"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

22º PAPA: São Lúcio - ano 253 a 254

Papa São Lúcio (22º Papa)
Pontificado: do ano 253 ao ano 254



São Lúcio foi o sucessor de São Cornélio, e  figura como o 22º Papa da Igreja.   Seu predecessor havia enfrentado  sérios obstáculos diante do  cisma  perpetrado por Novato, um presbítero que arrebanhou adeptos numa luta aberta contra a sua eleição, de forma que chegou a  proclamar-se Papa, mas acabou sendo excomungado e  declarado anti-papa após a convocação de um Concílio. Sucede que, diante das  intensas perseguições do imperador Galo, o legítimo Papa acabou sendo exilado e finalmente decapitado por não sacrificar aos deuses pagãos.

O mesmo imperador, movido por cruel fúria,  empreendeu intensas perseguições ao novo Papa São Lúcio,  que recebeu  apoio de São Cipriano através de  diversas  cartas de consolo e fé. O imperador Galo viria a morrer alguns meses  depois num combate contra um general rebelde de nome Emiliano.  Sucederia a  ele  o imperador Valeriano que, a princípio, mostrou-se cordial com os cristãos, o que facilitou o regresso do Papa à Roma.
 
Os sequazes do anti-papa Novato, semeando ainda  a confusão e o erro sobre o rebanho,  investiam contra a santa doutrina, o que foi duramente combatido por são Lúcio.  Havendo, por isso, a iminência de  um clima negligente por parte rebanho e também dos clérigos, prescreveu importantes  normas canônicas, dentre as quais a proibição  referente à convivência de clérigos e mulheres religiosas em habitação comum, o que era usual na época.  Estendeu, da mesma forma,  o veto aos leigos, julgando não ser conveniente aos católicos este tipo de convivência, salvo se as  pessoas do sexo oposto fossem familiares ou de parentesco muito próximo.  Decretou também que o Papa, em suas viagens apostólicas,  deveria estar acompanhado de no mínimo, três diáconos e  pelo menos dois sacerdotes.
 
Seu pontificado durou apenas  oito meses.  São Lúcio possuía diligente zelo apostólico e pela fé desejava ser martirizado como seus predecessores e inúmeros cristãos, que tombaram sustentando a verdadeira doutrina. Preservado por Deus do martírio de sangue,  teve morte natural, porém agônica. As doenças e  complicações que culminaram em  seu falecimento,  foram conseqüências  das aflições decorrentes das perseguições que sofreu.  Daí o motivo da Igreja ter-lhe conferido o honroso título de Mártir.
 
Suas relíquias  encontraram repouso ao lado de outros novecentos santos mártires, nas catacumbas de Santa Cecília. 
 
 

São Lúcio Papa, rogai por nós! Rogai pela Igreja da qual fostes o Pastor!

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