"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

País católico? Chico Xavier é semifinalista de concurso do SBT.

Para Reflexão...
Eu sei que nem todos dão importância para este concurso que o SBT está promovendo, tentando eleger a personalidade que seria “O Maior Brasileiro de Todos os Tempos”. No entanto, é digno de nota que, no “maior país católico do mundo” (com as ressalvas que todos já conhecem bem), o médium espírita Francisco Cândido Xavier venceu, com 50,5% dos votos, a bem-aventurada Irmã Dulce dos pobres. O resultado da primeira eliminatória da competição foi divulgado nesta quarta-feira (1º).
Antes de qualquer coisa, é sempre bom lembrar o óbvio: independente desta ou de qualquer votação, os bem-aventurados – ou seja, aqueles que estão no Céu, contemplando a face do Altíssimo -, estes são os maiores em todos os sentidos. Alcançaram a coroa da glória, conquistaram o prêmio imperecível, atingiram o fim ao qual todos os homens são chamados.

Façamos, à luz disto, um paralelo. Irmã Dulce, em vida, foi fiel ao Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, ornou sua alma com a virtude da fé, e foi elevada aos altares especialmente por seu exemplo de dedicação e amor aos pobres. Esta santa mulher viveu a caridade e foi beatificada pela Igreja Católica; ou seja, a Igreja reconheceu que a Irmã Dulce goza da visão beatífica, sendo, assim, uma intercessora fiel dos homens junto a Deus. Chico Xavier, por outro lado, era espírita, não aceitava sequer a divindade de Jesus, era constantemente procurado por sua fama de evocar os mortos – prática severamente proibida por Deus já no Antigo Testamento (cf. Lv 19, 31; 20, 27). Ou seja, trazia às pessoas um suposto “conforto”, desobedecendo, antes, à lei de Deus: “Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo (…) ou à invocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas práticas” (Dt 18, 10-12). Colocando o “anjo bom da Bahia” ao lado de Chico Xavier, percebemos a enorme discrepância entre os dois. É praticamente um abismo – muito provavelmente o mesmo abismo que separava o pobre Lázaro do rico epulão.
Sim, mas e a “caridade” praticada pelo médium mineiro? Afinal – poderiam indagar alguns –, lembrando São Tiago, “a fé sem obras é morta” (Tg 2, 26)… Sim, é verdade. A fé sem obras é morta. Mas, do mesmo modo, de nada valem as obras, sem a fé. Como explicou muito acertadamente o frei Boaventura Kloppenburg,
“É sem dúvida certo: sem a caridade cristã, não há salvação; e quem não tiver a caridade, não é verdadeiro discípulo de Jesus Cristo. E a Igreja seguramente não rejeita o espiritismo por causa deste princípio. A Igreja Católica tem sido sempre e ainda hoje continua sendo a pregoeira máxima da caridade cristã. (…) O erro dos espíritas não consiste na pregação da caridade (nisso, pelo contrário, eles são dignos de aplauso e louvor); seu erro está em dizer que basta a caridade somente. Jesus Cristo nunca ensinou isso. Pois Jesus, o evangelista da caridade, foi também o evangelista da fé.”
“Jesus, o evangelista da caridade, foi também o evangelista da fé.” Nem todos os católicos se importam com este fato relevante. Renunciam, então, à veneração de uma religiosa autenticamente católica, para prestar culto a um homem que sequer acreditava nos princípios mais basilares da fé cristã – como a fé na Trindade ou na infalibilidade das Escrituras. Foi graças a estes católicos – que preferem o sincretismo a obedecer a doutrina de sua Igreja – que Chico Xavier venceu esta competição. É graças a estes cristãos self-service – que escolhem seguir os preceitos evangélicos que lhe agradam – que um líder espírita é mais popular que um Frei Galvão ou que uma Beata Irmã Dulce dos pobres. É forçoso reconhecer, mas a história de que somos a nação “mais católica do mundo” não passa de uma grande farsa. Estamos mais para a nação mais incoerente, ou mais hipócrita.
Graça e paz.

Fonte: Ecclesia Una

5 comentários:

  1. Hoje em dia quantos "católicos" não veneram a Chico Xavier como se fosse um "santo"... Alguém que infelizmente arrastou e arrasta tantas almas para o abismo...

    ResponderExcluir
  2. Pois é... Independente da questão religiosa, independente da fé, está aí mais um motivo de vergonha para o nosso país. Meus Deus, entre tantos grandes brasileiros, como é que alguém pode votar num picareta ou doente mental (ou as duas coisas) como esse daí para "maior brasileiro de todos os tempos"??? É simplesmente lamentável, é um absurdo que provoca nojo em qualquer cidadão consciente.

    Resta-nos rezar, cada um de nós, católicos fiéis, e continuarmos fazendo a nossa parte na defesa da verdadeira Fé.

    Henrique Sebastião

    ResponderExcluir
  3. Desde o principio desse programa já espera esse resultado. Triste mas real, uma grande pena mesmo a estatistica," Estamos mais para a nação mais incoerente, ou mais hipócrita." Mas é a verdade. Temos que rezar sem cessar, esperar muito na misericordia Divina. Mas não nos calar diate da verdade que o Senhor nos revela. Diante disso a vontade é sempre de dizer: VEM SENHOR JESUS!
    Eliane.

    ResponderExcluir
  4. Um homem q deixou senha pra ele quando quisesse se comunicar,ele próprio se contradiz,diz q é desapegado a $ e bens materiais,mas tudo em volta dele se faz em $,filme,livros,aonde está o desapego ao $,aos olhos dos homens ele conquista,pois os homens da terra amam o $ como Chico Xavier,e outra coisa o satanas esta solto na terra ele sabe td da sua vida pare e pense um pouco com a cabeça eo coração....

    ResponderExcluir
  5. Sigam o princípio Bíblico: Amor e respeito... Chico Xavier fez algum mal? pelo que eu sei foi ao contr´rio, doou toda sua vida em prol as pessoas, isso falta em muitos outros que se dizem "religiosos", Chico Xavier, Irmã Dulce, João Paulo II, etc... ícones da paz e humildade, a mesma que falta a muitos deste site!

    ResponderExcluir