"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Entenda o porquê de nossa "má vontade" para com o Papa Francisco

Amigos, ainda que - conforme comentei em outro artigo - não queiramos tecer comentários e críticas diretas ao Papa Francisco e seu pontificado, muitas vezes nos parece impossível simplesmente ignorar a avalanche de acontecimentos a ele relacionados. Muitos nos censuram por nossa perplexidade diante dos estranhos acontecimentos deste pontificado, alguns simplesmente não compreendem (ou dizem não compreender), outros nos pedem motivos para tal reação. Pois bem, segue abaixo um texto publicado no Fratres in Unum que - de maneira simples e didática - esclarece as razões da nossa perplexidade assim como a de tantos católicos diante do pontífice atual.
 
Viva Cristo Rey!
 
José Santiago Lima

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Um pai verbal e mentalmente abusivo.

Por Traditional Roman Catholic Thoughts | Tradução: Gercione Lima – Fratres in Unum.com:
 
Imagine um pai que vive num subúrbio pitoresco. Ele tem um bom emprego, uma esposa amorosa e filhos lindos de várias idades. Muitas pessoas olham para este homem como um modelo exemplar dentro da comunidade. A maioria diz que ele está trilhando seu caminho para a santidade.
 
Para alguém que olha de fora, esta é apenas uma face da imagem completa. Agora imagine se esse mesmo pai passa mais tempo brincando com as outras crianças da vizinhança do que com os seus próprios filhos. Quando seus filhos perguntam por que o pai prefere passar mais tempo se entretendo com as outras crianças da vizinhança do que com eles, ele, por sua vez, começa a provocá-los, tirando sarro da cara deles, e rebatendo que eles estão se comportando como pirralhos chorões, ao invés de dar uma resposta amável explicando o motivo pelo qual ele está negligenciando a saúde emocional de seus próprios filhos.
 
Além disso, seus filhos são vítimas constantes de vários valentões no bairro que agem como algozes implacáveis,  procurando por qualquer falha ou fraqueza nestas crianças, a fim de persegui-las. As palavras e ações do pai dão a esses agressores munição para usar contra seus próprios filhos. Em seguida, os agressores se lançam sobre os filhos e usam as próprias palavras do pai contra eles.
 
Quando alguns dos filhos, com toda a razão, aborrecem-se e legitimamente se queixam de seu pai por apoiar os valentões, ao invés de protegê-los, seus irmãos começam a gritar com eles para forçá-los à submissão:
 
 _ “Você não pode criticar papai! Ele é o nosso pai! Você tem que ser obediente e submisso à sua vontade, afinal de contas, ele sabe melhor do que você”. Com isso, a família tornou-se mais dividida do que antes. Não só o pai está permitindo que o mundo lá fora abuse de seus próprios filhos do mesmo modo como ele faz, mas alguns de seus filhos cruelmente defendem suas ações abusivas.
 
Vocês hão de concordar que o pai do exemplo acima não é de maneira alguma um bom pai. Enquanto ele parece ser um grande exemplo para a comunidade, na realidade, ele é um desviante. Igualmente, esta é a mesma atitude com que o Papa Francisco, o Santo Padre, atua nesse Pontificado.
 
Seja no Vaticano ou em suas viagens ao exterior, houve inúmeras instâncias em que ele estava agendado para se encontrar com bispos ou cardeais e simplesmente cancelou sem maiores explicações. Embora seja compreensível, já que ele não goza das melhores condições de saúde, ao invés de tirar esse tempo de folga para descansar, ele prefere usá-lo para passar um tempo com os evangélicos, luteranos ou até mesmo os budistas, como ele fez durante sua viagem ao Sri Lanka. Se passar o tempo com os não-católicos é como ele escolhe relaxar, faz mal perguntar o por quê? Seu propósito não é evangelizar essas pessoas. Em nenhum momento ele discute com elas a necessidade de tornar-se católico, ao contrário, ele endossa as suas opiniões e discute solidariedade.
 
Enquanto faz suas viagens ao exterior, ele faz conferências de imprensa a bordo do avião papal. “Quem sou eu para julgar” se tornou o bordão com que os não-católicos obrigam os fiéis à submissão por defenderem a doutrina católica de sempre. Papa Francisco acaba de dar aos inimigos outra grande linha de ataque. “Algumas pessoas pensam que – desculpe-me por dizer isso – que, para ser bons católicos, temos de ser como coelhos”. Além disso, ele ainda fez questão de bradar para o mundo como ele repreendeu a uma mãe fiel que havia engravidado novamente. Ele a acusou de “tentar a Deus” e a criticou por aquilo que ele chama de “paternidade irresponsável”.
 
Francisco em viagem ao Sri Lanka: Se nega a utilizar a Mozeta papal, peça do vestuário dos Papas carregada de significado. Mas não vê problema em usar vestimentas de outras religiões...
 
Esses comentários sobre coelhos e paternidade irresponsável deixaram alguns católicos com um afã de defender as declarações do Santo Padre como se fosse seu último suspiro. Eles acusam os católicos que se sentiram ofendidos com a escolha de palavras do Papa de “tomá-las fora do contexto”. Eles acusam seus irmãos que estão ofendidos de não confiarem em Deus e o que é pior: de causar divisão dentro da Igreja. “Se você tivesse olhado para o contexto, certamente você concordaria com ele!”
 
Enquanto olhando para o contexto poderíamos até concordar com o Papa Francisco, sua má escolha de palavras, especialmente quando está respondendo à jornalistas que buscam ativamente oportunidades para tirar suas palavras fora de contexto e demonizar a nossa religião, é onde reside a culpa. Ele sabia o que estava dizendo porque fez questão de antecipar: “desculpe-me por dizer isso”. Ele dá munição aos valentões que, por sua vez, usam suas palavras contra seus próprios filhos, os mesmos filhos que ele deveria defender e confirmar para a santidade.
 
Quando qualquer pai normal comporta-se desse modo destrutivo contra seus próprios filhos, ele não é visto como um herói, mas sim como um pai desviante e abusivo. Da mesma forma, se o Santo Padre se comporta segundo esse exemplo, ele não está sendo um bom pai para seus filhos. Ele está caindo nos pecados de calúnia e difamação, e sem um pedido público de desculpas por suas declarações, tudo o que nos resta é assumir o pior em relação às suas atitudes.
 
FONTE

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