo, fundou a Sé Episcopal de Roma. Ignora-se a precisa data de seu nascimento e as principais fontes de informação sobre sua vida são os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), onde aparece com destaque em todas as narrativas evangélicas, os Atos dos Apóstolos, as epístolas de Paulo e as duas epístolas de sua própria autoria.
 
Filho de Jonas, da tribo de Neftali, e irmão do apóstolo André, seu nome original era Simão e na época de seu encontro com Cristo morava em Cafarnaum, com a família da mulher (Lc 4,38-39).
 
Pescador, tal como os apóstolos Tiago e João, trabalhava com o irmão e o pai e foi apresentado a Nosso Senho Jesus Cristo em Betânia, por seu irmão que já era discípulo de São João Batista e lá tinha ido conhecer o Cristo, por indicação de São João. No primeiro encontro N. S. Jesus Cristo o chamou de Cefas, que significava pedra em aramaico, determinando assim, ser ele o apóstolo escolhido para liderar os primeiros propagadores da fé cristã pelo mundo.
 
Nosso Senhor Jesus Cristo, além de mudar-lhe o nome, o escolheu como chefe da cristandade aqui na terra:

 
 
"E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos Céus: e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus.” (São Mateus, cap. 16, vers. 16 a 18).
 
Nosso Senhor Jesus Cristo mudou o nome de Simão para Kephas. Nosso Senhor o fez em aramaico, onde Kephas significa pedra e pedro, numa única e mesma palavra, como em francês Pierre é o nome de uma pessoa e o nome do minério pedra, ou mesmo em espanhol onde Roca é um sobrenome bastante comum e também o que chamamos rocha.
Nosso Senhor agiu da mesma forma como sempre havia agido Deus quando escolheu a outros na história da salvação: mudando-lhes o nome para que o este exprimisse o papel especial que doravante deveria desempenhar. Foi assim com Abrão que teve seu nome mudado para Abraão (Gn 17, 5), para exprimir que devia ser o pai de muitos povos, ou Jacob que se tornou Israel (Gn 32, 28) para significar a “aquele que luta com Deus", recordando o episódio da luta com o Anjo. Da mesma forma, Nosso Senhor Jesus Cristo mudou o nome de Simão em Pedro, sobre a qual estará fundada a Igreja que tem o próprio Cristo como construtor e cabeça.

Noutras palavras, Nosso Senhor Jesus Cristo anuncia, entre outras coisas: que Pedro é a rocha inabalável, que serve de fundamento à Igreja; na mesma recebe o supremo poder e a ela são entregues as chaves do céu.
 
Convertido, despontou como líder dos doze apóstolos e foi o primeiro a perceber em Jesus o filho de Deus. Junto com seu irmão e os irmãos Tiago e João Evangelista, fez parte do círculo íntimo de Jesus entre os doze, participando dos mais importante milagres do Mestre sobre a terra. 
 
Teve, também, seus momentos controvertidos, como quando usou a espada para defender Jesus cortando a orelha de Malco, ou na passagem onde negou a Nosso Senhor por 3 vezes, assim como momentos de consagração, pois foi a ele que Cristo apareceu pela primeira vez depois de ressuscitar.

Depois da gloriosa Ressurreição, da pesca milagrosa, do repasto misterioso na praia do lago Genesaré, Nosso Senhor Jesus Cristo  dirigiu-se a Pedro, perguntando-lhe:

"Simão, filho de Jonas, amas-me mais que estes?" Ele respondeu: "Sim, Senhor, sabeis que vos amo". Jesus disse-lhe: "Apascenta os meus cordeiros". (Jo. 21,16 - 17).

Com estas palavras Pedro foi pelo divino Mestre instituído pastor do seu rebanho.
 

Assim São Pedro o compreendeu, e pelos Apóstolos foi reconhecido Chefe da Igreja. Logo depois da Ascensão de Jesus Cristo, Pedro propôs a eleição de um substituto de Judas. Na festa de Pentecostes, Pedro tomou a palavra e falou com tanta convicção e tanto poder, que no mesmo dia três mil judeus pediram o batismo. Foi Pedro também o primeiro que com grandes milagres confirmou a verdade da fé, que pregava. Ao pobre paralítico que, sentado na porta do templo, lhe pediu esmola, disse o Apóstolo: "Prata e ouro não possuo, mas o que tenho te dou: Em nome de Jesus de Nazaré, levanta-te e anda".

No mesmo momento o paralítico se levantou e andou. Além destes Pedro operou ainda muitos milagres. Doentes que lhe tocavam a orla do manto, ou se lhe colocavam na sombra, ficaram curados. As autoridades do templo quiseram proibir a Pedro a pregação da nova doutrina. Este, porém, respondeu: "É preciso obedecer a Deus de preferência aos homens". Assim, Pedro pregou o Evangelho com toda a franqueza, não temendo cárcere e açoites. Foi também o primeiro dos Apóstolos que pregou aos gentios, como prova a conversão de Cornélio.

É difícil resumir em poucas palavras o que o grande Apóstolo fez pela propagação da santa fé. Atravessou toda a Palestina, pregou e fez milagres estupendos, onde quer que chegasse. Curou instantaneamente a Enéas da paralisia, de que sofria havia oito anos; chamou à vida a Tabitha, ordenou sacerdotes e sagrou bispos. Fixou residência em Antioquia, daí surgindo a Sé Episcopal da qual foi Bispo e onde permaneceu durante sete anos. Preso por ordem de Herodes em Jerusalém, foi por um anjo libertado da prisão. Depois disto se dirigiu a Roma, a sede da idolatria. De lá mandou missionários para a França, Espanha, Sicília e Alemanha. Nove anos depois, sendo expulso de Roma, voltou a Jerusalém, onde pouco tempo ficou, para procurar outra vez a capital do império. Em Roma vivia um grande feiticeiro chamado Simão (Simão Mago). Tendo muito prestígio entre os romanos e sendo protegido de Nero, marcou um dia em que, para comprovar a verdade da sua doutrina, diante de todo o povo ia elevar-se ao céu. Chegou o dia determinado e Simão de fato subiu aos ares. Pedro fez um exorcismo ordenando aos maus espíritos que se afastassem, e Simão caiu de uma altura considerável, fraturando as pernas. Este fato abriu os olhos a muitos, que em seguida vieram lhe pedir o Sacramento do Batismo. Mas serviu este fato também para que se desencadeasse uma furiosa tempestade contra a jovem Igreja.

O Imperador Nero atiçava as paixões contra os cristãos. Pedro conservara-se algum tempo escondido da sanha do tirano e projetara a fuga de Roma. Saindo da cidade - segundo a tradição  - teve uma visão. Viu diante de si o divino Mestre. "Senhor, para onde ides?" perguntou-lhe o Apóstolo. " A Roma, para ser crucificado outra vez", respondeu Jesus. Pedro compreendeu o sentido das palavras e voltou para trás. Foi preso e levado ao cárcere mamertino, onde se achava também São Paulo.

A prisão durou oito meses. Nesse meio tempo, São Pedro converteu os carcereiros Martiniano e Processo, que, com mais quarenta e oito neo-cristãos, sofreram o martírio. Escreveu duas Epístolas,que são as primeiras cartas pastorais dirigidas à Cristandade.

Condenado à morte, São Pedro foi, como o divino Mestre, cruelmente açoitado e em seguida levado à colina vaticana para ser crucificado. Estando tudo pronto para a execução, São Pedro pediu aos algozes que o pregassem na cruz com a cabeça para baixo, porque se achava indigno de morrer como o divino Mestre.


 
Assim morreu o primeiro Papa da Igreja Católica. No lugar do suplício foi mais tarde edificada a Basílica de São Pedro. Os restos mortais do Príncipe dos Apóstolos e primeiro Papa se acham na mesma Basílica, sob o altar principal.


Túmulo de São Pedro
 
Glorioso príncipe dos Apóstolos São Pedro Papa, rogai por nós! Rogai pela Igreja da qual fostes o Pastor!
   

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Este texto, assim como todos os das postagens sobre a história dos papas, serão retirados das seguintes fontes: Biografias dos Papas e Página Oriente.

Serão publicados após breve revisão e acrescimos de nosso blog.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Enquanto que no Brasil... o católico "nem aí"

A todos nós, católicos brasileiros. Bastaria a gloriosa história dos santos mártires, homens e mulheres que derramaram seu sangue por Nosso Senhor Jesus Cristo e pela fé católica em dois mil anos de história da Igreja, para nos fazer - entre lágrimas - tomar o firme propósito de viver uma nova vida, sendo sal da terra e luz do mundo. No entanto, acabamos por continuar a viver uma vida medíucre, praticamente ignorando tão edificantes exemplos. Também somos tentados a acreditar que estes feitos gloriosos são modelos de outros tempos e para outras épocas. 
A reportagem que publicamos a seguir mostra exatamente o contrário: quantos exemplos de fidelidade à Cristo ainda podemos presenciar em nossos dias... e quão atual é o testemunho daqueles que buscam ser fiéis a Deus em meio à um mundo tão indiferente à Ele.
 
"Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim." (São Mateus, cap. 5 vers. 11)
 
Vemos, conforme a reportagem publicada no site do Estadão, que as perseguições continuam em nossos dias e que em muitos lugares, ser católico significa sofrer, arriscar e mesmo sacrificar a própria vida por amor à Cristo. Admiração... e vergonha!
 
Admiração por estes nossos irmãos que demonstram suas fidelidade à Cristo mesmo que diante do terror e da ameaça. Admiração por sua coragem em testemunhar o amor à Cristo quando renegá-lO seria tão mais fácil. Admiração ao ver sua disposição em arcar com as consequências dessa fidelidade. Admiração.
 
E vergonha... vergonha ao observar o quanto somos covardes... o quanto somos infiéis. Quantos de nós não nos envergonhamos de exteriorizar nossa  fé quando estamos diante de amigos que dela não compartilham? Quantos de nós nos omitimos ou evitamos tomar como nossa a posição da Igreja em certas discussões por saber que ela contraria a posição da maioria ou daqueles que conosco discutem? Quantos de nós que as vezes até evitam ostentar um crucifixo, pronunciar uma oração ou mesmo persignar-se para "não ofender a sensibilidade" dos não crentes?
 
Dominus meus et Deus meus, meu Senhor e meu Deus, como me envergonho ao reconhecer que nos acovardamos diante de picuinhas se comparadas às situações que se apresentam diante destes nossos irmãos. Se assim nos comportamos diante de tão pequenas provações, como não agiríamos se estivéssemos em seus lugares? Perdão Senhor!
 
Que diante do exemplo desses nossos irmãos possamos valorizar a graça de termos recebido a Fé e de pertencermos ao Corpo Místico de Cristo, e que esse novo valor seja refletido em nosso comportamento, em nossas ações, em nossas palavras e em nossas vidas.
 
¡Viva Cristo Rey!
 
José Santiago Lima
 
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Após Jornada, peregrinos pedem refúgio no Brasil

Ao menos 40 jovens perseguidos em seus países querem permanecer aqui

23 de agosto de 2013 | 2h 08
 
 
 
Roberta Pennafort / RIO - O Estado de S.Paulo
O jovem A. tem 24 anos e mora em um país muçulmano. O fato de vir de família católica faz de sua casa alvo de constantes ameaças. O sonho do avô era, um dia, ver um papa pessoalmente. A. o realizou ao vir ao Rio para a Jornada Mundial da Juventude, há um mês. Assim como outros 40 peregrinos de países onde existem a perseguição religiosa e os conflitos armados, o rapaz, jurado de morte só por participar do evento, não quer ir embora: está pedindo refúgio ao governo brasileiro.
 
Rapazes temem que famílias sofram represálias se revelarem a identidade
 
"Não posso voltar. Já avisaram que matam não só a mim, mas toda a minha família", contava ontem, chorando, na Casa de Acolhida da Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro, na zona norte da cidade, seu novo endereço. "Durante a JMJ, me senti extremamente livre ao ver milhões de pessoas na rua gritando, cantando, professando sua fé. Estou triste por não ver mais o rosto da minha mãe antes de dormir, mas lá não consigo um bom emprego pelo simples fato de ser cristão, mesmo tendo estudado toda a minha vida e me formado em Artes e Jornalismo."
Os peregrinos são jovens na casa de 20 anos, egressos de três países: Paquistão, Serra Leoa e República Democrática do Congo. Os congoleses fogem da violência em seu país e se abrigaram com conterrâneos já radicados no Rio. Os demais estão espalhados em paróquias.
Alguns trazem marcas de tortura no corpo; histórico de mortes de familiares e de humilhações são comuns.
Para acelerar a adaptação ao novo país, eles têm aulas de português duas vezes por semana, duas horas por dia. A comunicação é toda em inglês. Os jovens se mantêm e se alimentam com a ajuda da Igreja, de fiéis e de voluntários. O contato com a família, raro, é por telefone e internet. Ao Estado, pediram para não terem o nome nem a nacionalidade publicados, por temerem pela segurança dos que ficaram para trás.
"Aqui as pessoas são muito felizes, cada um tem sua religião. É o paraíso. Na minha comunidade, se você é cristão, e não muçulmano, não te dão nem um copo d'água. Sou coagido o tempo todo a virar muçulmano, mas podem cortar a minha cabeça que eu não viro, pois tenho muito orgulho da minha fé", disse outro rapaz, de olhar perdido.
"Mataram meu pai e minha irmã quando ela tinha 7 anos. Minha mãe teve de fugir da nossa cidade. Sofro muita pressão psicológica, o que pode ser pior do que tortura física", relatou outro, para quem a vida de refugiado, ainda que melancólica, se prenuncia melhor do que a de medo que tinha antes.
Processo. Assim que a Jornada Mundial da Juventude acabou, no dia 28 de julho, os jovens pediram ajuda a religiosos com quem mantiveram contato. Já marcaram entrevistas na Polícia Federal, para dar início ao processo por que passam todos os candidatos a refugiados. Os casos serão analisados pelo Comitê Nacional para Refugiados (Conare), presidido pelo Ministério da Justiça. A Cáritas de São Paulo tem outros cinco casos. Se forem aprovados, os estrangeiros terão os vistos trocados.
Segundo Andres Ramirez, representante no Brasil do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), são situações-limite, que se enquadram na Lei 9.474, que dispõe sobre o tema e estabelece que "será reconhecido como refugiado todo indivíduo que por fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas encontre-se fora de seu país de nacionalidade e não possa ou não queira acolher-se à proteção de tal país".
Para lembrar. O Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) informou que o número de refugiados no Brasil vem crescendo bastante: foram 566 em 2010; 1.138 em 2011 e 2.008 em 2012. O número deve ficar em 2.500 neste ano.
Os sírios têm se destacado desde janeiro, por causa do recrudescimento da violência no país: foram 152 casos até junho - a maioria se estabeleceu em São Paulo. A nacionalidade síria, que nem sequer constava mais da lista de refugiados no Brasil, passou a ocupar o sexto lugar em 2012: foram 121 pedidos desde 2011.
 
 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Lula, o ESPIRITISMO e o católico diante disso.

Assim como a maior parte dos jovens de periferia que se interessam por política, também fui petista e consequentemente, "Lulista", tendo votado em Luis Inácio Lula da Silva para a presidência da república. Sabemos que essa preferência dos jovens estudantes - sejam eles do Ensino Fundamental, Médio ou Superior - pelo esquerdismo não se dá por coincidência: na verdade, fomos (e somos) doutrinados por professores militantes esquerdistas, de modo que qualquer pensamento contrário ou divergente é "democraticamente" oprimido.
 
Só após me converter à Fé católica pude começar - aos poucos - a retirar a venda que mantinha sobre os olhos com relação ao comunismo/socialismo assim como à esquerda e seus ídolos. E um destes que para mim - até tempos atrás - seria intocável, passou a ser visto como realmente é: Luis Inácio Lula da Silva.
 
Reproduzo abaixo, um artigo do blog do Frei Clemente Rojão que traz o nome de Lula em seu título. No entanto, o reproduzo não por se tratar propriamente de Lula ou de política, mas sim porque, ao abordar uma das atitudes tomadas pelo ex-presidente quanto à sua saúde física (e espiritual), esclarece de maneira simples e objetiva os porquês de o espiritismo ser incompatível com a Fé catolica, assim como de o católico sequer dele se aproximar.
 
Segue abaixo :
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POR QUE LULA VAI...

Palavras fortes, leitor? Palavras fortes? Explico. Não, não é o ódio falando pela minha boca, é apenas uma verdade inconveniente.

A doutrina católica é unânime ao rejeitar o espiritismo. Há uma jabuticaba bem brasileira que é o tal "católico espírita" e é uma jabuticaba que frita no mármore do Inferno. Quem invoca espíritos está em pecado, quem frequenta médiuns ou poe banca de médium está em pecado. Ponto final. Não tem conversa. O "Evangelho segundo o Espiritismo" é um oxímoro, é como socialismo e liberdade, impureza casta ou bom pecado. O Evangelho é inimigo do Espiritismo, não se misturam. Allan Kardec até hoje passa a perna nos pobres católicos por ter tentado conciliar as duas coisas.

Há um problema grave extra com o espiritismo. Supondo que não seja uma fraude total os rituais kardecistas, supondo que alguns autenticamente tem contatos com o Além, fica aqui o alerta que sempre faço: O Além tem espíritos bons e ruins. Ah, sim, e espíritos muito ruins. Muito mesmo, os Demônios, que são incrivelmente poderosos e espertos.

Algum demônio se mostra como é?

Quem garante que um demônio não está se passando como "guia" ou "espírito de luz"?

Quando vamos fazer um negócio, certificamo-nos que nosso parceiro não seja um estelionatário e tenha crédito. E ainda assim caímos as vezes nas garras de falsários e pilantras. Quanto mais com um espírito que não se pode baixar cadastros, nem checar documentos, nem sequer tocar! Quem garante que meu "guia" na verdade não é um demônio crudelíssimo e mentiroso? Abro as portas da minha mente e minha alma de maneira totalmente cega, sabendo que há criaturas poderosíssimas sob as quais não tenho poder algum que podem me enganar e querer meu mal? Satanás, com palavras melífluas e - convenhamos - muito convincentes, tentou passar a perna até em Jesus Cristo no deserto. O que não fará conosco se abrirmos a porta?

Por isto que nunca vi quem mexesse com o espiritismo, por melhor que a pessoa tentasse ser, que não tivesse terminado a vida de maneira incrivelmente ruim.

Como se sabe que aquele espírito supostamente bom não é um demônio?

A este desafio os espíritas me responderam já de duas maneiras: A primeira, que Deus os protegia dos demônios. Concordei, de fato, mas retruquei que este mesmo Deus que supostamente os protegia os proibia de invocarem espíritos dos mortos e se aconselhar com eles. Lembrem-se do rei Saul que invocou o espírito do profeta Samuel, e por mais que a moderna exegese afirme que era o bom Samuel mesmo trazido da Mansão dos Mortos, isso irritou o Altíssimo profundamente (alguns dizem que neste episódio seria um demônio, não Samuel. A estrutura hebraica das frases não credencia esta interpretação. Porém eu lembro que se Saul não teve o azar de topar com um demônio em sua sessão espírita, você pode não ter a sorte de Saul). A este argumento da proteção divina retruquei invocando a tentação de Jó, Deus poderia permitir um demônio a enganar o espírita como um castigo pela sua credulidade em - literalmente - dar ouvidos a qualquer espírito, nas palavras do apóstolo.

Uma segunda resposta, mais inteligente, foi que a árvore se conhece pelos frutos. Ah, sim, boa resposta, mas teórica. Nenhum médium põe a prova seu espírito, nem vi nenhum deles "tocando" espíritos embora por serem maus. Não, nunca vi kardecistas caça-fantasmas. E, convenhamos, para mandar embora um demônio é necessário a Força do Alto. No episódio dos exorcistas judeus que expulsavam demônios pelo "Jesus Cristo de Paulo", o demônio os atacou de volta. Um ser humano expulsar um demônio é algo que vai contra as leis naturais, porque temos acesso apenas ao mundo natural, não sobrenatural, portanto é um milagre.

Um homem expulsa até um leão, que é material, mas nunca um demônio, que é sobrenatural. É Deus quem ordena a expulsão atendendo - por sua mercê - às orações do exorcista invocando o nome de Jesus Cristo, que deu poder aos apóstolos de expulsarem demônios. Quando o demônio vê Jesus na sinagoga, grita que ele viria os destruir, porque sabia que é Deus por pura força bruta que força os anjos caídos à ação. E se supostamente o espírito mal que o médium "rejeitou" volte disfarçado de outro espírito bom? Do que se sabe dos espíritos que "montam" seus cavalos mediúnicos além da voz emprestada? Se o espírito é Asmodeu, é André Luiz, é Ozimandias, é Dona Jussara Pires da Silva, é o espírito do Natal Futuro, é o preto velho, como saberemos mesmo? E se Asmodeu se fingir de André Luiz? E se Dona Jussara Pires da Silva se fingir de profeta Samuel? E pior, e se for A Legião do episódio dos porcos dos gerasenos, porque são muitos demônios? Como o médium sabe? Como um médium não pode ser enganado pelo poder superior de uma Potestade, de uma Dominação, de um Principado entre as ordens de Demônios? Se homens me enganam, quanto mais demônios! Demônios são mentirosos compulsivos. Se os demônios se disfarçam de Nossa Senhora para virem nos enganar, quanto mais fácil não será se passarem por um "guia" (eis a esperteza de Santa Bernardette, que atirou desconfiada água benta em Nossa Senhora de Lourdes!!!)

Enfim, a ser verdade a notícia abaixo, o senhor Lula, cuja vida não é um exemplo de virtudes, está mexendo com forças além de seu controle. Ele que dá nó no PMDB, que domina sindicatos, que manipula professores universitários, que acha que engana o Brasil inteiro, pode se enganar veementemente, e ser a Rosemary de espíritos imundos. Prefiro enfrentar a Legião de Michel Temer que a Legião dos porcos gerasenos. O Inferno tem ainda mais bravatas, mentiras e truques retóricos que discurso de Rui Falcão.

Coisa boa não tem como vir daí.

O médium atendeu José de Alencar, que, como todos sabem, está mortinho da silva. E por que pedir uma rocambolesca ajuda do Além se teve a disposição o Sírio-Libanês (não o SUS, claro)??? Quer dizer que nem o Sírio-Libanês deu conta? Então a coisa não está boa, não? Hugo Chavez morreu em grande parte pela secretividade, para se tratar na incompetente Cuba.

Então o Sírio-Libanês não deu conta do câncer... dai o tal "João de Deus"... estimas melhoras para Lula.

Via Coturno - Do Panorama Político, de Ilimar Franco, em O Globo.

O ex-presidente Lula tem recorrido a recursos não convencionais para cuidar de sua saúde. Ele tem feito consultas com o médium João de Deus, que recebe doentes do mundo inteiro, na cidade de Abadiânia (GO). Com o aval de seus médicos, Lula já esteve, pelo menos, duas vezes com João de Deus. Para ministrar "tratamento espiritual" a Lula, o médium fez viagens até São Paulo.

Operação discreta: Independentemente da evolução e do diagnóstico atual do câncer do ex-presidente Lula, segundo um amigo, ele tem recorrido ao médium. Um secretário estadual confidenciou o fato a amigos. Um profissional liberal, que conhece os fatos, conta que João de Deus, conhecido no exterior por seus "tratamentos espirituais" e "cirurgias mediúnicas", atendeu também o vice José Alencar. O petista acrescenta que outros políticos recorreram recentemente ao médium. O profissional cita, ainda, o caso da recuperação do familiar de um importante integrante do gabinete da presidente Dilma. João de Deus tem na sua lista de pacientes o ex-presidente Bill Clinton.
 

sábado, 24 de agosto de 2013

"AMOR À MORTE... e à MENTIRA": da propaganda gaysista à abortista na telinha da TV

Um novo capítulo se inicia nas telenovelas globais. Nos capítulos anteriores, vimos como a propaganda gaysista conseguiu influenciar e transformar a opinião de grande parte da sociedade brasileira. Há 20 anos, quem não se lembra como era a opinião da maioria dos cidadãos com relação ao homossexualismo? Aqueles maus, ignorantes, brutos e sem amor no coração, enxergavam o homossexualismo como algo terrível que deveria ser combatido a base de pancadas: Que os homossexuais deveriam "apanhar para criar vergonha na cara". Porém, aqueles que buscavam amar a Deus sobre todas as coisas, assim como ao próximo como a si mesmo, também enxergavam o homossexualismo como algo terrível, um pecado e portanto, viam ao homossexual como a um irmão que se envereda por um mau caminho, que deveria ser alertado quanto à prática que defendia, para que a abandonasse enquanto houvesse tempo. Em ambos os casos, no entanto, vimos que praticamente toda a sociedade via as práticas homossexuais como algo ruim, ofensivo às leis Divinas e mesmo às leis naturais.

Então vieram as aclamadas novelas globais, aos poucos introduzindo personagens homossexuais em suas tramas: no início, apenas 1 personagem a cada 3 ou 4 novas novelas. Depois, ao menos 1 em umas das 4 novelas simultâneas (como sabem, há novela das 6h00, das 8h00, etc.). Por fim, todas as novelas globais passaram a contar com 1 ou mais personagens homossexuais, tendência que foi acompanhada por novelas de outras emissoras. Quanto às personagens homossexuais, sempre são apresentadas como pessoas bondosas, gentis, sinceras, compreensivas, amorosas, alegres e divertidas, não lhes faltando virtude alguma, em suma, seres humanos perfeitos. Por outro lado, as que com elas se relacionam são classificadas em 2 tipos: 1º seus amigos heterossexuais, também bondosos, gentis, sinceros, compreensivos, amorosos, alegres e divertidos, ainda que a estes se permita algum defeito ou pequena falta. 2º seus agressores heterossexuais, sempre preconceituosos, maldosos, homo fóbicos, além de desonestos, corruptos e toda sorte de defeitos imagináveis.

E então que após 20 anos deste capítulo recheado de propaganda ideológica a favor da "causa gay":

Tcharammmmmm!!!!!!!!!

Meta alcançada! Praticamente toda a sociedade mudou de opinião! O homossexualismo e suas práticas não só passaram a ser aceitos como também incentivados. Deixou de ser considerado um pecado, um vício, algo ruim, para não só ser tolerado ou aceito, mas sim visto como uma virtude, uma qualidade, uma vantagem diante dos demais. E ai daquele que discordar! Se um pobre cidadão ousa dizer que acha isso errado, logo lhe enquadram: - Homo fóbico! Preconceituoso! Fascista!
E daí para pior... este ser desprezível que ousa ter esse tipo de opinião deve ser desprezado, isolado, perder seus amigos, emprego e tudo aquilo que um cidadão normal deveria ter, afinal, ele não é normal.

Foi então que a nova novela trouxe, pela primeira vez, um homossexual pouco convencional, diferente daqueles a que se está acostumado a ver na telinha: um "gay do mal". Só que, logo após alguns capítulos, fica claro o porquê deste homossexual ter esse tipo de comportamento: a repressão de seu Pai preconceituoso e homo fóbico. Uma vida de repressão, de tortura por ter de ser quem ele não é, por ter de aprisionar o seu verdadeiro "eu", por ter de fingir o tempo todo e aturar aquilo que não lhe satisfaz e só o deixa infeliz, certamente traria sérias consequências negativas para o caráter e a personalidade do pobre rapaz. Em suma, vemos que a maldade de Félix é culpa de seu pai!

Em outras palavras, novamente vemos as consequências de se posicionar contra a "virtude homossexual". Novamente, pura propaganda da causa gay.

O leitor pode se perguntar: ora, então você está defendendo a discriminação ao homossexual? Deus me livre! Essa é justamente a imagem que as "inocentes" novelas fazem de nós: "intolerantes".

Como cristãos, à imagem e semelhança de Deus, devemos saber que deve-se amar o pecador, porém DETESTAR o pecado. Isso quer dizer que devemos sempre buscar amar ao próximo, e o que fazemos quando amamos? Nos importamos, nos preocupamos! Se amo alguém, me preocupo com este alguém e não quero vê-lo correndo riscos, defendendo ou praticando algo errado. Se amo a meu filho e tomo consciência de que ele está se envolvendo com drogas, devo aceitar pois é sua opção? Claro que não! Devo alertá-lo sobre o mal que estará fazendo a si e aos outros! Se vejo meu irmão saindo com outra mulher, sendo ele casado, sabendo que isso é pecado de adultério e que ao cometê-lo ele está ofendendo a Deus e a sua esposa, devo apoiá-lo e aceitar isso normalmente ou devo exorta-lo a abandonar essa prática? E a mim, se tenho um vício como a jogatina ou o alcoolismo, buscando agradar a Deus, o bem de minha família e de minha própria saúde, devo aceitar esse vício ou condena-lo, lutando contra ele?

Fica claro, portanto, que a preocupação do cristão com relação ao homossexualismo se dá por saber que tais práticas são pecaminosas e ofendem a Deus, assim como o adultério, o roubo, a mentira, etc. Se alguém, refém de algum destes pecados (inclusive o próprio cristão) decide lutar contra ele, o cristão deve ajuda-lo a libertar-se, assim como denunciar o erro ao mundo, mesmo que esse mundo tente transformar o erro em virtude.
 
 
 
Como vimos, o capítulo favorecedor da causa gay atingiu plenamente seu objetivo. Agora, as novelas acabam de iniciar seu novo capítulo: mudar a mentalidade da população brasileira, transformando-a, da mesma forma que fizeram com o homossexualismo, só que dessa vez, com o ABORTO.
 
No dia 30 de julho fizemos uma postagem onde, dentre outras coisas, citávamos o início dessa propaganda abortista nas telenovelas da Rede Globo. Foi na novela "Saramandaia" que se iniciou esse novo capítulo da manipulação do povo  por meio das novelas para que aceitem o mal: em uma cena a morte e o pecado foram defendidos abertamente, como pode ser visto AQUI.
 
Agora, a emissora resolveu mostrar a que veio, dando continuidade a esse trágico capítulo da tele dramaturgia brasileira. A cena de propaganda do aborto - que como era de se esperar - recheada de grossas mentiras e apelo sentimentalista pode ser assistida a seguir:


E isso porque a novela se chama "Amor à Vida"... imaginem se não fosse? Embora esteja mais para "Amor à Morte"... ou "Amor à Mentira". Diante desse novo golpe de satanás para ofender a Deus e perder almas, deixo a refutação da cena acima por conta de dois excelentes artigos que demonstram a que nível os promotores da cultura de morte tem coragem de descer, a que tipo de jogo sujo eles estão dispostos a jogar para implantar no Brasil e no mundo seus planos macabros.

NÃO DEIXE DE LER:

LIBERTATUM: Novela "Amor à Vida" faz apologia da morte

REINALDO AZEVEDO: Merchandising pró aborto na novela "Amor à Vida" da Globo

Reinaldo Azevedo: Ainda o aborto...

E que Viva CRISTO REY!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Anônimo "betólico" defende excomungado pe. Beto. Blog responde.

Pensávamos que o Caso pe. Beto havia terminado. Mas eis que ele ressurge em 2 situações. A primeira, por conta do próprio excomungado padre que resolveu dar o ar da graça: Beto entrou com ação judicial - na esfera cível - contra a Diocese de Bauru para que fosse "revogada" a excomunhão aplicada pela Igreja. Por sorte o Juiz que recebeu tal processo não só rejeitou seu pedido como "ensinou o padre a rezar a missa", ou melhor, ensinou Beto a ser católico. O resumo da ópera pode ser visto AQUI.

 
A segunda situação a que me refiro foi o comentário de um leitor anônimo feito no artigo "caso Pe. Beto - parte 5", aquele que trata do que chamamos "betólicos". Pelo comentário, não é possível saber se o comentarista se considera católico ou não, no entanto, fica claro que se trata de um "betólico" convicto. Vamos ao comentário:
 
"Convertido à Fé Católica e Apostólica, fora da qual não há salvação." Este é seu perfil, Agora veja o do Beto:"Procuro todos os dias provocar as pessoas com palavras que as levem refletir sobre a vida e seus comportamentos. É um exercício que procuro fazer também para mim mesmo, ou seja, não deixa de ser uma auto-provocação."
Um é dono da "verdade absoluta", o outro, um eterno aprendiz.
 
Para realizar sua apologia betólica, o comentarista retirou um trecho da descrição de meu perfil assim como outro do perfil de Beto. Em seguida, em tom sarcástico, ironicamente me rotulou de "dono da verdade" ao passo que Beto seria um "eterno aprendiz", mostrando minha possível presunção em comparação à humildade de Beto.
Pois bem, aproveitemos o comentário do anônimo para aclarar algumas coisas. Primeiramente, acredito ter ficado evidente em minha descrição, me apresento como "convertido à Fé Católica, fora da qual não há salvação". Ora, mas o que significa convertido? Vejamos:
 
 Convertido: converso, mudado, transformado. Indivíduo que se converteu.
 
Portanto caro anônimo, quando digo que sou convertido à Fé católica estou dizendo que a essa Fé - composta de doutrinas, ensinamentos, afirmações e definições - me converti, a ela aderi, ou seja, a aceitei e por ela fui mudado ou transformado... por ela.
 
Talvez o que tenha escandalizado o anônimo seja a afirmação "fora da qual não há salvação". Essa é ainda mais simples de se explicar: trata-se de um DOGMA de fé:
 
''Extra Ecclesiam nulla salus'' (fora da Igreja não há salvação), definido por São Cipriano de Cártago no século III e proclamado Dogma de Fé pelo IV Concílio de Latrão em 1215.
 
 
Portanto, TODO aquele que se denomine católico deve aceitar e crer nessa verdade de Fé. Ainda mais um padre. Muito mais um padre.
 
Agora vejamos o trecho da descrição de Beto destacada pelo anônimo: ""Procuro todos os dias provocar as pessoas com palavras que as levem refletir sobre a vida e seus comportamentos. É um exercício que procuro fazer também para mim mesmo, ou seja, não deixa de ser uma auto-provocação." Ora, Beto diz provocar as pessoas com palavras que as levem a refletir... E essas provocações partem do próprio Beto e de suas reflexões.
 
Aproveitando o bordão do jornalista Marcelo Rezende, "agora eu te pergunto": Quem pretende ser um tipo de dono da verdade? Aquele que se submete ao ensinamento de outrem (no caso, da Igreja) ou aquele que se crê auto-suficiente seguindo - e a outros provocando com - o resultado de suas próprias reflexões?
 
Além disso, caso o anônimo seja católico, deve (ou deveria) saber que a Fé católica é fundada naquele que é o Caminho, a VERDADE e a vida: Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele que É a verdade, fundou sua Igreja para que essa verdade fosse transmitida a todos os homens. E essa Igreja, guardiã e transmissora da Verdade, não por menos é chamada Mater et Magistra, isto é, Mãe e Mestra da verdade. Portanto caro anônimo, não sou o "dono da verdade" mas apenas dela um seguidor, a ela me submeto por meio da Fé Católica, fora da qual - repetimos - não há salvação.
 
Pode ser que o anônimo não seja católico. Nesse caso, simplesmente irá ignorar a verdade Católica, seus dogmas e ensinamentos, mas seria incompreensível (e desonesto) que continue a defender a possibilidade de um sacerdote ensinar todo o contrário àquilo que deveria ensinar.
 
É função de um padre católico "refletir" e "provocar" aos outros com reflexões nascidas de seu próprio umbigo? Um sacerdote pode crer - e ENSINAR - aquilo que é diametralmente oposto à Fé da Igreja? Ora, se espera de um padre católico que seja no mínimo... CATÓLICO! Ninguém o obrigou a buscar o sacerdócio. Será que ele "não sabia" que deveria ser católico? Será que "não sabia" que deveria crer e TRANSMITIR a Fé da Igreja? É como se um candidato à professor de matemática ignorasse que deveria saber e ensinar matemática. É como se um motorista profissional não soubesse dirigir e se recussase a dirigir em seu trabalho. Ora, mas não foi para isso que o contrataram? Não sabia ele que sua profissão o exigia? Para quê se candidatou? É incompreensível que Beto aja dessa forma. E é incompreensível que pessoas o defendam.
 
Portanto, caro comentarista anônimo, prefiro continuar a ser um "dono da verdade" que se submete à Verdade custodiada e transmitida pela Igreja do que um "eterno aprendiz" das próprias "verdades".

 ¡Viva Cristo Rey!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

São Paulo pela VIDA! Participe!


Acesse o site aqui: www.saopaulopelavida.com.br

Link para baixar a ficha da petição: AQUI

Endereço para enviar a ficha com as assinaturas:

Associação "Vida a quem tem Vida"
Rua do Bosque, 07, Jd. Paulista
CEP: 07083-140 - Guarulhos - SP

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

O "escândalo da pompa, do ouro e da riqueza" da Igreja Católica. Ou...

"...por que não vendem tudo e dão o dinheiro aos pobres?" (parte 1)

Há poucos dias tivemos o encerramento da Jornada Mundial da Juventude 2013, dias em que assistimos a aparente "lua de mel" entre a mídia e o Papa Francisco. Todos o elogiam, todos o aplaudem... até mesmo conhecidos inimigos da Igreja. Será que veremos o mundo ainda a aplaudir o Santo Padre quando este começar a dizer certas verdades contrárias ao Mundo? Veremos...

Aproveitando esse período onde se prolifera pelas redes sociais exaltações à humildade do novo papa e condenações aos papas anteriores (assim como à Igreja Católica), publicamos o presente artigo que têm como objetivo, não apenas demonstrar e expor as mentiras propagadas por inimigos da fé, como também apresentar algumas verdades por eles ignoradas, demonstrando como as diversas características da Igreja Católica estão sempre fundamentadas nos Evangelhos e respaldadas pela lógica. Comecemos então.

Os indignados "arautos da justiça"

Certa vez, enquanto navegava pelo site facebook vi a seguinte imagem postada, acompanhada de uma enxurrada de comentários:



A montagem, assim como os comentários,  tinham o mesmo objetivo: ridicularizar a Igreja Católica e  mostrar ao mundo sua "hipocrisia e contradição" por orientar os fiéis a ajudar os pobres enquanto desperdiça dinheiro ostentando ouro, luxo e riqueza. Dentre os comentaristas da foto, muitos compartilhavam da mesma opinião: que o Vaticano deveria ser vendido e a fortuna conseguida com a venda, revertida aos pobres.

O "escândalo" dessas pessoas (algumas delas inclusive se identificavam como "católicas") baseava-se na imagem do Santo Padre (no caso da foto, Bento XVI) segurando uma suposta "cruz de ouro" que valeria milhões de dólares, enquanto milhões de pessoas passam fome por todo o mundo. Para eles, além da evidente e desnecessária ostentação, o Papa estaria agindo com hipocrisia, mostrando um comportamento nada humilde e completamente oposto aos evangelhos. Imagino que esses mesmos "justos e indignados juízes" rasgariam as vestes caso se deparassem com estas imagens:



 
São Pio X e sua belíssima tiara papal (espécie de coroa usada pelos pontífices)

 
A coroação de Pio XII




João XXIII e um Patriarca Oriental

 



Coroação de Paulo VI

 
 
Pio XII na sédia gestatoria (foto colorida digitalmente)
Como se pode observar, os Papas nas fotos acima apresentavam muitos outros elementos que para os "juízes" de hoje seriam motivo de escândalo. Mas então, como compreender tamanha "falta de humildade" por parte do líder máximo da Igreja Católica? E a "hipocrisia" da própria Igreja com seus palácios vaticanos adornados em ouro e pedras preciosas? Por que tudo isso? Qual a finalidade de se mostrar ao mundo com tamanha "falta de humildade"?
 
É certo que, diante do mundo, essa visão do papado nos últimos dias parece estar sofrendo alguma mudança por conta da ascensão à cátedra de Pedro do Cardeal Jorge Bergoglio, agora Sumo Pontífice Francisco. Digo isso por conta de algumas mudanças realizadas nesses primeiros meses de pontificado, mudanças essas aclamadas pela mídia além de outros expoentes de diversos meios e, vale repetir, inclusive inimigos da Igreja. Até já andam postando uma foto acompanhada de um texto no estilo "jogo dos 7 erros" onde fazem uma comparação entre o Papa Francisco e seu antecessor, Bento XVI, exaltando o primeiro em detrimento do segundo (e de seus antecessores, consequentemente).
 
O que mais me causou estranheza (e tristeza) foi observar que mesmo "católicos" estão a compartilhar tal foto-crítica, crendo estar prestando algum benefício à imagem da Igreja. A refutação desse texto realizaremos na 2ª parte deste artigo a ser publicada nos próximos dias. Agora nos dedicaremos a desvendar outros enigmas envolvidos nessa atitude.

Para começar, gostaríamos de informar aos escandalizados que eles não foram os primeiros a ter essa ideia ou a chegar a essas conclusões. Não, vocês não são os pioneiros, não são os primeiros a se escandalizar com o uso de elementos valiosos enquanto os pobres passam fome. Há dois mil anos alguém já havia pensado da mesma forma que vocês. E esse alguém foi um Apóstolo. Sim, um apóstolo!

Seu nome?
 
JUDAS ISCARIOTES.
 
Isso mesmo, aquele que traiu a Nosso Senhor Jesus Cristo, aquele das 30 moedas... Vejamos:
 
Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus a Betânia, onde vivia Lázaro, que ele ressuscitara. Deram ali uma ceia em sua honra. Marta servia e Lázaro era um dos convivas. Tomando Maria uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa encheu-se do perfume do bálsamo. Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair, disse: Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres? Dizia isso não porque ele se interessasse pelos pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, furtava o que nela lançavam. Jesus disse: Deixai-a; ela guardou este perfume para o dia da minha sepultura. Pois sempre tereis convosco os pobres, mas a mim nem sempre me tereis.
(Evangelho segundo São João, capítulo 12, versículos de 2 a 8).
 
Os escandalizados de agora, tal qual Judas Iscariotes, querem que a Igreja Católica venda seu ouro e propriedades para dar o dinheiro aos pobres. Não percebem que a hipocrisia, ao contrário do que pensam, é deles companheira? O que é mesmo hipocrisia? O dicionário nos diz:
 
HIPOCRISIA: s.f. Particularidade ou modos do que é hipócrita; falsidade.
Ação ou efeito de fingir; esconder os sentimentos mais sinceros; inventar ou dissimular.
Característica daquilo que não é honesto: a hipocrisia do discurso.
Hábito que se baseia na demonstração de uma virtude ou de um sentimento inexistente, como por exemplo, condenar uma ação enquanto se age ou actua da mesma forma.
(Etm. do grego: hypokrisía.as)
 
HIPÓCRITA: Aquele que age com hipocrisia.
 
Como vimos, esses hipócritas são os novos Judas que se escandalizam porque Cristo (a Igreja) aceita usar perfume caríssimo nos pés (ouro, belos paramentos e belíssimos templos) ao invés de vende-lo para dar o dinheiro aos pobres. Mais adiante veremos exemplos de como esse pensamento é verdadeiramente hipócrita. Agora, nos dedicaremos a demonstrar qual o fundamento para a postura da Igreja com relação aos paramentos e adornos em seus templos.

A nobreza de Deus

Os evangelhos atestam que Nosso Senhor Jesus Cristo nasceu numa manjedoura (tabuleiro onde comem vacas, cavalos etc., cocho), dentro de um estábulo (lugar coberto onde se recolhe o gado e outros animais). Deus assim o quis para que nos fosse dado o exemplo máximo de humildade. Fez também com que pobres pastores de ovelhas obtivessem um sinal de Seu nascimento e O fossem visitar, mostrando que Deus veio para os pobres. Quis também que três reis fossem avisados e da mesma forma O visitassem, mostrando assim que Ele também veio para os nobres, para os ricos, em outras palavras, que não veio apenas para os pobres, mas para TODOS. Os três reis se ajoelharam diante do menino Jesus. Tal atitude era reservada à súditos ante a presença de um rei, logo também podemos entender que essa visita apenas confirma a realeza do humilde Jesus, REI dos reis, e que nobreza e humildade não são antônimos. Os reis também trouxeram presentes nobres e caros (mirra, incenso e ouro). Deus teria inspirado os pais de Jesus a não aceita-los caso presentes tão caros constituíssem ofensa à Ele.
 
Nosso Senhor Jesus Cristo e a justiça de Deus
 
Quando Nosso Senhor se fez conhecer, muitos judeus acreditavam que ele os libertaria fisicamente - talvez por meio de revolta armada - do domínio romano. Em certo momento, questionaram a Cristo se deveriam continuar a pagar o imposto a Cesar. Nosso Senhor lhes respondeu: "Dai a Cesar o que é de César e a Deus o que é de Deus" (Evangelho de São Mateus, cap. 22). Nosso Senhor poderia muito bem ter condenado a riqueza de Cesar e autorizado o povo pobre a não lhe pagar impostos, já que "não seria justo" pobre dar dinheiro a rico. Como sabemos, não foi isso que Ele fez.

Segundo alguns dos "juízes" de hoje, seria lícito e até heróico roubar de Cesar e ricos de hoje (mesmo que sejam bons) e do resultado do roubo dar algo aos pobres. E lembrar que eu já pensei como esses "juízes"...

O emprego do ouro e do que se há de mais nobre no culto a Deus e em sua casa
 
No antigo testamento, vemos que por ordem do próprio Deus deveria ser construída uma Arca de OURO encimada de dois querubins - também de OURO - para que alí fossem depositadas as tábuas dos Mandamentos. Também sabemos que ninguém além dos levitas deveria tocá-la. Deus assim ordenou para nos mostrar qual o valor que devemos tributar àquilo que se refere a Ele, no caso, usando o que há de mais precioso entre nossos materiais para guardar as tábuas dos mandamentos. Tábuas (ou blocos de pedra) existem aos montes e não se trata de um material ou objeto de valor. O que lhe atribuiu valor foi o fato de conter as leis escritas pelo próprio Deus! Por esse motinvo, doravante, as Tábuas da Lei só deveriam ser guardadas dentro de uma Arca construída com o material que havia de mais nobre e elevado, isto é, o OURO.

Mais adiante o próprio Deus ordenou que se construísse seu templo, determinando TODOS os detalhes da construção (medidas, materiais a ser utilizados, etc). E o templo quisto por Deus era TODO revestido de ouro e materiais preciosos. Parece estar claro como DEUS deseja que seja Sua casa, os objetos e tudo aquilo que for dedicado à ELE. Alguns dirão: "Ah, mas veio Jesus e isso mudou..."
 
Dizer que Jesus Cristo mudou aquilo que Deus pensava antes é heresia. O que antes agradava a Deus jamais constituiria ofensa para Ele tempos depois, haja visto que Deus não muda! E a Igreja Católica sendo o templo do Novo Testamento, a Igreja de Cristo, a continuação do templo de Deus, não poderia agir de maneira diferente. Nada mais justo e lógico do que tentar embelezar ao máximo seus templos físicos, suas igrejas, com tudo aquilo que ela puder conseguir de mais belo e precioso, afinal, seus templos são dedicados ao próprio DEUS!

Quando vamos construir ou reformar a casa onde viveremos, posto que será um presente oferecido àquilo de mais precioso que possuímos, isto é, nossa família, quanto não sacrificamos para deixá-la o mais bonita e aconchegante possível?

Agora, sendo o templo católico a casa oferecida ao próprio Deus, quanto não se sacrificará para deixá-la à altura daquEle a que se oferece?

Só isso já seria suficiente para explicar o porquê da beleza e riqueza do Vaticano e demais templos católicos, fazendo-se desnecessárias outras explicações.

Agora, quanto às vestimentas papais, consta que o próprio Cristo Senhor Nosso, exemplo máximo da perfeição (e humildade), utilizava uma túnica considerada "nobre" para a época e não apenas um trapo como pensam alguns. Daí torna-se compreensível que os soldados não a dividiram ao contrário de suas outras peças, mas sim tiraram a sorte para ver quem ficaria com ela. Isso atenta contra a humildade de Nosso Senhor Jesus Cristo? Responder que sim seria grave heresia, visto que Nosso Senhor Jesus Cristo é perfeição absoluta! Sendo assim, entendemos que isso apenas demonstrou ser símbolo de Sua dignidade diante dos homens.

Os pobres, os pobres, os pobres...
 
A caridade constitui um dos pilares da Igreja Católica justamente por atender à missão confiada por Nosso Senhor Jesus Cristo. Ajudar os pobres, portanto, é tarefa de extrema importância, porém, deve ficar bem claro que essa não é a única missão da Igreja, aliás, nem mesmo sua principal, que é: custodiar e transmitir a Fé para a maior glória de Deus e a salvação da almas. O próprio Cristo nos ensinou sobre isso, citando o que o próprio Deus já havia revelado no antigo testamento em Deuteronômio, cap. 8 vers. 3:

" Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (evangelho de São Mateus, cap. 4 vers. 4).

Muitas pessoas morriam de fome na época de Cristo. Mesmo assim, Nosso Senhor não andou fazendo milagres para salvá-los. Multiplicou os pães, apenas em duas ocasiões, e não para matar a fome da população por onde passava, mas apenas para aqueles que o seguiam nessas duas ocasiões específicas. Então... por que os hipócritas também não colocam uma imagem com Jesus Cristo e ao lado os pobrezinhos morrendo de fome e escreve: "VEJA, ELE PODIA MULTIPLICAR OS PÃES, MAS DEIXOU MORREREM DE FOME". É isso que eles fazem quando relativizam tudo por combate à fome. Aliás, foi o Diabo que tentou Jesus para Ele fazer pão a vontade. Foi pão a vontade que Lênin prometeu...
 
Refutando calúnias e mentiras

O ouro do Papa
 
Cruz de Ouro: O ouro é um precioso metal dúctil. Tem como características sua coloração amarelo-brilhante e seu peso. O que os caluniadores chamam de "cruz de ouro" na verdade é uma férula (ou pastorale), isto é, um bastão com uma cruz que na Igreja significa o poder de jurisdição do Papa com relação à Igreja Universal (por isso a diferença entre a férula e o báculo dos bispos). Se a férula fosse feita de ouro maciço, sabe lá Deus quantos quilos pesaria (para mais de 100 quilos). O leitor há de concordar que seria algo um tanto pesado para um ancião carregar, não é mesmo? A férula de Bento XVI pesa em torno de 2 quilos e meio, logo, não pode ser de ouro. É apenas dourada.
 
Trono de Ouro: Assim como a férula papal, se o trono também fosse de ouro, seu peso seria colossal. O trono papal  que os caluniadores acusam ser de ouro na verdade é de madeira! Foi construído entre 1657 e 1666 pelo artista Gian Lorenzo Bernini. Sobre a madeira há uma cobertura de bronze dourado em algumas partes, tinta dourada em outras. O restante é coberto com tecido.
 
Anel de Ouro: Nem mesmo o anel do pescador pode ser de ouro maciço, pois se o fosse, quebraria. Ele deve ter uma alma de ferro/aço niquelado. O ouro é usado apenas de revestimento.

Coroa ou mitra de ouro: Como vimos nas fotos antigas, o papa usava uma espécie de coroa (tiara papal). Era de metal, com algumas pedras preciosas ou detalhes adornados em ouro. Se fosse de ouro, não haveria pescoço que pudesse suportar seu peso. Aliás, ela nem entraria na cabeça. Mesmo assim, Paulo VI vendeu a tiara papal e distribuiu o dinheiro aos pobres! Ou seja, este “chapéu dourado” que vemos sobre a cabeça do papa é uma mitra dos bispos, que é feita DE PANO. O papa usa pano, porque já teve de se curvar aos hipócritas. E a mitra é dourada, não pode ser ouro puro, pelos mesmos motivos explicados acima.
 
"Nem tudo o que reluz é ouro"
O que vimos acima pode ser aplicado às demais riquezas da Igreja: igrejas, altares, imagens, molduras, móveis, paramentos, etc... Não é porque algo é amarelo-brilhante que necessariamente seja ouro. É certo que algumas coisas podem ser banhadas, revestidas com ouro, mas em sua grande maioria, são douradas! E tudo o que é dourado é ouro? O Sol é dourado. As dunas de Jericoaquara são douradas no entardecer. É tudo ouro? Cuidado com a calúnia. E tal são as propriedades do ouro que pouquíssimo ouro do mais vagabundo faz muito revestimento. Tanto é assim que a grande maioria das pessoas tem alguma correntinha, brinco ou anel folheado a ouro. São gramas de ouro. Alguém se considera rico por possuir isso?



Demonstrando a HIPOCRISIA

Faremos, a partir de agora, algumas comparações onde veremos como são hipócritas os acusadores da Igreja e do papado. Vejamos:

O hipócrita se casou? Se não, provavelmente pensa em se casar. Então, usa ou usará uma aliança revestida de ouro (ou prata)? Segundo sua lógica, como tem coragem de usar ouro enquanto as criancinhas morrem de fome? Parece ridículo esse raciocínio, certo? E é ridículo!

Gostaria de saber como esses hipócritas se vestem. Será que usam apenas trapos para lhes cobrir a nudez ou lhes apraz usar alguma coisa de melhor qualidade ou mesmo de marca? E quando vão presentear alguém importante? Oferecem algo de segunda? Escolhem dar de presente uma porcaria? Sabemos que certos ternos, sapatos e roupas de grife poderiam alimentar muitos pobrezinhos. Ou uma caneta Montblanc. Mesmo um Fiat Uno pelado, R$ 26.000 dá para comprar muito pão. O PC ou notebook que o hipócrita usa para compartilhar essas calúnias deve valer uns R$ 1.500,00. Dava para comprar muito pão. Quanto será que cada um destes hipócritas tem na conta corrente. Que sejam R$ 500,00. Dava para comprar muito pão.  O aparelho celular que o hipócrita carrega no bolso (ou na bolsa), por barato e simples que seja daria pra comprar muito pão. Um Shopping Center tem muito mais riqueza dentro que o Vaticano. Será que tais hipócritas ficam indignados ao entrar num Shopping? Provavelmente não. Aparelho de TV, rádio, forno de micro-ondas, etc., será que o hipócrita os tem em casa ou já os vendeu para dar o dinheiro aos pobres? Daria pra comprar muito pão... Faça o que eu digo, não faça o que eu faço, né? Ou também “No dos outros é refresco” não é mesmo? Quanto ítens possuímos e que se não existissem, viveríamos da mesma forma? E no entanto os temos, tanto eu como o hipócrita que condena a Igreja. Por um acaso ele os venderá para dar o dinheiro aos pobres?

Acredito que tenha ficado claro que para ajudarmos o outro, não precisamos andar enrolados em jornais e vivendo embaixo de uma árvore. Se ajudamos, não há pecado em possuirmos bens. E muito mais a Igreja, que não possui "todo esse ouro e mármore" em prol do papa fulano ou do bispo ciclano, mas antes os oferece a Deus por meio de seus templos físicos.

Com relação à Igreja, muitos dirão que São Francisco de Assis agiria diferente, que abominaria paramentos "luxuosos" e castiçais de ouro. Mas São Francisco de Assis seria o primeiro a beijar o anel do pescador.

São Francisco, que adotou a pobreza como regra de vida, jamais a levou para a liturgia e o local de culto a Deus. Em sua rotina pessoal levava vida de extrema pobreza, porém ao contrário da caricatura apresentada em nossos dias, era extremamente consciente da importância da beleza e do cuidado  para com a Santa Missa e a Casa de Deus. Eis aqui trechos de duas cartas enviadas pelo Santo instruindo seus irmãos de congregação:

Consideremos todos nós clérigos o grande pecado e ignorância que alguns manifestam com relação ao santíssimo corpo e sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo e seu santíssimo nome (…). Logo, todos aqueles que administram tão sacrossantos mistérios (…) considerem no seu íntimo como são vulgares os cálices, corporais e panos de linho sobre os quais é oferecido em sacrifício o corpo e sangue de Nosso Senhor. (…) “Onde quer que o santíssimo corpo e sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo for conservado de modo inconveniente ou simplesmente deixado em alguma parte, que o tirem dali para colocá-lo e encerrá-lo num lugar ricamente adornado.” - Carta a todos os clérigos

Peço-vos ainda com mais insistência do que se pedisse por mim mesmo, supliqueis humildemente aos clérigos (…) que prestem a mais profunda reverência ao santíssimo corpo e sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo bem como a seus santos nomes e palavras escritos, que tornam presente o seu sagrado corpo. “Os cálices e corporais que usam, os ornamentos do altar, enfim tudo quanto se relaciona ao sacrifício, sejam de execução preciosa. “E se em alguma parte o corpo do Senhor estiver sendo conservado muito pobremente, reponham-no em lugar ricamente adornado e ali o guardem cuidadosamente encerrado segundo as determinações da Igreja, levem-no sempre com grande respeito e ministrem-no com muita discrição.” Carta I – A todos os custódios

Há um autro grande Santo que nos mostra a diferença da humildade e pobreza pessoal para o embelezamento e cuidado com tudo aquilo que é oferecido a Deus. Este grande santo é São João Maria Vianney, o cura D´Arns, padroeiro de todos os sacerdotes. Nasceu numa família pobre, filho de agricultores, e em sua rica história encontramos demonstrações plenas de verdadeira humildade. Eis alguns exemplos: teve dificuldade com o latim e algumas outras disciplinas no seminário, tendo sido humilhado (alguns o chamaram "burro"), tinha apenas uma batina desbotada e cheia de remendos, todos os dias passava horas e horas no confessionário (as vezes chegava a passar 14 horas seguidas), dormia no máximo 4 horas por noite e comia apenas algumas batatas... Foi desse santo homem humilde a seguinte frase:

Uma batina velha fica muito bem debaixo duma linda casula

Muitos outros exemplos poderíamos dar, mas creio que estes são suficientes pois, como vimos, tanto os evangelhos como os santos exemplos de humildade - além da lógica e da coerência - fundamentam e justificam a postura da Igreja Católica.

Agora, observe essa imagem:

Madre Teresa de Calcutá

Esta mulher apoiou o velho naquele trono dourado. Aquele velho no trono dourado apoiou esta mulher. Muito dinheiro saiu das contas daquele trono dourado, assinado por aquela mão erguida com o anel dourado, que terminaram na comida na ponta da colher dessa mulher... e das diversas outras pelo mundo...

E então caros hipócritas, ainda continuarão a acusar a Igreja de não fazer nada pelos pobres? Se tudo o que mostramos não foi suficiente, mostraremos a seguir o que a Igreja Católica - aquela a qual os hipócritas acusam de esbanjar ouro - faz pelos pobres. Vejamos:

O Conselho Pontifício – Cor Unum – (organismo da Santa Sé encarregado de promover e organizar as instituições de caridade e assistência da Igreja) publicou, no ano de 2010, um guia de organismos da Igreja Católica comprometidos com a ação social e a caridade no mundo, entre os quais 1.100 entidades especializadas, principalmente, em casos de catástrofes ou necessidades urgentes, sem distinção de religião ou credo. Note-se que este levantamento não engloba absolutamente todas as ações católicas em prol da caridade no mundo, mas apenas os principais.

Principais organismos de assistência social e caridade que a Igreja Católica mantinha no mundo, segundo apuração feita em 2010:

Ásia:
1.076 hospitais
3.400 dispensários
330 leprosários
1.685 asilos
3.900 orfanatos
2.960 jardins de infância

África:
964 hospitais
5.000 dispensários
260 leprosários
650 asilos
800 orfanatos
2.000 jardins de infância

América:
1.900 hospitais
5.400 dispensários
50 leprosários
3.700 asilos
2.500 orfanatos
4.200 jardins de infância

Oceania:
170 hospitais
180 dispensários
1 leprosario
360 asilos
60 orfanatos
90 jardins de infância

Europa:
1.230 hospitais
2.450 dispensários
4 Leprosários
7.970 asilos
2.370 jardins de infância

Fonte: Conselho Pontifício – Cor Unum


Henrique Sebastião
 
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Vale lembrar que iniciativas menores de instituições ligadas à Igreja Católica, como por exemplo a casa de recuperação para dependentes químicos e a casa de acolhida para crianças e adolescentes existentes na comunidade onde moro não foram contabilizados. Portanto, caro hipócrita, a Igreja Católica (por você acusada de usar ouro enquanto pessoas passam fome) é responsável, direta ou indiretamente, por mais de 50% de todas as instituições e iniciativas de caridade de todo o mundo. Traduzindo: a Igreja Católica ajuda mais necessitados do que todas as instituições de caridade do mundo juntas!

E você? O que faz?

Finalizando, para todos aqueles que compartilham fotos de indignação perante "as riquezas da Igreja", esclareceremos qual é o tesouro da Igreja:

São Lourenço foi um dos 7 primeiros diáconos da Igreja em Roma. Nesceu por volta do ano 225 e derramou seu sangue por Cristo no dia 10 de agosto de 258. Os perseguidores da Igreja pediram-lhe para entregar os tesouros da Igreja; foi para obter um verdadeiro tesouro no céu que ele sofreu tormentos cujo relato não se consegue ouvir sem horror: foi deitado numa grelha sobre as chamas.

No entanto, triunfou de todas as dores físicas pela extraordinária força que extraía da sua caridade e do auxílio daquele que o tornava inquebrável: "Pois nós somos obra sua, criados em Jesus Cristo em vista das boas acções que Deus de antemão preparou para nós as praticarmos" (Ef 2,10).

Eis o que provocou a cólera dos perseguidores: Para que pudesse continuar em liberdade, os perseguidores romanos exigiram de Lourenço que trouxesse os tesouros da Igreja. Lourenço disse: "Tragam-me carroças nas quais possa levar-vos os tesouros da Igreja." Trouxeram-lhe carroças;

Ele encheu-as de pobres e enviou-lhos, dizendo: "Eis os tesouros da Igreja."



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Na continuação deste artigo trataremos da comparação da imagem de Bento XVI e Francisco.

Este artigo foi inspirado em um texto do blog do Frei Clemente Rojão intitulado "Diálogo com Judas" (link). Algumas comparações e trechos também foram inspirados ou transcritos do mesmo artigo.