"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

sábado, 8 de novembro de 2014

Há "mizêricórdia" e MISERICÓRDIA. E também há "sãum francisco" e SÃO FRANCISCO DE ASSIS - o verdadeiro!

Amigos, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
 
Em tempos onde tanta confusão se faz com relação a termos até então bem claros - por exemplo, a verdadeira Misericórdia Divina e a tal "mizêricórdia" que certos membros da Igreja estão a propor (basta lembrar do recente Sínodo da Família) - reproduzimos um excelente e bem humorado artigo que trata da diferença entre São Francisco de Assis (o verdadeiro) e o "sãum francisco" apresentado por aí...
 
Boa leitura!
 
José Santiago lima
 
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São Francisco de Assis não era riponga"


No embalo da cobertura da eleição do novo Vigário de Cristo, entrou em evidência na mídia a figura de São Francisco de Assis. Legal… só que não. O Francisco que os repórti divulgam é apenas uma caricatura, que distorce e oculta a história e a personalidade um homem extraordinário.
 
Como a maioria dos jornalistas não se dá ao trabalho de ir além dos clichês, a grande massa acaba pensando que o pobrezinho de Assis não fazia outra coisa na vida além de conversar com passarinhos e louvar a beleza da natureza. Estranhamente, mesmo sendo um penitente católico e submisso ao Papa, o Francisco inventado pela mídia tinha certa “alergia” à doutrina da Igreja, pois jamais tocava em assuntos chatos e opressores, tais como pecado e inferno. Ele só falava do amô!
 
E, assim como certos padres que usam anel de tucum, o Francisco caricatura (não o verdadeiro!) tinha horror à ornamentação rica das coisas santas, como os objetos utilizados no altar e na Santa Missa. Quanto mais fuleira, melhor!
 
O problema é que certas fontes “católicas” que por vezes servem à imprensa ajudam a consolidar essa imagem pálida do santo. Então, nem podemos dizer que a mídia está inventando; está apenas repercutindo a historinha fajuta que repercute há décadas em muitos ambientes da Igreja.
 
Mas quem era o homem por trás da caricatura que circula por aí? Bem, num post não dá nem pra falar 10% do que São Francisco era, mas vamos focar em alguns pontos que desmistificam os aspectos mais deturpados de sua personalidade.

Francisco e a natureza

É bem verdade que ele enriqueceu a espiritualidade cristã com a ênfase na dimensão ecológica: a beleza da natureza era sinal fortíssimo do poder e da bondade de Deus. Entretanto, não era um “místico da natureza”, não era como certos católicos panteístas que acham que os elementos da natureza têm personalidade própria.
 
Ele chamava os pássaros de irmãos e tinha por todos os animais enorme simpatia. Mas compreendia muito bem a diferença de dignidade entre os homens e animais, porque, nas poucas vezes que lhe ofereciam, comia carne com gosto. Se realmente pensasse que os animais eram tão filhos de Deus quanto os homens, estaria sendo cruel.
 
Ele não endeusava os elementos da natureza, mas sim reconhecia a própria Beleza de Deus em tudo o que era belo na natureza. Dizia, sem nenhum traço de misticismo: irmão Sol, irmão fogo, irmã água, irmão corpo.
 
A alegria e positividade de sua pregação

De fato, Francisco era diferente dos demais pregadores itinerantes medievais. Naquela época, procurava-se tocar os ouvintes com a insistência sobre temas como o Juízo Final e os horrores da perdição eterna. O pobrezinho de Assis, por sua vez, em vez de explorar o medo das pessoas, buscava atraí-las pela verdade do Evangelho.
 
Entretanto, sua pregação não era água-com-açúcar. Sim, ele pregava o amor e a paz, mas também a necessidade de arrependimento e mudança de vida. A sua própria vida, o seu corpo, as suas vestes eram um testemunho de intensa penitência. Ele era a figura do Cristo casto, pobre e obediente. Certamente, Jesus não teria revolucionado tanto a sua vida se ele continuasse a ser o playboy de Assis.
 
Apesar de não dar ênfase à questão da perdição, ele reconhecia que aqueles que fechassem os ouvidos para a mensagem de amor do Evangelho estariam condenados. Tanto é que, há poucos dias de sua morte, pediu que seus irmãos Leo, Ângelo e Rufino acrescentassem a seguinte estrofe ao seu famoso “Cântico das Criaturas”:


"Sê louvado, Meu Senhor, por nossa Irmã Morte Corporal,

da qual nenhum vivente pode fugir.

Ai daqueles que morrerem em pecado mortal!

Abençoados aqueles a quem a morte venha encontrar em Tua santíssima vontade,

pois a segunda morte não lhes fará mal.

Louva e abençoa meu Senhor e agradece-Lhe,

e serve-O com grande humildade".


Francisco que não julgava

O santo de Assis não abria a boca para julgar ninguém. O que não quer dizer que ele fazia vista grossa para o pecado, e nem tampouco que se calasse diante das faltas graves de seus irmãos. Esse é o entendimento que muitos católicos hoje estão longe de ter.

Entre os primeiros franciscanos, havia um sujeito que estava sempre pronto para comer o pouco que seus irmãos conseguiam com esforço diário, e quase nunca se dispunha a trabalhar. Esse foi primeiro irmão expulso da fraternidade: o “Irmão Mosca”, assim apelidado pelo irreverente Francisco. O santo não o julgou, mas também não se dispunha a sustentar vagabundo.

Da mesma forma, eram expulsos da fraternidade os irmãos que pecassem com uma mulher. Certamente, se arrependidos, seriam perdoados pela Confissão, mas deveriam tomar outro rumo, pois não teriam mais lugar entre os irmãozinhos de São Francisco.
 
Pobreza pessoal, riqueza litúrgica


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Isso é uma "Missa franciscana"? Não mesmo!
Que São Francisco tinha uma vida paupérrima e era extremamente desapegado das coisas materiais, isso todos sabem, e é verdade. Entretanto, tamanha simplicidade no viver é confundida por alguns pseudo-seguidores com esculhambação litúrgica.
 
Vemos padres celebrando o santo sacrifício sobre panos mulambentos, no chão; vestidos com paramentos indignos, usando cálices e patena de material pobre. Querem fazer um teatrinho, uma desmonstração artificial e inapropriada da verdadeira pobreza evangélica. Diante disso, vale a pena destacar alguns trechos de duas cartas escritas por São Francisco a seus irmãos (fonte das cartas: Site da Província Fraciscana da Imaculada Conceição do Brasil):
 
“Consideremos todos nós clérigos o grande pecado e ignorância que alguns manifestam com relação ao santíssimo corpo e sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo e seu santíssimo nome (…). Logo, todos aqueles que administram tão sacrossantos mistérios (…) considerem no seu íntimo como são vulgares os cálices, corporais e panos de linho sobre os quais é oferecido em sacrifício o corpo e sangue de Nosso Senhor. (…) “Onde quer que o santíssimo corpo e sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo for conservado de modo inconveniente ou simplesmente deixado em alguma parte, que o tirem dali para colocá-lo e encerrá-lo num lugar ricamente adornado.

Carta a todos os clérigos




“Peço-vos ainda com mais insistência do que se pedisse por mim mesmo, supliqueis humildemente aos clérigos (…) que prestem a mais profunda reverência ao santíssimo corpo e sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo bem como a seus santos nomes e palavras escritos, que tornam presente o seu sagrado corpo. “Os cálices e corporais que usam, os ornamentos do altar, enfim tudo quanto se relaciona ao sacrifício, sejam de execução preciosa. “E se em alguma parte o corpo do Senhor estiver sendo conservado muito pobremente, reponham-no em lugar ricamente adornado e ali o guardem cuidadosamente encerrado segundo as determinações da Igreja, levem-no sempre com grande respeito e ministrem-no com muita discrição.”

Carta I – A todos os custódios


Viva São Francisco de Assis (o santo real, não o riponga esotérico que vaga por aí)!

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Informações sobre a vida do santo retiradas do livro Francisco de Assis – O Santo Relutante. Donald Spoto, Objetiva, 2010.

FONTE: O Catequista

Um comentário:

  1. Fiquei e s t a r r e c i d a com a foto numero 04!!!! Que SACRILEGIO!

    Cruz credo! aonde foi essa barbaridade?.....Espero que não tenha sido no BRASIL! Breve....breve....t o d o s pagarão por esse tipo de coisas....PROFANAÇÃO! Meu DEUS! Perdão, SENHOR! MISERICORDIA!
    TE amo, JESUS! Amém!

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