"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

"Não podemos comemorar um pecado" - Eis o verdadeiro ecumenismo - Deo Gratias!

Cardeal Koch sobre os 500 anos da Revolução Protestante: “Não podemos comemorar um pecado”.
“Os acontecimentos que dividem a Igreja não podem ser considerados como um dia de festa”.

(obs: notícia em amarelo e texto do blog em branco)
Estimados leitores, é com grande alegria que divulgamos a seguinte notícia publicada no Fratres in Unum:

Fratres in Unum.com | Com informações da Diocese de Münster e Juanjo Romero - O responsável pelo ecumenismo no Vaticano “chutou o balde”. Em 2017, comemora-se os 500 anos da Reforma Protestante. Comemora-se? Segundo o Cardeal Kurt Koch (foto), Prefeito do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, “não podemos comemorar um pecado”.
Em um ambiente embebido no politicamente correto das últimas décadas, surpreende ouvir um Cardeal — ainda mais o responsável pelo ecumenismo — falando assim, sem papas na língua. Ele sabe disso, e reconhece o risco de ser considerado “anti-ecumênico”. Mas vai adiante: “Os acontecimentos que dividem a Igreja não podem ser considerados como um dia de festa”.
Koch afirmou ainda que desejava assistir, em memória do acontecimento, a uma reunião das confissões reformadas seguindo o exemplo dado por João Paulo II, em 2000, isto é, pedindo desculpas e reconhecendo seus erros, condenando, ao mesmo tempo, as divisões na Cristandade.
A resposta não tardou. A comissionada do Conselho da Igreja Evangélica da Alemanha para o Jubileu de 2017 não quis diálogo nenhum. Esbravejou: “A Reforma Protestante não é nosso pecado, mas uma reforma da Igreja urgente e necessária do ponto de vista bíblico, na qual defendemos a liberdade evangélica; não temos que nos confessar culpáveis de nada”.
Bem, as palavras da filha de Lutero demonstram o que qualquer Católico já sabe. No “caminho ecumênico” só há uma culpada, a Santa Igreja Católica, e só a Ela são feitas exigências.

É consolador ouvir tal afirmação vinda de um cardeal da Santa Sé, ainda mais o responsável pelo Ecumenismo, isso mesmo, pelo Ecumenismo. Alguns poderão escandalizar-se com tal afirmação, por ainda terem uma noção distorcida e errônea do que seja o Ecumenismo. Abaixo tentarei demonstrar as "duas faces" do Ecumenismo:
  1. A primeira delas é a FALSA idéia do que seja Ecumenismo, infelizmente crida por grande parte dos fiéis e mesmo do clero católico. Essa falsa noção acredita que o Ecumenismo serve apenas para "dialogar" com as outras religiões e seus seguidores, abraçá-los, convidá-los para visitas aos templos católicos e consequentemente visitá-los em seus próprios templos, tirar fotos todos juntos "em um clima fraterno", enfim, nos tornarmos "bons amigos". Só que as consequências deste falso Ecumenismo são catastróficas, visto que acabam desembocando num verdadeiro irenismo, em puro relativismo religioso: o cristão católico acaba desenvolvendo a idéia de que o Ecumenismo serve para que esqueçamos nossas "diferenças" para com as outras religiões e nos concentremos apenas naquilo que "temos em comum", com isso acabam por abandonar ou mesmo negar verdades de fé necessárias para a nossa salvação com o intuito de "não ofender ao irmão". Passa também a não ver problema algum em frequentar as cerimônias religiosas de outras religiões e por fim termina acreditando que "toda religião é boa e pode levar à salvação" e que "não importa a religião, o que importa é o coração". A verdade é sacrificada para que não haja luta, em nome de uma certa "paz" a verdade e a salvação são postas de escanteio.
  2. O VERDADEIRO ECUMENISMO que, se incentiva o diálogo, deve ser com uma única finalidade: a CONVERSÃO dos membros das falsas religiões. O verdadeiro Ecumenismo deve não própriamente dialogar, mas sim anunciar a Boa Nova (lembrando que Nosso Senhor Jesus Cristo ordenou ao Apóstolos - Ide, pois, e ensinai a todas as nações (São Mateus cap. 28 ver. 19) - e não "ide e dialogai" ou "ide e convidai ao diálogo para que cheguem à um acordo". Nosso Senhor foi muito claro em suas palavras, portanto se deve haver relações com os membros de outras religiões é com a finalidade de mostrar-lhes o erro a que estão atrelados assim como apresentar-lhes a verdade para que se CONVERTAM, simples assim!

Como bem disse o Cardeal, a reforma, ou melhor, revolta protestante jamais deve ser comemorada uma vez que só trouxe divisão, não à Igreja de Cristo que é Una e indivisa, mas sim ao ocidente cristão, fazendo com que hoje exista mais de 35.000 denominações sectárias em todo o mundo, com milhões de almas impossibilitadas  de conhecer ao Verdadeiro Cristo e a sua Esposa, a Verdadeira Igreja, revolta essa que infelizmente arrastou milhões de almas ao inferno.
Apesar de parecer algo sem muita importância, a declaração do Cardeal Kurt Koch é mais um exemplo que demonstra a mudança de postura na Sé Apostólica dos últimos anos com relação ao Ecumenismo. Usando de um comentário feito no próprio Fratres, a Igreja está deixando de ser uma "gigante boba" - que apanha calada - para retomar sua postura de 2 milênios que consiste em apresentar a Verdade ao mundo, doa a quem doer, visando não amizades políticas e sorrizinhos diplomáticos mas sim a Glória de Deus e a salvação das almas.

¡Qué viva Cristo Rey!

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