"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

ASSINE a súplica ao PAPA pelo bem da família e da Igreja!

Caros amigos, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
 
Estamos diante daquela que pode ser considerada a pior crise na Igreja desde sua fundação por Nosso Senhor Jesus Cristo há 2.000 anos. Estamos presenciando não apenas HEREGES públicos proferindo heresias "intra muros", ou seja, dentro da Igreja (vide os cardeais alemães Walter Kasper e Reinhard Marx, "escolhidos a dedo" pelo próprio Papa Francisco para integrarem a "linha de frente" dos atuais rumos que a Igreja está tomando). Na verdade, estamos presenciando o próprio Papa a deixar-nos perplexos quase que diariamente.
 
Ainda assim, algumas vozes começaram a clamar em meio ao deserto, alguns Cardeais e Bispos a se manifestar diante dos ataques contra o Edifício da Fé Católica, alguns grupos e leigos se unirem em prol da Igreja de Cristo e de sua doutrina. Dentre essas manifestações em defesa da Fé venho divulgar em meu humilde blog a iniciativa "Filial Súplica", pedindo que nossos leitores A LEIAM, ASSINEM e DIVULGUEM!
 
Segue abaixo um texto introdutório com um breve explicação sobre essa iniciativa seguido da imagem que encaminhará o leitor para o link onde poderá assinar a filial súplica direcionada ao Papa.
 
A Igreja conta com seus filhos! Conta com VOCÊ!
 
Viva Cristo Rei!
 
José Santiago Lima

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Com vistas ao Sínodo sobre a Família a realizar-se em outubro de 2015 em Roma, um grupo de leigos católicos e de associações pró-vida preocupados se reuniram, para pedir filialmente ao Papa Francisco que reafirme de modo categórico o ensinamento tradicional da Igreja segundo o qual os católicos divorciados e recasados civilmente não podem receber a Sagrada Comunhão, e de que as uniões homossexuais são contrárias às leis divina e natural.
 
A iniciativa já conta com mais de 100.000 assinaturas, entre as quais estão personalidades eclesiásticas como o Cardeal Raymond Leo Burke, Cardeal Walter Brandmüller, Cardeal Jorge Arturo Medina Estevez, Dom Athanasius Schneider, Dom Aldo Pagotto (arcebispo da Paraíba), Dom Milton Kenan Junior (bispo de Barretos), Dom Alano Maria Pena (arcebispo emérito de Niterói).
 
Clique na imagem abaixo para assinar e não deixe de divulgar!
 
http://www.filialsuplica.org/
 
 
 

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

SÃO TORÍBIO ROMO GONZÁLEZ, rogai por nós!

Hoje é dia de São Toríbio Romo González


Nasceu em 16 de abril de 1900, em Santa Ana de Guadalupe, um povoado rural (atualmente, com 390 habitantes) que pertence ao município de Jalostotitlán, na zona de "Los Altos de Jalisco". Filho de Patrício Romo Pérez e de Juana González Romo, que o levaram para ser batizado já no dia seguinte ao seu nascimento, na paróquia de Nossa Senhora da Assunção.
 
Como todas as crianças, Toríbio foi enviado à escola paroquial de seu povoado e na idade de doze anos, aconselhado por sua irmã (e com apoio de seus pais), ingressou no Seminário auxiliar de São João dos Lagos. Sua irmã Maria foi a principal promotora e incentivadora da educação de Toríbio. Isso contrariava um pouco a seus pais, pois ao estudar Toríbio seria "uma mão a menos" para as tarefas próprias do trabalho no campo. "Quica", como Maria era chamada por seus parentes mais próximos, contribuiu inclusive  para infundir em Toríbio a vocação religiosa, tendo sempre o acompanhado para auxiliá-lo no que fosse necessário.

SACERDÓCIO
         
Após passar oito anos no Seminário de Guadalajara. aos 21 anos de idade solicitou dispensa de idade junto à Santa Sé antes de proceder à recepção da ordem presbiteral. O Arcebispo Dom Francisco Orozco y Jiménez lhe conferiu o diaconato em 22 de setembro de 1922, e em 23 de dezembro do mesmo ano administrou sua ordenação sacerdotal. Toríbio prestou seus serviços ministeriais em Sayula, Tuxpan, Yahualica e Cuquío. Na paróquia de Cuquío conheceu ao bondoso Padre Justino Orona, que lhe brindou com sua amizade.
 
A perseguição "callista" (perpetrada pelo então presidente do México Plutarco Elias Calles) movida contra a Igreja Católica exaltou os ânimos dos habitantes de Cuquío e em 9 de novembro de 1926, se levantaram em armas cerca de trezentos homens, com o intuito de repelir a opressão do Governo que perseguia o pároco e os sacerdotes, os quais passavam de um lugar a outro escondendo-se em casas e mesmo na mata, fugindo ao passo que sabiam que de um momento para outro poderiam ser mortos. O Padre Toribio escreveu em seu diário:
 
..."Peço ao Deus verdadeiro para que termine este tempo de perseguição. Vejam que nem a Missa podemos celebrar à Cristo; Tirai-nos desta dura provação: viverem os sacerdotes sem celebrar a Santa Missa... Ainda assim, quão doce é ser perseguido por causa da justiça. Tormenta de duras perseguições me tem permitido Deus vir sobre a minha alma pecadora. Bendito seja o Senhor! Até a presente data, 24 de junho, por dez vezes tive que fugir, me escondendo dos perseguidores, algumas fugas duraram quinze dias, outras oito... em algumas tive de ficar sepultado por até quatro longos dias em uma estreita e fedorenta cova; outras me fizeram passar oito dias no alto das montanhas sujeito a toda sorte de intempéries; sol, água e sereno. A tempestade que nos encharcou, teve o gosto de ver outra que veio para não nos permitir secar, e assim passamos molhados os dez dias..."
 
Seu grande amor pela Eucaristia o fazia frequentemente repetir esta oração:
 
"Senhor, perdoai-me se sou atrevido, mas lhE rogo que me concedas este favor: não me deixeis nem um único dia de minha vida sem dizer a Missa, sem vOs abraçar na Comunhão... dai-me muita fome de Ti, uma sede de receber-tE que me atormente por todo o dia enquanto não houver bebido dessa água que brota até a Vida Eterna, da rocha bendita de Vosso corpo ferido. Meu Bom Jesus, tE rogo que me concedas morrer sem deixar de rezar Missa nem um só dia".
 
Em setembro de 1927, o padre Toríbio teve que se retirar e desde o morro de Cristo Rey chorou afligido por ter de deixar o povoado, dizendo adeus a seu querido pároco; Os superiores lhe ordenaram que fosse o responsável pela paróquia de Tequila, Jalisco, o que não era necessariamente uma missão animadora, uma vez que o município era então um dos lugares onde as autoridades civis e militares mais perseguiam aos sacerdotes.
 
Mesmo assim, não se intimidou por isso. Tendo encontrado uma antigua fábrica de tequila que estava abandonada, próxima ao rancho Água Caliente, a utilizou como refúgio e lugar para seguir celebrando Missas.; pressentiu que ali se daria sua morte inevitável, e disse:
 
"Tequila, vós me ofereceis um túmulo, eu vos dou meu coração".
 
Devido aos graves perigos, o padre Toríbio não podia viver no vicariato de Tequila, tendo por isso se hospedado em Água Caliente na casa do senhor León Aguirre. Em dezembro de 1927, o irmão caçula de Toríbio foi ordenado sacerdote e enviado também a Tequila como vigário cooperador; pouco tempo depois chegou também sua irmã Maria para ajuda-los.

MARTÍRIO


 
Padre Toríbio havia oferecido seu sangue pela paz da Igreja e logo o Senhor aceitou seu sacrifício. Sobre isso, disse Padre Toríbio:
 
“Aceitarias Senhor o meu sangue, que Vos ofereço pela paz da Igreja?”
 
Na Quarta-feira de Cinzas, 22 de fevereiro, padre Toríbio pediu ao padre Román (seu irmão) que lhe ouvisse em confissão sacramental e lhe desse uma benção especial; antes de partir, lhe entregou uma carta com o compromisso de que não a abriria sem ordens expressas para isso. Também passou a quinta e a sexta-feira acertando todos os assuntos paroquiais para deixar tudo em ordem. Às 4 da manhã do sábado, dia 25, tendo acabado de escrever, recostou-se em sua pobre cama de bambus e adormeceu.
 
De repente, uma tropa composta por soldados federais e fazendeiros, avisados por um delator, cercou o lugar, pularam o muro e invadiram a residência do senhor León Aguirre. Um fazendeiro então gritou:
 
"Este é o padre, matem-no!"
 
O grito despertou o padre e sua irmã, e ele assustado respondeu:
 
"Sim, sou eu o padre... mas não me matem"...
 
Não lhe permitiram dizer mais nada, disparando contra ele; com passos vacilantes e sangrando muito, dirigiu-se até a porta do quarto, porém uma nova rajada de tiros o derrubou. Sua irmã Maria o tomou nos braços e lhe gritou ao ouvido:
 
"Coragem, padre Toríbio... Jesus misericordioso, recebei-o! e que ¡Viva Cristo Rey!"
 
Padre Toríbio lhe dirigiu um olhar fixo e sereno e em seguida entregou seu espírito.
 
Estando já morto seu irmão, a amarraram "costas com costas" ao cadáver, enquanto faziam uma espécie de maca feita de ramos, folhas e cordas para transportar o corpo de Padre Toríbio.
 
Os carrascos o despojaram de suas vestes e saquearam a casa para só depois levarem o corpo de São Toríbio assim como sua irmã Maria até o povoado de “La Quemada”, sem permitir que sepultassem a seu irmão. Um pouco antes haviam passado diante da prefeitura municipal com o cadáver do          Mártir Toríbio sobre a maca improvisada com paus que o transportava. Enquanto as pessoas que carregavam o corpo seguiam rezando, os soldados os acompanhavam assoviando e cantando obscenidades como forma de zombaria e escárnio.
 
Maria, já liberta de sua breve prisão, descalça, assim como estava, viajou a pé até Guadalajara, para a casa de seus pais, onde pôde afastar-se do ódio, sob o amor paterno e assim juntamente com os seus chorar a perda de seu «querido menino».
          
A família Plascencia conseguiu permissão para velá-lo em sua casa e no dia seguinte, domingo 26 de fevereiro, diante de uma multidão que rezava e chorava, o sepultaram no cemitério municipal.
 
Passados alguns dias, seu irmão - Padre Román - obediente, abriu a carta em Guadalajara, onde se deu conta de esta carta se tratar do que era o testamento do Padre Toríbio. Então leu seu conteúdo:
 
"Padre Román, deixo-vos encarregado de nossos pais já velhinhos, faça o quanto puder para evitar-lhes sofrimentos. Também vos deixo responsável por nossa irmã Quica que tem sido para nós uma verdadeira mãe... a todos, a todos peço que os cuideis. Aplica duas Missas que devo em intenção das Almas do Purgatório, e paga três pesos, cinquenta centavos que fiquei devendo ao senhor cura de Yahualica..."

RELÍQUIAS

Santuário dedicado a São Toríbio Romo González, onde estão seus restos mortais

O Padre Toríbio Romo González morreu como mártir da Fé cristã no dia 25 de fevereiro de 1928. Vinte anos depois de seu sacrifício por Cristo, os restos mortais do mártir Toríbio Romo regressaram a seu lugar de origem e foram depositados na Capela construída por ele, em Jalostotitlán. No dia 22 de novembro de 1992, foi beatificado, e em 21 de maio de 2000 foi canonizado pelo Papa João Paulo II, junto com 24 companheiros.

 
Crianças diante das relíquias de São Toríbio sob o altar de seu Santuário
 
 
SÃO TORÍBIO ROMO GONZÁLEZ, rogai por nós!
 
 
Tradução: Morro por Cristo
 
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domingo, 22 de fevereiro de 2015

O heroismo dos mártires cristãos e as misérias dos mornos ocidentais

Caros leitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
 
Após o martírio dos 21 coptas pelas mãos do ISIS, o "Estado Islâmico", reproduzimos abaixo o texto de Antônio Socci que faz uma grave análise entre o heroísmo destes nossos irmãos e a vergonhosa atuação da Igreja devido à crise em que se encontra atualmente. Embora sejam duras as palavras empregadas no artigo, elas ilustram fielmente a  situação atual e podem ser aplicadas não apenas aos membros do clero atual, mas também à nós simples cristãos ocidentais, mornos e acomodados.


 

O heroísmo dos mártires cristãos e as misérias do Vaticano.


Que o Papa faça evacuar os 300 cristãos de Trípoli, juntamente com seu bispo, para salvá-los do massacre

Por Antonio Socci (18.02.2015) | Tradução: Fratres in Unum.com É preciso olhar de frente aqueles 21 jovens cristãos que, na Líbia, sofreram o martírio por não renegarem Cristo, e que antes de serem degolados pelo ISIS – segundo a leitura labial que foi feita – clamaram continuamente o nome de Jesus. Como os antigos mártires.
 
O NOME DE JESUS
 
O bispo deles disse:“Aquele nome sussurrado no último instante foi como que o selo do seu martírio”. Os cristãos coptas são gente forte, temperada por quatorze séculos de perseguição islâmica. São herdeiros daquele Santo Atanásio de Alexandria que salvou a verdadeira fé católica da heresia ariana, na qual tinha caído a maior parte dos bispos. São cristãos rijos, não uns invertebrados, como nós, católicos tíbios do Ocidente.
 
Eis aqui a verdadeira força: não aquela de quem odeia e mata os inermes (também as crianças), e crucifica quem tem uma fé diferente, e violenta as mulheres, desfraldando a bandeira negra e escondendo o próprio rosto.
 
A verdadeira força é a dos inermes que aceitam até o martírio para não renegarem a própria dignidade, isto é, a sua fé, para testemunharem a maravilha do “Belo Amor”, como diz uma antiga definição do Filho de Deus.
 
Um grande testemunho. Estes são os verdadeiros mártires: os cristãos. Não aqueles que massacram os inocentes inertes.
 
E esta é a glória dos cristãos: seguir um Deus que salvou o mundo fazendo-se matar e não matando os outros, como fazem todos os déspotas, agitadores e ideólogos (ou revolucionários) deste mundo, que são aclamados nos livros de história.
 
A LIÇÃO
 
Uma grande lição para um Ocidente embriagado do “politicamente correto”, que, como o desastroso Obama, se auto-impôs nem sequer pronunciar a palavra“islã” e “muçulmanos” quando fala dos massacres destes meses, desde o Norte do Iraque até Paris e Líbia. Um Ocidente nihilista, que se envergonha de suas raízes cristãs e não perde nenhuma ocasião para as cobrir de desprezo.
 
É uma dolorosa lição, enfim, sobretudo para a Igreja. Para uma Igreja que não testemunha mais o fogo ardente da fé.
 
Para a Igreja de Bergoglio que, enquanto existem homens e mulheres que dão a vida por Cristo, define como “uma solene besteira” o anúncio cristão e o proselitismo; para aquela Igreja de Bergoglio que, enquanto os cristãos são perseguidos e massacrados em todo o mundo muçulmano, faz um ato de adoração numa Mesquita, que vai atrás da ideologia obamiana dominante, evitando cuidadosamente pronunciar a palavra “Islã”, a não ser para louvá-lo (a propósito, o seu porta-voz em Buenos Aires atacou Bento XVI por causa de seu discurso em Ratisbona, sobre o Islã).
 
E sobretudo para aquele Papa Bergoglio que diz que a grande emergência atual da Igreja não é a fé, mas o meio-ambiente, e, depois, a acolhida aos novos tipos de casal e a comunhão para os divorciados recasados. Parece com o filme de Benigni, onde se dizia que o verdadeiro, o grande problema de Palermo é… “o trânsito!”.
 
É tanto assim que logo mais teremos a encíclica bergogliana sobre a ecologia e sobre as vantagens da coleta seletiva de lixo, ao invés de termos um grito de amor a Deus, neste mundo sem fé e sem esperança. Teremos um apelo contra a erosão, ao invés da denúncia do ódio anticristão em todo o planeta (pelo resto, já sabemos que em sua missa de entronização falou sobre o meio-ambiente, assim como no discurso à Expo, ao invés de falar de Cristo).
 
É o Papa Bergoglio que recebe e comove os centros sociais, tipo Leoncavallo, mas não os cristãos que heroica e pacificamente lutam para testemunhar a salvação, sofrendo o desprezo e as acusações do mundo.
 
É Bergoglio que escolhe os novos cardeais baseado em sua própria ideologia pessoal (deixando ver que, se quiser, pode inclusive decidir nomear o bispo de Ancona para o cardinalato), ao invés de conceder a púrpura, sinal do martírio, àqueles bispos que, justo nestes dias, concreta e heroicamente, vivem com as suas comunidades ameaçadas e, verdadeiramente, arriscam a sua vida com elas.
 
SALVAR AQUELES CRISTÃOS
 
Este é o caso do bispo de Tripoli, D. Martinelli, o mesmo bispo que, em 2011, quase sozinho (apenas com o apoio de Bento XVI), gritava todos os dias contra a guerra [liderada pela OTAN, no contexto do que se chamou de “Primavera Árabe”, que culminou com a queda de Muammar al-Gaddafi], explicando que aquilo abriria a“Caixa de Pandora”, exatamente como aconteceu depois.
 
Uma tragédia que devemos agradecer aos “Prêmios Nobel da Paz”, Obama e Sarkozy.
 
Hoje, na Itália e no exterior, aqueles que aclamaram a guerra se fazem de desentendidos. Enquanto nestes dias a Líbia corre o risco de se tornar uma base do Isis, o Bispo Martinelli decidiu permanecer ali, expondo-se à morte:
 
“Vi tantas cabeças cortadas – conta – e pensei que eu também poderia acabar assim. E se Deus quiser que meu fim seja ter a cabeça cortada, assim será […]. Poder dar testemunho é uma coisa preciosa. Eu agradeço ao Senhor que me permite fazê-lo, também com o martírio. Não sei até onde vai dar este caminho. Se me levar à morte, isso quer dizer que Deus quis assim… E eu não saio daqui. Eu não tenho medo”.
 
Ele não quer abandonar a sua pequena comunidade, constituída por cerca de trezentos trabalhadores filipinos, que estão compreensivelmente aterrorizados. O bispo é o único italiano que ficou em Trípoli, com alguns religiosos e religiosas não italianos.
 
Até ontem, não recebeu nenhuma ligação do Papa Bergoglio, habitualmente muito pródigo com os telefonemas (ligou até para Pannella [jornalista italiano de extrema-esquerda], além de ligar diversas vezes ao seu amigo Scalfari). Talvez, graças à pressão midiática, vai lhe telefonar uma hora destas…
 
Todavia, mais que de palavras, precisamos de fatos.
 
Eu queria propor uma coisa ao Papa. O Vaticano, também com a ajuda do governo italiano, poderia pedir um auxílio humanitário, uma operação relâmpago de socorro aos cristãos que ficaram lá, com o seu bispo. São apenas trezentos e arriscam a sua vida pela fé. O Vaticano poderia hospedá-los e, depois, eles decidiriam se é o caso de voltar às Filipinas.
 
A coisa é possível. Por que não fazê-la? Esta é a minha oração ao Papa Bergoglio: que salve do massacre toda uma comunidade cristã e o seu pastor.
 
Esta seria, realmente, uma coisa digna da Santa Sé. Não esse clima de caça às bruxas e de apuração, que desde alguns dias circula no establishment Vaticano, contra aqueles “grandes cardeais” (Ratzinger) que, fiéis à Igreja, ousaram se opor a Kasper no Sínodo de outubro.
 
Seria absurdo que o Vaticano se dedicasse às purgas, enquanto os cristãos são martirizados no mundo.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

MÁRTIRES DE CRISTO: 21 Cristãos coptas decapitados pelo Estado Islâmico (Isis) - VÍDEO

Mártires Coptas momentos antes da execução
 
Caros leitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
 
Nos últimos dias diversos sites e telejornais mundo afora noticiaram a bárbara decapitação de 21 cristãos coptas promovida pelo ISIS, o "Estado Islâmico". Sobre este famigerado grupo muito já se sabe, tendo, inclusive nós, noticiado suas barbaridades em prol da implantação de um mundo sob a bandeira do Islã. No entanto, pretendemos - ainda que de forma breve e resumida - apresentar aos leitores quem são os coptas, parcela do rebanho de Cristo da qual os 21 mártires faziam parte.
 
OS COPTAS: QUEM SÂO?
São Marcos Evangelista em Alexandria: surge a Igreja Copta do Egito
 
O termo COPTA significa literalmente "cristão egípcio". A princípio, o termo era utilizado no árabe clássico para designar aos egípcios, porém com o tempo, passou a designar apenas aos egípcios cristãos, uma vez que a maior parte dos egípcios foram convertidos ao Islã (que acabou de certa forma absorvendo sua cultura, língua e mesmo etnia egípcia transformando-os simplesmente em "árabes"). Os coptas, portanto, são os descendentes dos antigos egípcios, que se converteram ao cristianismo no século I, segundo a Tradição, graças ao Evangelista São Marcos.

Do século VII em diante, os muçulmanos conquistaram o Norte da África, impondo assim ao Egito o idioma árabe e a religião islâmica. Ainda assim, uma minoria dos egípcios se manteve cristã e preservou também o idioma copta, derivado da antiga língua egípcia. Atualmente, o idioma copta é usado apenas em Missas e demais celebrações litúrgicas.
 
Papa João Paulo II e o Patriarca Copta Shenouda III
  
Até o ano 451 a Igreja do Egito (Copta) fazia parte da Igreja Universal, isto é, da Igreja Católica, compartilhando da mesma Fé, ainda que com divergências que suscitaram o Concílio de Calcedônia. Por ter sido fundada pelo Evangelista São Marcos, a Igreja Copta do Egito formava um dos 5 grandes patriarcados da Igreja Católica: O Patriarcado de Alexandria (os outros 4 são os Patriarcados de Jerusalém, Antioquia, Constantinopla e Roma). Em 451 o Concílio de Calcedônia pôs fim às divergências definindo que Nosso Senhor Jesus Cristo possui 2 naturezas (humana e divina) em uma única pessoa. A Igreja Copta não aceitou tal definição (professavam que Cristo possuía uma única natureza - a divina - doutrina conhecida como monofisismo) e assim acabaram se separando dos demais patriarcados, ou seja, da Igreja Católica.
 
Sua Beatitude Tawadros II, atual Patriarca da
Igreja Copta de Alexandria
Embora com o cisma de 451, a Igreja Copta se manteve fiel à Tradição Apostólica (ainda que com o erro do monofisismo), lançando bases inclusive à Igreja da Etiópia (Igreja Copta Etíope). Sua sucessão apostólica foi preservada até nossos dias, onde a Igreja é governada pelo Patriarca Papa Tawadros II (os patriarcas coptas também possuem o título de Papa). Em 1973 o Patriarca Shenouda III, em nome dos monofisitas do Egito, emitiu juntamente com o Papa Paulo VI uma Declaração de Fé cristológica professando a doutrina do Concílio de Calcedônia.
Na prática os coptas (povo) já em praticamente nada se diferenciavam dos cristãos não monofisitas, uma vez que pouco entendem dessas diferenciações teológicas: simplesmente adoram a Nosso Senhor Jesus Cristo como Senhor e Salvador, o Filho de Deus, segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Com essa declaração de Fé por parte da Igreja Copta, essa diferença foi oficialmente suprimida. 
 
Em 1741, um grupo de coptas (clero e povo) separou-se da Igreja Copta por entender que não poderiam estar separados da Igreja de Roma e do sucessor de Pedro, chefe da Igreja Universal. Para isso, pediram comunhão com Igreja Católica Romana e assim surgiu a Igreja Católica Copta, cuja sede fica no Cairo. Os católicos coptas mantiveram as tradições e ritos litúrgicos coptas, porém reconheceram tanto a doutrina católica (do Concílio de Calcedônia) quanto a autoridade e a primazia do Papa de Roma, estando, assim, oficialmente unidos à Santa Sé. Assim foi criado o Patriarcado Copta Católico de Alexandria, cujo chefe atual, em comunhão e obediência ao papa, é o Patriarca Sua Beatitude Ibrahim Isaac Sidrak.

Sua Beatitude o Patriarca Copta Católico Ibrahim Isaac Sidrak
 
Os coptas formam atualmente entre 10% e 15% da população egípcia (composta de 80 milhões de pessoas). Destes cristãos, quase 90% pertencem à Igreja Copta (monofisita), 8% à Igreja Copta Católica e os demais (2%) às Igrejas coptas protestantes. São muito discriminados: quando não são  perseguidos (literalmente), são tratados como cidadãos de segunda classe, motivo que diminui aceleradamente o seu número. Existem altas taxas de migração, além de conversões ao islã por diversos motivos (por segurança, para se ter mais oportunidades de emprego, para se casar com muçulmanas (pois o corão proíbe o casamento com judeus ou cristãos), enfim, por conveniência.

Desde a queda do ditador egípcio Hosni Mubarak, em 2011, a situação da comunidade cristã copta piorou drasticamente. Nos últimos quatro anos, os coptas passaram a sofrer uma forte perseguição por parte de facções islamitas. Nós mesmos já noticiamos isso em nosso blog AQUI.

Pois bem, agora que conhecemos quem são os Coptas, podemos falar sobre a última repugnante ação do chamado Estado Islâmico. Entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015 terroristas deste grupo sequestraram coptas que haviam migrado do Egito para a Líbia para tentar melhores condições de vida. Ao todo ele mantinham em cativeiro a 21 coptas, cujas fotos já haviam divulgado em sua revista eletrônica "Dabiq", criada para divulgar suas ações e influenciar mais e mais pessoas a "abraçarem a causa" do Estado Islâmico.
 
No último dia 15 de fevereiro o ISIS divulgou na internet um vídeo (muito bem produzido e editado) cujo título é "Uma mensagem assinada com sangue para a nação da cruz". No referido vídeo, um grupo de cristãos coptas - todos com as mãos amarradas nas costas - é conduzido por um grupo de integrantes do Estado Islâmico a uma praia do Mar Mediterrâneo. Os reféns cristãos trajavam uniforme laranja (idêntico ao de outras vítimas do Estado Islâmico decapitadas em vídeos anteriores), ao passo que os executores trajavam uniforme preto escondendo o rosto. Enquanto um líder do ISIS faz ameaças aos Cristãos, à Igreja e ao Ocidente, os coptas são colocados de joelhos. É possível observar que muitos deles movem os lábios enquanto aguardam o momento derradeiro. Sites egípcios já divulgaram que por meio de leitura labial foi comprovado que estavam a pronunciar o nome de JESUS. Isso também foi confirmado pelo bispo destes benditos mártires. Em momento algum é possível notar desespero - choro, gritos - entre eles, ainda que estejam prestes a morrer. Por fim, são colocados de bruços e todos ao mesmo tempo são degolados e decapitados, tendo suas cabeças colocadas sobre seus corpos. O vídeo se encerra com as ondas da praia formando uma espuma vermelha devido ao sangue dos mártires coptas.
 

Fotos de alguns dos 21 mártires coptas
Do ponto de vista dos terroristas, desejamos sinceramente que sejam combatidos e que seus planos de impor o Islamismo e a Sharia (lei islâmica) em todo o mundo jamais se concretize. Agora, com o olhar voltado aos mártires coptas: certamente receberam a coroa de Glória das mãos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Verteram sangue única e exclusivamente por serem cristãos, deram a cabeça para não renegar a Cristo (pois certamente teriam sido poupados caso se convertessem), perderam a vida para ganhar A VIDA, e vida em plenitude. Perderam a vida que, embora preciosa, é passageira, para salvar a alma e assim ganhar a VIDA ETERNA.
 
Abaixo, os nomes dos 21 mártires de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em seguida, o terrível vídeo de seu martírio. O disponibilizamos somente para aqueles que não se traumatizam com imagens fortes e não o fazemos para que se possa assistir a um espetáculo macabro, mas sim para que os mornos cristãos ocidentais fortaleçam sua fé ao ver como seus irmãos em Cristo suportam o martírio com coragem e fé, dando a vida por Nosso Senhor.
 
Viva Cristo Rey!
 
José Santiago Lima

 
 
Seguem os nomes dos 21 coptas mártires de Nosso Senhor Jesus Cristo:

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Agora, o link para o vídeo do martírio destes 21 servos de Cristo:

ATENÇÃO: IMAGENS FORTES!

ASSISTA CLICANDO AQUI


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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

BEATO LUIS MAGAÑA SERVIN e BEATO JOSÉ LUIS SÁNCHEZ DEL RÍO

09 e 10 de fevereiro, dias em que recordamos Santos Mártires de CRISTO!!!
 
CLIQUE na IMAGEM para conhecer suas histórias!
 
 

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

06 de fevereiro: dia de São Mateo Correa Magallanes

Devido a um lapso de nossa parte, não publicamos o post referente ao dia de São Mateo Correa Magallanes, mártir de Cristo Rey. Ainda que com atraso, o fazemos agora para que nossos leitores possam conhecer um pouco da história deste santo seguidor de Cristo, verdadeiro exemplo de perseverança na Fé.
 
Viva Cristo Rey!
 
 
Clique na Imagem!

São Mateo Correa Magallanes

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Entenda o porquê de nossa "má vontade" para com o Papa Francisco

Amigos, ainda que - conforme comentei em outro artigo - não queiramos tecer comentários e críticas diretas ao Papa Francisco e seu pontificado, muitas vezes nos parece impossível simplesmente ignorar a avalanche de acontecimentos a ele relacionados. Muitos nos censuram por nossa perplexidade diante dos estranhos acontecimentos deste pontificado, alguns simplesmente não compreendem (ou dizem não compreender), outros nos pedem motivos para tal reação. Pois bem, segue abaixo um texto publicado no Fratres in Unum que - de maneira simples e didática - esclarece as razões da nossa perplexidade assim como a de tantos católicos diante do pontífice atual.
 
Viva Cristo Rey!
 
José Santiago Lima

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Um pai verbal e mentalmente abusivo.

Por Traditional Roman Catholic Thoughts | Tradução: Gercione Lima – Fratres in Unum.com:
 
Imagine um pai que vive num subúrbio pitoresco. Ele tem um bom emprego, uma esposa amorosa e filhos lindos de várias idades. Muitas pessoas olham para este homem como um modelo exemplar dentro da comunidade. A maioria diz que ele está trilhando seu caminho para a santidade.
 
Para alguém que olha de fora, esta é apenas uma face da imagem completa. Agora imagine se esse mesmo pai passa mais tempo brincando com as outras crianças da vizinhança do que com os seus próprios filhos. Quando seus filhos perguntam por que o pai prefere passar mais tempo se entretendo com as outras crianças da vizinhança do que com eles, ele, por sua vez, começa a provocá-los, tirando sarro da cara deles, e rebatendo que eles estão se comportando como pirralhos chorões, ao invés de dar uma resposta amável explicando o motivo pelo qual ele está negligenciando a saúde emocional de seus próprios filhos.
 
Além disso, seus filhos são vítimas constantes de vários valentões no bairro que agem como algozes implacáveis,  procurando por qualquer falha ou fraqueza nestas crianças, a fim de persegui-las. As palavras e ações do pai dão a esses agressores munição para usar contra seus próprios filhos. Em seguida, os agressores se lançam sobre os filhos e usam as próprias palavras do pai contra eles.
 
Quando alguns dos filhos, com toda a razão, aborrecem-se e legitimamente se queixam de seu pai por apoiar os valentões, ao invés de protegê-los, seus irmãos começam a gritar com eles para forçá-los à submissão:
 
 _ “Você não pode criticar papai! Ele é o nosso pai! Você tem que ser obediente e submisso à sua vontade, afinal de contas, ele sabe melhor do que você”. Com isso, a família tornou-se mais dividida do que antes. Não só o pai está permitindo que o mundo lá fora abuse de seus próprios filhos do mesmo modo como ele faz, mas alguns de seus filhos cruelmente defendem suas ações abusivas.
 
Vocês hão de concordar que o pai do exemplo acima não é de maneira alguma um bom pai. Enquanto ele parece ser um grande exemplo para a comunidade, na realidade, ele é um desviante. Igualmente, esta é a mesma atitude com que o Papa Francisco, o Santo Padre, atua nesse Pontificado.
 
Seja no Vaticano ou em suas viagens ao exterior, houve inúmeras instâncias em que ele estava agendado para se encontrar com bispos ou cardeais e simplesmente cancelou sem maiores explicações. Embora seja compreensível, já que ele não goza das melhores condições de saúde, ao invés de tirar esse tempo de folga para descansar, ele prefere usá-lo para passar um tempo com os evangélicos, luteranos ou até mesmo os budistas, como ele fez durante sua viagem ao Sri Lanka. Se passar o tempo com os não-católicos é como ele escolhe relaxar, faz mal perguntar o por quê? Seu propósito não é evangelizar essas pessoas. Em nenhum momento ele discute com elas a necessidade de tornar-se católico, ao contrário, ele endossa as suas opiniões e discute solidariedade.
 
Enquanto faz suas viagens ao exterior, ele faz conferências de imprensa a bordo do avião papal. “Quem sou eu para julgar” se tornou o bordão com que os não-católicos obrigam os fiéis à submissão por defenderem a doutrina católica de sempre. Papa Francisco acaba de dar aos inimigos outra grande linha de ataque. “Algumas pessoas pensam que – desculpe-me por dizer isso – que, para ser bons católicos, temos de ser como coelhos”. Além disso, ele ainda fez questão de bradar para o mundo como ele repreendeu a uma mãe fiel que havia engravidado novamente. Ele a acusou de “tentar a Deus” e a criticou por aquilo que ele chama de “paternidade irresponsável”.
 
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Esses comentários sobre coelhos e paternidade irresponsável deixaram alguns católicos com um afã de defender as declarações do Santo Padre como se fosse seu último suspiro. Eles acusam os católicos que se sentiram ofendidos com a escolha de palavras do Papa de “tomá-las fora do contexto”. Eles acusam seus irmãos que estão ofendidos de não confiarem em Deus e o que é pior: de causar divisão dentro da Igreja. “Se você tivesse olhado para o contexto, certamente você concordaria com ele!”
 
Enquanto olhando para o contexto poderíamos até concordar com o Papa Francisco, sua má escolha de palavras, especialmente quando está respondendo à jornalistas que buscam ativamente oportunidades para tirar suas palavras fora de contexto e demonizar a nossa religião, é onde reside a culpa. Ele sabia o que estava dizendo porque fez questão de antecipar: “desculpe-me por dizer isso”. Ele dá munição aos valentões que, por sua vez, usam suas palavras contra seus próprios filhos, os mesmos filhos que ele deveria defender e confirmar para a santidade.
 
Quando qualquer pai normal comporta-se desse modo destrutivo contra seus próprios filhos, ele não é visto como um herói, mas sim como um pai desviante e abusivo. Da mesma forma, se o Santo Padre se comporta segundo esse exemplo, ele não está sendo um bom pai para seus filhos. Ele está caindo nos pecados de calúnia e difamação, e sem um pedido público de desculpas por suas declarações, tudo o que nos resta é assumir o pior em relação às suas atitudes.
 
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