"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

"Tanto faz a religião, o que importa é o amor" (Relativismo - parte 2)


Falamos sobre a religião como ferramenta de serviço ao homem. Religiões são criadas aos montes para agradar a "gregos e troianos". Doutrinas religiosas são aperfeiçoadas aqui, ajustadas alí, tudo visando se adequar ao gosto do freguês. Deus é lapidado conforme as preferências do "cliente".
A cada minuto um novo "Deus" é fabricado para atender às necessidades de quem o procura - e isso se aplica também ao "Cristianismo" - onde são apresentados diversos "Jesuses": há o Jesus que exige mudança de vida, aquele que dá tudo sem pedir nada em troca, o que abençoa o homosexualismo, o outro que promete enriquecimento, outro ainda que impõe mandamentos e regras de conduta para seus seguidores, o bonachão que pouco se importa com as práticas de seus seguidores e por aí vai...
Essa prática é muito comum no protestantismo, errôneamente chamado de "evangelismo" ou "religião evangélica". Mas afinal, existe "igreja evangélica" ou "religião evangélica"? A resposta é simples e direta: NÃO!
Para que houvesse tal "religião evangélica" deveria haver UNIDADE de governo/instituição ou ao menos UNIDADE de Fé e de doutrina. Ora, dentro do protestantismo não encontramos nenhuma destas 3 unidades, repito:NENHUMA. O que temos então são religiões diferentes originárias da "reforma" protestante, por volta de 35.000 para ser mais exato, porém religiões diferentes.
Deixaremos para iniciar a exposição da incoerência do protestantismo assim como sua refutação em postagens futuras. O foco deste artigo é o que podemos chamar superficialmente de relativismo religioso, algo infelizmente presente (inclusive) em meios "católicos" e em grande parte dos que se denominam "católicos" (as aspas se justificam não porque não queiram ser católicos de fato mas sim porque ao compreenderem o catolicismo como realmente é, consequentemente abandonarão tal postura relativista).
Quem não conhece ou conheceu alguém que, dizendo ser católico, acha normal que em determinadas ocasiões possa frequentar algum culto protestante? Ou ainda ir à sessões espíritas para comunicar-se com um ente querido já falecido? Diversas outras práticas poderíamos citar mas creio que estas 2 são suficientes para ilustrar o problema em questão. O fato é que a mentalidade moderna, subjetivista e "politicamente correta", aliada ao abandono do estudo da religião, as vezes por culpa dos próprios representantes da Igreja (veremos futuramente ao analisarmos a crise pós conciliar) faz com que o "católico" moderno desconheça sua própria religião e desenvolva uma mentalidade relativista. Como exemplo podemos citar os "católicos" que crêem e afirmam "não haver a religião verdadeira", que "todas as religiões são boas", que "não importa se é católico ou evangélico, o que importa é o amor, o coração", etc. Há também aquele que crê que a fé e a moral não pode ser ditada pela religião católica mas que antes  deve ser "adaptada à situação, à sociedade ou à mentalidade da época", ou então que "mudaram, evoluíram conforme o passar do tempo".
Este tipo de comportamento pusilâmine, que evita discussões e conflitos, que prefere fechar os olhos diante das contradições e fingir que está tudo bem NÃO É e NUNCA FOI cristão. A Fé Católica sobreviveu a 2 milênios justamente por mostrar-se VERDADEIRA diante das demais fés que se oporam a ela. E isso SEMPRE se deu mediante a Apologética, o debate, a exposição da contradição presente nas demais religiões e sua consequente refutação, ou seja, destruindo-as e não mascarando-as.
Caros irmãos, FALSA é a noção de que o cristão deve ser um "banana", que deve aceitar ou crer em tudo o que lhe apresentam, que põe a "paz" (falsa paz propagada pela neo sociedade anticristã) acima da verdade, NÃO!
O católico deve saber que a verdadeira postura cristã consiste em APRENDER sobre a Fé verdadeira, DEFENDÊ-LA, DENUNCIAR o erro presente nas demais religiões e COMBATÊ-LOS. O verdadeiro católico não só saberá que foi agraciado com o fato de fazer parte da única Igreja de Cristo e de conhecer a Fé Verdadeira como também sentirá a necessidade de propagá-la aos demais, levá-la aos irmãos, tirá-los do erro, enfim, cumprir o mandamento do Senhor - amai-vos uns aos outros - (São João cap. 15 vers. 12).
Qual maior prova de amor haverá do que preocupar-se com a salvação eterna de seu irmão, mostrando-lhe que se encontra no erro, resgatando-lhe e levando-lhe à Luz?
O cristão deve ser como o próprio Cristo, "pedra de tropeço" (Isaías, cap. 8 vers. 14) para o hostil mundo atual, não compactuando com ele mas sim iluminando-o com a Verdade. Deve ser "Sal da Terra e Luz do Mundo" (São Mateus, cap. 5 vers. 13/14), levando a única Luz que realmente ilumina, a Luz de Cristo - LUMEN CHRISTI

¡Qué viva Cristo Rey!

Um comentário:

  1. Gostaria que fizesse um post sobre " Porque precisamos de religião"!
    Está de parabéns o blog!

    ResponderExcluir