Hoje é dia do gigante São Francisco de Assis, o probrezinho de Assis como é carinhosamente chamado. Já que os leitores poderão encontrar diversas fontes que contam um pouco da história deste grande santo, nos limitamos a compartilhar aqui apenas um trecho de sua gloriosa história (aliás, um trecho que em nosso tempo poderia ser classificado como polêmico). Trata-se de um fragmento do diálogo entre São Francisco e o Sultão Al-Malik al-Kamil, quando de sua visita a este sultão árabe na época das cruzadas.
É muito interessante e de grande valia ter a oportunidade de lê-lo, umas vez que a grande maioria das pessoas de nosso tempo apenas tem acesso à uma caricatura do verdadeiro São Francisco, apresentado como uma espécie de "hippie paz e amor" que pouco se interessava pela fé e doutrina.
Certa vez, assisti a um dos inúmeros filmes que retratam a vida deste glorioso santo. Nesse filme, o episódio da visita de Francisco ao Sultão (e anteriormente aos cruzados prontos para a batalha) se resume mais ou menos à uma tentativa do santo de fazer o sultão e os católicos abandonarem suas diferenças - que se tratariam apenas de "picuinhas" promovidas por pessoas más, ávidas por poder - para que assim pudessem dar as mãos como amigos. Como o santo não obteve o resultado esperado, se vendo frustrado retornou à Itália.
Mas a verdadeira história (do verdadeiro São Francisco) mostra que o Santo - sabendo estar arriscando a própria vida - visitou o Sultão com um objetivo definido: tentar convertê-lo à Cristo.
Segue abaixo o trecho em que São Francisco explica - fundamentando-se nos evangelhos - o porquê daquela luta contra os muçulmanos.
¡Viva Cristo Rey!
* * * *
Diálogo entre São Francisco de Assis e o Sultão al-Malik al-Kamil
em 1219, perto de Damieta, Egito.
em 1219, perto de Damieta, Egito.
São Francisco de Assis diante do sultão al-Malik al-Kamil. Fra Angelico ca. 1429, Lindenau Museum, Altenberg. |
O sultão lhe apresentou outra questão:
− “Vosso Senhor ensina no Evangelho que vós não deveis retribuir mal com mal, e não deveis recusar o manto que quem vos quer tirar a túnica, etc. Então, vós, cristãos não deveríeis invadir as nossas terras, etc.”.
Respondeu o bem-aventurado Francisco:
− “Me parece que vós não tendes lido todo o Evangelho. Em outra parte, de fato, está dito: Se teu olho te escandaliza, arranca-o e joga-o longe de ti" (Mt. 5,25).
“Com isto quis nos ensinar que também no caso de um homem que fosse nosso amigo ou parente, que nos amássemos como a pupila do olho, nós devemos estar dispostos a separa-lo, e afastá-lo de nós, até arrancá-lo de nós, se tenta nos afastar da fé e do amor de nosso Deus".
“Exatamente por isto o cristãos agem de acordo com a Justiça quando invadem vossas terras e vos combatem, porque vós blasfemais contra o Nome de Cristo e vos empenhais em afastar de Sua religião todos os homens que podeis".
“Se, pelo contrário, vós quiserdes conhecer, confessar e adorar o Criador e Redentor do mundo eles vos amariam como a si próprios”.
Todos os presentes ficaram tomados de admiração pela resposta dele.
− “Vosso Senhor ensina no Evangelho que vós não deveis retribuir mal com mal, e não deveis recusar o manto que quem vos quer tirar a túnica, etc. Então, vós, cristãos não deveríeis invadir as nossas terras, etc.”.
Respondeu o bem-aventurado Francisco:
− “Me parece que vós não tendes lido todo o Evangelho. Em outra parte, de fato, está dito: Se teu olho te escandaliza, arranca-o e joga-o longe de ti" (Mt. 5,25).
“Com isto quis nos ensinar que também no caso de um homem que fosse nosso amigo ou parente, que nos amássemos como a pupila do olho, nós devemos estar dispostos a separa-lo, e afastá-lo de nós, até arrancá-lo de nós, se tenta nos afastar da fé e do amor de nosso Deus".
“Exatamente por isto o cristãos agem de acordo com a Justiça quando invadem vossas terras e vos combatem, porque vós blasfemais contra o Nome de Cristo e vos empenhais em afastar de Sua religião todos os homens que podeis".
“Se, pelo contrário, vós quiserdes conhecer, confessar e adorar o Criador e Redentor do mundo eles vos amariam como a si próprios”.
Todos os presentes ficaram tomados de admiração pela resposta dele.
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