"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica.
Um me distingue, o outro me designa.
É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

22º PAPA: São Lúcio - ano 253 a 254

Papa São Lúcio (22º Papa)
Pontificado: do ano 253 ao ano 254



São Lúcio foi o sucessor de São Cornélio, e  figura como o 22º Papa da Igreja.   Seu predecessor havia enfrentado  sérios obstáculos diante do  cisma  perpetrado por Novato, um presbítero que arrebanhou adeptos numa luta aberta contra a sua eleição, de forma que chegou a  proclamar-se Papa, mas acabou sendo excomungado e  declarado anti-papa após a convocação de um Concílio. Sucede que, diante das  intensas perseguições do imperador Galo, o legítimo Papa acabou sendo exilado e finalmente decapitado por não sacrificar aos deuses pagãos.

O mesmo imperador, movido por cruel fúria,  empreendeu intensas perseguições ao novo Papa São Lúcio,  que recebeu  apoio de São Cipriano através de  diversas  cartas de consolo e fé. O imperador Galo viria a morrer alguns meses  depois num combate contra um general rebelde de nome Emiliano.  Sucederia a  ele  o imperador Valeriano que, a princípio, mostrou-se cordial com os cristãos, o que facilitou o regresso do Papa à Roma.
 
Os sequazes do anti-papa Novato, semeando ainda  a confusão e o erro sobre o rebanho,  investiam contra a santa doutrina, o que foi duramente combatido por são Lúcio.  Havendo, por isso, a iminência de  um clima negligente por parte rebanho e também dos clérigos, prescreveu importantes  normas canônicas, dentre as quais a proibição  referente à convivência de clérigos e mulheres religiosas em habitação comum, o que era usual na época.  Estendeu, da mesma forma,  o veto aos leigos, julgando não ser conveniente aos católicos este tipo de convivência, salvo se as  pessoas do sexo oposto fossem familiares ou de parentesco muito próximo.  Decretou também que o Papa, em suas viagens apostólicas,  deveria estar acompanhado de no mínimo, três diáconos e  pelo menos dois sacerdotes.
 
Seu pontificado durou apenas  oito meses.  São Lúcio possuía diligente zelo apostólico e pela fé desejava ser martirizado como seus predecessores e inúmeros cristãos, que tombaram sustentando a verdadeira doutrina. Preservado por Deus do martírio de sangue,  teve morte natural, porém agônica. As doenças e  complicações que culminaram em  seu falecimento,  foram conseqüências  das aflições decorrentes das perseguições que sofreu.  Daí o motivo da Igreja ter-lhe conferido o honroso título de Mártir.
 
Suas relíquias  encontraram repouso ao lado de outros novecentos santos mártires, nas catacumbas de Santa Cecília. 
 
 

São Lúcio Papa, rogai por nós! Rogai pela Igreja da qual fostes o Pastor!

terça-feira, 27 de maio de 2014

IBP - Instituto do Bom Pastor - em São Paulo!

Caríssimos leitores, louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
 
É com profunda alegria que informamos a chegada do IBP - Instituto do Bom Pastor  - em nossa cidade de São Paulo. Mas o que seria o IBP? Vejamos:
 
"O Instituto do Bom Pastor é uma Sociedade de Vida Apostólica de Direito Pontifício erigida conforme as normas do direito canônico (can. 731, §1). Seus membros querem exercer o sacerdócio na Tradição doutrinal e litúrgica da Santa Igreja Católica Romana, fiéis ao Magistério infalível da Igreja com o uso exclusivo da liturgia gregoriana na digna celebração dos Santos Mistérios."
 
Poderíamos dizer, é certo que de forma resumida e mesmo simplória, que o Instituto do Bom Pastor é uma espécie de congregação de sacerdotes formados na disciplina doutrinal e litúrgica tradicional, cuja característica principal - embora não a única -  é a celebração da Santa Missa segundo o Rito Romano tradicional.
 
A notícia que tanto nos alegra é a de que o IBP acaba de ser recebido pelo Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, para aqui em nossa cidade estabelecer sua nova casa, o que consequentemente atrairá abundantes graças à nossa cidade e aos católicos que nela habitam.
 
 
Bordeaux (França). Dom Fernando Guimarães, Bispo de Garanhuns - PE - Brasil, e o Padre Philippe Laguérie (à esquerda), superior geral do IBP, após cerimônia de ordenação do Padre Daniel Pinheiro, primeiro sacerdote brasileiro do IBP
 
 
 
Segue abaixo a informação, veiculada pelo próprio Instituto, sobre o início dos trabalhos do IBP em solo paulistano:
 

Comunicado do Distrito da América Latina do Instituto do Bom Pastor

Dom Odilo Pedro Scherer
Cardeal
Arcebispo Metropolitano de São Paulo 
No dia 10 de abril passado, S. Em. o cardeal Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, deu a permissão ao Padre Philippe Laguérie, Superior Geral do Instituto do Bom Pastor, para erigir canonicamente uma casa do IBP em São Paulo. Por meio do decreto do dia 11 de maio de 2014, festa dos santos apóstolos Felipe e Tiago, essa casa foi erigida conforme o direito canônico.
 
Foram nomeados para essa nova fundação dois jovens padres brasileiros formados no seminário de Courtalain (na diocese de Chatres, França), os padres Luiz Fernando Karps Pasquotto e Renato Arnellas Coelho, que irão prosseguir seus estudos superiores em São Paulo. Doravante, eles estão encarregados de celebrar a missa segundo o Usus Antiquor na paróquia São Paulo Apóstolo.
 
Nós damos graças a Deus por esta notícia e aproveitamos para agradecer o cardeal Scherer por sua amigável acolhida, como também todos aqueles que nos apoiaram. Nós poderemos participar, assim, segundo nosso carisma próprio, ao trabalho apostólico na diocese, para o bem das almas e por toda a Santa Igreja.
 
Esta nova implantação é, sobretudo, uma boa notícia para todo o nosso Instituto. Nós colocamos esta casa, seus padres e seus ministérios, sob a proteção toda especial de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, a fim que ela seja para todos, Rainha do Céu e Rainha dos Homens, um apoio poderoso e uma ajuda inabalável.
 
Padre Matthieu Raffray, Superior do Distrito da América Latina do Instituto do Bom Pastor, dia 24 de maio de 2014.
 
 
Paróquia de São Paulo Apóstolo
 
Igreja de São Paulo Apóstolo, São Paulo, SP, Brasil
 
Rua Tobias Barreto, 1320 - Belém - São Paulo - SP
 
 
 
Horários das Santas Missas segundo o Rito Romano Tradicional
 
 
2ª feira: 19h00
 
4ª feira: 19h00
 
6ª feira: 19h00
 
Domingo: 17h00
 
Fonte da notícia e informações: IBP SP

segunda-feira, 26 de maio de 2014

"O pior mal de nosso tempo..." - Madre Teresa de Calcutá



Madre Teresa, a senhora que conheceu tanto sofrimento e maldade, qual a pior coisa que a senhora viu?

"...o pior mal de nosso tempo é a Comunhão na mão."

Beata Teresa de Calcutá - 23 de março de 1982

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Sacerdote apóstata da TV Aparecida - Quando o pastor dá veneno às ovelhas

Caros leitores, trazemos abaixo um artigo que registra trecho de um programa da TV Aparecida que gerou verdadeiro escândalo entre os católicos que conhecem um mínimo da doutrina e fé católica (o que nos tempos atuais, infelizmente constitui uma pequena parcela dos fiéis). No infeliz vídeo em questão - que se apresenta como um programa "católico" em uma Emissora de TV católica - o sacerdote instrui o telespectador a continuar no pecado que certamente lhe levará à condenação. Vemos explicitamente o pastor a servir veneno à ovelha, ao invés de pastoreá-la, isto é, orienta-la ao caminho que deveria seguir! Vemos o pastor a incitar a ovelha para que se atire ao abismo!

Grande tristeza me dá saber que tal programa é exibido em rede nacional e que, portanto, adentra as residências de milhares (ou milhões) de católicos em todo o Brasil (eu mesmo já vi minha mãe assistindo tal programa) e que o veneno, dessa forma, é entregue também a outras ovelhas que o bebem crendo ser legítimo alimento.

Antes que nos acusem pela severidade no título e nas palavras acima apresentadas, ou nos questionem dizendo que não há problemas na Igreja, que não passaremos por qualquer período de sofrimento ou apostasia, saiba caro leitor que o próprio Catecismo da Igreja Católica nos fala sobre a prova final pela qual a Igreja passará, a chamada Paixão da Igreja, que a exemplo de seu Divino Fundador sofrerá verdadeira flagelação (traição de seus filhos e representantes, abandono da fé, apostasia, heresias e distorções perpetrados por seus membros, etc.). Mas não apenas o Catecismo nos prepara para esse episódio: alguns santos e diversas aparições da Santíssima Virgem (La Salete, Bom Sucesso, Fátima) nos avisam sobre essa terrível provação pela qual a Igreja deverá passar. Mas não é só:

As próprias Escrituras Sagradas já nos avisam sobre isso, e é isso que o artigo abaixo reproduzido demonstra. Diversos acontecimentos recentes nos dão sérios indícios de que já estamos presenciando esse terrível período. Até mesmo o Papa João Paulo II disse já estarmos vivendo a "apostasia silenciosa". Portanto, caro leitor, recorramos à Deus Nosso Senhor, à sua Santíssima Mãe, aos sacramentos e ao estudo da Verdadeira Doutrina Católica, pois difíceis serão as provações as quais estaremos expostos.

Viva Cristo Rei!

José Santiago Lima

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Sacerdote Apóstata da TV Aparecida diz que homossexual tem direito a Comungar
padreheregeTVaparecida
Por Dilson Kutscher
NOVAMENTE DIREI E QUANTAS VEZES TEREI QUE DIZER NESTE FIM DOS TEMPOS??
Disse São Gregório Magno: “A Igreja, nos últimos tempos, será espoliada da sua virtude. O espírito profético esconder-se-á, não mais terá a graça de curar, terá diminuta a graça da abstinência, o ensino esvair-se-á, reduzir-se-á – senão desaparecerá de todo – o poder dos prodígios e dos milagres. Para o anticristo está se preparando um exército de sacerdotes apóstatas”.
Um padre, num canal de TV, que se diz “católico”, defende o grave pecado do homossexualismo, condenado na Sagrada Escritura, que ofende ao Deus Altissimo, dentro da Igreja, que é a CASA DE DEUS.
A TV Aparecida e sua apologia a uma nova Pastoral gayzista, ao qual chamam de Pastoral da diversidade.
Eis a descrição do vídeo no Youtube, publicado em 06/02/2014:
“Padre Pedro Cunha, Denise Procópio e Rodolfo Ferraz, que ouvem os telespectadores e orientam com direções espirituais, psicológicas e filosóficas. A cada semana novas participações apresentam dificuldades, problemas e desafios da vida por quais as pessoas passam,. Padre responde sobre o Casamento homoafetivo e o Sacramento da Comunhão.
VEJA O VIDEO:  (E ACREDITE SE QUISER…)

Diz na Sagrada Escritura:
 
 
“Eles saíram dentre nós, mas não eram dos nossos. Se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco. Mas isto se dá para que se conheça que nem todos são dos nossos”. (I São João 2, 19)
Se isto não é realmente o Fim dos Tempos… A Fumaça de Satanás na Igreja…
“Dize-lhes isto: Por minha vida – oráculo do Senhor Javé , não me comprazo com a morte do pecador, mas antes com a sua conversão, de modo que tenha a vida. Convertei-vos! Afastai-vos do mau caminho que seguis; por que haveis de perecer, ó casa de Israel? “(Ezequiel 33, 11)
Contra a PALAVRA DE DEUS não existe argumentos e nem meio termo, pois…
“Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não. Tudo o que passa além disto vem do Maligno”.(São Mateus 5, 37)
Novamente lembrarei do que disse certa vez o Santo Dom Bosco“O padre (bispo, cardeal e qualquer religioso) não vai sozinho para o céu. Nem para o inferno. Se agir bem, irá para o céu com as pessoas que ajudou com seu bom exemplo. Se for infiel, se perderá com as pessoas condenadas por seu escândalo”.
O Santo Padre Pio resume numa frase“O Sacerdote, ou é um Santo, ou é um demônio.” Ou santifica, ou arruína.
Dez meses antes de morrer, o Papa Paulo VI denunciou: “… O fumo de Satanás entrou na Igreja Católica e se expande cada vez mais até o vértice” (13/10/77).
A hierarquia da Igreja rejeita (ou rejeitava?) toda e qualquer possibilidade de equiparar o casal homo ao casal heterossexual, e considera o homossexualismo como um “pecado grave”, imoral e contrário à lei natural.
“Seus sacerdotes violam a minha lei, profanam o meu santuário, tratam indiferentemente o sagrado e o profano e não ensinam a distinguir o que é puro do que é impuro”. (Ezequiel 22, 26)
“É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo”. (Gálatas 1,10)
O livro do Gênesis (19,1-29) descreve a destruição de Sodoma e Gomorra. A prática ali vigente, contra a moral, era muito difundida e tomou o nome da cidade: sodomia. Era abominável aos israelitas e punida com a morte
(Levítico 18,22; 20,13). O texto sagrado não admite dúvidas: “O homem que se deita com outro homem como se fosse uma mulher ambos cometeram uma abominação”. Esse mal era difundido entre outros povos (Levítico 20,23 e Juízes 19,22 ss). 
No Novo Testamento, São Paulo escreveu na Epístola aos Romanos (1,24-27): “Por isso Deus os entregou a paixões aviltantes: suas mulheres mudaram as relações naturais por relações contra a natureza; igualmente os homens, deixando a relação natural com a mulher, arderam em desejo uns com os outros, praticando torpezas homens com homens e recebendo em si mesmos a paga de sua aberração”
Há diversas outras citações bíblicas na mesma orientação doutrinária. O Gênesis também ensina como Deus puniu Sodoma e Gomorra, por causa do pecado da homossexualidade: O Senhor fez então cair sobre Sodoma e Gomorra uma chuva de enxofre e de fogo, vinda do Senhor, do céu. E destruiu essas cidades e toda a planície, assim como todos os habitantes das cidades e a vegetação do solo” (Gen 19, 24-25).
Eu, Dilson Kutscher,  não tenho mais nada a comentar, estes são os eclesiásticos apostatas do fim dos tempos a serviço não de Deus, mas sim do demônio, conforme profetizou São Gregório Magno, ou alguém tem dúvida disto??
Diz na Sagrada Escritura:
“Apesar de conhecerem o justo decreto de Deus que considera dignos de morte aqueles que fazem tais coisas, não somente as praticam, como também aplaudem os que as cometem”. (Romanos 1, 32)
“Vós, pois, caríssimos, advertidos de antemão, tomai cuidado para que não caiais da vossa firmeza, levados pelo erro destes homens ímpios”. (II São Pedro 3, 17)
“Estai de sobreaviso, para que ninguém vos engane com filosofias e vãs sutilezas baseados nas tradições humanas, nos rudimentos do mundo, em vez de se apoiar em Cristo.” (Colossenses 2, 8)
“Nós, porém, somos de Deus. Quem conhece a Deus, ouve-nos; quem não é de Deus, não nos ouve. É nisto que conhecemos o Espírito da Verdade e o espírito do erro”. (I São João 4, 6)

Fonte:http://www.amormariano.com.br/

terça-feira, 20 de maio de 2014

21º PAPA: São Cornélio - ano 251 a 253

Papa São Cornélio (21º Papa)
Pontificado: do ano 251 ao ano 253


 
O pontificado de São Cornélio teve início somente no ano de 251.  Um ano e quatro meses antes,  o Papa São Fabiano, seu predecessor, havia sido martirizado por decapitação por ordem do Imperador Décio.  A perseguição contra a Igreja de Cristo havia apresentado constantes requintes de violência e crueldade, de forma que, desde a morte de São Fabiano (ano 250), tornou-se impossível congregar os fiéis  para a eleição do novo Papa. Só após  a  revolução de Julio Valente, conseguiu reunir-se o clero, que elegeu por Papa a Cornélio, que era presbítero da Igreja romana.  Assim, desde a morte de São Fabiano até a eleição de São Cornélio, permaneceu a sede pontifical de Roma vacante por um ano e quatro meses.
 
Era Cornélio reconhecido por suas grandes  virtudes e  eminente sabedoria, principalmente pelos  grande testemunho que empreendera na luta contra a heresia. Por sua personalidade firme, ao mesmo tempo que piedosa, era já conhecido por seu elevado grau de santidade. Sua caridade e extrema doçura, fez com que merecesse o renome de "Pai dos Pobres". Tão logo tomou posse, o Papa Cornélio deparou-se  com sérios obstáculos. A chama da perseguição aos cristãos novamente ergueu-se. Aproveitando-se da aparente instabilidade,  um sacerdote de nome Novato passou a semear dissenções internas, empreendendo malignas articulações para dividir o rebanho de Cristo.  Oriundo de Cartago, onde São Cipriano já havia identificado sua personalidade malidicente,  chegou como  refugiado em Roma, onde achou terreno propício para difundir seus erros. Contestando a legitimidade da sucessão papal, maquinou um cisma e, num jogo de influências e interesses,  acabou proclamando-se Papa. Por este motivo,  ainda no mesmo ano da posse,  São Cornélio convocou um Concílio em  Roma, quando Novato foi excomungado e declarado anti-papa, sendo proscritos seus erros e  condenados todos os seus sequazes.
 
A paz na Igreja, porém, duraria pouco tempo.  O governo do Imperador Décio estava no final e  seu sucessor Galo, reacendeu a chama da perseguição com tanta intensidade,  que acabou o Papa sendo banido de Roma. São Cipriano, como bispo de Cartago (norte da África), empreendeu grande apoio ao Supremo Pontífice por ocasião do levante novaciano. Ao saber do exílio do Papa, de quem era pessoal amigo, escreveu-lhe carta contendo mensagem de perseverança e fé, já prevendo os sofrimentos com que ele iria glorificar a Cristo.
 

São Cornélio, que já  havia sido submetido a intensos tormentos, fadigas e penúrias  no exílio,  acabou sendo  decapitado após sentença dos juízes imperiais, no dia 14 de setembro de 253.
Cinco anos após a morte de São Cornélio (258), São Cipriano, que há alguns anos permanecera exilado em Curubis,  foi conduzido à presença do pré-cônsul Máximo, o qual lhe obrigou a  desistir da fé.  Declarando firme testemunho cristão e negando-se a adorar outros deuses,  São Cipriano foi  imediatamente decapitado por ordem de Máximo.
 
Por serem contemporâneos, amigos, e pela estreita relação na luta das causas da Igreja,  juntos aparecem Cornélio e Cipriano no Cânon tradicional da Missa,  cuja celebração festiva ocorre no mesmo dia.
 
As relíquias de São Cornélio encontram  repouso  junto às criptas de Lucina ( Bem-Aventurada Lucina, que foi quem recolheu os restos do Papa Cornélio e depôs numa cripta escavada em uma propriedade sua no Cemitério de Calisto, onde encontra-se até hoje). A inscrição de sua tumba é o primeiro epitáfio papal escrito em latim, que chegou intacto até aos nossos tempos.
 
 

São Cornélio Papa, rogai por nós! Rogai pela Igreja da qual fostes o Pastor!

sábado, 17 de maio de 2014

AFIRMAÇÕES DO CATÓLICO: "Cristão é meu nome, Católico é meu sobrenome" - São Paciano de Barcelona

 
Vivemos em período de ditadura. Não me refiro às ditaduras militares, ditaduras políticas ou mesmo ditaduras religiosas (a exemplo das ditaduras islâmicas). É claro que, de certa forma, podemos sim estar incluídos em algum tipo de ditadura dos acima mencionados, no entanto, me refiro a um tipo de ditadura que atinge praticamente toda a sociedade moderna: a ditadura do "politicamente correto".
 
A ditadura do politicamente correto afeta praticamente todos os meios da sociedade moderna, inclusive tendo se infiltrado na Igreja, colaborando assim com a manutenção de outros tipos de ditadura em seu seio, como a "ditadura do relativismo".
 
Na ditadura do politicamente correto, o cidadão se vê obrigado a "seguir a corrente", a defender as mesmas opiniões e ideias da "maioria", do que é atualmente aceito como "normal". Geralmente, essas ideias são difundidas por formadores de opinião através da mídia (tal qual artistas, atores e atrizes, apresentadores, jornalistas, etc.) que ditam aquilo que é ou não o certo, o belo e o bom. Qualquer um que manifeste opinião ou pensamento contrário é impiedosamente censurado, acusado, julgado e condenado. E esse procedimento - segundo seus promotores - é para "favorecer a boa convivência, evitar discriminações, enfim, tornar as pessoas mais felizes".
 
Esse pensamento, infelizmente, também se infiltrou na Igreja e em seus seguidores, os católicos modernos. É comum encontrarmos católicos a censurar outros católicos por estes terem censurado um católico infiel. Mesmo nosso pequeno blog, não poucas vezes, foi censurado ou mesmo atacado por ter denunciado erros e heresias perpetrados por aqueles que deveriam ser os primeiros a ensinar a doutrina católica corretamente. Veja bem, caro leitor, não me refiro a censurar os pecados de um católico: ora, isso seria reprovável uma vez que todos pecamos. Não podemos cesurar aquele que cai em pecado mas que sabe ter caído em pecado. O que devemos censurar é a tentativa de transformar o pecado em virtude, a defesa do pecado. Também devemos censurar, e isso é dever de todo católico, o ensino de erros e heresias como se fossem doutrina católica.
 
Atualmente, qualquer iniciativa que vise alertar os irmãos católicos sobre o erro ou heresia ensinado por alguém que se apresenta como católico (incluindo padres e mesmo bispos) é condenada por estes "católicos modernos". Segundo eles, quando um católico alerta aos irmãos sobre algo que contraria a Fé Católica, deve ser acusado de "promover a discórdia, a divisão, a intriga". Para estes "católicos modernos" e "politicamente corretos", deve-se sacrificar a verdade em nome de "comunhão" e "paz", mesmo que tal comunhão e paz sejam falsas.
 
Essa postura do politicamente correto também colabora com a "ditadura do relativismo", postura segundo a qual os "católicos modernos" acreditam ser tudo relativo, incluindo a religião: "não há problema em ser católico ou protestante, não se deve tentar converter ninguém, o que importa é o coração", "não há problema em se comungar mesmo sendo divorciado e "recasado, o importante é o amor", etc, etc, etc...
 
Daí deriva-se a crença de que nada mais é absoluto ou certo, nem mesmo os artigos da Fé Católica. Tolera-se então padre que ensina não haver Presença Real na Eucaristia , freira que prega não ser pecado as relações homossexuais, bispo que diz não haver problema em o "católico" ser espírita, leigo que afirma não haver diferença entre o sacerdote e o leigo e infinitos etc´s. O único tipo que não deve ser tolerado é o do católico que procura crer e repetir aquilo que A IGREJA ENSINA e SEMPRE ENSINOU, o católico que quer ser fiel à Fé e Doutrina Católica e, consequentemente, a Nosso Senhor Jesus Cristo.
 
A IGREJA já condenou por diversas vezes o relativismo, por meio de seus documentos magisteriais e também pela Tradição. Com esse pequeno artigo iniciaremos uma série de citações da Igreja (de Santos, Papas e Concílios) que afirmam de maneira dogmática e, portanto, infalível, como deve ser a postura do fiel católico e em quê deve crer, mesmo que para isso tenha de se opor ao mundo e tomar uma postura "politicamente incorreta".
 
Como primeira citação, segue a afirmação de São Paciano, bispo de Barcelona do ano 365 até sua morte em 391.  Escolhemos essa citação como a primeira por constar no cabeçalho de nosso blog. Essa citação, embora proferida por um Santo Bispo, pode ser tomada por infalível por ter sido consolidada pela Tradição e ratificada pelo Magistério através de diversos papas e concílios. Todo aquele que queira ser verdadeiramente católico dever repetir o que foi dito na citação abaixo (assim como em nossas próximas citações) sem qualquer constrangimento. Só assim poderá ser considerado católico de fato e não apenas "de nome".   
 
 ¡Viva Cristo Rey!

 
SÃO PACIANO DE BARCELONA  
 

 
"Cristão é meu nome e Católico é meu sobrenome. Um me designa, enquanto o outro me especifica. Um me distingue, o outro me designa. É por este sobrenome que nosso povo é distinguido dos que são chamados heréticos".
 
São Paciano de Barcelona, Carta a Sympronian, ano 375 D.C.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

A PRIMAZIA PAPAL - O porquê de ser a Igreja de Cristo chamada Romana

Caros leitores, louvado seja Nosso Senhor jesus Cristo!

Recebemos há alguns dias em nosso artigo Hereges ontem: EXCOMUNHÃO, Hereges hoje: TELEVISÃO o  seguinte comentário:

"Se a igreja nasceu em Jerusalém não pode ser romana. Vá estudar pra fazer seus comentários menos idiota."

Segundo o autor do comentário, Raimundo Elias Gomes Filho, a Igreja não poderia ser Romana por ter nascido em Jerusalém. Ora, o questionamento do leitor protestante não pode ser radicalmente censurado (o que pode sim ser censurado é sua prepotência). Digo isso porque tal comentário demonstra apenas a ignorância de seu autor, embora essa dúvida acometa muita gente - inclusive muitos católicos - que não compreende o porquê da relação entre a Igreja de Cristo e o adjetivo "Romana".
 
Para que possamos entender e identificar a Igreja de Cristo, primeiramente precisamos ter boa vontade. Esse é o primeiro passo para que possamos conhecer a verdade, uma vez que a verdade não se nos revelará se a ela virarmos as costas ou fecharmos os olhos.
 
Tendo boa vontade e coração aberto para receber a verdade, o próximo passo é estudar (assim como nos aconselha o comentarista Raimundo). Através do estudo podemos conhecer aquilo que antes desconhecíamos, tomar conhecimento do que antes ignorávamos. E foi justamente isso que me fez enxergar a verdade onde antes não a havia notado, por meio dela pude descobrir a verdade e assim ser liberto:
 
"conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (São João, cap. 8 vers. 32)
 
É isso que Nosso Senhor nos diz e é isso que também lhe recomendo, caro Raimundo, assim como a todos os leitores. Não para " fazer seus comentários menos idiota" mas para que também você possa ser liberto da ignorância que nos cega e aprisiona. Também eu tive a graça de ser liberto da cegueira em que me encontrava e é por isso mesmo que fiz este pequeno blog, para compartilhar as riquezas que tenho descoberto.
 
Agora, quanto à sua afirmação sobre a impossibilidade da Igreja ser romana por ter nascido em Jerusalém, vamos aos esclarecimentos. Primeiramente, faremos uma RESUMIDÍSSIMA exposição sobre o início da Igreja para, em seguida, reproduzir um texto que trata da primazia da Igreja de Roma sobre todas as Igrejas, assim como de seu Bispo (o papa) sobre todos os cristãos :
 
Após o mandato de Nosso Senhor Jesus Cristo ( "Ide, pois, e ensinai a todas as nações" - São Mateus cap. 28 ver. 19) os Apóstolos se dividiram, cada qual para uma região da orbe terrestre, a fim de propagar o Evangelho. Então, os Apóstolos fundaram Igrejas nas diversas regiões do mundo (Santo André em Bizâncio,  São Tomé na Índia, São Marcos em Alexandria, etc.) e São Pedro que, após fundar a Igreja de Antioquia e dela ter sido bispo, juntamente com São Paulo fundou a Igreja de Roma, da qual foi o primeiro Bispo.
 
Pelo fato de Pedro ter sido feito a pedra na qual a Igreja do Senhor seria edificada, por ter sido Pedro aquele que recebeu do próprio Senhor as chaves do Reino dos Céus, por ter sido Pedro aquele que recebeu o mandato de apascentar as ovelhas de Cristo e de confirmar os irmãos na fé, e por ter sido Pedro (juntamente com Paulo) aquele que fundo a Igreja de Roma e nela ter permanecido como seu bispo até o martírio, a Igreja de Roma - e os seus bispos, sucessores de Pedro - desde o início do cristianismo sempre foi tida como a Igreja mãe e mestra de todas as Igrejas.
 
Agora, tendo essa pequena introdução devidamente compreendida, podemos então reproduzir o ótimo artigo de autoria do Bruno Luís Santana, que nos traz algumas informações históricas que comprovam a Primazia da Igreja de Roma e de seu Bispo, o Papa, Sucessor de Pedro, sobre toda a Igreja Cristã.
 
Viva Cristo Rey!
 
José Santiago Lima
 
 
*                        *                        *                        *                        *                        *
 
Recordando a Primazia Papal
 
Desde o princípio do Cristianismo, os Bispos de Roma foram tidos como chefes de toda a Igreja.
Essa primazia de Roma vem do fato de que seu primeiro Bispo foi São Pedro, sobre quem Jesus instituiu a sua Igreja. Isso está nos Evangelhos. Negar isso é recusar aceitar o que Jesus determinou ao dizer:

Bem aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelaram isso, mas Deus que está nos céus. Por isso Eu te digo que tu és Pedro, e que sobre essa pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E Eu te darei as chaves de Reino dos Céus. Tudo o que ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que desatares na terra será desatado nos céus” (Mt XVI, 16-19).
 
 

 
Essa promessa feita pelo próprio Cristo foi confirmada depois da Ressurreição de Nosso Senhor, ao dizer três vezes a Pedro:

Apascenta minhas ovelhas” (Jo XXI, 26).

 São João Crisóstomo (347-407 d.C) – um Santo Bispo oriental – sobre esse texto, comentou:

Jesus disse [a Pedro] ‘Alimenta minhas ovelhas’. “Por que Jesus não leva em conta aos demais Apóstolos e fala do rebanho somente a Pedro? “Porque ele foi escolhido entre os Apóstolos, ele foi a boca de seus discípulos, o líder do coro. Foi por essa razão que Paulo foi procurar a Pedro antes que aos demais. E também o Senhor fez isso para demonstrar que ele devia ter confiança, uma vez que a negação de Pedro havia sido perdoada. Jesus lhe confia o governo sobre seus irmãos… Se alguém perguntar “Por que então foi Santiago quem recebeu a Sé de Jerusalem?”, eu lhe responderia que Pedro foi constituído mestre não de uma Sé, mas do mundo todo” (Homilia 88 (87) in Joannem, I. Cf. Orígenes, “In epis. Ad Rom.”, 5, 10; Efrén de Siria “Humn. In B. Petr.”, en “Bibl.Orient. Assemani”, 1, 95; León I, “Sermo IV de Natale”, 2. Apud Enciclopédia Católica, verbete Primado, artigo de G. H. JOYCE).
 
São João Crisóstomo é Doutor da Igreja, e viveu antes do Cisma do Oriente.
Por que os orientais não aceitam o que esse grande Santo e Doutor oriental ensinava?
Desde o início da Igreja se teve o Bispo de Roma como chefe da Igreja toda, exatamente com base no texto dos Evangelhos.
 
Por exemplo, o papa São Clemente, que foi o terceiro sucessor de São Pedro, depois do papa São Lino e do papa Santo Anacleto na Sé de Roma, em sua “Epístola aos coríntios” (Ep. 59), no ano 95 ou 96 (portanto, ainda no I século da era cristã, e só trinta anos após martírio de São Pedro), suplica para que se recebam aos bispos que tinham sido expulsos injustamente dizendo:
 
Se algum homem desobedecer às palavras que Deus pronunciou através de nós, saibam que esse tal terá cometido uma grave transgressão, e se terá posto em grave perigo”. E São Clemente incita então os coríntios a “obedecer às coisas escritas por nós através do Espírito Santo” (São Clemente, Ep.59).
 
Até mesmo um inimigo do Papado – Lightfoot – foi obrigado a confessar que esta carta de São Clemente foi “o primeiro passo para estabelecer a dominação papal” (Clemente, 1, 70).
 
Por volta do ano 107, Santo Inácio de Antioquía, outro santo oriental, em sua carta à igreja de Roma diz que ela “preside à irmandade de amor“. Santo Irineu (130-202 d.C.), discípulo de São Policarpo, Bispo de Esmirna depois de São João, em sua famosa obra “Adversus haereses” (III, 3, 2) argumenta contra os agnósticos, dizendo-lhe que suas doutrinas não têm base na tradição apostólica que foi conservada fielmente pelas igrejas, cujos Bispos vêem na sucessão dos Doze Apóstolos:

Porém como seria demasiado longo enumerar as sucessões em Roma pelos dois gloriosíssimos Apóstolos Pedro e Paulo, a qual desde os Apóstolos conserva a tradição e a fé anunciada aos homens pelos sucessores dos Apóstolos (=papas) que chegam até nós. Assim confundimos a todos aqueles que de um modo ou de outro, ou para agradar-se a si mesmos, ou por cegueira, ou por uma falsa opinião, acumulam falsos conhecimentos. É necessário que qualquer igreja esteja em harmonia com essa igreja (a Igreja de Roma), cuja fundação é a mais garantida - me refiro a todos os fiéis de qualquer lugar (apelo dos cristãos do mundo inteiro a ligar-se à Sé de Roma)- porque nela todos os que se encontram em todas partes conservaram a tradição apostólica“.
 
Santo Irineu foi discípulo de São Policarpo de Esmirna, que por sua vez foi discípulo de São João, o Apóstolo e Evangelista. Na ordem da sucessão apostólica, Santo Irineu foi espiritualmente “Neto” dos Apóstolos.
 
A afirmação mais explícita da supremacia de Roma foi feita pelo papa São Víctor (189-198 d.C.), quando impôs às igrejas asiáticas que se conformassem ao costume do resto da Igreja, na questão da Páscoa. Polícrates de Éfeso resistiu dizendo que os costumes que seguia procediam do próprio apóstolo São João. O Papa São Víctor o excomungou por isso. Depois, São Víctor, instado por Santo Irineu, tendo visto que sua insistência poderia provocar mais dano que bem, retirou a excomunhão. Mas tanto pela excomunhão imposta, como pela sua retirada por São Víctor, fica patente a supremacia da Sé de Roma sobre todas as demais dioceses do mundo.
 
Abércio, Bispo de Hierópolis (pelo ano 200 d.C.), assim fala da igreja romana:

Ele [Cristo] me enviou a Roma a contemplar a majestade e para ver a uma raínha [Roma] coberta com um manto de ouro e calçada com sandálias de ouro”.

Tertuliano, no livro “De pudicitia” (por volta do ano 220), escrito quando já ele caíra na heresia do montanismo, critica uma prerrogativa papal. Ele ataca duramente um decreto do Papa chamando-o de “edito peremptório”, promulgado pelo “supremo pontífice, bispo dos bispos”. Ele dizia tais palavras sarcasticamente, mas, assim mesmo, elas indicam claramente como já se tinha a autoridade do Papa como superior a todos os Bispos, embora Tertuliano, como herege, não aceitasse isso.
 
São Cipriano, que morreu no ano 258, chama explicitamente “Cátedra de São Pedro” de Sé romana, dizendo que Cornélio fora elevado “ao lugar de Fabiano, que é a cátedra de Pedro” (Ep 55:8; cf. 59:14).
 
São Cipriano escreveu também que Roma, “cátedra de Pedro, é a igreja principal da qual nasce a unidade episcopal” (ad Petri cathedram et ad ecclesiam principalem unde unitas sacerdotalis exorta est).
 
Para São Cipriano de Cartago (? – 258 d.C.), a fonte dessa unidade episcopal é a Sé de Pedro. Conforme ele dizia, Roma desempenhava o mesmo ofício que desempenhou Pedro durante sua vida: ser princípio da unidade. Manter a comunhão com um antipapa como Novaciano seria cair em cisma (Ep. 68, 1). Ele sustenta ainda que o Papa tem autoridade para depor um bispo herege. Quando Marciano de Arles caiu na heresia, Cipriano, a pedido dos bispos dessa província, escreveu ao Papa Estevão para solicitar que ele “escrevesse cartas para excomungar a Marciano e fazer que alguém tomasse seu lugar” (Ep. 68, 3). (Apud artigo de G. H. JOYCE sobre o primado do Papa na Enciclopédia Católica).

 Eusébio de Cesaréia em sua História Eclesiástica (7, 9) cita uma carta de São Dionísio dirigida ao Papa São Sixto II tratando de um batismo inválido por ter sido feito por hereges. Nessa carta São Dionísio diz que necessita do conselho do Papa e pede que ele decida.

 Noutro caso, e anos depois, o Papa atendendo a São Dionísio, afirmou, com toda a sua autoridade para deixar clara a verdadeira doutrina sobre um assunto. Ambos os casos ensinam como Roma era reconhecida como detentora do poder para falar com autoridade em assuntos doutrinários (cfr. San Atanasio, “De sententia Dionysii”, en P.G. XXV, 500).
O Imperador Aureliano, em 270, decretou que quem fosse reconhecido pelos Bispos da Itália, e pelo Bispo de Roma deveria ser reconhecido como o legítimo ocupante de uma Sé episcopal. Isso mostra como a primazia de Roma era reconhecida universalmente, pois até um Imperador pagão sabia disso.
Santo Atanásio apelou a Roma contra a decisão do Concilio de Tiro (335) que o destituíra de sua diocese. O Papa Júlio anulou as decisões desse Concílio, restituindo a suas sés episcopais, tanto Santo Atanásio como Marcelo de Ancira.
 
O Papa São Júlio escreveu então:

Se eles [Atanásio e Marcelo] realmente agiram mal, como dizem, o juízo deveria ter sido realizado de acordo com os cânones eclesiásticos, e não dessa maneira… Não sabe que o costume é que primeiro nos dirijam cartas a Nós (plural majestático) e depois procedam conforme se defina então?” (Atanásio, “Apologia”, 35). Ou seja: primeiro comunicar a Roma, e depois proceder conforme a decisão final, a qual Roma NO MÍNIMO participa, tanto que, conforme o costume, nada se faria sem que a Sé de Roma esteja ciente…
 
De novo, fica evidente que, muito antes do Cisma do Oriente, era comum a doutrina do Primado da Igreja de Roma sobre todas as dioceses do mundo.
 
A pretensão do Arcebispo de Constantinopla a ter a primazia na Igreja do Oriente, ou a ter direito igual ao do Papa é um absurdo doutrinário e histórico. Constantinopla nunca teve um Apóstolo como Bispo, pois que ela não existia no tempo dos Apóstolos, pois foi fundada por Constantino em 313. E o mesmo serve para Moscou, que se auto-intitula “Terceira Roma”.
 
Dados desta carta em artigo citado por G. H. JOYCE, na Enciclopédia Católica.
 
Papa vestido com suas insígnias: a tiara papal ou triegno e a cruz papal ou hierofante
Papa vestido com suas insígnias: a tiara papal ou triegno e a cruz papal ou hierofante
 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

20º PAPA: São Fabiano - ano 236 a 250

Papa São Fabiano (20º Papa)
Pontificado: do ano 236 ao ano 250



Sucessor de Santo Antero,   foi eleito Bispo da Igreja de Roma em 236.  As extraordinárias  circunstâncias de  sua eleição, em muito se assemelham à  de São Zeferino  (15º Papa da Igreja), e foram relatadas pelo historiador Eusébio de Cesaréia em sua "História Eclesiástica".

Depois da morte do Papa Antero,  havia vindo a Roma, com alguns outros de sua vila, e estava na cidade, como mero espectador,  quando a nova eleição teve  início.  Concentrados  no local, haviam nomes de várias pessoas ilustres e também muitos nobres de elevada consideração.   Durante a fase preparatória e as orações para a escolha do novo Pontífice,  repentinamente uma pomba desceu sobre a cabeça de Fabiano, que  não gozava de fama ou qualquer consideração social.  Os membros da assembleia logo associaram  esta manifestação extraordinária à cena descrita no Evangelho,  quando o Espírito Santo desceu sobre o Salvador da humanidade e por isto, com divina inspiração, elegeram  Fabiano e  o aclamaram com tal alegria que, por unanimidade o conduziram à Cadeira de Pedro.

O seu pontificado coincidiu, exceto no início e no final, com um período excepcional de paz, prosperidade e desenvolvimento da Igreja. Foi administrador enérgico e de grande visão e no censo que realizou na Igreja de Roma, contabilizou que havia na cidade quarenta e seis presbíteros, sete diáconos, cinquenta e dois exorcistas, leitores e porteiros, mil e quinhentas viúvas sob a proteção da Igreja, e um total de quarenta mil cristãos. Dos registros contidos no Livro Pontifical, consta que São Fabiano determinou que Roma fosse  dividida em sete distritos eclesiásticos. Designou sete subdiáconos para recolher e preservar, juntamente com outros notários a  "ata dos mártires".  Instituiu as  quatro ordens  menores e também empreendeu grandes trabalhos de manutenção das  catacumbas dos mártires, inclusive a ampliação das catacumbas de São Calisto.

Segundo Eusébio de Cesaréia em sua História Eclesiástica, Orígenes endereçou-lhe um tratado em que se defendia da acusação de heresia (n.d.t. o que comprova novamente o reconhecimento por parte da Igreja primitiva da autoridade do Bispo de Roma como chefe de toda a cristandade).

O Imperador Décio desencadeou uma ferrenha perseguição contra a Igreja (246) e ele fugiu de Roma e deu início à vida eremita, com os anacoretas. Preso no final de seu pontificado, sustentou inflexível o processo na presença do imperador Décio, de quem se diz ter pronunciado no final do julgamento: "Prefiro ter um rival no império do que um bispo em Roma".
 
São Fabiano morreu decapitado durante o governo do imperador Décio, no dia 20 de janeiro de  250. São Cipriano também  fez referências ao seu martírio.


O martírio do Papa São Fabiano

Seu corpo foi depositado na cripta dos Papas, nas catacumbas de São Calixto,  onde, em épocas recentes (1850),  foi descoberta sua lápide com seu nome gravado em grego.



São Fabiano Papa, rogai por nós! Rogai pela Igreja da qual fostes o Pastor!

quinta-feira, 8 de maio de 2014

O ESPLENDOR da Liturgia Católica contra o PAUPERRISMO Litúrgico

Em dois mil anos de história da Igreja, sobretudo até o Concílio Vaticano II, o culto a Deus - cujo ápice se encontra na celebração do Santo Sacrifício da Missa - passou por um processo de "evolução" ou aperfeiçoamento, onde gestos e ritos foram introduzidos de modo a expressar de maneira mais perfeita o mistério que ali se realiza.

Além da postura, dos gestos e ritos, também a disposição do Templo e de seus ornamentos assim como os paramentos utilizados durante a Liturgia foram, com o tempo, sendo incrementados para atingir esse objetivo.

E o que percebemos com isso? Os diversos ritos católicos foram todos se desenvolvendo na mesma direção: a de um culto, de certa forma  misterioso e ao mesmo tempo esplendoroso, caracterizado por elementos - visuais ou não - semelhantes e que retratam bem a grandiosidade de tal ação. Antes de mais nada, explicaremos de forma BEM RESUMIDA o que significa isso de "ritos católicos".

Ao contrário do que a grande maioria acredita, a Igreja Católica possui diferentes formas de ritos, isto é, de maneiras de celebrar o Santo Sacrifício da Missa (e alguns outros sacramentos). A existência desses diferentes ritos se deve ao fato de a Igreja ter se desenvolvido em diferentes partes do mundo,  graças principalmente a alguns dos Apóstolos - e de seus sucessores - que ali se estabeleceram. Sendo assim, os diferentes ritos católicos geralmente possuem seus fundamentos nos próprios Apóstolos ou em seus sucessores mais próximos, e consequentemente foram se desenvolvendo de forma orgânica no decorrer dos séculos. Em outras palavras, não foram inventados "do nada", houve uma trajetória contínua desde os Apóstolos até nossos dias.

O rito a que estamos habituados e que é encontrado na maior parte do mundo é o chamado Rito Romano. Isso se deve ao fato de ser o Rito da Igreja de Roma, por ser a sede da Igreja Universal (me refiro à Igreja Católica e não à seita do "Macedão") e por ter sido de lá que partiram quase todas as missões que levaram o Cristianismo para todos cantos da orbe terrestre.
 
A origem do Rito Romano está nos próprios Santos Apóstolos Pedro - o primeiro Papa - e Paulo. Ainda nos primeiros séculos esse rito foi assimilando certas práticas e orações e assim adquirindo muito de sua estrutura, até ser codificado por primeira vez pelo Papa São Gregório Magno no século VI, de onde recebeu o título de Missa Gregoriana. Nos séculos seguintes muitas outras adaptações foram surgindo dependendo da região, povoado ou diocese em que se celebrava o Rito Romano. Acréscimos, supressões e modificações fizeram com que o Papa São Pio V sentisse a necessidade de codifica-lo novamente, unificando a Missa de toda a Igreja ocidental. Isso se deu no período em que ocorreu o Concílio de Trento (por volta de 1550), de onde lhes veem os títulos de Missa Tridentina ou Missa de São Pio V. Desde então, o Rito Romano permaneceu praticamente intacto, inclusive com a publicação do Missal do Papa João XXIII em 1962.

Sabemos que após o Concílio Vaticano II, com o Papa Paulo VI veio a chamada reforma litúrgica, que deu um novo Rito Romano e uma Nova Missa para a Igreja Latina. No entanto, por ora preferimos não nos referir ao Novo Rito Romano (Novus Ordo Missae) como o Rito Romano em si, mas sim utilizaremos o Rito Romano Tradicional, atualmente conhecido como "Missa de Sempre", "Missa Tridentina" ou "Missa em latim" (dentro outros títulos)...

Os demais Ritos Católicos, embora diferentes, possuem, além de um mesmo núcleo, diversas outra características semelhantes. Seguem abaixo algumas imagens de celebrações do Santo Sacrifício da Missa em alguns dos diversos Ritos Católicos:


Rito Romano Tradicional - Igreja Católica Romana - Latina/Ocidental



Pontifical Solene - Rito Romano Tradicional - Igreja Católica Romana - Latina/Ocidental



Rito Bizantino - Igreja Católica Greco Melquita - Oriental



Pontifical Solene - Rito Bizantino - Igreja Católica Greco Melquita - Oriental




Rito Bizantino - Igreja Ucraíno Católica - Oriental




Rito Armênio - Igreja Armênia Católica - Oriental



Pontifical Solene - Rito Armênio - Igreja Armênia Católica - Oriental



Rito Maronita - Igreja Católica Maronita - Oriental
 
 
Pontifical Solene - Rito Maronita - Igreja Católica Maronita - Oriental
 
 


Rito Sírio Malabar - Igreja Católica Sírio Malabar - Oriental



Pontifical Solene - Rito Sírio Malabar - Igreja Católica Sírio Malabar - Oriental



Rito Antioqueno - Igreja Católica Caldeana - Oriental



Pontifical Solene - Rito Antioqueno - Igreja Católica Caldeana - Oriental



Rito Copta - Igreja Copta Católica - Oriental



Pontifical Solene - Rito Copta - Igreja Copta Católica - Oriental



Rito Sírio Malankar - Igreja Católica Sírio Malankar - Oriental

Pontifical Solene - Rito Sírio Malankar - Igreja Católica Sírio Malankar - Oriental



Antes de prosseguirmos, vale lembrar que as Igrejas acima citadas são TODAS católicas assim como seus respectivos Ritos. Em outras palavras, embora tenhamos mencionado apenas as duas primeiras imagens como pertencentes à Igreja Católica Romana, todas as demais fazem parte da mesma Igreja Una Santa Católica Apostólica Romana no sentido de estar em comunhão com a Igreja de Roma, mãe de todas as Igrejas. Por outro lado, todas levam um nome específico (Melquita, Copta, Malankar, etc) para exprimir o Rito, a história e a Tradição que as caracteriza. Tendo isso claramente entendido, podemos continuar.

Embora pudéssemos comentar as diferenças entre os ritos e suas expressões, não o faremos por não ser este o objetivo do presente artigo (para isso, pensamos publicar um outro artigo para apresentar aos leitores as Igrejas Católicas que, sob a Igreja de Roma e em comunhão com Ela, formam a Igreja Católica). Agora, queremos simplesmente relacionar as semelhanças perceptíveis nas imagens apresentadas acima. Vemos o Santo Sacrifício da Missa ser oferecido Versus Deum, isto é, de frente para Deus (e de costas para o povo), vemos claramente a  noção de respeito e sacralidade que transparece nas imagens, vemos a beleza dos paramentos e demais objetos empregados na ação litúrgica, e poderíamos citar outras tantas semelhanças... Mas queremos nos fixar especificamente em um único ponto:
 
O ESPLENDOR da Liturgia Católica em seus diversos Ritos, esplendor esse que é comum a todos eles.
 
Usamos isso para confrontar a tendência que se espalhou na Igreja Latina - sobretudo após o Concílio Vaticano II e a reforma litúrgica que se deu em seguida - de empobrecer a Liturgia em todos os seus aspectos. Não pretendemos entrar no mérito da reforma em si, mas apenas nas consequências que a ela se seguiram.
 
É inegável que essa tendência se espalhou como uma verdadeira epidemia por todas as partes do mundo, varrendo de uma hora para outra tudo aquilo que sempre fora considerado intocável. Como consequência, sobreveio toda sorte sacrilégios, inovações e irreverências até então impensáveis mesmo aos católicos mais alheios à Igreja e suas cerimônias.

Como isso se deu na Igreja Ocidental, isto é, de Rito Romano, os demais Ritos Católicos não foram tão prejudicados, ainda que em alguns tal revolução litúrgica lhes tenha causado alguma influência. Mas é inegável que tal evento se deu, principalmente, por ter o católico ocidental - de forma geral - perdido a noção do que realmente significa a Missa assim como para quem ela é oferecida.

O homem foi colocado no lugar de Deus e, consequentemente, a Missa foi sendo cada vez mais "incrementada" de modo a satisfazer as necessidades, desejos e caprichos deste mesmo homem. Como consequência vimos nascer nas últimas décadas "missas temáticas", conforme o gosto do "freguês": "missa afro", "missa do jovem", "missa balada", etc...

"Missa Afro"

Mas a tendência que mais se proliferou na Igreja do ocidente, repetimos, foi o empobrecimento da Liturgia e de tudo a ela relacionada (inclusive do papel do sacerdote). Desnudaram os belíssimos templos, construíram outros tantos verdadeiramente vazios, desprovidos de beleza, banalizaram ou suprimiram os gestos, a postura, a reverência, simplificaram ou mesmo baniram os paramentos, enfim, retiraram toda a pompa e o esplendor da Liturgia. Dois mil anos de Tradição Litúrgica sendo jogados ao vento.

Muitos usaram como desculpa para tamanha barbaridade a "preocupação com os mais humildes", para que "os mais simples não se sentissem incomodados com tamanho esplendor" enquanto que fora do templo mal tinham o que vestir. Grande tolice! Tremendo equívoco! Os dois mil anos de história da Igreja mostram justamente o contrário! Os demais Ritos Católicos igualmente testemunham a importância e verdadeira utilidade dos sinais externos na Divina Liturgia! É uma grande mentira dizer que "o pobre se sentiria ofendido ou constrangido dentro de uma belíssima Igreja ricamente adornada, durante a celebração de uma  cerimônia cheia de pompa e esplendor por um sacerdote vestido em magníficos paramentos e postura imponente". Tamanha tolice serve apenas para rebaixar ainda mais a condição do pobre que, muitas vezes vivendo em situação degradante tem apenas a Igreja como única oportunidade de contato com as coisas belas e elevadas. De certa forma, também ele sente-se dono ou partícipe daquilo, uma vez que sendo católico sabe estar nessa que também é sua casa.


O pauperismo litúrgico (que em nada tem a ver com falta de R$) além de produzir uma
evidente dessacralização do Rito, também ocasiona uma perda de identidade sacerdotal, uma laicização
do clero e uma clericalização do leigo

Certa vez, disse Joãozinho Trinta: "Quem gosta de miséria é intelectual, pobre gosta de luxo". Nota-se que mesmo o falecido carnavalesco percebeu ser um erro atribuir ao pobre aquilo que é próprio de intelectuais e suas teorias. Ninguém por ter uma condição social ou financeira inferior estará plenamente satisfeito por lhe oferecerem migalhas. Ora, é natural do ser humano buscar justamente aquilo que é melhor. Quem em plena consciência iria optar por algo ruim sabendo poder ter acesso a algo melhor?
 
Se isso é claro até mesmo para alguém proveniente de um ambiente mundano como o carnaval, como pode ser concebido tal equívoco por homens da Igreja?
 
Alguns defensores do "pauperismo litúrgico" tentariam usar os santos como  respaldo para suas teorias de se questionar a licitude do esplendor e da pompa na celebração dos Santos Mistérios... "O que pensaria um São Francisco de Assis diante dessa pompa toda?" questionariam alguns. Muitos diriam que São Francisco de Assis agiria diferente, que abominaria paramentos "luxuosos" e castiçais de ouro. Pois bem, vejamos o que pensava o "pobrezinho de Assis", exemplo máximo de pobreza e humildade cristã. Eis aqui trechos de duas cartas enviadas pelo Santo instruindo seus irmãos de congregação:

Consideremos todos nós clérigos o grande pecado e ignorância que alguns manifestam com relação ao santíssimo corpo e sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo e seu santíssimo nome (…). Logo, todos aqueles que administram tão sacrossantos mistérios (…) considerem no seu íntimo como são vulgares os cálices, corporais e panos de linho sobre os quais é oferecido em sacrifício o corpo e sangue de Nosso Senhor. (…) “Onde quer que o santíssimo corpo e sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo for conservado de modo inconveniente ou simplesmente deixado em alguma parte, que o tirem dali para colocá-lo e encerrá-lo num lugar ricamente adornado.” - Carta a todos os clérigos

Peço-vos ainda com mais insistência do que se pedisse por mim mesmo, supliqueis humildemente aos clérigos (…) que prestem a mais profunda reverência ao santíssimo corpo e sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo bem como a seus santos nomes e palavras escritos, que tornam presente o seu sagrado corpo. “Os cálices e corporais que usam, os ornamentos do altar, enfim tudo quanto se relaciona ao sacrifício, sejam de execução preciosa. “E se em alguma parte o corpo do Senhor estiver sendo conservado muito pobremente, reponham-no em lugar ricamente adornado e ali o guardem cuidadosamente encerrado segundo as determinações da Igreja, levem-no sempre com grande respeito e ministrem-no com muita discrição.” Carta I – A todos os custódios

Há um autro grande Santo que nos mostra a diferença da humildade e pobreza pessoal para o embelezamento e cuidado com tudo aquilo que é oferecido a Deus. Este grande santo é São João Maria Vianney, o cura D´Arns, padroeiro de todos os sacerdotes. Nasceu numa família pobre, filho de agricultores, e em sua rica história encontramos demonstrações plenas de verdadeira humildade. Eis alguns exemplos: teve dificuldade com o latim e algumas outras disciplinas no seminário, tendo sido humilhado (alguns o chamaram "burro"), tinha apenas uma batina desbotada e cheia de remendos, todos os dias passava horas e horas no confessionário (as vezes chegava a passar 14 horas seguidas), dormia no máximo 4 horas por noite e comia apenas algumas batatas... Foi desse santo homem humilde a seguinte frase:

Uma batina velha fica muito bem debaixo duma linda casula
 
Como se pode ver, tanto os exemplos de santos os mais humildes como os acima citados, como a Tradição Litúrgica da Santa Igreja em seus diferentes Ritos mostram a incompatibilidade do moderno "pauperismo litúrgico" com a celebração dos Divinos Mistérios.
 
Como vimos, a pompa e o esplendor da liturgia católica estão mais do que justificados, simplesmente por um motivo, que, por si só, já deve ser suficiente:
 
O templo, seus ornamentos, os objetos sagrados, os paramentos do sacerdotes e - sobretudo - o Santo Sacrifício da Missa é oferecido para DEUS!
 
¡Viva Cristo Rey!
José Santiago Lima
 
 
Abaixo, um vídeo edificante: Trata-se de um vídeo de 9 minutos do Instituto Cristo Rei e Sumo Sacerdote (ICRSS), onde podemos ver trechos da Santa Missa assim como ordenações (diaconal e sacerdotal) de membros desse Instituto pelas mãos do Cardeal Raymond Leo Burke. É notável o esplendor, sacralidade, respeito e beleza das cerimônias do Tradicional Rito Romano.
Para assisti-lo, basta clicar no link embaixo da foto.