"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Hoje é dia de SÃO DAVID GALVÁN BERMÚDEZ, mártir cristero


Nesta data também celebramos 100 anos de seu martírio
(30/01/1915 - 30/01/2015)
 
Para conhecer sua história clique na IMAGEM:

São David Galván Bermúdez

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A crise na Igreja e os "cleaners"

Raio atinge a Basílica de São Pedro (Vaticano) horas após Bento XVI anunciar sua renúncia 
 
 
A Igreja Católica - Corpo Místico de Cristo - está passando por sua pior crise em 2 mil anos. Ainda que alguns digam - entre eles o papa Francisco - que "a Igreja nunca esteve tão bem como hoje", basta uma "rápida espiada" nos frutos colhidos atualmente (queda drástica no número de sacerdotes, religiosos, seminaristas, pessoas que frequentam a Missa, fechamento de congregações religiosas por falta de vocações, migração em massa dos "fiéis" para as seitas protestantes, etc.) para se concluir que tal afirmação é, no mínimo, contraditória. O pior é que ao se analisar não somente os frutos, mas também a árvore, descobrimos que sua situação atual é ainda mais preocupante: dentro da Igreja a "pluralidade de opiniões" daqueles que receberam a missão de nos pastorear  lembra o episódio da Torre de Babel. Padres, Bispos e Cardeais difundindo opiniões as mais diversas por meio de comentários, entrevistas, livros e outros meios, deixando o simples fiel católico em meio a tudo isso tal qual um cego em um tiroteio. Cardeais a difundir idéias ANTERIORMENTE CONDENADAS pelo Magistério da Igreja sem que isso lhes provoque um mínimo receio. Bispos pregando verdadeiras HERESIAS que noutros tempos lhes resultaria excomunhão... hoje lhes resulta apoio. Enfim, vivemos tempos preocupantes...
 
Embora prefira me abster de realizar comentários pontuais sobre os diversos acontecimentos "estranhos" do pontificado do Papa Francisco, não há como negar que tais acontecimentos ACONTECERAM e ESTÃO ACONTECENDO em uma frequência quase que diária. Naturalmente, muitas vozes estão se levantando diante de fatos que estão a deixar perplexos os católicos minimamente instruídos na Fé de sua Religião. Curioso - e verdadeiramente estranho - é observar que, durante 2 mil anos os inimigos da Igreja a atacaram impiedosamente (inclusive de maneira bem ativa durante o recente pontificado de Bento XVI) e poucos eram aqueles que tinham coragem para defendê-la publicamente. Mais curioso é observar que tais ataques por parte dos inimigos da Igreja (mídia, "personalidades", etc.) não apenas cessaram, mas que estes mesmos inimigos agora são os primeiros a rejubilarem-se com suas "mudanças", os primeiros a "levar a sério" e a defender o papa naquilo que eles dizem ser sua empreitada. Por outro lado, os que sempre foram os intransigentes defensores do Papa e da Igreja, isto é, os católicos sinceros, estes agora são os considerados inimigos do Papa, opositores e obstáculos de seu empreendimento, tudo por simplesmente questionar - em clara demonstração de amor à Igreja - os fatos, ações e palavras que os tem deixado perplexos. Mais curioso ainda é observar que não apenas católicos ignorantes ou desinteressados pelo que diz a Igreja de repente se tornaram defensores do papa, mas que até inimigos declarados do papado de um dia para o outro se tornaram papólatras de carteirinha, Como exemplo podemos citar curioso caso de Leonardo Boff que após sair em "defesa" do Papa (ou seria de suas próprias idéias?) contra o jornalista Vittorio Messori recebeu como resposta uma verdadeira surra teológica em forma de artigo de Monsenhor Antonio Livvi.
 
Enfim, para aqueles que não compreendem a diferença entre o católico que ama a Igreja e tudo que a ela pertence (incluindo-se aí o papado) por ter sido instituída por Nosso Senhor daquele oportunista que "ama" o papa por estar enxergando nele o porta-voz de suas próprias idéias e caprichos, reproduzo abaixo o excelente artigo do Frei Clemente Rojão que faz uma precisa descrição deste ser que acredita estar assim ajudando a Igreja. Ou não.
 
Viva Cristo Rey!
 
José Santiago Lima

                            *                            *                            *                            *                            *

Eu vos explico os Cleaners.


Por Frei Clemente Rojão – Muitos me perguntam o que é “Cleaner”. Abaixo descrevo o Cleaner ideal. Não existe um cleaner ideal, mas diversos estágios desta – parafraseando nosso papa Francisco sentando o relho na Cúria Romana – “doença espiritual”.

Cleaners – “limpadores” – são os católicos com uma concepção errada de Igreja, que julgam que se deve defender tudo o que o papa diz, mesmo quando agride o senso da fé dos fiéis e o próprio magistério da Igreja, mesmo que fale de improviso e num ambiente hostial da imprensa mundana. Cleaners se dedicam a piruetas mentais para defender tudo o que é dito e feito, mesmo que isto exija duplipensar a maneira orwelliana de 1984. Os Cleaners seguem a máxima de Groucho Marx “Você vai ter coragem de deixar de acreditar em mim para acreditar no que dizem seus olhos???”

Cleaners não entendem a Infalibilidade Papal nem suas restrições. Eles não compreendem a diferença entre atos administrativos e doutrina. Para eles, mover um bispo de diocese é tão infalível quanto proclamar a natureza de Cristo. Cleaners as vezes confundem o síndico de um prédio com seu engenheiro.

Os Cleaners são mestres em atacar o mensageiro. A culpa é sua se reclama, não de quem fala torto lá do alto da cátedra. A culpa é sempre da Veja, da Folha, do Frates in Unum, do Socci e os suspeitos de sempre, nunca do pontífice que solta a pérola. Cleaners também são mestres em italiano para tentar arrumar traduções semânticas para dizer que não é bem assim como foi noticiado. Farão longos tratados de doutrina para explicar. Acho isso nobre. Mas, convenhamos, precisa mesmo explicar um pontífice? E porque só este precisa?Cleaners apresentam como evidência para defender o pontífice de alguma declaração completamente diferente que ele disse lá atrás e perdem de vista o principal: Como pode um pontífice romano ser tão contraditório, então? O que está havendo?

Para os Cleaners, São Paulo e Santa Catarina de Siena, que contestaram as atitudes dos pontífices de sua época, estavam errados. Lógico que eles não admitem isso por causa do “São” na frente, mas na prática é isso mesmo.

Cleaners não conhecem a História da Igreja nem suas regras disciplinares. Cleaners acham que sempre um santo é eleito papa, quando na verdade – infelizmente – não é, nem nunca Jesus prometeu isto. Se os Cleaners vivessem no pontificado de Estevão IV, diriam que exumar e julgar o cadáver de seu antecessor estava muito correto mesmo. Se os Cleaners vivessem no pontificado de Alexandre VI diriam que todo católico tem obrigação de beber o vinho servido pelo papa.

Os Cleaners são um fenômeno do pontificado de Francisco. Antes dele não havia necessidade de consertarem o que o papa disse. Havia alguma incompreensões as vezes, havia perseguição na imprensa, mas não havia escândalo sistemático e periódico em cada declaração do pontífice.

Cleaners têm senso de matilha, e atacam como hienas (apenas não riem). De alguma maneira foram treinados para atacar em grupo e em massa os inimigos do grande líder, que ousam fazer observações sobre o Grande Guia. Cleaners possuem esta visão soviética e muçulmana do pontífice. Cleaners não gostam de pensamento independente.

Secretamente os Cleaners devem invejar a disciplina férrea que impera entre os xiitas iranianos com seu aiatolá ou no estado islâmico com seu mulá Al Bagdhadi.

Enfim, Cleaners não querem um pontífice romano, com todos seus defeitos e erros, como todo filho de Adão. Querem um macho alpha incontestável para liderar sua matilha.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

37º PAPA: São Dâmaso - ano 366 a 384

Papa São Dâmaso (37º Papa)
Pontificado:  01 de outubro do ano 366 a 11 de dezembro de 384
 
 
 
São  Dâmaso, um dos maiores  Papas  da Igreja de Deus, era espanhol.  Órfão de  mãe, levou-o o pai a Roma, para lá receber uma sólida educação religiosa  e científica. Os progressos que fez foram tão notáveis, que Dâmaso foi tido  como um dos homens  mais santos e sábios do seu tempo.
 
Na qualidade de  diácono da Igreja de Roma, acompanhou o Papa Libério ao exílio. Pela morte deste Papa, foi elevado ao trono pontifício, em atenção à sabedoria e santidade que o distinguiam, como também pelo zelo e coragem com que  defendera  a  Igreja contra a  heresia. O governo  de São Dâmaso durou dezessete anos e  dois meses, e coincidiu com épocas  bem angustiosas.
 
Todos os  escritores eclesiásticos  daquele tempo  lhe tecem  os maiores elogios.  São Jerônimo chama-o  o grande  amador da castidade,  o doutor virginal da Igreja  virginal.  Teodoro vê nele  um homem  adornado de  todas as virtudes e  digno de todo o louvor. Santo Ambrósio  reconhece em Dâmaso um instrumento escolhido pela  Divina providência para o bem da Igreja de Cristo.   Os  bispos, reunidos em Constantinopla, elogiam-no pela  firmeza heróica na defesa  da santa  fé, dando-lhe o título  honroso de  diamante invencível da fé.  Em diversas  ocasiões patenteou esta firmeza evangélica. Logo depois de  sua eleição  se formou uma corrente fortíssima contra a pessoa  de  Dâmaso, com o fim  indubitável  de  derrubá-lo do  trono pontifício. A alma  deste  movimento  foi o diácono  Ursino,   que ambicionava  para  si a  dignidade papal.  Dâmaso, receoso de ser causador de um cisma, declarou-se  pronto a  resignar  à tiara pontifícia  e  retirar-se à vida privada. Os elementos bons, porém,  opuseram-se a isto, e todos  os  esforços  empregaram até que o governador romano se resolveu  a  mandar para o exílio o promotor  das desordens. 
 
Algum tempo depois, começou a luta contra a heresia, que tinha levantado a cabeça  em diversos  lugares, até na capital da  cristandade. Em diversos  concílios  parciais e finalmente no concílio ecumênico de Constantinopla, foram condenadas as heresias de  Macedônio e  Apolinaris, e desterrados os respectivos  autores.  
 
O Pastor  vigilante trabalhou  incessantemente  no melhoramento  da organização da Igreja. Muitas  igrejas  foram construídas e  as relíquias de muitos  mártires, por iniciativa  do Papa, foram entregues à veneração dos fiéis. 
 
São Jerônimo entrega a Bíblia por ele
traduzida (Vulgata Latina) ao Papa São Dâmaso
À sua ordem foram abertas  as  catacumbas, nas quais  mandou desentulhar galerias,  fazer  escadas, por clarabóias. Muitos  túmulos de mártires receberam belíssimos  epitáfios de  sua autoria executados em esmerada  caligrafia.  Homens  importantes daquele  tempo, como Atanásio,  Ambrósio e Jerônimo  faziam  parte do  conselho particular  do Pontífice. A São Jerônimo, a Igreja deve a tradução dos livros bíblicos  para a língua latina.  A confiança de que Dâmaso gozava do povo cristão era tão grande, que os imperadores Teodósio, Graciano e Valentiniano ordenaram  expressamente aos  súditos, que não aceitassem  outro credo a  não ser aquele que  São pedro  pregara em Roma, e que era  ensinado por seu  sucessor  Dâmaso;  que  haviam de considerar  errôneas e heréticas as doutrinas, por Dâmaso, como  tais censuradas. O imperador Graciano  promulgou uma lei  que  determinava a  competência jurídica do Papa em julgar as questões que houvesse entre Bispos. 
 
Grande interesse  manifestou Dâmaso pela digna celebração dos mistérios. É-lhe  atribuída  a  recitação dos  salmos em  dois  coros  e  do Gloria Patri no fim de cada salmo. Introduziu também o cântico do  Aleluia  nas missas  dominicais.Por sua iniciativa, foi reformada  a  Igreja de São Lourenço e  enriquecida com belíssimas pinturas. 
 
Dâmaso morreu na idade de  oitenta anos. 
 
Consta  que ainda em vida, com uma pequena  oração, restituiu a vista a um cego. No túmulo se  lhe deram grandes milagres. Muitos  possessos  de  demônios, por intercessão de  São Dâmaso, ficaram livres do mau espírito, e inúmeros  doentes recuperaram a saúde. .
 
 

São Dâmaso, Papa, rogai por nós! Rogai pela Igreja da qual fostes o Pastor!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

"JE SUIS HIPÓCRITAS"



 
Este será apenas um breve comentário sobre o terrível massacre ocorrido na França. Antes de mais nada, quero deixar registrado que condeno os terríveis ataques perpetrados por radicais islâmicos ao pasquim francês "Charlie Hebdo". Faço questão de deixar isso bem claro antes mesmo de comentar, para evitar possíveis problemas ocasionados justamente pelos mesmos motivos que pretendo denunciar em meu comentário a seguir.
 
Pois bem, como sabemos, os líderes (criadores/diretores e cartunistas) de um "jornal" francês foram brutalmente assassinados por radicais islâmicos na última quarta-feira (07 de janeiro), gerando indignação em todo o mundo. Para solidarizar-se com as vítimas da tragédia, uma das principais formas difundidas em todo o mundo é a exibição de cartazes com os dizeres "je suis Charlie" (todos somos Charlie). Após expressar minha tristeza e indignação diante da barbárie em si (o brutal assassinato dos integrantes do Charlie Hebdo), quero também deixar claro que - e penso que todos os católicos deveriam fazer o mesmo - "não sou Charlie Hebdo", isto é, não me identifico, não os represento e tampouco sou representado por eles! O motivo pelo qual digo isso? Simples: o pasquim Charlie Hebdo é, na realidade, um jornaleco que tem como principal "diferencial" atacar gratuitamente aos outros sob pretexto da tal "liberdade de expressão". Seus ataques visam, sobretudo, a religião - e "mais sobretudo ainda" a religião católica". Para eles, quanto mais desrespeitosas fossem suas publicações, mais "engraçadas" elas seriam.
 
Mas o que quero  - ainda que brevemente - comentar é a contradição e a hipocrisia da mídia em geral, a começar pelo próprio Charlie Hebdo. Embora seus líderes - covardemente assassinados - se vangloriassem por exercer a "liberdade de expressão" ridiculariando a fé alheia (algumas vezes o Islã foi vítima de suas charges, embora seu alvo preferencial fosse Cristo e a Igreja Católica), quando um de seus cartunistas fez uma charge brincando com o judaísmo, o mesmo foi sumariamente demitido, tendo inclusive sido acusado de antisemitismo e racismo. Mas não pense você que somente o judaísmo (ou sionismo?) estava protegido contra as "zueiras" do blasfemo jornal: também é certo que as charges do Charlie Hebdo também jamais tratariam de ridicularizar o homossexual e sua causa (por eles defendida, obviamente), mostrando que o "super direito à liberdade de expressão" é bem seletivo.
 
Alguns dirão: "não é verdade, em seu periódico também encontramos charges com judeus". Ora, se é verdade que também há charges envolvendo o Judaísmo, também é certo que nelas não se pode encontrar qualquer coisa verdadeiramente ofensiva à Fé judaica. Mesmo aquelas que retratam o Islamismo - e que geraram as terríveis reações levadas ao extremo no último dia 07 - não podem ser comparadas às ofensas contra o Cristianismo. Há mesmo uma charge expondo a Santíssima Trindade - o que há de mais sagrado para um cristão posto que é Deus mesmo - a uma situação tão degradante que me recuso a descreve-la. Por isso me refiro a esse periódico como jornaleco blasfemo. 
 
Quanto à hipocrisia geral da mídia, meu breve comentário apenas gostaria de lembrar que, quando do grandioso discurso do Papa Bento XVI em Ratisbona (setembro de 2006) no qual o Santo Padre mencionou a relação da expansão da fé islâmica mediante imposição por meio da violência, além da ira dos muçulmanos vimos a mídia realizar seu primeiro "linchamento moral" neste pontífice. Todos criticaram o papa por ter dito "palavras ofensivas" ao Islã, muitos o ofenderam, chamaram-no "irresponsável, imprudente, semeador de discórdia" e alguns até justificaram possíveis ataques terroristas que o papa e a Igreja poderiam sofrer como culpa de Bento XVI, afinal, "quem mandou mexer com a religião alheia", "como ousa falar mal e desrespeitar outra religião?"
 
Pois bem, estes mesmos são os que hoje apresentam os cartunistas mortos como "mártires da liberdade de expressão", que aplaudem todo e qualquer achincalhamento da religião (principalmente cristã) sob a bandeira dessa tal liberdade. "Je suis Charlie Hebdo"! "Todos somos Charlie Hebdo"! Todos temos o direito à Liberdade de Expressão! Quer dizer, todos.... menos Bento XVI! Menos o católico! Este deve ficar quieto e apanhar calado!
 
Enquanto isso, em terras como as do Estado Islâmico milhares de católicos são perseguidos, explorados, escravisados, mortos, decapitados, sem que ninguém da grande mídia exerça sua liberdade de expressão para denunciar tais atrocidades. Isso não tem importância. Segundo a lógica desses "paladinos da liberdade de expressão", somente se você ofender publicamente a fé alheia e por isso acabar sendo vítima de algum maluco fanático é que poderá ser levado em conta devido ao desrespeito à liberdade de expressão. Agora, ter sua cabeça arrancada apenas por querer exercer seu direito à "liberdade de crença", isso nada tem de importante que mereça ser defendido.
 
Falando em hipocrisia, muito "humoristas" (do tipo "porta do fundos") e demais defensores da "liberdade de expressão" pretendem responder aos ataques contra sua amada liberdade fazendo mais vídeos, charges e textos contra aquilo que eles chamam de fanatismo. Para isso, novas "obras" serão lançadas ridicularizando a fé alheia. Qual o alvo escolhido de suas "zueiras"? Jesus Cristo! Ou será que vocês esperavam mesmo que eles teriam coragem para "aloprar" a Maomé e o Islã? Não mesmo!
Como se os cristãos fossem os responsáveis pelos ataques...
 
O que nos resta? Rezar, rezar pela conversão dos pecadores, rezar para que tenham tempo de se converter. E rezar pelos pobres coitados do Charlie Hebdo, para que o senhor tenha piedade de suas pobres almas.
 
Viva Cristo Rey!
 
José Santiago Lima

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

36º PAPA: Libério - ano 352 a 366

Papa Libério (36º Papa)
Pontificado: do ano 352 ao ano 366


O Papa Libério (em latim, Liberius) foi o trigésimo-sexto papa da Igreja de Cristo, de 17 de maio de 352 até 24 de setembro de 366. Ele não é mencionado como santo no Martirológio Romano*. Seu primeiro ato como papa foi, juntamente com outros poucos bispos, desconsiderar as decisões de um sínodo realizado em Arles em 355, comandado pelo Imperador Constâncio II (353-354), excomungando de forma inválida a Santo Atanásio de Alexandria, embora seu mensageiro foi forçado pelo imperador a aprovar o Sínodo de Arles, e o comando imperial de Milão ter imposto seus cânones sobre todos os bispos ocidentais, como consequência, ele foi perseguido e exilado para Bereia e substituído pelo Antipapa Félix II.

Após um exílio de mais de dois anos, o imperador chamou-o a Roma, sendo a Sé de Roma oficialmente ocupada pelo Antipapa Félix, o imperador propôs que Libério governasse a Igreja juntamente com Félix, mas antes da chegada de Libério, Félix foi expulso pelo povo romano. Após a morte do imperador Constantino em 361, Libério anulou os decretos e reiterou sua posição e os bispos que aprovaram o concílio retiraram a sua adesão. Em 366 Libério deu um acolhimento favorável a uma delegação do episcopado Oriental, e admitiu em sua comunhão mais moderada os convertidos Arianos. Morreu em 24 de setembro de 366.



* A não inclusão do Papa Libério no Martirológio Romano como santo se deve, possivelmente, à controvérsia acerca de seu posicionamento durante a Crise Ariana. Segundo alguns, o Papa não se posicionou firmemente contra a heresia ariana, mas antes, foi omisso e mesmo cúmplice dos arianos (o que resultou, inclusive, na excomunhão de Santo Atanásio de Alexandria). Há uma carta de Santo Atanásio onde este afirma ter sido o Papa Libério "fraco" por ter assinado, embora não se saiba ao certo o que ele teria assinado. Ao que parece se referir, o Papa Libério teria assinado uma declaração de Fé proposta pelos arianos, não propriamente uma declaração ariana (o que o tornaria um herege), mas ao menos ambígua ou omissa, uma vez que omitiria a definição católica "consubstancial". Por outro lado, é certo que existem 3 cartas apresentadas como de Libério onde este afirmaria estar Santo Atanásio fora da comunhão com a Igreja de Roma e com ele (papa). Sabe-se, no entanto, que diversos nomes na história da Igreja negam a autenticidade dessas cartas como sendo do Papa Libério e, sendo assim, me parece difícil chegar a uma conclusão sobre o que ocorreu durante o pontificado deste Papa da Igreja, portanto, deixaremos este espaço aberto para amigos leitores que queiram trazer outras informações.
 
Viva Cristo Rey!