"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Papas que renunciaram à Catedra de Pedro (2ª parte)

Caros leitores, conforme artigo publicado no site ECWIKI (Enciclopédia Católica), além dos Papas citados em nosso último artigo, outros Papas também renunciaram ao Pontificado (com a renúncia de Bento XVI, 9 Papas renunciaram à Cátedra de Pedro nos 2 milênios da Igreja de Cristo). Vejamos:

Papa São Clemente I (Papa de 88 a 96)
Exiliado em "O Ponto", Asia Menor, pelo Imperador Nerva. Renunciou ao Pontificado porém não sem antes indicar o nome de Evaristo para sucedê-lo. Clemente padeceu o martírio no ano 97. Foi lançado ao Mar Negro preso à uma âncora.


Papa São Ponciano (Papa de 230 a 235).
Citado no artigo anterior (Bento XVI renuncia. Terá sido o primeiro?)


Papa São Silverio (Papa de 536 a 537).
Ele próprio, filho do Papa Hormisdas,  chegou a ser Papa graças ao ostrogodo Teodato. Teve que enfrentar a oposição dos monofisitas (que negam as duas naturezas de Cristo (humana e divina) professando ter Jesus apenas a natureza divina) e da Imperatriz Teodora. Deposto pelo general bizantino Belisário, que elevou Vigílio ao trono pontificio, Silvério preferiu renunciar pelo bem da paz e da Igreja. Vigílio foi então legitimado.



Papa São Martinho I (Papa de 649 a 654).
Deposto e deportado a Quersoneso Táurico, em 653, pelo Imperador Constante II, amigo dos monotelitas, que o fizeram eleger em seu lugar a Eugênio, em 10 de agosto de 654. O Papa Martinho não se opôs a essa designação, atitude que foi considerada como de fato como uma renúncia, o que permitiu que seu sucessor reinasse de maneira legítima.
 
 
Papa Bento IX (Reinou de maneira intermitente em três oportunidades entre os anos 1032 e 1048).
Descendente dos poderosos Teofilactes e Crecencios, e sobrinho de seus predecessores Bento VIII e João XIX, foi eleito aos 12 anos em 1032. Rejeitado pelo povo em 1036 e reestabelecido pelo Imperador Conrado, foi deposto, mais uma vez em 1044 e substituído pelo anti-papa Silvestre III. Para contrariá-lo, Bento IX renunciou em favor de seu padrinho Jean Gratien, a quem vendeu o Pontificado. Em 1047, retomou a cátedra, porém um ano depois devido à intervenção do Imperador Enrique III entregou a Tiara e se retirou ao mosteiro de Grottaferrata para fazer penitência, atitude que permitiu a eleição do Papa Dâmaso II.
 
 
Papa São Celestino V (Papa em 1294).
Citado no artigo anterior (Bento XVI renuncia. Terá sido o primeiro?)
 
 
Papa Gregorio XII (Papa de 1406 a 1415).
Citado no artigo anterior (Bento XVI renuncia. Terá sido o primeiro?)
 
 
Papa Clemente VIII (Papa de 1423 a 1429).
Gil Sánchez Muñoz, arcispreste de Teruel e amigo do papa Bento XVIII, foi eleito para sucedê-lo em 1423. O papa Martinho V, eleito em 1415 em Constanza, enviou a ele por meio de seu legado Alfonso de Borja, para persuadí-lo a abdicar em favor da paz da Igreja, coisa que Clemente fez somente no castelo papal de Peñíscola, em 26 de julho de 1429. Seus cardeais se reuniram em conclave e elegeram ao Papa Martinho V, pondo fim ao Cisma do Ocidente. O papa de Roma, o agradeceu gratificando-lhe com o cardinalato e o arcebispado de Paleme em Malorca, onde morreu em 1446. A sua havia sido a última renúncia à catedra de São Pedro antes da recentíssima renúncia de Bento XVI.
 
 
 
Benedicto XVI (Papa de 2005 a 2013)

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