"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

"RELIGIÃO PRA QUÊ" - Por que precisamos de religião? - parte 2

Continuando o raciocínio da postagem anterior, observamos que a religião pode ter várias finalidades, dependendo de QUEM as atribui. Embora a lógica nos imponha a certeza de que deve haver uma única finalidade verdadeiramente correta assim como há uma só verdade, tentamos resumir abaixo a finalidade da religião de acordo com os principais círculos sociais:

  • Para ATEUS de todas as estirpes, religião nada mais é que uma invenção do homem criada - as vezes conscientemente, as vezes não - para estabelecer limítes à sociedade humana e mantê-la sob controle (de alguns).

  • Para FILÓSOFOS, ESTUDIOSOS e CIENTISTAS da RELIGIÃO de forma geral, religião é todo o conjunto de respostas às diversas questões existenciais do ser humano.

  • Para os ADEPTOS das diversas religiões, religião é o sistema de "verdades" que traz consigo as respostas e explicações que este adepto buscava para suas dúvidas. Geralmente se faz adepto destas religiões por serem facilmente adaptáveis a ele, oferecendo aquilo que ele "já queria receber" ou falando aquilo que ele "queria ouvir". Caso essa não lhe sirva da forma que esperava, basta buscar uma que melhor se encaixe à sua pessoa.

  • Para o PROTESTANTE, independente da religião advinda deste movimento, Jesus é o elemento essencial para que o homem possa salvar-se e portanto é preciso "aceitá-lo". No entanto, essa "aceitação de Jesus" torna-se algo muito vago e para consegui-lo acaba tendo a necessidade de filiar-se a alguma religião (igreja para ele) que além do fundamental "aceitar Jesus" termina por submetê-lo a uma série de doutrinas. Dizem que religião não é o mais importante, que basta ser cristão (embora somente a religião Católica exclua seu fiel de obter a salvação reservada aos cristãos, nisso todos concordam). Embora algumas tenham a preocupação da vida futura como prioridade, a grande maioria destas religiões "evangélicas" apresenta ao fiel um Deus que quer apenas ser reconhecido, basta "aceitá-lo" e pronto, este Deus muito grato irá servi-lo e cumulá-lo de bens materiais e honrarias pelo resto de sua vida.

Mas afinal... e para o católico, qual a finalidade da religião?

Todo católico deve ter consciência da seguinte verdade: Para o CATÓLICO, religião É necessária para a salvação. Mas obviamente, não qualquer religião e sim a RELIGIÃO CATÓLICA, única divinamente instituída. Explico em poucas linhas: o mundo em que nos encontramos é apenas passageiro, uma vez que o homem perdeu a graça de nascer e viver eternamente no paraíso após o pecado de seus primeiros pais. Deus, infinitamente misericordioso, se fez homem, habitou entre nós, morreu por nossos pecados e ressuscitou, restituindo ao gênero humano a graça de adentrar e habitar o paraíso. Isso, no entanto, se dá após o término da vida terrena (e passageira) do homem, ou seja, após a morte. Para que ele alcance sua salvação eterna e a graça de habitar no Reino de Deus para sempre, o homem deve seguir a Jesus Cristo e seus ensinamentos. Mas como fazê-lo sem que acabe seguindo às próprias paixões e aos próprios ensinamentos por não saber distinguir entre o que é seu e o que provém de Cristo Jesus?
Deus, infinitamente sábio, previu que isso aconteceria e para auxiliar o homem na travessia desta vida tão confusa e agitada por tantos "sopros de doutrina" (Efésios, cap. 4 vers. 14) instituiu sua Religião para que ela sirva como meio de religar (religião: do latim religare, significando religação com o divino) o homem a seu Criador. Ela detém o conjunto de verdades comunicadas por Cristo, os meios necessários para a salvação do homem e a autoridade transmitida pelo próprio Cristo para ligar e desligar (São Mateus cap. 16 vers. 19). Nosso Senhor Jesus Cristo assim fez para que o homem não se sinta perdido, confuso ou abandonado mas sim para que possa sentir-se seguro, conduzido, não confiando em verdades deste ou daquele "profeta", tampouco nas próprias verdades mas sim no meio de "religação" entre o homem e Deus, na Religião de Cristo, na Igreja de Cristo, Católica, "Igreja de Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade" (I Timóteo, cap. 3, vers 15).

¡Qué viva Cristo Rey!

domingo, 22 de julho de 2012

"RELIGIÃO PRA QUÊ"? Por que precisamos de religião - parte 1

Recebemos há exatamente 1 mês o seguinte comentário de um leitor anônimo:


"Gostaria que fizesse um post sobre " Porque precisamos de religião"!
Está de parabéns o blog!
"

Aproveitando o tema tratado nas 3 últimas postagens (a mudança no cenário religioso do Brasil) gostaríamos de tratar, mesmo que de maneira breve e resumida, do tema sugerido pelo leitor anônimo:

Por que precisamos de religião?

Segundo a ótica comunista/marxista Deus e religião foram invenções do homem para exercimento do controle de minorias sobre maiorias, da "burguesia sobre o proletariado".

No entanto, em concordância com a mentalidade da socidade moderna a opinião mais facilmente aceita é a de que as religiões são respostas, ou melhor, soluções - verdadeiras ou não - apresentadas frente às questões existenciais do ser humano. Segundo essa mentalidade, o ser humano de todos os tempos e de todas as épocas sempre manifestou dúvidas e preocupações relacionadas à certos acontecimentos da vida humana: por qual razão ou para que finalidade nascemos, por que adoecemos, por que sofremos, por que temos que morrer, para onde vamos após a morte, ou melhor, há algo após a morte?
Seguindo este raciocínio, o ser humano foi formulando - sempre influenciado por fatores externos como a época, o território e a cultura em que estava inserido - crenças e doutrinas religiosas com a finalidade de responder aos medos e ânsias que possuia.
Em algumas sociedades a incompreensão de fenômenos da natureza aliada à certeza de que nem tudo o que os cercava estava sob o domínio humano fez com que o homem tudo atribuísse ao poder e à influência de dezenas - as vezes até milhares - de divindades, caso de antigas sociedades pagãs como a greco-romana até às que continuam a sobreviver em nossos dias, como a India com o hinduísmo ou diversas religiões e povos africanos.
Algo também comum às religiões é a preocupação com o estado "post mortem" do ser humano, ou seja, com os possíveis destinos da alma/espírito humano. Por exemplo, uma semelhança que encontramos entre as religiões orientais é que geralmente crêem em alguma forma ou gênero de reencarnação.
Algumas religiões fundamentam suas crenças e doutrinas em lendas e histórias populares. Há também aquelas que reivindicam ter descoberto verdadeiras respostas às questões existencias através de experiências pessoais de seu fundador ou guru, iluminado ou auxiliado por "seres superiores". Por fim temos também aquelas que anunciam possuir o conhecimento da verdade e das respostas às questões do homem por tê-las recebido do próprio Deus (ou divindades).
Enfim, origem para as milhares de religiões existentes podemos encontrar de todos os tipos. Outra característica, porém, que podemos facilmente constatar é que as há para todos os gostos e necessidades: se a pessoa busca uma religião que possibilite contato com entes queridos já falecidos, existem várias. Se busca uma que lhe ofereça rigidez e disciplina, certamente encontrará. Se busca, porém, uma que não lhe imponha obrigações e lhe permita fazer tudo o que desejar, existem aos montes.
A questão das religiões que surgem para se adaptar ao gosto e à necessidade do "fiel" pode ser facilmente percebida no fenômeno das religiões que se definem como "evangélicas": Creio que Jesus Cristo é Deus, ótimo, posso me filiar a várias... não creio? não tem roblema, outras crêem da mesma forma. Sou divorciado, essa não me permite casar de novo mas aquelas sim! Nesta mulheres só usam saia e isso está diretamente relacionado com a fidelidade a Deus, naquela pode-se usar o que quiser, afinal isso é o que menos importa, noutra há somente pastores homens, naquela... bispa! Numa o homosexualismo é pecado, em outra os pastores são homosexuais... e casados! E assim temos mais de 50.000 religiões que se dizem evangélicas, cada qual pregando doutrinas contraditórias entre si mas todas buscando satisfazer aos desejos, vontades e necessidades dos que as procuram.

Voltando a pergunta inicial, Por que precisamos de religião?

Mas afinal, se não é para satisfazer as nossas vontades e necessidades, para quê então?

Ao refletirmos sobre toda essa pluralidade de religiões e "verdades", uma conclusão já podemos tirar: É IMPOSSÍVEL que todas estejam corretas, ou seja, que todas sejam verdadeiras uma vez que TODAS expressam "verdades" contrárias entre si. FATO!

Acompanhando as postagens relacionadas ao ateísmo e as provas da existência de Deus, concluímos que Deus existe e, de acordo com tais provas somos levados a crer não somente em Sua existência mas também na unicidade da divindade, ou seja, que Deus não só existe como também é único, descartando assim todas as religiões politeístas (que crêem na existência de vários deuses).
Somando essas provas à revelação divina presente nas Escrituras Sagradas, Tradição e demais eventos que corroboram para tal conclusão, podemos dizer que o Cristianismo apresenta-se como único portador das verdades buscadas pelo homem. Ocorre, porém, que tanto o Catolicismo como as 50.000 religiões ditas "evangélicas" se dizem cristãs, ou seja, dizem professar o Cristianismo autêntico.
Virá então um "pacifista" e, para não se comprometer com nenhum dos lados dirá:
"Não importa religião, placa de igreja não salva ninguém, não precisamos de religião, o que salva é Jesus Cristo".

Ok, ok, mas sabemos que só há 1 (UM) Jesus Cristo e que todas as religiões ditas cristãs reivindicam seguir esse mesmo Jesus Cristo: Então como é possível haver tanta diferença doutrinal? E mesmo que você selecione apenas 2 cristãos que dizem seguir Jesus Cristo, cada um terá uma diferente visão deste mesmo Jesus Cristo e de seus ensinamentos, então qual estará correto? Quem poderá avaliar e definir a forma correta de interpretar e seguir Jesus Cristo?

Ora, religião é um conjunto de crenças, doutrinas, costumes e tradições que se ordenam a um objetivo, geralmente no âmbito espiritual. Se alguém disser que não necessita de religião para se chegar a Deus, este mesmo deverá adotar ou desenvolver crenças, hábitos e procedimentos que julgar convenientes para atingir tal objetivo. Crendo que este é o meio correto para se chegar a Deus e às verdades espirituais, terá a certeza de que outros que buscam os mesmos objetivos deverão fazer o mesmo, portanto, fazendo o mesmo, estarão professando a mesma religião, simples assim.

Finalizamos a primeira parte com a seguinte conclusão: religiões existem várias e várias são as "verdades" que elas defendem, no entanto é IMPOSSÍVEL a existência de várias verdades que se contradizem. Deve haver uma única verdade!
Podemos também concluir que a religião é sim necessária, não com a finalidade em si mesma mas agindo sim como canal para se chegar a Deus, verdadeira finalidade da Religião.

Continuaremos no próximo post...

segunda-feira, 16 de julho de 2012

BRASIL: Cai o número de "fiéis" católicos, aumenta o número de protestantes - parte 3 - Uma verdade esquecida... ou desconhecida

Pensávamos em alguma maneira mais efetiva de abordarmos neste post o problema tratado nas duas postagens anteriores, sobretudo trazendo agora uma reflexao sobre as consequências que o desconhecimento da verdadeira Fé e a aceitação de "novas fés" podem trazer ao homem. Foi então que nos deparamos com o excelente texto do site Ecclesia Una - texto este que abaixo publicaremos - que trata justamente dos pontos por nós comentados expondo-os de maneira precisa, assim como da necessidade de se aderir à Verdadeira Religião de Jesus Cristo Nosso Senhor.

¡Qué viva Cristo Rey!

Cresce número de evangélicos no Brasil. Mas fora da Igreja continua não havendo salvação.


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Está nos jornais desta última semana: Catolicismo cai 22,4% e vê nova ascensão de evangélicos; uma notícia semelhante saiu no G1: Aumento de evangélicos no Brasil reduz número de católicos para 64,6%. “Herança da colonização portuguesa, o catolicismo enfrenta o momento de maior arrefecimento da história do Brasil”, reporta o Terra. “Mesmo mantendo sua predominância, o catolicismo perde cada vez mais terreno para a religião evangélica.” Os números falam por si. Nas últimas duas décadas, a pesquisa revela que um grupo de aproximadamente 123 milhões de fiéis deixou de se declarar “católico”.
O uso do itálico na palavra “fiéis” é proposital. Ora, se estes que deixaram o catolicismo fossem verdadeiramente fiéis, não teriam abandonado a sua fé, traído a sua Igreja, renegado o seu Batismo. Se “migraram” da barca de Pedro para a confusão dos botes protestantes, é porque ou não possuem um conhecimento autêntico da doutrina – questão de ignorância – ou se entregaram ao relativismo moral e ao pragmatismo subjetivista – questão de egoísmo mesmo.
Gostaria de deter-me um pouco nesta questão do relativismo. Está se espalhando de maneira assustadora no meio dos cristãos uma ideia diabólica, segundo a qual a religião não seria mais importante, afinal “placa de igreja não salva ninguém” – é o que dizem costumeiramente. Pior de tudo: há muitos “católicos” aderindo a esta forma de pensamento – não surpreende que muitos desses mesmos “católicos” depois se filiem a comunidades evangélicas, traindo uma Fé que, na verdade, nunca conheceram de fato. Realmente, a salvação não tem nada a ver com “placa de igreja”. A salvação tem a ver com a Igreja. O uso da letra maiúscula aqui identifica algo muito maior e mais significativo que um simples edifício material ou uma mera denominação religiosa; identifica aquilo que as Escrituras dizem ser o Corpo Místico de Cristo (cf. Cl 1, 24). E este edifício espiritual, que tem o próprio Cristo como cabeça, é sim necessário para a salvação. Afinal, foi pela Igreja que Jesus se entregou em sacrifício, ensina São Paulo: “Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela água do batismo com a palavra, para apresentá-la a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas santa e irrepreensível” (Ef 5, 25-27). E esta Igreja tem fundamento visível, constituído pelo próprio Deus. Foi a São Pedro que nosso Senhor concedeu as chaves do Reino dos céus e foi sobre ele também que edificou a Sua Igreja (cf. Mt 16, 18-19). Pela história, sabemos que os apóstolos deixaram sucessores e estes, ao longo dos séculos, foram transmitindo a Fé que receberam, mantendo-a íntegra, incólume. Então, não tem nada de “o que importa é o coração” ou “eu me basto”; o que basta é a doutrina apostólica, é o ensinamento dos primeiros cristãos, é a pregação do Evangelho na sua pureza. E isto é legado aos cristãos pela Igreja Católica, fora da qual – dizemos e repetimos com orgulho – não há salvação.
Ora, mas isto não é entrar em defesa de “placa de igreja”? Absolutamente não! Como foi dito, estamos falando da Igreja, e não de igrejas… Estas têm a ver com fundação humana, têm a ver com a rebeldia, com a desobediência, desde a revolta de Lutero no século XVI até o escândalo dos mercenários pentecostais de nosso tempo, como Valdomiro Santiago, Edir Macedo et caterva. Quando dizemos que fora da Igreja não há salvação, falamos daquela fundada por Deus – a Igreja de Cristo, “una, santa, católica e apostólica”, esposa do Cordeiro.
Como diz São Cipriano, “aquele que se separa dela (…) se junta com uma adúltera”. Estes que se juntaram principalmente às seitas pentecostais geralmente experimentaram os amargos frutos da Teologia da Libertação. Sedentos de uma experiência mais pessoal com nosso Senhor, acabaram entregando-se a uma prostituta – nem todos verdadeiramente conscientes disto. Outros dissidentes, porém, traíram a Cristo gratuitamente. Mesmo sabendo que “esta Igreja, peregrina na terra, é necessária à salvação” (CIC, n. 846), correram para as seitas, em busca de conforto econômico, físico ou psicológico. “Porque virá tempo – já alertava o Apóstolo dos gentios – em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas” (2 Tm 4, 3-4).
Aquilo que o IBGE traduz como estatística já estava profetizado por São Paulo há milênios. Não temos o que temer; não há porque se assustar. Acontece em nossos tempos aquilo que nosso Senhor já falava que seria o julgamento: “A luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más” (Jo 3, 19).
Graça e paz.
Salve Maria Santíssima!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

BRASIL: Cai o número de "fiéis" católicos, aumenta o número de protestantes - parte 2 - expondo o problema

Caros leitores, publicamos agora a continuação da postagem sobre a queda do número de "fiéis" católicos e aumento do número de protestantes no Brasil.
É do conhecimento de todos ou ao menos deveria ser que tais "pesquisas oficiais de organismos oficiais" como é o caso da pesquisa do IBGE são fortemente tendenciosos, sobretudo quando se trata de catolicismo, uma vez que mídia, governo e expoentes da sociedade moderna são visivelmente anti católicos. No entanto não iremos questionar a veracidade numérica de tal pesquisa, até porque, como dissemos na postagem anterior a queda do número de "católicos" e as "conversões à religião evangélica" foram, são ou serão presenciadas por todos nós em algum momento de nossas vidas.
Antes de entrar no problema da queda do número de "fiéis" católicos, vale explicar um ponto da pesquisa que se melhor entendido, demonstra imprecisão numa das afirmações presentes em seu resultado: O "aumento do número de evangélicos".
Ao afirmar que 22,2% dos brasileiros são "evangélicos", somos levados a crer que existe uma religião "evangélica", quando na verdade membros de 50.000 religiões diferentes em todo o mundo se declaram "evangélicos". No Brasil a situação não é diferente: assembleianos se declaram evangélicos, congregacionistas se declaram evangélicos, presbiterianos se declaram evangélicos, adventistas do sétimo dia se declaram evangélicos, fiéis da "Bola de Neve" se declaram evangélicos e o mesmo ocorre com outros tantos etc´s (pra mais de 50 mil)... Só que na verdade pertencem à religiões diferentes, sendo que um fiel da "Deus é Amor" jamais poderá frequentar uma reunião das "Testemunhas de Jeová" assim como um fiel da "Igreja do Evangelho Quadrangular" não será aceito na "Congregação Cristã no Brasil" ao menos que se converta. E o que dizer dos seguidores de fanfarrões como "pEdir Macedo" e "Valdemiro $antiago" e suas "Univer$al do Reino de Deu$" e "Mundial do Poder de Deu$" que foram consideradas SEITAS pela Igreja Presbiteriana do Brasil. O único elemento comum a todas as religiões surgidas do protestantismo é a Bíblia e mesmo ela não é exatamente idêntica nesse universo pluralíssimo.
Portanto, para que possamos tratar da diminuição do número de "fiéis" católicos antes devemos compreender que NÃO HÁ religião evangélica e que o que realmente está acontecendo é um aumento no número de fiéis nas milhares de religiões advindas da revolta protestante. Ponto!


Passemos agora ao problema da queda do número de fiéis católicos. Primeiramente devo explicar as aspas postas em palavras como fiel e católico no decorrer do texto. Se realmente os brasileiros citados na pesquisa do IBGE fossem fiéis católicos jamais abandonariam a Sã Doutrina para buscar soluções em outras religiões. Em outras palavras, se tivessem sequer noção do que realmente significa a religião católica e o "ser católico", jamais se afastariam do catolicismo assim como alguém que estivesse sobre uma sólida ponte em sã consciência jamais se atiraria ao abismo.
Mas então qual a raiz do problema?
Se observarmos os dados apresentados pela pesquisa, ou melhor, se observarmos a sociedade à nossa volta veremos claramente que a religião católica  já não possui a mesma influência de décadas atrás, assim como os que se dizem católicos não possuem o mesmo conhecimento e convicção de estar professando a religião verdadeira. Como exemplo para a segunda constatação, cito minha falecida avó: semi analfabeta, vivia no sertão pernambucano e era católica tão convicta que sequer permitia a seus filhos e netos ouvir pregações protestantes por ter certeza de que ao fazer isso estariam pecando. E sobre doutrina católica, em sua simplicidade conhecia mais verdades de fé do que muitos padres atuais... Essa constatação pode ser confirmada pelos resultados da pesquisa: em 1940, 95% católicos, em 2010, 64%...
Ok, ok, sabemos que a sociedade mudou e que o mundo moderno é extremamente ostil para com a Religião Católica. Mas somente essa postura do mundo seria suficiente para justificar o êxodo de católicos para religiões protestantes? NÃO! Desde a década de 60, após o Concílio Vaticano II, por coinscidência (ou não) o Brasil assim como grande parte do mundo deixou de ser um país católico passando a ser apenas um país com tradição católica.
Atualmente essa migração de "católicos" para religiões protestantes pode ser explicada pela seguinte verdade: essas pessoas JAMAIS foram católicas. Ou mantinham certos costumes do catolicismo (como batizar os filhos ou casar-se na Igreja, algo também "fora de moda") ou realmente pensavam ser católicos mesmo que isso não correspondesse à realidade. Em suma, a Religião Católica não perdeu fiéis para outras religiões, posto que estes "convertidos" não eram católicos, sequer conheciam o que é a religião católica. O que realmente aconteceu foi a diminuição dos católicos. 
As antigas gerações católicas foram se extinguindo com o passar do tempo e as novas gerações de brasileiros, infelizmente não mais evangelizados, cresceram isentos de qualquer presença de catolicismo verdadeiro. Outros tantos dentre estes "convertidos", crentes de conhecerem e professarem a religião católica, na verdade conheciam e professavam o que não passava de um simulacro, uma caricatura de religião católica.
Enquanto o Verdadeiro Catolicismo, única religião de Deus Verdadeiro e única que pode conduzir o homem à eterna salvação de sua alma é desconhecido, o cidadão privado deste conhecimento torna-se presa fácil de religiões que oferecem dinheiro, curas milagrosas, fama, sucesso, etc...
O que podemos fazer? O que deve fazer a Igreja? O que nós leigos podemos fazer?

Deixemos para o próximo post...

terça-feira, 3 de julho de 2012

BRASIL: Cai o número de "fiéis" católicos, aumenta o número de protestantes - parte 1 - a constatação

Caros leitores, publicamos agora a primeira de 3 postagens sobre uma notícia  (que reproduzimos abaixo) veiculada por diversos meios de comunicação: A queda do número de "fiéis" católicos em contraste ao aumento do número de "evangélicos".
Embora não fosse segredo algum, uma pesquisa oficial traz a tona uma dura e preocupante realidade:

1940 - 95% da população brasileira dizia-se católica.
1991 - era 83% da população.
2000 - caiu para 73%.
2010 - apenas 64%.

"E agora José?". Por que nos vemos diante de tal problema? Ou melhor, isso é um problema? Mas e os que dizem que a religião e tudo o mais vai muito bem obrigado? O fato é que muitos se dizem "surpresos" ou "preocupados" diante dessa constatação, como se antes dessa notícia a situação relatada já não fosse EVIDENTE.
Segue abaixo a notícia publicada, nas próximas postagens nos aprofundaremos no problema e em suas possíveis soluções.


IBGE: catolicismo cai 22,4% e vê nova ascensão de evangélicos.


Terra – Herança da colonização portuguesa, o catolicismo enfrenta o momento de maior arrefecimento da história do Brasil. É o que constatou o levantamento feito em todos os municípios do País no Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE), que pesquisou em diversos níveis os aspectos religiosos da população brasileira. Em pouco mais de 20 anos, o número de brasileiros que se declararam católicos caiu 22,4%.
Para se ter uma ideia, em 1940, o mesmo IBGE constatava um percentual de 95% de católicos no Brasil. Em 1991, este número passou para 83%. Posteriormente, em 2000, na queda mais acentuada, foi para 73,6%, até chegar, 10 anos depois, nos atuais 64,6% dos cerca de 190 milhões de brasileiros .
Mesmo mantendo sua predominância, o catolicismo perde cada vez mais terreno para a religião evangélica. A pesquisa do Censo constatou que 22,2% do País está inserido nas crenças das igrejas de missão e pentecostais, dentre outras que pregam o evangelismo. O salto de 6,8%, em relação ao levantamento do ano 2000, se torna ainda maior se voltarmos ao ano de 1940, quando os evangélicos entraram na pesquisa e apareciam apenas com 2,6%. Ou seja, em pouco mais de 70 anos, cresceram 20,4%.
“Entre os católicos é comum ter pessoas não praticantes, que se declaram católicos. E nas outras religiões não, o que se declara é um participante mesmo. Essa é a grande diferença. O evangélico, por exemplo, participa muito mais. É fiel aos princípios da igreja”, diz Cláudio Crespo, coordenador de população e indicadores sociais do IBGE. “A tendência é essa, de redução da população que se declarou católica, algo que vem sendo observado desde a década de 90″, completa.
Se o catolicismo ainda é hegemônico, o Brasil, no entanto, convive cada vez mais com a pluralidade religiosa. O Censo revelou que 2% dos entrevistados se declararam espíritas (aumento de 0,7% em relação ao ano de 2000), enquanto que umbanda e candomblé respondem por 0,3% (sem alteração). Outras religiosidades, como o islamismo, por exemplo, estão presentes em 2,7% (acréscimo de 0,9%) da população, enquanto que 8% dos brasileiros não têm religião. Apenas 0,1% não souberam responder, ou não quiseram prestar a informação.
“Neste contexto, o (Estado do) Rio Grande do Sul é um exemplo interessante disso, porque dependendo da região, e da ocupação que ocorreu, o Sul tem uma presença espírita e umbandista forte, tem uma ocupação de evangélicos de missão e também de católicos. É um Estado que se mostra bastante plural”, exemplificou Crespo.
Nas regiões Norte e Centro-Oeste a diversificação dos grupos religiosos é marcada pela presença expressiva de evangélicos, sobretudo dos pentecostais, os quais têm também importante presença nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Os católicos, por sua vez, ainda que soberanos, têm maior representatividade no Nordeste: 72% dos habitantes.
No comparativo dos sexos, 65,5% dos homens brasileiros se declararam católicos, na maior presença masculina dentre as religiões. Nas demais crenças, as mulheres são maioria: 24,1% são evangélicas, 2,3%, espíritas, 0,3% adeptas da umbanda e candomblé e 2,9%, de outras religiões.
Mais de 42 milhões de fiéis
O avanço das Igrejas Evangélicas no Brasil é ainda mais clara quando os percentuais são deixados de lado para o comparativo dos números brutos da pesquisa. São exatos 42.275.440 brasileiros que se declararam evangélicos, enquanto os católicos apostólicos romanos, majoritários, formam um grupo de 123.280.172 habitantes.
Dos cerca de 42 milhões de evangélicos, mais de 25 milhões são de origem pentecostal. Somente a Assembleia de Deus, Igreja de maior representatividade, possui 12 milhões de fiéis. Elas serviram de alicerce, ainda, para outro dado importante: enquanto 79% dos moradores de áreas urbanas responderam que são católicos, o maior número absoluto dos que moram no campo, nas grandes cidades, 23,5% são evangélicos.
“A partir do êxodo rumo às grandes cidades, da década de 70 para 80, você tem o surgimento da Igreja Universal do Reino de Deus, por exemplo, que aproveita a oportunidade para criar o que chamamos de igreja de periferia, como igreja de portas abertas para receber esse pessoal ‘sem eira nem beira’, sem ter onde ficar”, explica Maria Goreth, coordenadora de indicadores sociais do IBGE.
Este efeito migratório encontra reflexo ainda nas idades dos entrevistados. Se os católicos encontram mais representatividade entre os brasileiros que têm mais de 40 anos, ou seja, oriundos da época em que o catolicismo era soberano, os evangélicos têm maior proporção entre crianças e adolescentes, que escolheram a religião que acolheu os pais neste êxodo.
Outras curiosidades
- O município de União da Serra, no Rio Grande do Sul, é o mais católico do Brasil: 99,18% dos moradores seguem da religião; – O município de Arroio do Padre, também no RS, é o mais evangélico: 85,84% dos moradores; – Palmelo, em Goiás, concentra o maior número de espíritas: 45,5%; – Cidreira, novamente no RS, tem 5% de praticante de umbanda e candomblé; – O islamismo responde apenas por 1,2% do grupo de outras religiosidades; – Sobre os que se declararam sem religião, 4% são ateus.