"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

CARDEAL MÜLLER: Sínodo em outubro próximo, defesa do Sacramento do Matrimônio e perigo de Cisma

Publicamos abaixo reportagem do site alemão Kath.net, com a entrevista do Cardeal Gerhard Ludwig Müller, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (antigo Santo Ofício), sobre a defesa do Sacramento do Matrimônio contra aquilo que vem sendo proposto para o próximo Sínodo a ser realizado em outubro, no Vaticano. Segundo o Cardeal, há mesmo o perigo de um cisma como o de 1517 (a rebelião protestante). Como não encontramos tal notícia publicada no Brasil (ou em língua portuguesa), traduzimos a reportagem de uma tradução em língua espanhola publicada pelo Reverendo Padre Canali, por não dominarmos o idioma alemão para que pudéssemos fazer uma tradução direta.
 
FONTE: kath.net 
TRADUÇÃO: Morro por Cristo
(os destaques são nossos)
 
"Cardeal Müller adverte sobre a possibilidade de um cisma como o de 1517!"
 
Regensburg (kath.net) Gerhard Ludwig Cardeal Müller (foto), prefeito da Congregação para a
Doutrina da Fé, advertiu sobre a possibilidade de um cisma como o ocorrido em 1517, segundo informa o “Daily Mail”. Sobre a separação da doutrina e da prática religiosa, deve-se “estar muito atento à lição da história da Igreja na Alemanha, que não pode ser esquecida”, diz Müller. Insistiu sobre a honestidade que se deve ter na pregação e recordou que os mestres da Fé não podem permitir que as pessoas creiam em uma falsa certeza de salvação, quando na verdade somente se estaria dando motivo de escândalo. “Não devemos nos deixar enganar quando se trata da natureza sacramental do Matrimônio, sua indissolubilidade, sua abertura à procriação, e à complementariedade fundamental dos dois sexos. A atenção pastoral deve ter sempre em perspectiva a salvação eterna". O Cardeal rejeitou explicitamente “uma nova comprensão da revelação no sentido da vida real”. “Não se trata de adaptar a revelação ao mundo, mas sim de ganhar o mundo para Deus”. As declarações do Cardeal Müller foram dadas durante a apresentação da tradução para língua alemã do livro “Ou Deus ou Nada”, do Cardeal Robert Sarah.
 
O Cardenal Müller criticou o “clima de reclamação da Igreja da Alemanha como que para tomar a liderança da Igreja mundial,” sendo que a realidade é bem contrária: elevado número de apostasias, os confessionários, seminários e casas religiosas vazios e órfãos na Alemanha. Müller mencionou que com frequência se pergunta por que a Hierarquia da chamada “Igreja alemã” reclama marcar o ritmo da Igreja universal, sendo que nela há déficits dramáticos, precisamente em questões de moral sexual e no ensino católico sobre o matrimônio. Somente uma “nova evangelização que se sustente, com toda sinceridade e zelo apostólico” poderá reverter o endurecimento e queda do cristianismo na Alemanha, explicou Müller ao “Daily Mail”.
 
Em vistas do próximo Sínodo dos Bispos sobre a família, o Cardenal criticou a cegueira em relação ao foco do problema, que gera a petição de que se autorize que os que vivem casados civilmente, com o vínculo de um anterior matrimônio canônico válido, sejam admitidos à Comunhão Sacramental e igualmente, que se queira orientar o futuro pastoral, tendo como temas centrais “a comunhão e o reconhecimento das relações homossexuais.”
 
“Por todos os meios se tenta, exegética, histórica - segundo a história dos dogmas - psicológica e sociológicamente “reelaborar” o ensinamento católico sobre o matrimônio, que surge do ensinamento de Jesus, perspectiva, a única, que a Igreja admite como válida. Quem é fiel aos ensinamentos da Igreja? uma campanha midiática, que se opõe e vilipendia ao Papa, ou todos os Bispos testemunhas da verdade revelada em comunhão com ele e aos quais foi confiada a administração fiel do Depósito da Fé, que não pode reduzir-se a medidas estritamente humanas?"

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