"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A diferença entre a FÉ CATÓLICA e a fé de Boff, do protestantismo e do materialismo

Acaba de ser publicada a carta Encíclica Lumen Fidei (Luz da Fé) do Sumo Pontífice Francisco. Esse rico documento, escrito ainda sob o pontificado do Papa Bento XVI que assim finaliza sua trilogia sobre as virtudes teologais, recebeu alguns pequenos acréscimos pelas mãos do Santo Padre Francisco que o promulgou para toda a Igreja.
 
Alguns inimigos da Igreja (tanto os declarados como os infiltrados) manifestaram seu descontentamento pelo fato de tal documento trazer - como era de se esperar em um documento papal - diversos elementos da Fé Católica. Em outras palavras, tais inimigos acharam esse documento "católico demais". Para justificar sua decepção, se utilizam de vários "argumentos" para criticá-lo, como por exemplo ao dizer que tal documento é de "difícil compreensão", "muito doutrinário e pouco pastoral", etc.
 
Um velho (em ambos sentidos) inimigo da Igreja que também "soltou o verbo" contra a encíclica Lumen Fidei é o teólogo "católico" Leonardo Boff, famoso guru da chamada Teologia da Libertação. A notícia do descontentamento de Genésio (Leonardo) foi publicada, dentre diversos meios, no site católico Fratres in Unum, onde acabei encontrando um excelente comentário do leitor Bruno Luís Santana, que de maneira magistral expõe as diferenças entre o pensamento materialista e antropoteísta de Boff - que coloca o homem no lugar de Deus - e a Fé Católica.
 
O comentário me pareceu extremamente valioso pois não só responde à análise do senhor Boff mostrando como a Fé Católica é diferente daquela defendida por esse senhor, como também é muito útil para elucidar àqueles que não compreendem o porquê da Fé Católica ser tão diferente do protestantismo e demais crenças materialistas, tão em moda em nossos dias. Por que o Catolicismo não faz promessas de enriquecimento imediato, curas mirabolantes e demais excentricidades vistas no protestantismo? Por que a Fé Catolica não se adapta aos anseios do mundo moderno, se conformando aos desejos e necessidades da sociedade atual?
 
Creio que a leitura atenciosa do texto será de grande valia para aqueles que queiram compreender essas diferenças. Termino agradecendo ao Bruno Luís Santana por autorizar a publicação de seu comentário neste blog.

Comentário sobre a análise de "Leonardo" (Genésio) Boff publicado no site Fratres in Unum:

Boff não é um herege; é um pagão.

 Sua formação de teólogo não bastou para lhe fazer ver, porque Boff é um cego ao meio-dia. Isso é a prova de que a Graça, quando desprezada pelos homens, não os faz caminhar um só passo sem dar com os burros n’água.

 Do que adianta ser um teólogo incensado, quando se é um cego ao meio-dia, e incapaz de entender até o que é óbvio?

 Ele não pode entender o cristianismo, posto que não é cristão. Boff não crê, e recusa a crer em qualquer coisa que não saia de si próprio.

 Mas não está sozinho. Quem hoje em dia não se rende a esta tentação intelectual que se chama subjetivismo, em que se chega a respostas falsas e erradas, e se crê que o erro é um dogma incontestável? É uma das pragas de hoje.
 
Pois porque Boff, que pergunta como crer depois dos regimes militares, não pergunta como continuar crendo depois de tantas mães abortarem crianças no próprio ventre, muitas vezes com o incentivo rasgado do Estado? Porque Boff não pergunta como crer depois da justiça brasileira obrigar os cartórios a registrar casamentos homossexuais sob coerção, quando toda a Escritura repudia os atos homossexuais como graves desordens?

 Boff não faz essas perguntas (que aliás seriam impróprias) porque Boff é tão antropocêntrico quanto a sociedade maçonizada em que vivemos. Para Boff, Deus e o bel prazer humano são a mesma entidade, e tudo o que se constitui entrave para o prazer total deve ser deposto.

Tão pagão quanto o mundo em que estamos inseridos.

 E tão desprovido de visão sobrenatural quanto o mesmo mundo, que Jesus Cristo mesmo disse estar posto no Maligno (Diabo).
 
Como Boff é radical anarco-comuna-ecológico-esotérico, só pode enxergar as coisas através do materialismo em que vivemos, que impregna a sociedade seja através do consumismo, seja através da cegueira marxista que nega Deus, a alma humana e os Novíssimos.
 
E como a sociedade está paganizada então Boff não acrescenta nenhuma luz, que aliás ele pelo visto detesta. Antes insufla os demais a perder a fé.
 
Ele pergunta como ter fé diante das misérias dos homens (e veja como Boff é tendencioso: ele fala de índios dizimados, de ditaduras militares de décadas passadas, mas não cita exemplos mais grotescos como as ditaduras comunistas que em menos de um século foram responsáveis por perseguições religiosas grotescas e pela morte de centenas de MILHÕES de vidas, afinal quem não se enquadra no admirável mundo novo do marxismo deve deixar de existir).
 
Genésio Boff, a morte o deixa indignado?

Pois saiba que todos os dias morrem milhares de pessoas, de uma maneira ou de outra.

E elas TÊM que morrer, porque esta casa, este mundo, é de aluguel. É para passar a chuva.
Você tem a morte como o maior dos males, porque CRÊ QUE A VIDA FÍSICA É O BEM SUPREMO.

 Prova disso é que você usa a mesma agenda dos que querem fazer de tudo para aproveitar ao máximo a vida física, antes que a mesma chegue ao fim.

 E se você rasga as vestes perguntando como se ter fé diante dos desvarios dos homens, então você já se perguntou como é que o próprio Deus enviou seu Filho ao mundo, e permitiu que o mesmo fosse morto pela injustiça de homens corruptos?
 
Não, Genésio, a sabedoria do mundo não pode desvendar isso. A ciência ou a técnica não podem explicar porque as pessoas simplesmente resolvem ser ruins. Há pessoas que tendem a fazer o mal, e simplesmente optam por não frear seus impulsos. E simplesmente fazem o mal.

 Genésio, se as pessoas se escandalizam com as secas que mataram milhões, com os crimes de Awschvitz-Birkenau, com as torturas militares OU OS GULAGS SOVIÉTICOS, ou com acidentes de carro que ceifam vidas, é porque são tão materialistas quanto você.

 É porque sentem a vida escapar diariamente entre os dedos, e não se conformam com isso, porque nunca lhes falaram sobre Céu, ou porque foram ensinadas a ver isso como fantasias absurdas, mas sobretudo porque são maciçamente convidadas pela poderosa opinião pública a curtir a vida, porque a vida é boa, e porque só haveria esta vida para usufruir, e o que viria depois seria uma incógnita…
Boff.
 
A morte escandaliza porque somos humanos.

 Mas o pior dos males não é a morte. Aliás, para quem se conforma com a Cruz, o morrer é lucro e o viver uma separação penosa.

 O pior dos males, Genésio Boff, é o INFERNO. E segundo N.S.J.C,
“larga é a sua porta, e muitos por ela seguem”.
 
Para que viver?

 Para fazer sexo freneticamente, para viver dos prazeres da bebida e da comida, para viajar nos fins de semana, para dedicar horas se entretendo para coisas que muitas vezes não acrescentam em nada a nossa vida?

 Para que viver?

 Para se matar nas academias, para procurar salões de beleza, para retardar a velhice?
 
A verdade é que as pessoas de nosso tempo não sabem porque vivem, por isso não compreendem porque morrem.

 Se Cristo que não teve nenhuma culpa veio para ser morto, e morto, dar-nos a VIDA, que se adquire, segundo o mesmo Cristo, observando COM AMOR e com diligência os Mandamentos, porque é que nós, que temos culpa por nossos atos, mereceríamos algo melhor que o sofrimento e a morte FÍSICA?
Lembra-te de Jób. O Senhor deu, o Senhor tirou. Bendito seja O nome do Senhor.

 Lembre que o rico que explorar e o pobre que for explorado serão iguais diante da MORTE. Então, toda a injustiça neste mundo NÃO FICARÁ SEM RESPOSTA.
 
Nosso Senhor Jesus Cristo disse “Quem quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome sua cruz e me siga”.
 
E essa linguagem que vai de encontro à civilização hedonista de hoje, na verdade causa a mesma reação desde os tempos de São Paulo, porque o que ele disse há quase dois mil anos serve como uma luva para quem está inserido inteiramente no materialismo de hoje:
 
A Cruz, para S. Paulo, há dois milênios atrás era “escândalo para os judeus e loucura para os pagãos”.
Você se escandaliza em negar suas inclinações, suas vontades pessoais, seus impulsos, deixar tudo e tomar a cruz?
 
Sabe porque a fé não elimina as dúvidas e as angústias de quem vê um Deus se fazer homem e ser crucificado? Porque a partir do momento em que se optou por viver de forma contrária aos Mandamentos, se perdeu a fé.

 Então, Cristo na Cruz não pode mais ser entendido pela Fé, porque quem o olha já não olha mais com os olhos da Fé, mas com os olhos do escândalo judaico ou da loucura gentia.

 Quem não entende o sofrimento como remédio provisório para um fim grandioso, quem não entende que a grande Lei da Vida é o sofrimento, porque em algum momento todos sofrerão, tanto os inocentes, já que Cristo mesmo sofreu, como os arrependidos como o bom ladrão Dimas, como os empedernidos como o mau ladrão, todos sofrem.
 
E morrem.

 Portanto, aproveite enquanto está vivo, se for para combater as mazelas, comece pela SUA, porque no Juizo você responderá por sua alma.

A Teologia da Libertação prega o fim da pobreza e tem como objetivo o bem estar (material/financeiro) aqui na terra, o protestantismo prega a satisfação dos desejos àquele que for "fiel" a "cristo". Como vimos, isso em nada se aproxima da FÉ CATÓLICA.

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