"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O NATAL em um CAMPO DE REFUGIADOS iraquianos

Quantas vezes, mesmo nós denominados cristãos, não reduzimos o Natal a uma mera data festiva destinada à troca de presentes, comilança e "encher a cara", assim esvaziando completamente seu real e verdadeiro significado, isto é: o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo.
 
Abaixo, o Natal daqueles que se encontram refugiados em meio ao deserto, com as cabeças postas a prêmio, tudo por não renunciar a fé naquele que nasceu há 2014 anos... tudo por Nosso Senhor JESUS CRISTO! 
 
Viva Cristo Rey!

José Santiago Lima

O Natal em um campo de refugiados iraquianos

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Dominus dixit ad me: Fílius meus es tu, ego hódie génui te. Quare fremuérunt gentes: et pópuli meditáti sunt inánia?
O Senhor disse-me: Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei. Porque se enraivecem as nações, e os povos maquinam coisas vãs?

Intróito da Missa da Meia-Noite – Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Na imagem, presépio e árvore de Natal ao centro, consoladores, de toda a tristeza e incerteza que os cerca.

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Ó Deus que fizestes resplandecer esta noite com a claridade da verdadeira Luz, concedei-nos que depois de conhecermos na Terra os mistérios dessa Luz, gozemos também no Céu das suas alegrias. Ele que vive e reina conVosco.

Coleta da Missa da Meia-Noite – Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Na imagem, criança que vive neste campo de refugiados, construído em torno de uma igreja católica, reza apenas desejando um dia retornar para casa.

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Tecum princípium in die virtútis tuae: in splendóribus Sanctórum, ex útero ante lucíferum génui te. Dixit Dóminus Dómino meo: Sede a dextris meis: donec ponam inimícos tuos, scabéllum pedum tuórum.
No dia do teu poder, estou contigo Eu, o princípio, que te gerei do Meu seio, nos esplendores dos Santos, antes de haver dia. Disse o Senhor ao meu Senhor: Senta-se à minha direita, até que ponha os teus inimigos como escabelo dos teus pés.

Gradual da Missa da Meia-Noite – Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Inocência perdida: o paliativo do campo de refúgio tornou-se a realidade dos pequeninos. Ali vivem e ali brincam.

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Dóminus dixit ad me: Fílius meus es tu, ego hódie génui te.
O Senhor disse-me: tu és meu Filho Eu hoje te gerei.

Aleluia da Missa da Meia-Noite – Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Segurança: o campo erigido ao redor da igreja proteje, mas o frio é outro adversário feroz.

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Accépta tibi sit, Dómine, quaésumus, hodiérnae festivitátis oblátio: ut, tua grátia largiénte, per haec sacrosáncta commércia, in illíus inveniámur forma, in quo tecum est nostra substáncia.
Senhor, nós Vos pedimos, aceita as ofertas da presente festividade, a fim de que, com a vossa graça, por este sacrossanto Mistério, nos assemelhemos Àquele no qual se uniu a vos a nossa natureza.

Secreta da Missa da Meia-Noite – Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Alegria: o temor não é capaz de apagar a alegria dos católicos iraquianos nesta tão singela festa.

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Laeténtur caeli et exsúltet terra ante fáciem Dómini: quóniam venit.
Alegrem-se s Céus e exulte a Terra ante a face do Senhor, porque Ele chegou.

Antífona do ofertório da Missa da Meia-Noite – Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. A vida continua, pequeno e fiel rebanho.

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Vere dignum et justum est, aequum et salutáre, nos tibi semper et ubíque grátias ágere: Dómine, sancte Pater omnípotens, ætérne Deus: Quia per incarnáti Verbi mysterium, nova mentis nostræ óculis lux tuæ claritátis infúlsit: ut dum visibílier Deum cognóscimus, per hunc in invisibílium amórem rapíamur.
É verdadeiramente digno e justo, necessário e salutar que, sempre e em toda parte Vos demos graças, Senhor, Pai santo, Deus onipotente e eterno, porque, pelo mistério do Verbo Incarnado, aos olhos da nossa mente brilhou nova luz do vosso esplendor, a fim de que, conhecendo Deus de forma visível, por ele sejamos arrebatados ao amor das coisas invisíveis.

Prefácio da Santa Missa do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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Da nobis, quaésumus, Dómine, Deus noster: ut, qui Nativitátem Dómini nostri Jesu Christi mystériis nos frequentáre gaudémus; dignis conversatiónibus ad ejus mereámur perveníre consórtium.
Concedei-nos, Senhor nosso Deus, nós vos pedimos, que pois nos alegramos de celebrar com estes mistérios a festividade de Nosso Senhor Jesus Cristo, mereçamos também, por uma vida digna, alcançar um dia a união com Ele.

Oração postcommunio da Santa Missa de Meia-noite do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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Concéde, quǽsumus, omnípotens Deus: ut nos Unigéniti tui nova per carnem Natívitas líberet; quos sub peccáti jugo vetústa sérvitus tenet.
Concedei, Deus onipotente, que o novo nascimento pela carne do vosso Unigênito nos liberte, a nós, a quem a antiga escravidão retém sobre o jugo do pecado.

Coleta postcommunio da Santa Missa do dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Imagens: Daily Mail

FONTE: Fratres in Unum

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Hoje é dia da SANTÍSSIMA VIRGEN DE GUADALUPE!

Caros amigos, hoje é dia da Santíssima Virgen de Guadalupe, imperatriz da América!
 
Rezemos implorando à Santíssima Virgem para que ela interceda pela Igreja - Corpo Místico de Cristo - assim como pelo Santo Padre, por nossas famílias, por nossas intenções particulares e pelo mundo, tão afundado no pecado e na ignomínia, para que ele possa o quanto antes conhecer o Triunfo do Imaculado Coração!
 
¡Viva Cristo Rey! ¡Viva la Virgen de Guadalupe!



Clique AQUI para conhecer um pouco mais sobre a Aparição da Santíssima Virgem de Guadalupe

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

"ESCÂNDALO NA IGREJA"... Melhor "mudar" de religião?

Caros leitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
 
Devido à nossa última postagem (Desabafo, perplexidade e alguns esclarecimentos) nos chegaram algumas dúvidas sobre o quê pensar ou como proceder diante de situações como a que estamos presenciando atualmente. Pois bem, por uma feliz coincidência acaba de ser publicado no site O FIEL CATÓLICO um artigo em resposta a uma de suas leitoras, alguém que tras uma dúvida semelhante às que recebemos.
 
Aproveitando o excelente artigo deles por tratar do mesmo tema e já estar pronto, além de - é claro - sabermos ter sido escrito por pessoa mais competente do que este que vos escreve, o reproduzimos aqui em nosso pequeno blog para que assim possa ajudar a todos aqueles que de certa forma se sintam desamparados ou confusos sobre como lidar com os escândalos na Igreja.
 
Viva Cristo Rey!
 
José Santiago Lima

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Escândalos na Igreja e a perseverança do cristão



RECENTEMENTE, UMA assinante de nossa revista impressa, cujo nome não estamos autorizados a divulgar, enviou ao nosso endereço de e-mail uma interessante mensagem, cujo trecho principal reproduzimos abaixo, seguido de nossa resposta, – esperando, em Cristo, que seja útil também aos nossos demais leitores:

"Tenho um (...) assunto polêmico! O Filme Philomena. Foi muito falado algum tempo atrás. O que mais me incomoda é colocarem as freiras como responsáveis pelas as vendas das crianças que foram adotadas.(cruelmente). Você saberia dizer se isso realmente acontecia? Tenho justificado esse acontecimento pra mim assim: Se os pais puderam abandoná-la grávida, por que cobrar tanto das freiras! Mas dentro de mim, eu sei que elas eram severas e as vezes cruel. E isso me incomoda!
Não sei como pelo menos,amenizar..."

Prezadíssima leitora, ficamos realmente felizes em saber que o nosso trabalho esteja, de algum modo, sendo útil na sua jornada. Parabéns por buscar, por estudar e se aprofundar na fé. Isto é sumamente importante; é o que nos pediu o primeiro Papa: "Estejais sempre prontos a dar a razão da vossa esperança diante daqueles que vos questionam" (1Pd 3, 15). E quando você me pergunta sobre o filme "Philomena", eu vejo que preciso lhe dizer algo que será de importância realmente fundamental nesta sua caminhada. [Digo-o porque esta não é a primeira vez que nos escreve com dúvidas deste tipo: 'é verdade que tal católico foi capaz de cometer grandes pecados? Como explicar tal coisa?']

O que devo lhe dizer é isto: se você realmente quiser continuar sendo cristã, precisa entender que na Igreja não existem somente pessoas boas, santas ou justas. Se você vai se escandalizar ou ficar psicologicamente abalada a cada vez que ficar sabendo de alguma maldade praticada por padres, freiras, bispos ou mesmo papas, você vai acabar perdendo a fé. Esta questão é realmente muito importante. Chego a dizer que compreendê-la é como um estágio que o cristão precisa superar. Eu (que não sou santo) passei por isso, e todos os santos cujas vidas eu estudei tiveram que superar essa etapa.


Vejamos: quando conhecemos a Igreja de Cristo, nos apaixonamos, porque encontramos a nossa casa, o nosso lugar no mundo; entendemos finalmente o que Deus quer de nós, onde Ele quer que estejamos, que comunguemos com Ele e que o sirvamos... É um primeiro estágio da conversão, repleto de felicidade e empolgação. Queremos ajudar as ações da Igreja, queremos mostrar ao mundo que pertencemos a esta Igreja, queremos participar dos seus movimentos e ações pastorais...

Mas aí, com o passar do tempo, fatalmente começamos a nos decepcionar com uma série de coisas. E se a nossa fé não for sólida, se não estiver bem direcionada e ancorada onde deve estar, corremos o risco de deixar que essas decepções tomem conta de tudo e, a médio-longo prazo, até de abandonar a Igreja.

Tudo começa quando vemos que os nosso irmãos católicos não são assim tão santos, como achamos que eles deveriam ser. É uma dura realidade, mas, ao menos na maioria dos casos, boa parte deles parece não ter sequer a mínima boa vontade, e outros tantos nos dão a impressão de que nem mesmo têm fé. Parece que vão à igreja por uma simples questão de preceito, obrigação ou costume, nada mais. Eles não dão bom testemunho, como deveriam, e muitas vezes, pelo contrário, fazem o contrário do que esperávamos deles. Isso entristece, magoa a alma. É uma profunda decepção.

O tempo passa e a coisa só piora. Logo percebemos que o padre da nossa paróquia também não é aquele "santinho" que achamos que ele, – mais do que todos, – deveria ser. Esta decepção pode ser ainda pior. É triste dizer, mas nos nossos dias a situação é realmente difícil. Eu, com a Graça de nosso Bom e Misericordioso Deus, na minha busca, com o passar dos anos, acabei por ser levado a conhecer não um, mas vários sacerdotes dignos e santos.

Há pouco tempo, por exemplo, depois que a grande mídia passou a divulgar com muita intensidade e sensacionalismo os casos de pedofilia no clero, milhares de pessoas, sentindo-se escandalizadas, deixaram de ir à igreja, não foram mais à Missa... Por quê? Porque essas pessoas confundem as coisas, e é uma confusão muito elementar: elas pensam que se existem padres ruins, então a Igreja não pode ser boa. Que se um padre é capaz de cometer uma monstruosidade tal como abusar sexualmente de uma criança, então não vale a pena ser católico, e já não é mais possível pertencer a esta Igreja...



Então, veja que é chegada a hora de todos nós, católicos, amadurecermos na fé, de crescermos e nos tornarmos cristãos adultos e bem formados. É hora de entender que a Igreja nunca foi formada exclusivamente por gente santa, – e isso vem desde o começo, desde os primeiríssimos tempos. É só você pensar que até mesmo entre os doze que Jesus escolheu diretamente, havia um Judas, e até Pedro, o primeiro Papa, negou o Senhor por três vezes, dizendo: "Não conheço este homem"!

Hoje, a Igreja não é mais constituída por 12, mas por 1200000000 (1,2 bilhões de pessoas)! Se antes era um Judas, agora são milhões deles, e isto não deveria nos surpreender. Compreende o que estou dizendo? O ser humano não é confiável; é falho, está sempre sujeito ao pecado e às tentações do diabo, e a Bíblia é categórica ao nos prevenir: "Maldito o homem que confia no homem! (Jr 17,5). Não é porque alguém se torna padre ou freira que se torna automaticamente santo. Por isso, deixe que eu a previna: em toda a história da Igreja, até hoje, muitos padres, freiras e bispos, e até papas, fizeram coisas horríveis. – Mas (importante!) estas pessoas não representam a Igreja, e você sabe por quê? Simplesmente porque são traidoras da Igreja.

E então, quais são as pessoas que realmente representam a Igreja? Resposta: os santos e santas. Por quê? Ora, porque os santos são aqueles que cumprem os preceitos da Igreja! Só pode representar uma instituição quem que está alinhado com ela, quem faz o que ela manda. Não é simples?

Agora eu vou lhe responder com muita objetividade sobre os fatos retratados no filme "Philomena". Eu realmente não sei até que ponto são realmente verdadeiros, mas... Isto não importa nada para a minha fé. Nada mesmo! Se eu sei que os filhos e filhas da Igreja são pessoas humanas, sujeitas ao pecado, assim como todos nós, isso não pode me afetar.

Também é interessante notar que alguns pecados são cometidos por pura maldade ou fraqueza, mas outros acontecem devido ao zelo em fazer o que é certo e servir a Deus. Sim, e este último parece ter sido o o caso retratado no filme: havia um desejo de pureza, uma ansiedade em se cumprir os preceitos divinos, em não se ofender a Deus, que fez com que aquelas pessoas se esquecessem do mandamento maior, do amor e da compaixão. Mas também é importante notar que estamos falando de uma outra época. O que sei é que a verdadeira Philomena recentemente encontrou-se com o Papa e se sentiu honrada e muito feliz com isso (veja aqui).

Agora, você já reparou como a grande mídia, os diretores de TV e cinema, os jornalistas... os formadores de opinião do "mundão", enfim, adoram apontar erros na Igreja Católica? Curioso, a Igreja é a instituição que mais pratica a caridade no mundo; neste exato momento, milhões de pessoas ao redor do nosso planeta estão sendo assistidas por algum organismo da Igreja, por milhares e milhares de santos anônimos que nunca têm o seu trabalho divulgado. Mas, se um padre ou uma freira (perdoe o mau jeito) soltarem um "pum" no elevador, aí vai ser noticiado no Jornal Nacional por uma semana inteira, e talvez até façam um filme sobre isso! Você consegue perceber, nesta realidade, o cumprimento da profecia de Nosso Senhor, de que seríamos odiados de todos por amor ao seu Nome?

Então, é isto, Letícia. A Igreja é a Casa de Deus (1Tm 3,15), é o Corpo Místico de Cristo (1Cor 12, 12; Cl 1, 18; Ef 5, 23; Rm 12, 4-5). Jesus diz que Ele é a Videira e nós, os membros da sua Igreja, seus ramos. É por meio da Igreja que recebemos os Sacramentos, desde o Batismo até a Sagrada Eucaristia, que nos põe em santa intimidade com o próprio Deus. Mas Ele nunca disse que todos os ramos seriam perfeitos, ou que não existiria pecado entre aqueles que resolvessem segui-lo. Ao contrário, Ele previu tribulações, tentações e apostasia. Então, se a sua fé vai se abalar a cada vez que você descobrir algum pecado dos filhos da Igreja, a sua fé estará condenada. Saiba disto e aceite isto, ou desista de Jesus.

Fonte: O Fiel Católico

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Desabafo, perplexidade e alguns esclarecimentos

Caros leitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
 
Como devem ter percebido, ando escrevendo pouco neste pequeno blog: em média, uma vez por semana (ou menos). Isso se deve ao fato de estar sem tempo, embora este não seja o único ponto. Na verdade, os recentes acontecimentos estão me deixando cada vez mais perplexo. Por não saber necessariamente quando poderei escrever, assim como o que escrever e como escrever, tenho deixado o blog por maiores períodos sem atualizações.
 
Ainda assim, quero deixar alguns esclarecimentos para os que não estão comprendendo onde quero chegar ou o que quero dizer. Explico: 
 
Estamos, ao que parece, na pior crise enfrentada pela Igreja de Cristo em seus 2 mil anos de história. É certo que diversas crises se abateram sobre a Igreja em sua história, porém, a que enfrentamos atualmente é - sem sombra de dúvida - a pior. Tal crise mostrou indícios de sua instalação e desenvolvimento há pouco mais de 100 anos, mais ou menos. Medidas foram tomadas para identificar (Encíclica Pascendi Dominici Gregis de São Pio X) e neutralizar os agentes (e consequências) dessa crise que se instalava, porém ainda assim seus princípios sobreviveram, vindo à tona na década de 60. Há 50 anos a Igreja vive em crise aguda, porém seu ápice se deu quando da renúncia de Bento XVI e o início do pontificado seguinte. Desde então, a cada dia, novos sintomas e manifestações dessa crise eclodem aos olhos da minoria de católicos perplexos e desorientados (pois para a grande maioria composta de católicos pouco instruídos, "católicos" de nome ou  não católicos tudo vai "às mil maravilhas").
 
Tudo o que foi dito acima certamente poderá servir como pretexto a não católicos (sobretudo protestantes) que visitam este blog para que possam dizer: "veja, ele mesmo reconhece que a Igreja Católica está "acabando", "falindo", se "corrompendo", etc... Portanto, é importante que se façam alguns esclarecimentos:
 
  • Assim como há um só Deus, também há uma só verdade, uma só Fé, uma só religião verdadeira, contida na Única Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, uma só Igreja: Una, Santa, Católica, Apostólica. Também Romana por ser Roma a Sé de Pedro, mãe de toda a Igreja no mundo.
  •  A única e verdadeira Igreja jamais poderá "acabar", "falir" ou "se corromper", por ter sido promessa de Nosso Senhor de que "as portas do inferno não prevalecerão" (Mateus, cap. 16 vers. 18). Isso não significa que ela não possa diminuir de tal forma que muitos acreditem te-lA destruído (isso está previsto nas Escrituras e mesmo no Catecismo da Igreja Católica).
  • Por outro lado, tanto as Escrituras Sagradas como o Catecismo da Igreja Católica e diversas profecias da Virgem Santíssima e dos santos ao longo da história da Igreja se referem à uma crise ou paixão da Igreja referida em perseguições, apostasia, diminuição dos fieis e outros sinais.
  • Tudo leva a crer que estamos vivendo este período, aos menos essa seria uma das possíveis e razoáveis explicações para os fatos desconcertantes a que estamos presenciando.
  • Para sobrevivermos espiritualmente, devemos cada vez mais nos apegar àquilo que sempre foi professado, defendido e ensinado pela Igreja, evitando ou mesmo ignorando tudo aquilo que se mostre como novidade (no sentido de novidades que se oponham ao anteriormente estabelecido pela Igreja). Mas para isso devemos nos manter firmes na Igreja tendo plena consciência de que não existem caminhos alternativos para a salvação, ou seja: não posso "procurar" atalhos para chegar a Deus.  
 
Em suma, para facilitar a compreensão podemos resumir o acima exposto da seguinte forma: Há um único Deus cujo caminho a ser percorrido pelo gênero humano para alcançar a salvação foi por Ele deixado. Este caminho é a Religião Católica. Estava previsto que tempestades e dificuldades surgiriam em sua história, mas isso tampouco tais acontecimentos autorizariam o homem a buscar "outros caminhos" (seitas e religiões) para se chegar a Deus. Também previsto estava que muitos desta Igreja que é do próprio Cristo apostatariam (incluindo seus chefes) e que muitas vezes os fieis se encontrariam "como ovelhas sem pastor". No entanto, felizes daqueles que perseverarem na verdadeira Fé.
 
Portanto, caros leitores, mesmo diante de tamanha perplexidade, nos mantenhamos firmes na Fé verdadeira, fundada em Nosso Senhor Jesus Cristo, transmitida pelos apóstolos e custodiada pela Igreja ao longo de seus 2 mil anos, e evitemos toda a sorte de novidades e exemplos de apostasia, ainda que venham daqueles que deveriam nos instruir e confirmar na Fé. Rezemos pela Igreja e por seus pastores, rezemos pela Igreja e por seu rebanho!
 
Viva Cristo Rey!
 
José Santiago Lima