"Porque háverá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fabulas" (II epístola de São Paulo à Timóteo, cap. 4, vers. 3 e 4)
Caros leitores, interrompo a série de postagens sobre os Novíssimos para trazer aqui uma denúncia publicada no site de notícias Fratres in Unum. A denúncia partiu de um sacerdote que a enviou ao Fratres e que nós aqui reproduzimos. Sei que o título deste post pode parecer provocativo e mesmo desrespeitoso, mas após acompanhar a notícia creio que os leitores o compreenderão.
Escolhi o versículo bíblico acima por expressar justamente uma das faces da crise de fé atual: Querer adaptar a Fé Católica aos caprichos individuais e ao Mundo.
"irmã Ione Buyst" |
Trata-se de um livro com publicação autorizada pela CNBB (na pessoa do seu então secreário Dom Dimas Lara Barbosa) e que continua a ser vendido em qualquer livraria católica. Este livro traz verdadeiros erros, para não dizer heresias, escritos pela famosa "teóloga" Ione Buyst, uma das grandes colaboradoras da destruição da Sagrada Liturgia no Brasil, uma vez que a mesma tem diversos livros sobre liturgia publicados e vendidos em ambientes católicos.
No livro em questão a "liturgista e teóloga" Ione Buyst dentre outras coisas coisas afirma já não ser mais necessária a Confissão Sacramental, indo na contramão da Doutrina Católica, contrariando o ensino do Magistério da Igreja, os ensinamentos dos santos doutores, da Igreja em seus dois mil anos e, por que não, contra o ensinamento do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo.
Assim como fazem as seitas que adaptam suas doutrinas ao gosto e às necessidades do freguês, digo, fiel, Ione Buyst no referido livro apresenta uma "conciliação" sem penitência, sacrifício e compromissos, mas uma vida cor-de-rosa onde a culpa, o arrependimento e a penitência são desnecessários, onde não há inferno ou purgatório, onde Deus perdoa a todos mesmo que estes pouco se importem com o perdão Divino, pois Deus seria só misericórdia (esquecendo que Ele também é justiça).
Abraçar a misericórdia de Deus também significa renunciar ao pecado e viver segundo os Seus ensinamentos. O próprio Nosso Senhor Jesus Cristo disse a Santa Faustina:
“Diz aos pecadores que ninguém escapará ao Meu braço. Se fogem do Meu misericordioso Coração, hão-de cair nas mãos da Minha justiça.” (Diário, 1728)
O mais triste disso tudo é que um católico de boa vontade ao ler tal livro, por ser vendido em livrarias católicas e trazer em sua capa o símbolo da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) é levado a crer que este é o ensino da Igreja ou que a Fé da Igreja mudou, quando na verdade este NÃO É o ensino da Igreja, muito pelo contrário, trata-se de um verdadeiro erro contra a fé!
São Pio X alertou sobre muitos dos inimigos da Igreja encontrarem-se dentro da própria Igreja a fim de tentar destruí-la por dentro. O Santo Padre Bento XVI em seu discurso de início do pontificado pediu nossas orações para que não desistisse por medo dos lobos, mostrando que há diversos lobos infiltrados na Santa Igreja visando perder o rebanho.
O próprio Cardeal Dom Odilo Scherer em sua Carta Pastoral à Arquidiocese de São Paulo sobre o Ano da Fé, de 01 de outubro de 2012, diz:
"Muitos falam e escrevem, por iniciativa pessoal, sobre a fé e a religião católica; por vezes, até se fazem afirmações não corretas, ou se deixam dúvidas no ar... O Catecismo da Igreja Católica nos traz a explicação oficial da fé da Igreja."
Portanto caros leitores, sabemos que muitos - leigos ou mesmo membros da própria Igreja - trazem ensinamentos errôneos ou contrários à Fé, seja propositalmente (os lobos), seja inconscientemente por influências externas (como o livro em questão). Portanto busquenos estudar mais a Fé da Santa Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo: lendo, como nos diz Dom Odilo, o Catecismo da Igreja Católica, além dos Catecismos anteriores como o Catecismo Romano e o Catecismo de São Pio X, as Encíclicas e os Documentos da Igreja - para que assim nos tornemos verdadeiros católicos, com uma Fé verdadeiramente madura, sólida e concorde com a Fé da Igreja, que como diz São Paulo, é a Coluna e Sustentáculo da Verdade (I epístola à Timóteo, cap. 3, vers. 15).
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Fonte: Fratres in Unum
Recebemos de um sacerdote:
Sugiro que “Fratres” faça comentários ao volume intitulado “Deixai-vos reconciliar”, da série “Estudos da CNBB, 96”, (a conhecida “série verde”, capa verde) editado em 2008, e apresentado por Dom Dimas Barbosa, então Secretário dela.
Especialmente acintoso é o estudo da “famosa” Ione Buyst, pp.57-75, intitulado “As celebrações penitenciais”.
Na p.60, ela escreve (e a CNBB deixa escrito…): “Será que continua predominando na mentalidade do povo (e do presbítero?) a necessidade da ‘confissão’ e ‘absolvição’ para ‘estar de bem’ com Deus, ser perdoado por ele e poder participar dos outros sacramentos da Igreja? ‘Pecado’ é algo errado que fazemos. É preciso reconhecer esse erro, confessando, e ‘pagar’ por ele, aceitando a penitência imposta. O padre, então, em nome de Deus me dá a absolvição, me deixa ‘quite’, com a ‘ficha limpa’.
Na p.61: “Ou até que ponto continua sofrendo debaixo da mentalidade “culpabilizadora”… da Idade Média e séculos seguintes, muito presente na prática penitencial?”
Página 63: “De fato, não tendo que se preocupar com confissão e absolvição, as pessoas estão mais dispostas a se concentrar na Palavra de Deus…”
Na p.64, como exemplo de prática de reconciliação, a ilustre Ione Buyst cita Nelson Mandela e Desmond Tutu…. (Nota minha: Por acaso ela citará alguma vez o Santo Cura d’Ars ou Padre Pio ou São Leopoldo Mandic?)
Página 66: “O ponto nevrálgico, a grande questão é, a meu ver, a seguinte: é somente pela absolvição sacramental que Deus perdoa os pecados?” (nota: grifos dela)
Página 68: “O perdão de Deus é uma realidade que vai muito além da “confissão” e “absolvição”. (Nota: grifos dela. Naturalmente, ao afirmar isso, a Ione Buyst não crê na graça sacramental.)
Página 69: “Portanto, as celebrações penitenciais, com ou sem a presença de um ministro ordenado, são celebrações eficazes do perdão de Deus, de penitência-reconciliação”. (Nota minha: grifos dela. Se isso não é heresia… então. Mais uma vez se vê que ela não crê na graça sacramental. É protestante de cima a baixo.)
A partir dessa página, ela propõe a “confissão a leigos” (p.71; grifos dela). E afirma: “A confissão a leigos/as é hoje ainda uma realidade” (p.74; grifos dela).
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