"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

MÁRTIRES DE CRISTO: 21 Cristãos coptas decapitados pelo Estado Islâmico (Isis) - VÍDEO

Mártires Coptas momentos antes da execução
 
Caros leitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
 
Nos últimos dias diversos sites e telejornais mundo afora noticiaram a bárbara decapitação de 21 cristãos coptas promovida pelo ISIS, o "Estado Islâmico". Sobre este famigerado grupo muito já se sabe, tendo, inclusive nós, noticiado suas barbaridades em prol da implantação de um mundo sob a bandeira do Islã. No entanto, pretendemos - ainda que de forma breve e resumida - apresentar aos leitores quem são os coptas, parcela do rebanho de Cristo da qual os 21 mártires faziam parte.
 
OS COPTAS: QUEM SÂO?
São Marcos Evangelista em Alexandria: surge a Igreja Copta do Egito
 
O termo COPTA significa literalmente "cristão egípcio". A princípio, o termo era utilizado no árabe clássico para designar aos egípcios, porém com o tempo, passou a designar apenas aos egípcios cristãos, uma vez que a maior parte dos egípcios foram convertidos ao Islã (que acabou de certa forma absorvendo sua cultura, língua e mesmo etnia egípcia transformando-os simplesmente em "árabes"). Os coptas, portanto, são os descendentes dos antigos egípcios, que se converteram ao cristianismo no século I, segundo a Tradição, graças ao Evangelista São Marcos.

Do século VII em diante, os muçulmanos conquistaram o Norte da África, impondo assim ao Egito o idioma árabe e a religião islâmica. Ainda assim, uma minoria dos egípcios se manteve cristã e preservou também o idioma copta, derivado da antiga língua egípcia. Atualmente, o idioma copta é usado apenas em Missas e demais celebrações litúrgicas.
 
Papa João Paulo II e o Patriarca Copta Shenouda III
  
Até o ano 451 a Igreja do Egito (Copta) fazia parte da Igreja Universal, isto é, da Igreja Católica, compartilhando da mesma Fé, ainda que com divergências que suscitaram o Concílio de Calcedônia. Por ter sido fundada pelo Evangelista São Marcos, a Igreja Copta do Egito formava um dos 5 grandes patriarcados da Igreja Católica: O Patriarcado de Alexandria (os outros 4 são os Patriarcados de Jerusalém, Antioquia, Constantinopla e Roma). Em 451 o Concílio de Calcedônia pôs fim às divergências definindo que Nosso Senhor Jesus Cristo possui 2 naturezas (humana e divina) em uma única pessoa. A Igreja Copta não aceitou tal definição (professavam que Cristo possuía uma única natureza - a divina - doutrina conhecida como monofisismo) e assim acabaram se separando dos demais patriarcados, ou seja, da Igreja Católica.
 
Sua Beatitude Tawadros II, atual Patriarca da
Igreja Copta de Alexandria
Embora com o cisma de 451, a Igreja Copta se manteve fiel à Tradição Apostólica (ainda que com o erro do monofisismo), lançando bases inclusive à Igreja da Etiópia (Igreja Copta Etíope). Sua sucessão apostólica foi preservada até nossos dias, onde a Igreja é governada pelo Patriarca Papa Tawadros II (os patriarcas coptas também possuem o título de Papa). Em 1973 o Patriarca Shenouda III, em nome dos monofisitas do Egito, emitiu juntamente com o Papa Paulo VI uma Declaração de Fé cristológica professando a doutrina do Concílio de Calcedônia.
Na prática os coptas (povo) já em praticamente nada se diferenciavam dos cristãos não monofisitas, uma vez que pouco entendem dessas diferenciações teológicas: simplesmente adoram a Nosso Senhor Jesus Cristo como Senhor e Salvador, o Filho de Deus, segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Com essa declaração de Fé por parte da Igreja Copta, essa diferença foi oficialmente suprimida. 
 
Em 1741, um grupo de coptas (clero e povo) separou-se da Igreja Copta por entender que não poderiam estar separados da Igreja de Roma e do sucessor de Pedro, chefe da Igreja Universal. Para isso, pediram comunhão com Igreja Católica Romana e assim surgiu a Igreja Católica Copta, cuja sede fica no Cairo. Os católicos coptas mantiveram as tradições e ritos litúrgicos coptas, porém reconheceram tanto a doutrina católica (do Concílio de Calcedônia) quanto a autoridade e a primazia do Papa de Roma, estando, assim, oficialmente unidos à Santa Sé. Assim foi criado o Patriarcado Copta Católico de Alexandria, cujo chefe atual, em comunhão e obediência ao papa, é o Patriarca Sua Beatitude Ibrahim Isaac Sidrak.

Sua Beatitude o Patriarca Copta Católico Ibrahim Isaac Sidrak
 
Os coptas formam atualmente entre 10% e 15% da população egípcia (composta de 80 milhões de pessoas). Destes cristãos, quase 90% pertencem à Igreja Copta (monofisita), 8% à Igreja Copta Católica e os demais (2%) às Igrejas coptas protestantes. São muito discriminados: quando não são  perseguidos (literalmente), são tratados como cidadãos de segunda classe, motivo que diminui aceleradamente o seu número. Existem altas taxas de migração, além de conversões ao islã por diversos motivos (por segurança, para se ter mais oportunidades de emprego, para se casar com muçulmanas (pois o corão proíbe o casamento com judeus ou cristãos), enfim, por conveniência.

Desde a queda do ditador egípcio Hosni Mubarak, em 2011, a situação da comunidade cristã copta piorou drasticamente. Nos últimos quatro anos, os coptas passaram a sofrer uma forte perseguição por parte de facções islamitas. Nós mesmos já noticiamos isso em nosso blog AQUI.

Pois bem, agora que conhecemos quem são os Coptas, podemos falar sobre a última repugnante ação do chamado Estado Islâmico. Entre dezembro de 2014 e janeiro de 2015 terroristas deste grupo sequestraram coptas que haviam migrado do Egito para a Líbia para tentar melhores condições de vida. Ao todo ele mantinham em cativeiro a 21 coptas, cujas fotos já haviam divulgado em sua revista eletrônica "Dabiq", criada para divulgar suas ações e influenciar mais e mais pessoas a "abraçarem a causa" do Estado Islâmico.
 
No último dia 15 de fevereiro o ISIS divulgou na internet um vídeo (muito bem produzido e editado) cujo título é "Uma mensagem assinada com sangue para a nação da cruz". No referido vídeo, um grupo de cristãos coptas - todos com as mãos amarradas nas costas - é conduzido por um grupo de integrantes do Estado Islâmico a uma praia do Mar Mediterrâneo. Os reféns cristãos trajavam uniforme laranja (idêntico ao de outras vítimas do Estado Islâmico decapitadas em vídeos anteriores), ao passo que os executores trajavam uniforme preto escondendo o rosto. Enquanto um líder do ISIS faz ameaças aos Cristãos, à Igreja e ao Ocidente, os coptas são colocados de joelhos. É possível observar que muitos deles movem os lábios enquanto aguardam o momento derradeiro. Sites egípcios já divulgaram que por meio de leitura labial foi comprovado que estavam a pronunciar o nome de JESUS. Isso também foi confirmado pelo bispo destes benditos mártires. Em momento algum é possível notar desespero - choro, gritos - entre eles, ainda que estejam prestes a morrer. Por fim, são colocados de bruços e todos ao mesmo tempo são degolados e decapitados, tendo suas cabeças colocadas sobre seus corpos. O vídeo se encerra com as ondas da praia formando uma espuma vermelha devido ao sangue dos mártires coptas.
 

Fotos de alguns dos 21 mártires coptas
Do ponto de vista dos terroristas, desejamos sinceramente que sejam combatidos e que seus planos de impor o Islamismo e a Sharia (lei islâmica) em todo o mundo jamais se concretize. Agora, com o olhar voltado aos mártires coptas: certamente receberam a coroa de Glória das mãos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Verteram sangue única e exclusivamente por serem cristãos, deram a cabeça para não renegar a Cristo (pois certamente teriam sido poupados caso se convertessem), perderam a vida para ganhar A VIDA, e vida em plenitude. Perderam a vida que, embora preciosa, é passageira, para salvar a alma e assim ganhar a VIDA ETERNA.
 
Abaixo, os nomes dos 21 mártires de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em seguida, o terrível vídeo de seu martírio. O disponibilizamos somente para aqueles que não se traumatizam com imagens fortes e não o fazemos para que se possa assistir a um espetáculo macabro, mas sim para que os mornos cristãos ocidentais fortaleçam sua fé ao ver como seus irmãos em Cristo suportam o martírio com coragem e fé, dando a vida por Nosso Senhor.
 
Viva Cristo Rey!
 
José Santiago Lima

 
 
Seguem os nomes dos 21 coptas mártires de Nosso Senhor Jesus Cristo:

B96osylIAAAZkxv


Agora, o link para o vídeo do martírio destes 21 servos de Cristo:

ATENÇÃO: IMAGENS FORTES!

ASSISTA CLICANDO AQUI


...

Nenhum comentário:

Postar um comentário