"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Desabafo, perplexidade e alguns esclarecimentos

Caros leitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
 
Como devem ter percebido, ando escrevendo pouco neste pequeno blog: em média, uma vez por semana (ou menos). Isso se deve ao fato de estar sem tempo, embora este não seja o único ponto. Na verdade, os recentes acontecimentos estão me deixando cada vez mais perplexo. Por não saber necessariamente quando poderei escrever, assim como o que escrever e como escrever, tenho deixado o blog por maiores períodos sem atualizações.
 
Ainda assim, quero deixar alguns esclarecimentos para os que não estão comprendendo onde quero chegar ou o que quero dizer. Explico: 
 
Estamos, ao que parece, na pior crise enfrentada pela Igreja de Cristo em seus 2 mil anos de história. É certo que diversas crises se abateram sobre a Igreja em sua história, porém, a que enfrentamos atualmente é - sem sombra de dúvida - a pior. Tal crise mostrou indícios de sua instalação e desenvolvimento há pouco mais de 100 anos, mais ou menos. Medidas foram tomadas para identificar (Encíclica Pascendi Dominici Gregis de São Pio X) e neutralizar os agentes (e consequências) dessa crise que se instalava, porém ainda assim seus princípios sobreviveram, vindo à tona na década de 60. Há 50 anos a Igreja vive em crise aguda, porém seu ápice se deu quando da renúncia de Bento XVI e o início do pontificado seguinte. Desde então, a cada dia, novos sintomas e manifestações dessa crise eclodem aos olhos da minoria de católicos perplexos e desorientados (pois para a grande maioria composta de católicos pouco instruídos, "católicos" de nome ou  não católicos tudo vai "às mil maravilhas").
 
Tudo o que foi dito acima certamente poderá servir como pretexto a não católicos (sobretudo protestantes) que visitam este blog para que possam dizer: "veja, ele mesmo reconhece que a Igreja Católica está "acabando", "falindo", se "corrompendo", etc... Portanto, é importante que se façam alguns esclarecimentos:
 
  • Assim como há um só Deus, também há uma só verdade, uma só Fé, uma só religião verdadeira, contida na Única Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, uma só Igreja: Una, Santa, Católica, Apostólica. Também Romana por ser Roma a Sé de Pedro, mãe de toda a Igreja no mundo.
  •  A única e verdadeira Igreja jamais poderá "acabar", "falir" ou "se corromper", por ter sido promessa de Nosso Senhor de que "as portas do inferno não prevalecerão" (Mateus, cap. 16 vers. 18). Isso não significa que ela não possa diminuir de tal forma que muitos acreditem te-lA destruído (isso está previsto nas Escrituras e mesmo no Catecismo da Igreja Católica).
  • Por outro lado, tanto as Escrituras Sagradas como o Catecismo da Igreja Católica e diversas profecias da Virgem Santíssima e dos santos ao longo da história da Igreja se referem à uma crise ou paixão da Igreja referida em perseguições, apostasia, diminuição dos fieis e outros sinais.
  • Tudo leva a crer que estamos vivendo este período, aos menos essa seria uma das possíveis e razoáveis explicações para os fatos desconcertantes a que estamos presenciando.
  • Para sobrevivermos espiritualmente, devemos cada vez mais nos apegar àquilo que sempre foi professado, defendido e ensinado pela Igreja, evitando ou mesmo ignorando tudo aquilo que se mostre como novidade (no sentido de novidades que se oponham ao anteriormente estabelecido pela Igreja). Mas para isso devemos nos manter firmes na Igreja tendo plena consciência de que não existem caminhos alternativos para a salvação, ou seja: não posso "procurar" atalhos para chegar a Deus.  
 
Em suma, para facilitar a compreensão podemos resumir o acima exposto da seguinte forma: Há um único Deus cujo caminho a ser percorrido pelo gênero humano para alcançar a salvação foi por Ele deixado. Este caminho é a Religião Católica. Estava previsto que tempestades e dificuldades surgiriam em sua história, mas isso tampouco tais acontecimentos autorizariam o homem a buscar "outros caminhos" (seitas e religiões) para se chegar a Deus. Também previsto estava que muitos desta Igreja que é do próprio Cristo apostatariam (incluindo seus chefes) e que muitas vezes os fieis se encontrariam "como ovelhas sem pastor". No entanto, felizes daqueles que perseverarem na verdadeira Fé.
 
Portanto, caros leitores, mesmo diante de tamanha perplexidade, nos mantenhamos firmes na Fé verdadeira, fundada em Nosso Senhor Jesus Cristo, transmitida pelos apóstolos e custodiada pela Igreja ao longo de seus 2 mil anos, e evitemos toda a sorte de novidades e exemplos de apostasia, ainda que venham daqueles que deveriam nos instruir e confirmar na Fé. Rezemos pela Igreja e por seus pastores, rezemos pela Igreja e por seu rebanho!
 
Viva Cristo Rey!
 
José Santiago Lima

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