"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

300 seminaristas assistem à missa tradicional...em plena luz do dia!

Recentemente colocamos aqui que a Arquidiocese de Guadalajara, México, tem a maior classe de seminaristas do mundo e apresentamos alguns motivos. Manter quase 1200 seminaristas da própria diocese não é um feito muito comum - eu diria que é inexistente - dentro da Igreja moderna.

Um verdadeiro amor pela vida sacerdotal, aliado ao cuidado paternal dos bispos diocesanos fez florescer este verdadeiro milagre vocacional. Mas o cuidado com a formação não se limita a um ensino contundente dos mistérios da fé aos jovens vocacionados; neste seminário se faz a experiência da Tradição, ou seja, a fé imutável e bimilenar da Igreja é ensinada em sua totalidade, sem divisões ou contraposições. Neste seminário "aquilo que para as gerações anteriores era sagrado, permanece sagrado e grande também para nós".

Um seminário cheio de vocações é um sinal da vitalidade do corpo eclesial presente numa porção particular - a diocese. Não é segredo para ninguém que dioceses comandadas por prelados progressistas, ou seja, aqueles bispos ou arcebispos que veem na doutrina católica a única coisa a ser combatida de verdade, estão minguando. Notícias de seminários com dez ou menos candidatos ao sacerdócio são comuns, infelizmente.

Há no Brasil um fenômeno interessante. Seminários diocesanos razoavelmente bem habitados, com 30 ou 40 seminaristas, mas que ordenam dois ou três sacerdotes por ano, quando muito. A evasão dos vocacionados brasileiros é imensa, a maioria depois do curso de filosofia. A minha diocese - progressista - é vítima deste fenômeno, e raramente ordena mais do que um diácono ao sacerdócio por ano; em alguns anos não ordenou ninguém, mesmo com o seminário relativamente cheio para os padrões modernos.

Em contrapartida vemos seminários como o de Guadalajara, com 1200 seminaristas divididos entre os seminários maior e menor, o seminário de Frejus-Toulon, com o maior número de seminaristas de toda a França, o Seminário São José em Ciudad del Este, Paraguai, com seminaristas na casa das centenas. A receita do sucesso é a abertura generosa à tradição da Igreja, sobretudo a sua tradição litúrgica. Nesses seminários não se nega o missal de Paulo VI, nem se desenvolve uma mentalidade anti-conciliar (por isso o cardeal Braz de Aviz pode ficar tranquilo...), mas também não se nega o missal de Pio V, nem se condena a tradição pré-conciliar. É um começo.

Normalmente um seminarista com "inclinação" mais tradicional deve esconder de todas as formas as suas intenções. Se um dos muitos responsáveis pela sua formação o flagrar com algum livro suspeito ou balbuciando alguma coisa em latim, suas chances de ordenação serão reduzidas à pó. Muitas boas vocações são perdidas nesse caminho de catarse progressista. Quantos jovens, que seriam bons padres, não foram descartados pelos reitores por serem muito tradicionais ou porque se recusam, por exemplo, a aceitar como prática pastoral a tolerância ao pecado? Alguns seminaristas já foram repreendidos por rezarem demais...

Abaixo algumas fotos dos mais de 300 seminaristas mexicanos participando de uma missa tridentina. Não foi uma missa "secreta", celebrada clandestinamente para alguns seminaristas na capela da faculdade. A missa foi acolhida dentro do seminário, celebrada no altar central da capela da casa de formação porque os responsáveis pela formação daqueles jovens compreenderam o que um velho bispo lhes disse antes - "aquilo que para as gerações anteriores era sagrado, permanece sagrado e grande também para nós".


















Fonte: BLOGONICVS

Nenhum comentário:

Postar um comentário