"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

segunda-feira, 18 de março de 2013

O "Fantástico" e SÃO FRANCISCO

Muito admiro a língua italiana, mas confesso: não sei italiano. Sendo assim, não posso confirmar se a dublagem feita pelo programa Fantástico foi fidedigna ou não, mas o que foi transmitido aos telespectadores, como diz o ditado popular, "não foi muito católico".
 
O leitor deve estar a se perguntar o que estou querendo dizer... Explico: acabo de assistir as reportagens do programa Fantástico sobre o Papa Francisco e dentre elas, gostaria de comentar uma que tentava mostrar um pouco da história do Santo homenageado pelo Papa: São Francisco, o poverello de Assis.
 
Dentre muitas informações imprecisas transmitidas durante a reportagem (a maior parte pelo repórter Marcos Uchoa), uma em especial me entristeceu: Um sacerdote italiano comentando sobre os méritos de São Francisco, disse que "a Igreja no tempo do Santo de Assis vendia o perdão de Deus - chamado indulgência - às pessoas, então São Francisco conseguiu este perdão do próprio Papa para a pequena Igreja (porciúncula) mas ao invés de vendê-lo o dava de graça".
 
Como disse anteriormente, não sei italiano, portanto não posso simplesmente acusar o Sacerdote de dizer tamanha inverdade. Pode ser que ele não tenha dito isso, que tenha havido algum erro de tradução ou que a dublagem tenha sido modificada propositalmente. Não sei. Mas caso tenha sido isso mesmo o que ele quis dizer, este exemplo nos traz novamente à realidade atual. Infelizmente vivemos em tempos onde os próprios católicos (e neste caso, um sacerdote) desconhecem a história da Igreja, a doutrina da Igreja, a fé da Igreja.
 
Observa-se como o trabalho de tantos historiadores, teólogos e apologetas que prova a mentira da venda de indulgências é perdido (pois desconhecido do grande público) enquanto que essa mesma mentira é novamente difundida para milhões de pessoas por meio daquele que deveria ser o primeiro a combatê-la: o sacerdote.
 
Outra curiosidade é que novamente foi reforçada a imagem de São Francisco de Assis como uma espécie de hippie amante da natureza. Segue abaixo uma excelente charge que encontrei no blog do Frei Rojão que retrata a diferença entre o São francisco da mídia e o São francisco real:

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