(Homilia , 25 de novembro de 1864 )
“Ouvi esta máxima , ó vós católicos cheios de temeridade ,
que adotam tão rapidamente as idéias e a linguagem do seu tempo, católicos que falam de conciliar a fé e reconciliar a Igreja com o espírito mundano e com as nova leis. E vós que aceitais com tanta confiança as atividades mais perigosas que nossa época tão orgulhosamente rotula como “Ciência “! Vejam até que ponto estais desviando do roteiro estabelecido pelo grande Apóstolo :
“Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência, ” ( I Tm. 6:20) . Mas tome cuidado, pois tais temeridades levam qualquer um a se desviar mais do que poderiam imaginar. E por se colocar à mercê dessas novidades profanas- obedecendo às correntes da assim chamada “ciência”- muitos acabaram por perder a fé.
Quem de vós meus veneráveis irmãos, que nunca ficaram tristes ou assustados ao ouvir a linguagem de certos homens que ainda se julgam ou se dizem ser filhos da Igreja? Homens que ocasionalmente se comportam como católicos e até praticam algumas devoções Católicas como se aproximar com frequência da Mesa do Senhor? Acreditais ainda que eles são filhos? Acreditais ainda que são membros da Igreja , aqueles que , envolvendo -se em frases vagas como “aspirações modernas e a força do progresso e da civilização”, que proclamam a existência de uma “consciência de leigos “, que defendem uma consciência secular e política contra a ” consciência da Igreja “, contra a qual eles assumem o direito de reagir, por sua correção e renovação?
Ah ! Quantos passageiros e até mesmo os pilotos, que, acreditando-se ainda estar na barca , enquanto jogam com novidades profanas e da ciência estabelecida por seu tempo, não se deram por conta que já afundaram e jazem no abismo.”
LOUIS-ÉDOUARD CARDEAL PIE
Bispo de Poitiers
Fonte
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