"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

"A CONJURAÇÃO ANTI-CRISTÃ" E UMA PROFECIA SOBRE A BATINA



Caros leitores, Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
 

Estou lendo o excelente livro "A CONJURAÇÃO ANTI-CRISTÃ - o Templo maçônico que quer se erguer sobre as ruínas da Igreja Católica", de Monsenhor Henri Delassus. Recomendo este livro a todos aqueles que queiram compreender o porquê da atual situação, não só da Igreja Católica, mas também da atual civilização ocidental. Neste sentido, este livro é verdadeiramente profético. E por falar em profecia, eis que justifico o motivo pelo qual menciono no título desta postagem uma "profecia sobre a batina":
 
No sétimo capítulo do mencionado livro, que trata "do que faz e diz a revolução nos dias atuais", Monsenhor Delassus cita diversos trechos de discursos onde líderes maçons, humanistas e revolucionários justificam seus planos de perseguição à Igreja e tudo aquilo que a ela faça menção. Com o objetivo de se fazer uma "revolução social" fomentam-se leis que visam a destruição das congregações religiosas como "ponto de partida" nessa guerra travada para a substituição da Igreja pelo pensamento moderno.
 
Então Monsenhor Delassus explica o porquê de se destruir as congregações religiosas:
 
... "a simples presença dos religiosos no meio do povo cristão é um sermão contínuo, que não o deixa perder de vista o fim último do homem...". "Vestidos com um hábito especial que marca o que eles são e o que eles pretendem neste mundo, eles dizem às multidões em meio às quais circulam, que somos todos feitos para o Céu e que devemos tender a ele." (DELASSUS, H. (1910). A Conjuração Anti-cristã  (o Templo maçônico que quer se erguer sobre as ruínas da Igreja Católica). Castela, 2015. 57 p.)
 
Antes de qualquer coisa, o trecho acima é uma simples - porém claríssima - explicação sobre a finalidade do uso do hábito eclesiástico. No entanto, ao nos referirmos a uma "profecia sobre a batina" queremos demonstrar o seguinte:
 
1º A explicação da finalidade do uso do hábito eclesiástico dada por Monsenhor Delassus é assim compreendida tanto pela Igreja como por seus inimigos, isto é, aqueles que a querem destruir. Essa explicação demonstra justamente o porquê de os inimigos da Igreja trabalharem por eliminar a imagem destes "homens vestidos de maneira distinta".
 
Este livro foi escrito em 1910, período em que TODOS os clérigos usavam o hábito eclesiástico (a batina ou o hábito no caso dos religiosos) e mostra que os inimigos da Igreja visavam destruí-lo justamente por conta do seu significado. Ora, e o que podemos dizer atualmente, senão que eles conseguiram? E o que é pior, tal atitude parte daqueles mesmos que mais deveriam valorizá-lo.
 
O que foi escrito em 1910 como uma intenção dos inimigos da Igreja se concretiza nos dias atuais. Não foram necessárias legislações por parte dos governos proibindo sua utilização. Os próprios membros da Igreja (sacerdotes e religiosos) acabaram por realizar exatamente aquilo que planejavam os inimigos da Religião de Cristo. Ainda que o façam dando das mais convincentes às mais esfarrapadas desculpas, o FATO é que se concretizou o desejo da Seita anti-cristã.
 
Como não associar este empreendimento aos demais cujo objetivo é a eliminação de símbolos cristãos da vida pública (retirada de crucifixos de orgãos públicos, proibição de qualquer menção ao nome de Deus, da Virgem e dos Santos nas constituições, supressão de qualquer influência da Lei Divina sobre as novas legislações, etc.)?
 
Triste constatar que hoje tantos e tantos membros da Igreja - ainda que inconscientemente ou alegando outros motivos - aderiram exatamente àquilo que os inimigos da Igreja planejaram para atacá-la: desprezar a batina e o hábito, sinais da presença divina em meio aos homens e recordação do destino final para o qual devemos nos preparar.
 
Termino fazendo um pedido aos sacerdotes e religiosos que porventura possam vir a ler este pequeno artigo: Abandone todos os pré conceitos referentes ao uso do hábito clerical, verifique os motivos pelos quais seu uso foi abandonado e comprove os benefícios decorrentes de sua utilização.
 
"O hábito não faz o monge, mas o bom monge zela por seu hábito"
 
Viva Cristo Rey!
 
José Santiago Lima
 
P.S. Outra publicação bastante útil sobre o tema: As sete excelências da Batina