Nosso Senhor Jesus Cristo prometeu assistência perpétua à Sua Santa Igreja. No entanto, em sua história de 2 mil anos a Igreja Católica sempre sofreu investidas por parte de seus inimigos, tanto investidas externas como internas, sendo essas últimas por parte daqueles que conseguiram nela se infiltrar buscando destruí-la de dentro para fora.
Nos últimos séculos, um dos maiores responsáveis por essa tentativa de destruição da Santa Igreja, sobretudo na América Latina, é a chamada "Teologia" da Libertação. Embora a Igreja de Cristo já a tenha condenado, muitos ainda a defendem, seja entre os leigos como também entre membros do clero.
Grande parte destes que a defendem não o fazem tendo consciência de estar andando em contramão do Ensino da Igreja, mas sim devido à sua formação embebida dos escritos e ensinamentos desta condenada "teologia". Sabe-se que até hoje ainda se utilizam diversos textos e autores desta anti católica teologia na formação sacerdotal oferecida em muitos seminários brasileiros.
Abaixo reproduzo um texto do Professor Felipe Aquino, texto este que além de comentar sobre os 40 anos deste movimento que - graças a Deus - vem dando lugar ao retorno do verdadeiro catolicismo em terras brasileiras também demonstra, de maneira clara e objetiva, alguns dos diversos erros propagados por tal movimento ideológico.
Aproveitamos para desejar a todos os católicos que, neste Ano da Fé proclamado pelo Santo Padre Bento XVI, busquemos aprender mais sobre o que a Santa Igreja de Deus nos quer ensinar, deixando de lado nossos caprichos, opiniões pessoais ou de "gurus iluminados" e passemos a ser mais fiéis ao Santo Padre e aos ensinamentos da Esposa de Cristo, Una, Santa, Católica e Apostólica.
¡Viva Cristo Rey!
* * * * *
Leonardo Boff, escreveu um artigo
publicado na internet falando dos 40 anos da TL de cunho marxista, com orgulho e
satisfação, mesmo com as reincidentes condenações da mesma pelos papas João
Paulo II e Bento XVI.
Leonardo (Genésio) Boff |
O teólogo da TL fala com euforia que entre
os dias 7-10 de outubro aconteceu em São Leopoldo, RS, junto ao Instituto
Humanitas, da Unisinos dos Jesuitas - infelizmente dominado pela TL - , a
celebração dos 40 anos do surgimento da Teologia da Libertação, onde estiveram
os principais representantes da América Latina, seu primeiro formulador, o
peruano Gustavo Gutiérrez, Hugo Assman (Bolívia), Juan Luiz Segundo (Uruguai) e
outros.
Em 1971 Boff teve seu livro "Jesus Cristo
Libertador" condenado pela Congregação da Fé do Vaticano. Intimado a modificar
as heresias que apareciam no livro, sobre Jesus, não aceitou mudar nada; acabou
sendo punido em 1984 com "silencio obsequioso" e proibido de ensinar como
teólogo católico. Tinha escrito um livro, "Igreja carisma e poder", que muda
todas as bases da Igreja conforme Jesus a instituiu, e relativiza os dogmas, a
hierarquia sagrada, etc. Uma lástima!
Mas como acontece com os hereges
recalcitrantes, não mudou em nada e acabou deixando o ministério sacerdotal. Uma
pena, pois é um homem inteligente e bom escritor; mas, infelizmente orgulhoso e
desobediente à Igreja que o formou e nele investiu tantos anos e tantos
recursos. Infelizmente Boff assumiu a direção da Editora Vozes e a destruiu como
editora católica.
Há muitos anos essa triste teologia da
libertação, hoje anêmica e se apagando cada vez mais, quis criar um novo
Cristianismo, revirou a fé no avesso, fez uma releitura política e esvaziante do
Evangelho e espalhou o joio no meio do trigo. Como disse Clodovis Boff,
fracassou porque "colocou o pobre no lugar de Jesus Cristo" na teologia. O irmão
de Leonardo, embora tardiamente, identificou o veneno na raiz da TL.
Em 1984 o cardeal Ratzinger, hoje Bento XVI
escreveu o célebre artigo que foi publicado também no livro de entrevista que
deu a Vitório Messsori "A fé em crise?"; o artigo foi: "Eu vos explico o que é a
teologia da libertação", nele o Papa desvenda, magistralmente, toda a sutileza,
erros e o perigo da TL. Entre as afirmações, o então Cardeal Prefeito diz: "A
gravidade da teologia da libertação não é avaliada de modo suficiente; não entra
em nenhum esquema de heresia até hoje existente; é a subversão radical do
Cristianismo, que torna urgente o problema do que se possa e se deva fazer
frente a ela".
"A teologia da libertação é uma nova versão
do Cristianismo, segundo o racionalismo do teólogo protestante Rudolf Bultmann,
e do marxismo, usando "a seu modo", uma linguagem teológica e até dogmática,
pertencente ao patrimônio da Igreja, revestindo-se até de uma certa mística,
para disfarçar os seus erros". "Com a análise do fenômeno da teologia da
libertação torna-se manifesto um perigo fundamental para a fé da Igreja. Sem
dúvida, é preciso ter presente que um erro não pode existir se não contém um
núcleo de verdade. De fato, um erro é tanto mais perigoso quanto maior for a
proporção do núcleo de verdade assumida".
"Essa teologia não pretende constituir-se
como um novo tratado teológico ao lado dos outros já existentes; não pretende,
por exemplo, elaborar novos aspectos da ética social da Igreja. Ela se concebe,
antes, como uma nova hermenêutica da fé cristã, quer dizer, como nova forma de
compreensão do Cristianismo na sua totalidade. Por isso mesmo muda todas as
formas da vida eclesial; a constituição eclesiástica, a Liturgia, a catequese,
as opções morais..."
"A teologia da libertação pretende dar nova
interpretação global do Cristianismo; explica o Cristianismo como uma práxis de
libertação e pretende constituir-se, ela mesma, um guia para tal práxis. Mas,
assim como, segundo essa teologia, toda realidade é política, também a
libertação é um conceito político e o guia rumo à libertação deve ser um guia
para a ação política".
Mais uma vez, em 2010, o Papa Bento XVI
advertiu sobre os perigos da teologia marxista da libertação e pediu aos bispos
e aos fiéis a superarem suas graves consequências. Falando aos Bispos do Brasil
da região Sul 3 e Sul 4 em visita ad limina, o Santo Padre disse: "Neste
sentido, amados Irmãos, vale a pena lembrar que em agosto passado, completou 25
anos a Instrução Libertatis nuntius da Congregação da Doutrina da Fé, sobre
alguns aspectos da teologia da libertação, nela sublinhando o perigo que
comportava a assunção acrítica, feita por alguns teólogos de teses e
metodologias provenientes do marxismo. As suas sequelas mais ou menos visíveis
feitas de rebelião, divisão, dissenso, ofensa, anarquia fazem-se sentir ainda,
criando nas vossas comunidades diocesanas grande sofrimento e grave perda de
forças vivas.
Suplico a quantos de algum modo se sentiram
atraídos, envolvidos e atingidos no seu íntimo por certos princípios enganadores
da teologia da libertação, que se confrontem novamente com a referida Instrução,
acolhendo a luz benigna que a mesma oferece de mão estendida; a todos recordo
que "a regra suprema da fé [da Igreja] provém efetivamente da unidade que o
Espírito estabeleceu entre a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o
Magistério da Igreja, numa reciprocidade tal que os três não podem subsistir de
maneira independente" (João Paulo II, Enc. Fides et ratio, 55)".
Apesar de tudo isso Boff e seus asseclas
insistem no erro, fazem-se surdos ao Vigário de Cristo na terra e continuam a
disseminar o joio no meio do trigo. Por fim, como toda heresia que já houve na
história da Igreja, será vencida, mas como sempre, deixando um rastro de erros,
divisão e enfraquecimento da Igreja. Sem obediência não há humildade, sem
humildade não há santidade, sem santidade não há
salvação.
Prof. Felipe Aquino
Título Original: Quarenta anos de
Teologia da Libertação e desobediência
Nenhum comentário:
Postar um comentário